Aline Ramalho dos Santos Faculdade de Nutrição Centro de Ciências da Vida
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1 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE SÓDIO EM PREPARAÇÕES DE ARROZ, FEIJÃO E CARNE SERVIDAS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE ENSINO INFANTIL (EMEIS) DA REGIÃO SUL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS Aline Ramalho dos Santos Faculdade de Nutrição Centro de Ciências da Vida aline.rs3@puccampinas.edu.br ProfªDrª Silvana Mariana Srebernich Grupo de Pesquisa: Indicadores de Qualidade Nutricional para Alimentação Faculdade de Nutrição Centro de Ciências da Vida srebernich@puc-campinas.edu.br Resumo: A infância é caracterizada pelo crescimento e formação dos hábitos alimentares. O consumo excessivo de sódio contribui para o desenvolvimento de hipertensão arterial. A alimentação escolar deve ser saudável contribuindo no desenvolvimento dos alunos. O objetivo do presente estudo foi determinar o teor de sódio nas preparações de arroz, feijão e carne servidas nas escolas municipais de ensino infantil da Região Sul de Campinas, o peso médio das porções e o sódio ingerido por refeição. Seis escolas foram escolhidas aleatoriamente e visitadas em três épocas diferentes. Coletou-se 100g de cada preparação (arroz, feijão e carne) em triplicata e 5 porções de cada preparação de acordo com ingestão média das crianças. Empregou-se a digestão por via seca no preparo da amostra e quantificou-se o teor de sódio com um espectrômetro de emissão com fonte de plasma. Em 66% das escolas analisadas o consumo energético foi superior ao recomendado pelo PNAE. O cloreto de sódio contribuiu predominantemente para a elevação do teor de sódio. Houve diferença estatisticamente significativa entre as escolas no teor de sódio das amostras e consumo médio de sódio por refeição. Metade das escolas apresentaram teor médio de sódio e sal ingerido superior à recomendação do PNAE. A carne em cubos e carne moída com quiabo apresentaram os maiores teores de sódio por 100g de amostra (373,11mg e 355,19mg). Concluiu-se que o teor de sódio ingerido por refeição e o valor energético foi superior à recomendação em 3 e 4 escolas respectivamente, comprometendo a qualidade de vida dos pré-escolares evidenciando a falta de padronização das preparações entre as diferentes escolas. Palavras-chave: alimentação escolar, município de Campinas, teor de sódio Área do Conhecimento: Ciências Agrárias Ciência e Tecnologia de Alimentos CNPq. 1. INTRODUÇÃO Uma alimentação adequada na infância reflete-se no crescimento e no desenvolvimento fisiológico, na saúde e no bem-estar das crianças. É essencial uma dieta equilibrada nesta fase, por ser caracterizada pelo crescimento, desenvolvimento e formação da personalidade e dos hábitos alimentares [1, 2]. Crianças com níveis de pressão arterial elevados apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos portadores de hipertensão arterial [3]. O consumo frequente e em grande quantidade de sal e gorduras aumenta o risco de doenças crônicas não transmissíveis, especialmente hipertensão arterial e obesidade [1]. Uma avaliação precoce dos fatores de risco como peso ao nascimento, dieta na infância, estado nutricional, dentre outros e identificação dos fatores de proteção podem contribuir para intervir precocemente e prevenir doenças cardiovasculares em crianças com maior chance de desenvolvê-las, propiciando o desenvolvimento de estratégias preventivas focadas no controle do excesso de peso e consumo de sódio, bem como suas implicações [4]. Atualmente, considera-se como fatores de risco para o desenvolvimento de pressão arterial em crianças: baixo peso ao nascer, tabagismo dos pais ou cuidadores, hábitos sedentários, alimentação de baixa qualidade [5]; estado nutricional de sobrepeso ou obesidade, sendo que crianças obesas tem uma chance 5.4 maior de apresentar níveis elevados de pressão arterial em comparação com crianças eutróficas [ 6, 7, 8]; excesso da ingestão de sal (principal fonte de sódio na alimentação) [9].
