A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA NAS EMPRESA

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1 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA NAS EMPRESA Ana Maria Castanharo Higor Henrique de Figueiredo Tássia de Queiroz Gargiulo D Andréa tassiadandrea@hotmail.com Profª. M Sc. Máris de Cássia Ribeiro maris@unisalesiano.edu.br, RESUMO A logística reversa é um termo bastante genérico, no seu sentido mais amplo significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. É uma nova área da logística empresarial que atua de forma a gerenciar e operacionalizar o retorno de bens e materiais após sua venda e consumo. Devido a legislações ambientais mais rígidas e maior consciência por parte dos consumidores as empresas estão não só utilizando uma maior quantidade de materiais reciclados mais como também tendo de se preocupar com o descarte ecologicamente correto. Com isso todas as empresas têm feito da logística reversa uma grande estratégia em seu planejamento de negócio. O trabalho vem mostrar oportunidades em redução de custo e destacar alguns conceitos básicos sobre a logística reversa. Palavra Chave: Logística Logística Reversa Gestão Estratégicas de Custos 1 INTRODUÇÃO A logística planeja, realiza as operações e faz o controle das mercadorias que estão envolvidas nos mais diversos processos. A logística tem aplicado esforços no estudo dos fluxos de mercadorias e informações dentro da cadeia de suprimentos, enfocando o fluxo produtivo direto. Ou seja, desde o fornecimento da matéria-prima até a disponibilização do produto final ao consumidor. Segundo Ballou (1993), ela estuda a melhor forma de se atingir um melhor nível de rentabilidade na distribuição de produtos até o consumidor, planejando, organizando e controlando o movimento e estocagem, de forma a proporcionar facilidade no fluxo de mercadorias. É fator importante para a sobrevivência e manutenção das empresas. A logística empresarial funciona como ferramenta estratégica para as organizações que convivem em um ambiente competitivo. A distribuição de produtos de forma eficaz aos consumidores proporciona um diferencial ao cliente. O crescente volume de bens oferecidos tem acelerado o processo de distribuição, onde o fornecimento de um produto em local ideal e tempo, é fundamental para que as empresas possam se destacar no mercado.

2 Segundo Leite, a importância econômica da distribuição, seja sob o aspecto conceitual mercadológico ou sob o aspecto concreto operacional da distribuição física, revela-se cada vez mais determinante para as empresas, tendo em vista os crescentes volumes transacionados, decorrentes da globalização dos produtos e das fusões de empresas, e a necessidade de se ter o produto certo, no local certo, no tempo certo, atendendo a padrões de níveis de serviços diferenciados ao cliente e garantindo seu posicionamento competitivo no mercado (Leite, 2003). A logística é muito importante para as organizações, uma vez que com o desenvolvimento dos processos produtivos, a necessidade da cadeia de distribuição é fundamental para a transferência de produtos aos consumidores e empresas. O aumento de bens produzidos trouxe junto uma preocupação com o meio ambiente e tem despertado na população a consciência ecológica. A distribuição de produtos desenvolveu-se de forma rápida e eficaz, porém a preocupação por parte das organizações, quanto ao reaproveitamento desses produtos após o seu descarte não acompanhou esse desenvolvimento. Existem algumas raras exceções, como é o caso da reciclagem de embalagens de alumínio que é praticada algum tempo. O aumento no uso de embalagens e descartáveis demonstra a despreocupação com processos de reciclagem (Ballou, 1993). Segundo Leite, (2003) e Dong Chen, (2003) apud Oliveira e Raimundini, (2005), grande parte dos produtos que são consumidos e depois descartados, podem passar pelo processo de reciclagem. Eles podem ser reaproveitados por meio da reintegração ao processo produtivo. Dentro desse contexto surge a Logística Reversa. Tema com grande importância para as organizações sejam elas industriais comerciais ou de serviços. De forma geral a logística reversa, trata do retorno de produtos consumidos e/ou não utilizados, por meio de canais de distribuição. Assim como nos processos produtivos diretos, a logística reversa faz o planejamento, implementa e controla o fluxo inverso ao fluxo produtivo direto, procurando agregar valor a esses produtos, reintegrando-os ao processo produtivo