FILOSOFIA: INTRODUÇÃO, ONTOLOGIA E EPISTEMOLOGIA ==============================================================

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1 FILOSOFIA: INTRODUÇÃO, ONTOLOGIA E EPISTEMOLOGIA A Filosofia é uma forma de indagar/explicar o mundo que, embora tenha sido influenciada por outras formas de explicar o mundo (isto é, a explicação mítica, a explicação do senso comum, a explicação religiosa, etc.), tem características particulares que a distinguem. Quando a Filosofia se ergueu na tentativa de indagar/explicar o mundo, ela se deparou (e ainda se depara) com formas iniciais de explicação, quais sejam: o senso comum, o mito e a religião. Ainda que diferentes, todas são formas de indagar/explicar o mundo. É importante entender as diferenças entre a Filosofia e o senso comum/mito/religião enquanto maneiras opostas de compreender o mundo. Vejamos as especificidades de cada uma dessas forma de indagação/explicação do mundo. O Mito é uma forma de explicar o mundo baseado na fé, na emotividade, na imaginação, na intuição, etc. Já a Filosofia é uma explicação que busca leis universais, baseadas na lógica e na racionalidade e que podem ser aprendidas por qualquer pessoa que se dedique. Contudo, deve-se ressaltar que a explicação mítica/religiosas e de senso comum não são simplesmente "mentiras" na medida em que tentam fazer com que as pessoas consigam compreender algo. ============================================================== Costuma-se indicar a Grécia Antiga como o berço da Filosofia. As primeiras escolas de pensamento filosófico que tentaram construir um questionamento oposto ao mito/senso comum/religião podem ser agrupadas na noção de "Filósofos Pré- Socráticos". Assim, entre os primeiros filósofos, isto é, os "filósofos pré-socráticos", é possível destacar dois grupos: os "Filósofos da Natureza" e os "Sofistas". Filósofos Pré Socráticos A - Filósofos da Natureza Em geral, os filósofos pré-socráticos estavam interessados em fundamentar a origem do mundo e das transformações da Natureza. Taç exercício de explicação de toda a natureza (cosmos/universo) pode ser denominada como cosmologia. Os principais objetivos do pensamento pré-socrático são: a) a busca por uma explicação racional e sistemática sobre a origem e transformações da Natureza na medida em que o mundo não surgiu do nada; b) a busca pelo elemento primordial que deu origem a tudo que existe na Natureza (eles chamavam este elemento de Physis ou, o que é o mesmo, "Natureza eterna". Os pré socráticos divergiam acerca de qual seria a origem primeira de toda a Natureza, isto é, divergiam acerca de qual era a Physis (uns acreditavam que era o fogo, outros pensavam que era a água, o ar, a terra etc.). O fato é que a principal divergência que houve entre os pré-socráticos foi a oposição entre Heráclito e Parmênides. Para Heráclito, o princípio agente de todas as coisas está em constante transformação, isto é, tudo flui, tudo está em movimento e nada dura para sempre, e nessa constante oposição está a unidade da physis. Assim, não podemos nos banhar no mesmo rio por duas vezes, pois quando voltamos ao rio, ele já não é mais o mesmo e nós também já nos transformamos. Heráclito se preocupava com o "vir-a-ser" de cada uma das coisas que existem, ou seja, ele se interessava em entender não apenas como as coisas são mas também como elas tendem a ser. Em suma, ele acreditava na eterna transformação de tudo quanto existe.