2 Tendo em vista estas considerações, o Ministério da Educação em conjunto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação criou a Resolução nº 26 de 17 de junho de 2013 que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual objetiva contribuir para o crescimento e desenvolvimento dos alunos promovendo uma melhoria no rendimento escolar e aprendizagem, além de formar práticas alimentares saudáveis por meio de ações de educação nutricional e oferta de refeições capazes de suprir as suas necessidades nutricionais durante o período letivo [10], contribuindo na prevenção das doenças crônicas não transmissíveis. No ambiente escolar, as merendeiras são as responsáveis pelo preparo das refeições, mediado pelo receituário padrão elaborado pelo Nutricionista, sendo este o profissional habilitado para planejamento dos cardápios porém, na confecção diária das refeições, a ausência do Nutricionista faz com que as merendeiras decidam, muitas vezes, os alimentos e sua forma de preparo, criando adaptações no cardápio [11]. Assim, considerando as necessidades nutricionais dos pré-escolares e as recomendações nacionais vigentes, o objetivo deste estudo foi determinar o teor de sódio nas preparações de arroz, feijão e carne servidas em Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEI's) da região Sul do município de Campinas, assim como o estabelecer o peso médio de cada porção (arroz, feijão e carne) oferecida às crianças correlação do teor de sódio presente nas preparações das escolas da região Sul e determinação do sódio ingerido por refeição comparando os valores obtidos com os valores de referência do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Educação (FDNE). 2. MÉTODO Seis escolas foram escolhidas aleatoriamente e visitadas em três épocas diferentes. Coletou-se 100g de cada preparação (arroz, feijão e carne) em triplicata e 5 porções de cada preparação de acordo com ingestão média das crianças. Empregou-se a digestão por via seca no preparo da amostra e quantificou-se o teor de sódio com um espectrômetro de emissão com fonte de plasma com acoplamento indutivo (ICP OES). Os dados obtidos nas determinações anteriores foram submetidos à análise estatística, como testes de Tukey para comparação de médias ao nível de 5% de probabilidade comparando as escolas 2 a 2, teste de Shapiro-Wilks para testar a hipótese de normalidade dos resíduos e teste de Razão de Verossimilhança para testar a hipótese de que há ao menos duas escolas que apresentam diferença estatística em relação às médias das características estudadas. 3. RESULTADOS Tabela 1. Consumo de arroz, feijão e carne durante uma refeição por pré-escolares de 3 a 5 anos nas diferentes escolas da Região Sul de Campinas, expresso em gramas (média e desvio padrão) e valor energético total por refeição. Escola Arroz Feijão Carne Calorias totais* % de Adequação 1 66,58 83,03 49,98 (16,90) (11,60) (15,64) ,67% 55,03 81,02 33,31 2 (16,05) (22,71) (7,97) ,22% 30,39 44,83 28,46 3 (7,43) (8,51) (5,20) ,30% 49,53 44,68 35,34 4 (11,80) (11,85) (12,48) ,96% 59,43 77,61 64,01 5 (11,58) (7,03) (8,52) ,18% 75,47 106,71 32,33 6 (31,05) (14,03) (20,83) ,07% * Calorias totais por refeição (kcal)*considerando o consumo médio de arroz, feijão e carne. Guarnição e sobremesa não estão inclusos no cálculo. Tabela 2. Valores Mínimo, Máximo, Média e Desvio Padrão para o teor de sódio (mg/100g) nas amostras de arroz, feijão e carne por escola da Região Sul. Amostra Escolas Mín. Máx. Média Desvio Padrão 1 226,37 708,48 453,29 206, ,73 405,29 338,08 48,78 Arroz 3 85,87 203,04 142,72 45, ,08 184,94 178,67 5, ,10 310,93 252,97 48, ,28 182,80 164,01 15, ,19 229,48 171,20 49, ,74 306,96 239,08 57,23 Feijão 3 72,98 199,76 136,34 52, ,24 145,51 110,59 24, ,13 271,58 255,83 11, ,63 232,73 169,66 52, ,31 276,19 197,59 59, ,45 614,18 450,24 129,44 Carne 3 251,13 458,63 352,55 82, ,16 475,89 425,93 33, ,72 413,71 294,60 91, ,24 294,27 239,15 47,27