e de negócios. Já Felizardo e Hatakeyama (2005) destacam que, a organização que programar o processo reverso em sua cadeia produtiva, agregará valor à sua imagem frente à sociedade, beneficiando o meio ambiente, estabelecendo inclusive novas oportunidades de negócios, trazendo também outros benefícios tais como a geração de postos de trabalho, revertendo assim em benefícios ao meio no qual está inserida. Para elaboração desse artigo foi utilizada a revisão bibliográfica dos seguintes autores: Atkinson (2000); Ballou (1993); Bowersox (1986); Caldwell (1999); Chaves e Martins (2005); De Brito (2002); Felizardo e Hatakeyama (2005); Horngreen (2000); Krikke (1998); Lacerda (2002); Lambert (1998); Leite (2003); Martins (2005); Oliveira e Raimundini (2005); Rogers e Tibben Lembke (1999); Tibben- Lembke (2002); Quinn (2001). 2 Logística Reversa A logística é responsável por planejar, implementar e gerenciar, de forma eficaz, o fluxo de matérias-prima, produtos e informações ao longo da cadeia. Ao contrário da logística direta, a logística reversa por enquanto não conta com uma estrutura suficiente

3 para fazer fluir, de forma eficiente, todos os resíduos, embalagens, produtos, entre outros, gerados pela cadeia de distribuição direta. Foi nos anos 90, que segundo Chaves e Martins (2005), surgiram novas abordagens sobre o assunto, destacando o aumento da preocupação com questões ambientais, legislação nessa área, órgãos de fiscalização e a preocupação com as perdas por parte das empresas, como aspectos que contribuíram para a evolução do tema logística reversa. Segundo Zikmund e Stanton apud Felizardo e Hatakeyama (2005), a conceituação mais antiga sobre logística reversa data do início dos anos 70. Onde se aplica os conceitos de distribuição, porém voltados para o processo de forma inversa, com o objetivo de se atender as necessidades de recolhimento de materiais provenientes do pós-consumo e pós-venda. No final dos anos 70, Ginter e Starling apud Felizardo e Hatakeyama (2005), destacaram a logística reversa dando uma maior atenção para os aspectos da reciclagem e suas vantagens para o meio ambiente, e também seus benefícios econômicos, além da importância dos canais reversos como forma de viabilizar o retorno dos efluentes. Lambert e Stock (1981) apud Felizardo e Hatakeyama (2005), destacaram a logística reversa como [...] o produto seguindo na contramão de uma rua de sentido único pela qual a grande maioria dos embarques de produtos flui em uma direção. Nesta conceituação percebe-se a logística reversa fazendo o sentido contrário ao da logística direta. De forma mais abrangente, Leite (2003) conceitua logística reversa da seguinte maneira: A logística reversa é responsável por tornar possível o retorno de materiais e produtos, após sua venda e consumo, aos centros produtivos e de negócios, por meio dos canais reversos de distribuição agregando valor aos mesmos. A alta competitividade das empresas, grande fluxo de informações juntamente com o avanço tecnológico, a rapidez com que o produto é lançado no mercado e o crescimento da consciência ecológica quanto às conseqüências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente, estão contribuindo para a inclusão de novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade de um modo geral, sinalizando assim para uma valorização maior dos processos de retorno de produtos e materiais descartados no meio ambiente. Chaves e Martins (2005) destacam um outro aspecto que está ocasionando o crescimento da importância da logística reversa nas operações de logística empresarial. Segundo eles, a causa desse crescimento dá-se ao grande potencial econômico que possui o processo logístico reverso e que no momento não tem sido explorado como deveria. 3 Importância da Logística Reversa Reaproveitamento e remoção de refugo que fazem parte diretamente da logística reversa estuda e gerencia o modo como os subprodutos do processo produtivo serão descartados ou reintegrados ao processo. Devido a legislações ambientais cada vez mais rígidas, a responsabilidade do fabricante sobre o produto está se ampliando. Além do refugo gerado em seu próprio processo produtivo, o fabricante está sendo responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. Isto tem ampliado uma