2 Para Parmênides não devemos nos preocupar como as coisas tendem a ser. Isto é, ele acreditava que não podíamos nos preocupar com o vir-a-ser de cada coisa, mas apenas se concentrar em tentar entender como as coisas de fato são. Assim, ele negou a possibilidade de transformação na natureza, afirmando que tudo que existe sempre existiu, pois nada que existe pode ter surgido do nada ou se transformar em nada. As transformações observadas na natureza, para ele, eram apenas ilusão dos sentidos, e confiava apenas na razão. Em suma ele defendia a ideia de que todas as coisas que existem sempre existiram de maneira que elas são imutáveis. B - Sofistas Outro grupo de pensadores pré-socráticos foram os Sofistas. Para eles, não havia verdade, já que a mesma mudava conforme os filósofos, o tempo e o lugar. Tornaramse, portanto, defensores do relativismo, ou seja, nada é absoluto de modo que a verdade é relativa. Como a verdade é relativa, no fundo isso equivale a dizer que ela não existe. O que existe são opiniões. Assim, a única coisa que importava era ganhar as discussões através do ensino da boa oratória e argumentação (isto é através da retórica). Eles ensinavam seus alunos a vencer um debate ou a conquistar o público através da retórica. Caso fosse necessário, defendiam até mesmo a utilização de "sofismas" ou falácias (argumentos falsos mas que possuem estratégias capazes de enganar os menos precavidos). Assim, ao apelarem para a utilização de sofismas e falácias acabaram por fazer com que a Filosofia voltasse a se misturar com as explicações mitológicas de mundo. Vejamos o exemplo de um filósofo sofista que se tornou célebre. Górgias, um dos maiores sofistas, declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; mesmo que a causa seja justa ou não, não lhe interessa, o que importa é vencer. Além de apelarem para as falácias e para os sofismas, os filósofos sofistas também foram criticados por cobrar por suas aulas. Em suma, para eles a Filosofia era sinônimo de retórica, isto é, significa a arte da persuasão. Sócrates desenvolveu seu pensamento se contrapondo aos filósofos chamados Sofistas. Estes filósofos defendiam o relativismo da verdade (isto é que haviam várias verdades) e que uma versão da verdade poderia se impor às outras por meio do domínio da arte do convencimento, isto é, a Retórica. Sócrates Sócrates foi um filósofo ateniense que viveu no século V a.c. e que acabou condenado à morte devido ao incomodo que suas atividades filosóficas causavam aos poderosos. Para Sócrates o grande objetivo da Filosofia era buscar a verdade absoluta (divergindo, assim, dos sofistas que acreditavam no relativismo da verdade). Segundo ele, todos os seres humanos, sendo racionais, poderiam aprender a verdade. Deste modo, a tarefa do filósofo seria auxiliar as pessoas nessa busca. Assim, para auxiliar as pessoas no alcance da verdade, Sócrates desenvolveu um método/procedimento que tinha por objetivo ajudar na obtenção da verdade. Sócrates chamou este método de Maiêutica, pois era um método usado para ajudar as pessoas a chegar à verdade. Maiêutica significava "fazer um parto", assim, Sócrates pretendia fazer o parto da verdade, ou seja, fazer a verdade nascer.. Esse método é basicamente o seguinte: 1)

3 Negar a explicação de mundo que estamos acostumados (reconhecer que no fundo todos somos ignorantes, daí dizer: "só sei que nada sei"); 2) Elaborar perguntas filosóficas para refletir sobre o que estamos interessados em conhecer; e 3) Buscar respostas racional e logicamente elaboradas. ============================================================== Antes de seguir em frente é necessário entender o panorama geral que dá sentido às discussões que faremos. Isto é, os próximos autores que estudaremos serão melhor compreendidos se os colocarmos num mesmo contexto geral. Assim sendo, vamos tentar compreender os termos deste referido contexto geral. Acima vimos que existem várias formas de explicar as coisas do mundo e que, dentre essas várias formas, se destacava a Filosofia como a forma que a nossa sociedade desenvolveu para explicar o mundo. Portanto, estudamos