3 Tabela 3. Valores Mínimo, Máximo, Média e Desvio Padrão referentes às quantidades de sódio (mg) ingeridas por crianças de 3 a 5 anos através das amostras de arroz, feijão e carne e também em uma refeição (arroz + feijão + carne) nas diferentes escolas da Região Sul. Amostra Escola Mín. Máx. Média Desvio Padrão 1 150,72 471,71 301,80 137, ,24 223,03 186,05 26,84 Arroz 3 26,10 61,70 43,37 13, ,75 91,60 88,49 2, ,35 184,79 150,34 28, ,89 137,96 123,78 11, ,98 190,54 142,15 41, ,33 248,70 193,71 46,36 Feijão 3 32,72 89,55 61,12 23, ,85 65,01 49,41 10, ,59 210,77 198,55 9, ,58 248,35 181,04 56, ,63 138,04 98,75 29, ,41 204,58 149,98 43,12 Carne 3 71,47 130,53 100,33 23, ,81 168,18 150,52 11, ,72 264,82 188,57 58, ,92 95,14 77,32 15, ,32 790,12 542,70 207, ,98 675,35 529,73 116,02 Refeição 3 188,46 222,88 204,83 13, ,63 311,81 288,43 20, ,66 660,37 537,46 95, ,37 445,22 382,13 53,01 Tabela 4. Valor médio do teor de sódio (mg) ingerido por refeição, oferecida aos pré escolares de 3 a 5 anos de 6 escolas da região Sul de Campinas e % de adequação em relação a recomendação do PNAE. EMEIs Na total na refeição (Arroz + Feijão + Carne) Recomen dação (mg)* Adequação (%) da Recomendação 1 542, , , , , , , , , , , ,53 *FNDE (Resolução nº 26, 17 de junho de 2013) Figura 1. Quantidade de sal (g) ingerida por criança (de 3 a 5 anos) em apenas uma refeição. 4. DISCUSSÃO Verifica-se pelos dados da Tabela 1 que as porções médias consumidas de cada preparação são altamente variáveis entre as escolas, visto que o consumo médio de arroz, feijão e carne apresentaram valor mínimo e máximo igual a 30,39g e 75,47g; 44,68g e 106,71g; 28,46g e 64,01g, respectivamente. Nas escolas estudadas eram ofertadas apenas 1 refeição, sendo indicado um consumo energético de 270kcal para pré-escolares por refeição correspondendo a 20% da necessidade nutricional diária de acordo com o PNAE. Em cerca de 66% das escolas (Escolas 1, 2, 5 e 6) o consumo energético manteve-se acima do preconizado pelo PNAE. Pereira [12] identificou um valor calórico médio por refeição igual a 392 kcal, igual ao obtido na Escola 5 e superior ao encontrado nas outras escolas e relata que uma alimentação altamente calórica aumenta consideravelmente os riscos de desenvolvimentos de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente excesso de peso e obesidade, especialmente entre crianças e adolescentes. Com base na Tabela 2, os teores mais elevados de sódio foram evidenciados na preparação arroz da Escola 1 e carne da Escola 2, sendo evidenciado valores reais iguais a 708,48 mg/100g e 614,18 mg/100g e valores médios iguais à 453,29 mg/100g e 450,24 mg/100g, respectivamente, sendo que estas duas amostras também foram as que apresentaram maior desvio padrão (206,08 e 129,44, demonstrando alta variação em relação à média). Dias [13] identificou teores médios de sódio nas preparações servidas para escolares iguais à 622,85mg e concluiu que os fatores que mais contribuíram para este teor elevado foram os temperos prontos utilizados e a quantidade de sal adicionada nas preparações. Ottoni e Spinelli [14] também identificaram teores de sódio nas preparações de arroz, feijão e carne variáveis
4 em uma escola privada de São Paulo e os condimentos industrializados foram os principais contribuintes para o teor de sódio total; no arroz, o uso de tempero industrializado para o preparo de arroz foi responsável por cerca de 30% do sódio total da preparação. A adição de sal iodado na preparação influencia diretamente nas concentrações finais de sódio e iodo [15]. Estes resultados são semelhantes à alguns resultados encontrados no presente estudo, no entanto os valores máximo encontrados no estudo de Ottoni e Spinelli [14] são inferiores aos resultados máximo encontrados no presente estudo. Um estudo [15] determinou a concentração de 9 elementos químicos essenciais no almoço de crianças em idade escolar e seus resultados demonstram que em relação ao arroz, o teor médio de sódio encontrado no presente estudo foi superior (254,96mg/100g); em relação ao feijão os resultados médios foram semelhantes no entanto o valor máximo encontrado por Freitas [15] foi superior (416,4mg/100g) ao obtido no presente estudo (255,83mg/100g); em relação à carne a diferença dos valores foi significativa visto que