4 atividade que até então era restrita a suas premissas. Normalmente, os fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo. A maioria deles usados são descartados ou incinerados com consideráveis danos ao meio ambiente. Atualmente, legislações mais rígidas e a maior consciência do consumidor/empresário sobre danos ao meio ambiente estão levando as empresas a repensarem sua responsabilidade sobre seus produtos após o uso. A Europa, particularmente a Alemanha, é pioneira na legislação sobre o descarte de produtos consumidos. (Rogers & Tibben-Lembke, 1999). Administração de devoluções (que é chamada de Logística Reversa por Lambert) envolve o retorno dos produtos à empresa vendedora por motivo de defeito, excesso, recebimento de itens incorretos ou outras razões, assim diz (Lambert, 1998). O maior problema apontado por Caldwell (1999) é a falta de sistemas informatizados que permitam a integração da Logística Reversa ao fluxo normal de distribuição. Por esta razão, muitas empresas desenvolvem seus próprios sistemas ou terceirizam este setor para firmas especializadas, mais capacitadas a lidar com o processo. Apesar de muitas empresas saberem da importância que o fluxo reverso tem, a maioria delas tem dificuldades ou desinteresse em implementar o gerenciamento da Logística Reversa. A falta de sistemas informatizados que se integrem ao sistema existente de logística tradicional (Caldwell, 1999), a dificuldade em medir o impacto dos retornos de produtos e materiais, com o conseqüente desconhecimento da necessidade de controlá-lo (Rogers & Tibben-Lembke, 1999), o fato de que o fluxo reverso não representa receitas, mas custos e como tal recebem pouca ou nenhuma prioridade nas empresas (Quinn, 2001), são algumas das razões apontadas para a não implementação da Logística Reversa nas empresas. Lambert (1998) apontam à logística desempenhando importante papel no Planejamento Estratégico, e como arma de Marketing nas organizações. Empresas com um bom sistema logístico conseguiram uma grande vantagem competitiva sobre aquelas que não o possuem. Sua grande contribuição é na ampliação do serviço ao cliente, satisfazendo exigências e expectativas. Os autores pesquisados afirmam colocar a Logística Reversa como parte fundamental do sistema logístico das empresas. O que se percebe é que é apenas uma questão de tempo até que a Logística Reversa ocupe posição de destaque nas empresas. As empresas que forem mais rápidas terão uma maior vantagem competitiva sobre as que demorarem a implementar o gerenciamento do fluxo reverso, vantagem que pode ser traduzida em custos menores ou melhora no serviço ao consumidor.uma integração da cadeia de suprimentos também se fará necessária. O fluxo reverso de produtos deverá ser considerado na coordenação logística entre as empresas. 4 Logística Reversa: Motivos e Causas As principais razões que levam as firmas a atuarem mais fortemente na Logística Reversa são: a) Legislação Ambiental, que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do tratamento necessário;

5 b) Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo; c) A crescente conscientização ambiental dos consumidores. Além destas razões, Rogers & Tibben-Lembke (1999) ainda apontam motivos estratégicos, tais como: a) Razões competitivas Diferenciação por serviço; b) Limpeza do canal de distribuição; c) Proteção de Margem de Lucro; d) Recaptura de valor e recuperação de ativos. Quaisquer que sejam os motivos que levam uma empresa qualquer a se preocupar com o retorno de seus produtos e materiais e a tentar administrar este fluxo de maneira científica, isto é a prática de Logística Reversa. De acordo com Bowersox (1986) o processo logístico é visto como um sistema que liga a empresa com as devoluções de produtos. Apesar do planejamento logístico, muitas vezes, priorizar apenas o estudo do fluxo de produtos no sentido Empresa-Cliente, Bowersox (1986) coloca a importância de também se olhar o fluxo reverso. Quer seja devido à recalls efetuados pela própria empresa, responsabilidade pelo correto descarte de produtos perigosos após seu uso, produtos defeituosos e devolvidos para troca, vencimento de produtos, desistência da compra por parte do cliente ou legislação, o fato é que o fluxo reverso é um fator comum. A Logística Reversa não é utilizada necessariamente para aprimorar a produtividade logística. No entanto, o movimento reverso é justificado sobre uma base social e deve ser acomodado no planejamento do sistema logístico. O ponto importante é que a estratégia logística não poderá ser formulada sem uma consideração cuidadosa dos requerimentos da logística reversa diz Bowersox (1986). Em termos logísticos, quando se adiciona o sistema de logística reversa