a forma filosófica de explicar o mundo (isto é, aprendemos a maiêutica). Assim, nas primeiras aulas aprendemos a forma de explicar o que cada coisa do mundo É. Portanto, tratava-se de explicar o que É cada coisa do mundo. Tratava-se de explicar o seu SER 1. A área da Filosofia que estuda o SER de cada coisa do mundo, ou seja, que estuda o que cada coisa do mundo É, se chama Ontologia ou Metafísica. Assim, a maiêutica de Sócrates é uma forma de explicar o que É cada coisa do mundo. A partir de agora faremos uma reflexão um tanto quanto mais abstrata. Tentaremos pensar sobre como pensamos sobre as coisas do mundo. Noutras palavras, se a Filosofia é uma forma de conhecer filosoficamente o mundo, então a partir de agora iremos pensar/refletir sobre essa forma de conhecer. Nós refletiremos sobre como se dá o conhecimento filosófico. Nós questionaremos o próprio conhecimento filosófico. Iremos pensar sobre um pensamento. Em suma: Nós tentaremos explicar como se dá a explicação filosófica de mundo. Tentaremos conhecer como se dá o conhecimento filosófico sobre as coisas do mundo. Portanto, se acima estávamos estudando Ontologia ou Metafísica, agora estamos estudando Teoria do Conhecimento ou Epistemologia. Teoria do Conhecimento ou Epistemologia Antes fazíamos a seguinte pergunta: O QUE É cada coisa do mundo (O que é a beleza? O que é a virtude? O que é a honestidade? O que é a coragem? O que é a liberdade? O que é a vida? O que é a morte? O QUE É...? etc...). Agora faremos as seguintes perguntas: qual a origem do conhecimento? O que é o conhecimento? Como é possível o conhecimento? Como se dá o conhecimento? Cada filósofo que estudaremos abaixo ofereceu a sua resposta para essas questões. Vejamos as respostas de cada um deles. PLATÃO A teoria do conhecimento de Platão tenta nos demonstrar como, para ele, se dá conhecimento. 1 Lembre-se que o verbo SER quando é conjugado na terceira pessoa do singular fica da seguinte forma: Ele(a) É. Ou seja, a coisa do mundo (ela/ele) É...

4 Imagine que estamos tentando explicar para alguém o que É, ou melhor, o que SÃO as seguintes coisas do mundo: cachorro, casa, pessoa, roupa, perfume. O cachorro é BOM. A casa é BOA. A pessoa é BOA. A roupa é BOA. O perfume é BOM. Nestes exemplos acima, estamos tentando fazer com que a pessoa CONHEÇA essas coisas do mundo. A pergunta que poderíamos fazer é a seguinte: como se dá o conhecimento sobre as coisas do mundo? Veja, não estamos tentando entender o que ela É. Estamos tentando entender como se dá o conhecimento sobre o que cada coisa é. Platão nos mostra que para alcançar o conhecimento devemos tentar capturar as ideias fixas que não se transformam. Devemos tentar descobrir as Formas, isto é, as ideias fixas que não se transformam. Naquelas frases citadas acima, a ideia fixa é a ideia de "bom/boa". O que faz com que um cachorro seja bom é diferente do que faz com que uma casa, uma pessoa ou um perfume sejam bons. Mas em todos esses casos a ideia fixa de "bom" permanece a mesma. Em todos estes casos, a ideia geral, fixa e abstrata (Forma) bom é compartilhada. Neste exemplo, é esta ideia fixa de "bom" que devemos tentar descobrir. Ou seja, devemos tentar descobrir a Forma do que é "bom", a ideia fixa de "bom" que está por trás de cada uma das coisas (embora estas coisas sejam boas por razões diferentes). Para Platão tudo que existe é composto de uma substância abstrata que é inata (não se transforma, pois esta substância é naturalmente daquele jeito). É essa substância, ou seja, é esta forma que o filósofo deve tentar descobrir. Portanto, devemos tentar entender o que é a Forma bom. Devemos tentar entender o que significa de modo mais geral a noção de "bom". Assim, embora o cachorro seja bom por uma razão diferente do perfume ser bom, ambos compartilham da noção geral de "bom". O conjunto das ideias gerais, fixas e que não se transformam. Isto é, o conjunto das Formas habita um mundo que Platão chamou de Mundo das Ideias (que é também chamado de "mundo inteligível"). É nesse mundo que está o conhecimento verdadeiro e, se quisermos alcançar o conhecimento verdadeiro, devemos