o valor médio encontrado por Freitas [15] foi cerca de 8 vezes superior ao encontrado no estudo vigente; ao comparar o valor máximo obtido por este autor notase que este é cerca de 6 vezes superior ao obtido na pesquisa vigente. Essa disparidade entre os valores de sódio nas preparações pode ser justificada pelo desuso do receituário padrão aliado a um modo especial de tempero não padronizado que vise agradar os escolares. Houve diferença estatística significativa em relação ao teor de sódio no arroz apenas quando comparadas a Escola 1 com as Escolas 3, 4 e 6 e Escola 2 com as Escolas 3 e 6. Em relação ao teor de sódio no feijão e na carne, houve diferença estatística significativa quando comparadas a Escola 1 com as Escolas 2 e 4 e a Escola 2 com a Escola 6. Alterações de marca de produtos durante a coleta e lote dos produtos pode justificar a diferença dos dados, embora não tenha sido analisado, além da forma de preparo, sendo identificado grande despadronização na variação dos ingredientes utilizados nas receitas em uma escola de Piracicaba/SP [16]. Nota-se por meio da Tabela 3 que o teor médio de sódio ingerido proveniente do arroz na Escola 3 (43,37mg) foi significativamente inferior ao obtido na Escola 1 (301,80), a qual apresentou maior consumo médio de sódio (301,80mg), desvio padrão (137,21) e teor de sódio real e/ou puro em comparação com as outras escolas (471,71mg). Em relação ao feijão, notou-se que o teor médio de sódio ingerido na Escola 4 (49,41mg) foi cerca de 4 vezes inferior ao obtido na Escola 5 (198,55mg), sendo estas as escolas com menor e maior teor médio de sódio ingerido, respectivamente. Em relação ao consumo de sódio oriundo da carne, notou-se que o teor de sódio ingerido na Escola 6 (77,32mg) foi 2,4 vezes inferior ao obtido na Escola 5 (188,57mg), sendo estes o valor mínimo e máximo obtidos nesta preparação, respectivamente. Conforme os dados da Tabela 4, nota-se que 50% das escolas (Escolas 1, 2 e 5) apresentaram teor médio de sódio ingerido superior à recomendaçã. Há estimativas de ingestão de sódio entre 390mg e 520mg em uma refeição baseando-se nos dados de consumo alimentar [15], valores que corroboram com os resultados obtidos no presente estudo. A ingestão de refeições ricas em sódio pode criar e definir hábitos alimentares inadequados contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis [17]. O consumo de sódio por refeição considerou apenas o teor de sódio presente nas preparações de arroz, feijão e carne, no entanto é possível que o teor de sódio ingerido por refeição seja superior ao encontrado neste estudo, visto que um estudo realizado em São Paulo identificou teores de sódio significativos em hortaliças, devido a adição de condimentos extras [14]. Não foi analisado o uso de condimentos extras durante o preparo das refeições, no entanto, o elevado teor de sódio encontrado em algumas preparações são possíveis indicadores de seu uso. Segundo a Organização Mundial da Saúde [18], o cloreto de sódio é a principal fonte alimentar de sódio e o consumo excessivo é o maior fator de risco para doenças coronarianas e acidente vascular encefálico. O cloreto de sódio é composto por 40% de sódio, assim, calculou-se o teor de sal ingerido pelo público de estudo, conforme evidenciado na Figura 1. Notase que em 50% das escolas analisadas o consumo de sal manteve-se abaixo da recomendação e em 50% manteve-se acima da faixa de recomendação. A Resolução atual nº 26, de 17 de junho de 2013 a qual regulamenta o PNAE recomenda o consumo máximo de sódio por refeição para ensino básico parcial igual a 400mg (1g de sal). Essa recomendação de restrição da utilização de sal em 1g por escolar visa reduzir a incidência de crianças hipertensas, levando-se em conta sua eficácia dietética na prevenção e tratamento da hipertensão [19]. As preparações a base de carne bovina apresentaram os teores de sódio mais elevados, especialmente a carne em cubos, a carne moída com quiabo e a carne moída com batata. A carne moída refogada e a carne em cubos devem ser temperadas com alho, cebola, vinagre, sal, óleo, cebolinha e salsinha, em quantidades iguais em ambas preparações [20]. O conteúdo de sódio dos outros ingredientes segundo a