ao fluxo de saída de mercadorias, tem-se uma Cadeia de Suprimentos Integral afirma Krikke (1998). A Cadeia de Suprimentos Integral (CSI) é baseada no conceito de ciclo de vida do produto. Durante seu ciclo de vida, o produto percorre a cadeia de suprimentos normal. O que é acrescentado na CSI são as etapas de descarte, recuperação e reaplicação, permitindo a reentrada do fluxo de material na cadeia de suprimentos (Krikke, 1998). Um planejamento de Logística Reversa envolve praticamente os mesmos elementos de um plano logístico convencional: nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoques, fluxo de materiais e sistema de informações. O nível de serviços faz parte da estratégia global da empresa. Se como arma de vendas está incluído algo como satisfação garantida ou seu dinheiro de volta ou garantia de troca em caso de defeito, o sistema logístico tem que estar preparado para o fluxo reverso e qualquer falha pode arriscar toda a imagem da companhia. Uma vez determinado o volume e as características do fluxo reverso, devem-se estabelecer os locais de armazenagem, os níveis de estoque, o tipo de transporte a ser utilizado e em que fase se dará à reentrada no fluxo normal do produto. Bowersox (1986) estabelece que o objetivo administrativo fundamental seja obter integração de todos os componentes no sistema logístico. Esta integração deverá ser buscada em três níveis: primeiro, a integração dos componentes das áreas de distribuição física, suporte à manufatura e compras em uma

6 base de custo total. Depois, estas três áreas têm que ser coordenadas em um esforço logístico único e, finalmente, a política de logística da empresa tem que ser consistente com os objetivos globais e dar apoio às outras áreas na busca destes objetivos. Como integrar a Logística Reversa na política da empresa é hoje um dos grandes desafios do Administrador Logístico. As diferenças entre os sistemas de logística com fluxo normal e a Logística Reversa são quatro, de acordo com Krikke (1998). A primeira diferença é que a logística tradicional à frente é um sistema onde os produtos são puxados (pull system), enquanto que na Logística Reversa existe uma combinação entre puxar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Como resultado de uma legislação mais restritiva e a maior responsabilidade do produtor, na Logística Reversa, a quantidade de lixo produzido (e a distinção entre o que é reciclável do que é lixo indesejado) não pode ser influenciada pelo produtor e deverá ser igualada à demanda de produtos, já que a quantidade de descarte já é limitada em muitos países. Em segundo lugar, os fluxos tradicionais de logística são basicamente divergentes, enquanto que os fluxos reversos podem ser fortemente convergentes e divergentes ao mesmo tempo. Terceiro, os fluxos de retorno seguem um diagrama de processamento pré-definido, no qual produtos descartados são transformados em produtos secundários, componentes e materiais. No fluxo normal esta transformação acontece em uma unidade de produção, que serve como fornecedora da rede. Por último, na Logística Reversa, os processos de transformação tendem a ser incorporados na rede de distribuição, cobrindo todo o processo de produção, da oferta (descarte) à demanda (reutilização). Um outro ponto importante é que fluxos reversos estão em um nível de incerteza considerável. Ao se definir um sistema de Logística Reversa, a incerteza sobre quantidade e qualidade se torna bastante relevante. Todos estes fatores levam a concluir que um sistema de Logística Reversa, mesmo envolvendo os mesmos elementos básicos de um sistema logístico tradicional, deve ser planejado e executado em separado e como atividade independente. Alguns autores Rogers & Tibben - Lembke, (1999); Kim, (2001) discutem sobre as vantagens de se terceirizar essa área da empresa. Mas, terceirizando ou não, o que a maioria dos autores acredita é que as equipes responsáveis pela logística tradicional e pela Logística Reversa devem ser independentes. Lacerda (2002) aponta seis fatores críticos que influenciam a eficiência do processo de logística reversa. Os fatores são: a)bons controles de entrada; b)processos mapeados e formalizados; c)tempo de ciclo reduzidos; d)sistemas de informação; e)rede logística planejada; e f)relações colaborativas entre clientes e fornecedores. Quanto mais ajustados esses fatores, melhor o desempenho do sistema logístico. Os autores acreditam que, devido ao processo de globalização, onde multinacionais adotam políticas comuns para todas suas filiais e os governos tendem a adotar legislações ambientais mais rigorosas em todos os países, em pouco tempo, as mesmas práticas ambientais adotadas na Europa serão implementadas no Brasil. Fora isto, tem-se um Código do Consumidor bastante rigoroso que permite ao consumidor desistir e retornar sua compra em um prazo de sete dias, definindo maiores