tentar entender este mundo. O Mundo das Ideias é abstrato e só pode ser capturado pelo pensamento. Mas, todos os seres humanos são dotados dos sentidos. A questão é seguinte: Nossos sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato) nos possibilitam alcançar o conhecimento verdadeiro? Platão diz que NÃO. Para ele, não podemos alcançar o conhecimento através dos sentidos. Para ele, os sentidos alcançam apenas o Mundo das Coisas (que também é chamado de "mundo sensível"), acabando, assim, por ficar preso à aparência. Assim, para ele, o verdadeiro conhecimento deveria ir além da aparência do Mundo das Coisas e chegar à essência do Mundo das Ideias. Assim, nossos sentidos apenas percebem a aparência que faz com que um cachorro seja bom ou que uma pessoa seja boa. Portanto, nossos sentidos apenas percebem que um cachorro é bom porque ele é forte, bonito, etc., ou que uma pessoa é boa porque é honesta, simpática, etc. Devemos ir além dessas aparências e tentar aprender o que é a Forma "bom". Existem várias Formas no Mundo das Ideias: Forma

5 de ser humano, Forma de bom, Forma de mau, Forma de honestidade, Forma de beleza, Forma de amor, Forma de cachorro, Forma de mesa, etc. A conclusão geral disso é que os sentidos percebem apenas o mundo das coisas enquanto que o pensamento entende as formas do mundo das ideias. Os sentidos podem nos enganar pois estão presos apenas às aparências e o pensamento racional não nos engana pois ele nos permite acessar a essência. Disso resulta que podemos afirmar que o mundo das ideias é superior ao mundo das coisas. Portanto, para Platão, se quisermos alcançar o conhecimento devemos desconfiar do conhecimento adquirido pelos sentidos e preferir o conhecimento adquirido pelo pensamento racional. Assim, devemos nos afastar do mundo concreto das coisa e preferir refletir sobre o mundo abstrato das ideias. Para ele é assim que se dá o conhecimento. O mito da caverna O mito ou Alegoria da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de A República onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal. A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades. Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.). Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo. Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso

6 redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres. (Fonte: ARISTÓTELES Como vimos, para Platão devemos nos afastar das aparências (e do mundo concreto das coisas), uma vez que elas podem nos enganar. Assim, não deveríamos confiar no conhecimento adquirido pelos sentidos e, ao contrário, deveríamos confiar apenas no conhecimento adquirido pelo pensamento racional que nos levaria às formas que compõem o mundo das ideias, nos levando, assim, à essência além das aparências. Para Aristóteles o conhecimento se dá de um modo diferente. Para Aristóteles, não é posssível ignorar e não acreditar no conhecimento que vem dos sentidos. Assim, devemos confiar no conhecimento que vem dos sentidos. O que não devemos é nos contentar com o conhecimento que vem dos sentidos. Devemos ir além do conhecimento que vem dos sentidos e utilizar o pensamento racional para alcançar o conhecimento. Assim, o conhecimento deve somar o conhecimento que adquirimos através dos sentidos com o conhecimento adquirido pelo pensamento racional. Para Aristóteles é um erro pensar que as aparências concretas nos enganam e nos oferecem um conhecimento inferior do mundo. Para ele, ao contrário, o conhecimento só é possível se começar pelas aparências concretas. Mas, embora devamos começar o conhecimento das coisas pelas aparências das coisas, não devemos nos contentar com elas e, através do pensamento devemos tentar alcançar a dimensão não-aparente das coisas do mundo. Assim, para Aristóteles as coisas do mundo tem várias formas de SER elas mesmas. As coisas do mundo podem SER de vários jeitos, de várias formas. As coisas do mundo podem ter aspectos não-aparentes e aspectos aparentes. Isto é, as coisas do mundo têm aspectos que os nossos sentidos conseguem perceber, mas, por outro lado, elas têm aspectos que apenas o pensamento racional consegue entender. As coisas do mundo podem ser compreendidas segundo várias categorias. Estas categorias podem ser aparentes ou não-aparentes. Para facilitar a explicação, Aristóteles apresentou sua teoria das quatro causas. Esta teoria tenta explicar as coisas do mundo segundo suas várias categorias, isto é, segundo seus vários modos de SER. Vejamos: Causa Material Causa Formal Causa Eficiente Causa Final