5 Tabela Brasileira de Composição de Alimentos [21] consiste em 2mg/100g de cebolinha crua, 1mg/100g de cebola crua, 5mg/100g de alho cru, 2mg/100g de salsa crua e 0mg em óleo. Nota-se que o ingrediente que mais contribui para o teor de sódio das preparações é o sal de adição. A carne moída é frequente em cardápios estando presente em quase 80% dos cardápios em Manaus/AM [22]. É uma preparação de fácil aceitação, como evidenciado em Nova Odessa/SP, onde 96,55% dos alunos consumiam a carne moída quando disponível [23]. Quanto maior a adição de sal, maior a aceitação, pois o cloreto de sódio é um estimulador do apetite e um modulador do sabor, além disso, as crianças adquirem o gosto por sal conforme a quantidade que ingerem diariamente [24, 25]. Um estudo identificou teor médio de sódio em preparações que utilizam carne bovina igual a 310,6mg/100g ± 32,9 [26], inferior ao obtido no presente estudo. 5. CONCLUSÃO O teor de sódio ingerido por refeição assim como o valor energético total por refeição foi superior à recomendação em 3 e 4 escolas respectivamente, comprometendo a qualidade de vida dos préescolares; O teor de sódio nas preparações foi altamente variável sendo que o sal de cozinha contribuiu de forma predominante nos resultados finais de teor de sódio por preparação, evidenciando a falta de padronização das preparações entre as diferentes escolas; Os resultados mostraram a necessidade de desenvolvimento de atividades de educação nutricional infantil e com os profissionais responsáveis pelo preparo das refeições, visando adaptar a preferência por alimentos com menor teor de sódio, assim como a padronização dos modos de preparo e redução do teor de sal adicionado nas preparações, prevenindo o desenvolvimento de doenças crônico nãos transmissíveis; É necessário um acompanhamento mais efetivo por parte dos profissionais da área de alimentação e nutrição nas escolas, realizando as adequações pertinentes quanto ao planejamento de cardápios, buscando a adequação. AGRADECIMENTOS A Pontifícia Universidade Católica de Campinas pela estrutura oferecida e ao Fundo de Apoio à Iniciação Científica (FAPIC/Reitoria) pelo apoio financeiro recebido para a realização desta pesquisa. REFERÊNCIAS [1] Leal, K. K. et al. (2015), Qualidade da dieta de pré-escolares de 2 a 5 anos residentes na área urbana da cidade de Pelotas, RS. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 33, n. 2, p [2] Sociedade Brasileira de Pediatria. (2006), Manual de Orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. Departamento Científico de Nutrologia. São Paulo, 64p. [3] Araújo, T. L. et al. (2008), Análise de indicadores de risco para hipertensão arterial em crianças e adolescentes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 42, n. 1, p [4] Naghettini, A. V. et al. (2010), Avaliação dos fatores de risco e proteção associados à elevação da pressão arterial em crianças. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 94, n. 4, p [5] Crispim, P. A. A.; Peixoto, M. R. G.; Jardim, P. C. B. V. (2014), Fatores de Risco associados aos níveis pressóricos elevados em crianças de dois a cinco anos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 102, n. 1, p [6] Rosaneli, C. F. et al. (2014), Aumento da pressão arterial e obesidade na infância:uma avaliação transversal de 4609 escolares. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,São Paulo, v. 103, n. 3. [7] Ribas, S. A.; Silva, L. C. S. ( 2014). Fatores de risco cardiovascular e fatores associados em escolares do Município de Belém, Pará, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, São Paulo, v. 30, n. 3, p [8] Andrade, H. et al. (2010), Hipertensão arterial sistêmica em idade pediátrica. Revista Portuguesa de Cardiologia, Portugal, v. 29, n. 3, p [9] Costa, F. P.; Machado, S. H. (2010), O consumo de sal e alimentos ricos em sódio pode influenciar na pressão arterial das crianças? Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, supl. 1, p
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