7 responsabilidades das empresas por produtos fabricados e comercializados por elas além de estabelecer normas para os recalls. O consumidor nacional tem-se tornado também bastante consciente de seus direitos e das responsabilidades ambientais das empresas. Além de tudo, várias empresas (tanto varejistas como fabricantes), por razões competitivas, estão adotando políticas mais liberais de devolução de produtos. Tem-se também o reaproveitamento de materiais pelas empresas para redução de custos. Tudo isso, aumenta o fluxo reverso dos produtos e materiais no canal de distribuição. 5 Custos em Logística Reversa Em Logística Reversa, as empresas passam a ter responsabilidade pelo retorno do produto à empresa, ou para reciclagem, ou para descarte. Seu sistema de custeio deverá, portanto, ter uma abordagem bastante ampla, como é o caso do Custeio do Ciclo de Vida Total. Para Atkinson (2000) este sistema permite aos gerentes administrar os custos do início ao fim. Horngreen (2000) aponta três benefícios proporcionados pela elaboração de um bom relatório de ciclo de vida do produto: a evidenciação de todo o conjunto de receitas e despesas associadas a cada produto, o destaque do percentual de custos totais incorridos nos primeiros estágios e permite que as relações entre as categorias de custo da atividade se sobressaiam. O uso de um sistema de custeio de ciclo de vida total não prescinde os sistemas tradicionais (ABC) ou custeio por processo. O que ele proporciona é a visibilidade dos custos por todo o ciclo de vida do produto. O custeio de ciclo de vida total abrange os demais, dependendo da fase em que se encontra o produto, em cada fase pode ser utilizado um tipo de custeio, sendo que o Custeio do Ciclo de Vida Total é o que englobam todos eles. O que se deve ter em mente é o ciclo todo possa gerar receitas durante seu ciclo de vida que possibilitem o ressarcimento dos custos. Com a inclusão do retorno do produto, tem-se mais um fator a ser considerado. Tibben-Lembke (2000) e De Brito (2002), ao comentarem sobre o ciclo de vida do produto e a Logística Reversa, afirmam a importância de, ainda na fase de desenvolvimento, ser levado em consideração o modo como se dará o descarte ou o reaproveitamento de peças e partes ao final da vida do produto. 6 A Preocupação Ambiental A logística reversa está relacionada com a destinação de produtos e materiais já descartados pelo consumidor final, contribuindo, portanto para a preservação do meio ambiente. Essa contribuição se dá pelo retorno de bens de pós-consumo ao ciclo produtivo, o que diminui o acúmulo de lixo industrial na natureza. Assim sendo, pode-se relacionar a logística reversa como uma importante ferramenta para a preservação ambiental. Essa prática deve-se em grande parte ao aumento de consciência ecológica do consumidor, que passa a dar preferência a produtos de empresas que demonstram preocupação com a preservação ecológica. Essa maior conscientização da sociedade se reflete no desenvolvimento de uma legislação adaptada aos modos de produção e consumo sustentáveis, que visam

8 minimizar os impactos das atividades produtivas ao meio ambiente. A CONAMA (resolução elaborada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente) estabelece às empresas fabricantes e importadoras de pneus a obrigação pela coleta e destino final ambientalmente adequado dos pneus inservíveis, o que obriga este segmento a sustentar políticas de logística reversa Chaves e Martins, (2005). Frente a essas regulamentações, organizações passam a desenvolver políticas voltadas para a imagem da empresa perante o consumidor, já que este está cada vez mais ciente de seus direitos. Diante da acirrada concorrência, que deixou de ser regional para tornar-se global, toda prática que possa ser usada como um possível diferencial no mercado de atuação é capturada e utilizada, pois em meio a tantos concorrentes, qualquer fator pode ser decisivo para determinar o posicionamento da empresa. A Legislação Ambiental, ao responsabilizar a empresa pelo controle do ciclo de vida do produto, responsabiliza legalmente a empresa pelos impactos ambientais causados por seus produtos, diz Trigueiro (2003). 