7 As coisas, como dissemos, podem ser elas mesmas de vários modos, de vários jeitos, segundo várias categorias. Pense numa estátua de bronze de um homem sentado. Um modo de ser da coisa, um dos seus jeitos de ser ela mesma é o material do qual ela é feita. No caso da estátua de bronze de um homem sentado, o material do qual ela é feita é o bronze. Logo, sua causa material é o bronze. Causa material é a causa que tenta demonstrar o material do qual a coisa é feita. Causa formal é o formato, o "desenho" da coisa. A estátua de bronze do homem sentado só é estatua de bronze de um homem sentado porque ela é feita de bronze e também porque ela foi feita num certo formato, num certo desenho, nesta caso o formato de um homem sentado. Assim, já podemos perceber que a estátua de bronze de um homem sentado pode ser ela mesma de vários modos, segundo várias categorias. Ela acaba sendo ela mesma porque ela é de bronze e também porque ela é daquele formato de homem sentado. Como se pode perceber, a causa formal tenta explicar o formato da coisa, como ele é, quais são suas características, etc. 2 Mas, temos ainda a causa eficiente e a causa final. A causa final é aquela que tenta explicar a finalidade da coisa do mundo, isto é, sua funcionalidade, sua utilidade. A coisa do mundo não apenas é feita num certo material em um certo formato, como também tem certa utilidade. Como se vê ela pode ser ela mesma destes três modos. A utilidade da estátua de bronze do homem sentado pode ter a finalidade de alegrar o ser humano, de colocá-lo para pensar, etc. Por fim, temos a causa eficiente. A causa eficiente é a causa que tenta explicar aquilo que deu o formato ao material. Isto é, é a causa que tenta mostrar como um material sem forma (informe) acabou ganhando certo formato. A estátua de bronze do homem sentado só é ela mesma porque alguém/alguma coisa transformou o bronze bruto (sem forma/informe) no formato específico de homem sentado. Aquilo que dá forma ao material bruto é explicado pela causa eficiente. Pensemos em exemplos: a causa eficiente da estátua de bronze do homem sentado é o trabalho do escultor. A causa eficiente de uma mesa de madeira é o trabalho do carpinteiro/marceneiro. Como é possível perceber, embora não possamos ver, tatear, cheirar, sentir o gosto ou ouvir o trabalho do marceneiro e do escultor, ainda assim, a mesa de madeira ou a estátua de bronze do homem sentado só são elas mesmas porque nelas está contido o trabalho deles. O trabalho deles não é aparente (é nãoaparente), mas está lá, está presente nestas coisas do mundo embora não possamos perceber com nossos sentidos. Só nosso pensamento racional pode nos levar a entender que estas coisas do mundo são como são porque são produtos do trabalho seja do marceneiro seja do escultor. O trabalho contido na coisa do mundo é um modo de ser ela mesma. O trabalho contido na coisa do mundo ajuda a definir aquilo que ela É. A causa eficiente vai tentar demonstrar isto. Portanto, podemos resumir o pensamento de Aristóteles afirmando que ele valoriza o conhecimento adquirido pelos sentidos, mas não se limita a estes conhecimentos, buscando também, através do pensamento racional, os aspectos nãoaparentes das coisas do mundo. A teoria das quatro causas que Aristóteles defende é uma maneira de sintetizar como se dá o conhecimento. No debate epistemológico já foram estudadas as posições de Sócrates, Platão e Aristóteles. Os próximos autores que estudaremos são Descartes (racionalista), David *** 2 Como se vê, tanto a causa material quanto a causa formal são causas que nossos sentidos podem perceber. Em geral, basta olhar para perceber do que é feita uma coisa ou qual seu formato.