7 Os Objetivos Econômicos O bom controle sobre o ciclo de vida do produto requer um bom sistema de gestão para possibilitar um controle eficaz deste ciclo Trigueiro (2003). O gerenciamento do retorno dos bens e materiais dentro da cadeia é fator decisivo para a otimização do ganho financeiro sobre esses produtos. Há possibilidade de este ser um dos benefícios proporcionados pela logística reversa. Ganhos financeiros e logísticos são apenas um dos benefícios que a logística reversa é capaz de proporcionar. Somem-se também os ganhos à imagem institucional da companhia por adotar uma postura ecologicamente correta, atraindo a atenção e preferência não só dos clientes, mas dos consumidores finais afirma Netto (2004). As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas Lacerda (2002). A implementação da logística reversa pode reverte grandes benefícios às organizações, tanto no aspecto econômico como também à imagem institucional dentro do ambiente na qual a mesma está inserida, pois reflete a preocupação com o meio-ambiente e a sociedade. Economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas Lacerda (2002). O reaproveitamento de materiais é um dos processos que fazem parte da dinâmica da logística reversa, e é um dos aspectos que mais possibilidades possuem para se agregar valor aos materiais retornáveis no processo inverso. 8 Diferencial Competitivo A utilização da logística reversa como forma de diferencial é importante para a empresa. A obtenção de vantagem competitiva é um dos principais fatores que levam as organizações a implementarem o processo reverso de distribuição. Segundo Chaves (2005), mudanças no comportamento de consumo das pessoas também têm contribuído para a incorporação da logística reversa por parte da empresas.

9 Além deste aumento da eficiência e da competitividade das empresas, a mudança na cultura de consumo por parte dos clientes também tem incentivado a logística reversa. Os consumidores estão exigindo um nível de serviço mais elevado das empresas e estas, como forma de diferenciação e fidelização dos clientes, estão investindo em logística reversa Chaves e Martins (2005). Empresas que possuem um processo de logística reversa, bem gerido, tendem a se sobressair no mercado, uma vez que estas podem atender seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes Barbosa (2005). As empresas que se anteciparem quanto à implementação da logística reversa em seus processos irá se destacar no mercado. Passará para a sociedade uma imagem de empresa corretamente ecológica, inovará na revalorização de seus produtos e irá explorar produtos e materiais de pós-venda e pós-consumo, agregando valor a estes. 9 CONCLUSÃO Este trabalho mostrou o desenvolvimento da Logística Reversa e o seu enquadramento com parte da Administração de Recuperação de Materiais. Passa-se então para a importância estratégica e para a redução de custos dentro das empresas, razão pela qual ela vem cada vez mais ocupando um lugar de destaque dentro das organizações, muito embora ainda de maneira muito incipiente. Tratou-se então de custos logísticos e que, com a inclusão de um sistema de Logística Reversa, necessitam da abordagem do custeio do ciclo de vida total, já que, com o retorno dos produtos às empresas, por qualquer que seja o motivo, esta passa a ser responsável pelos produtos até o final de sua vida útil. Mostramos também que existem poucos sistemas de informação já desenvolvidos e específicos para lidar com Logística Reversa, daí a necessidade do desenvolvimento interno de sistemas de informações. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é outro ponto fundamental para a Logística Reversa. O conhecimento de toda a cadeia onde se insere a empresa e a participação ativa e consciente de todos os integrantes torna-se pontos críticos para o total desenvolvimento da Logística Reversa, sendo que sem isto tudo pode se perder. Com isso nota-se a possibilidades de reduções de custos em montantes consideráveis, bastando à aplicação de um bom sistema reverso de logística. REFERÊNCIA ATKINSON, A. A., BANKER, R. D., KAPLAN, R. S. & YOUNG, S. M. CONTABILIDADE GERENCIAL. São Paulo: Atlas, BALLOU, R. H. LOGÍSTICA EMPRESARIAL: Transportes, administração e distribuição física. São Paulo: Atlas, BARBOSA, A.; BENEDUZZI, B.; ZORZIN, G.; MENQUIQUE, J. e LOUREIRO, M. C. - LOGÍSTICA REVERSA: O REVERSO DA LOGÍSTICA.

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