8 Hume e John Locke (empiristas) e, por fim, Kant. Como se verá, as posições destes autores podem ser compreendidas como polos opostos no debate de teoria do conhecimento, enquanto que Kant poderia ser apontado como o pensador responsável por elaborar uma crítica entre os dois campos em oposição produzindo uma revolução no debate epistemológico que ficou conhecida como revolução copernicana de Kant. DESCARTES (RACIONALISMO) Inicialmente devemos apontar que o pensamento de Descartes poderia ser abordado segundo vários temas, desde política, passando por artes ou religião. Entretanto, estudaremos este autor segundo o enfoque da teoria do conhecimento. A teoria do conhecimento de Descartes tenta nos demonstrar como, para ele, se dá conhecimento. Pode-se dizer que Descartes se colocou o seguinte desafio: verificar os vários tipos de conhecimento existentes e dentre eles destacar um tipo de conhecimento que pudesse ser chamado de indiscutivelmente verdadeiro. Assim, de início devemos apontar que, para este autor, o conhecimento verdadeiro é aquele de que não se pode duvidar (sendo assim, o conhecimento verdadeiro é aquele caracterizado por ser inquestionável, indubitável) Assim sendo, Descartes vai tentar demonstrar os vários tipos de conhecimento e, em seguida, vai tentar demonstrar qual é o conhecimento verdadeiro e porque este conhecimento é inquestionável enquanto que os outros tipos são questionáveis. Para o autor, há três tipos de ideias que compõe o conhecimento humano: Ideias Adventícias: São as ideias adquiridas, pelos sentidos, do mundo exterior ao indivíduo. O indivíduo utiliza seus sentidos para compor ideias em sua mente que tiveram origem no mundo exterior (obs.: Só para efeito de curiosidade: adventício é o adjetivo que significa fora do lugar de origem. Assim, as ideias são adventícias porque embora elas estejam na mente humana, elas tiveram origem no mundo exterior.). Exemplos: as ideias de cavalo; casa; mesa; pássaro; computador; carro; flor; etc. Ideias Fictícias: São as ideias compostas a partir da combinação de Ideias Adventícias (ou de partes de ideias adventícias) associadas à criatividade, imaginação, fantasia, etc. Estas ideias não correspondem a nada no mundo exterior, ou seja, elas se referem a coisas que não existem no mundo exterior percebido pelos sentidos. São produtos da criatividade fantasiosa da mente humana. Exemplos: cavalo alado; sereia; dragão; etc. Ideias Inatas: São as ideias desenvolvidas a partir da nossa capacidade de questionar/refletir/duvidar. Estas ideias já nasceram com o ser humano, embora não são desenvolvidas plenamente já no momento do nascimento. Assim, todas as ideias que, para existir, não dependeram dos nossos sentidos, mas, ao contrário, dependeram apenas nossa capacidade de questionar/refletir/duvidar podem ser apontadas como Ideias Inatas. Deste modo, devido ao fato de as ideias inatas não mobilizarem o conhecimento adquirido pelos sentidos, mas apenas utilizarem o pensamento racional, estas ideias podem ser chamadas de puramente racionais. Exemplos: as ideias matemáticas; os conceitos filosóficos; a capacidade humana de não se conformar com o que lhe é imposto e, assim, questionar tudo, etc. A grande ideia inata é a nossa capacidade de questionar/refletir/duvidar e tudo que for desenvolvido a partir desta ideia central será considerado Ideia Inata. ***

9 Uma vez explicados os tipos de conhecimento, podemos agora demonstrar qual é o conhecimento verdadeiro, isto é, o conhecimento inquestionável e porque ele pode ser apontado como inquestionável. Do mesmo modo, podemos demonstrar porque os outros conhecimentos são questionáveis. Comecemos pelo mais óbvio: As ideias fictícias são facilmente questionáveis e, por isso, facilmente percebemos que elas não são verdadeiras. Muito tranquilamente nós podemos perceber que elas só existem porque foram criadas pelo ser humano. Mais difícil, entretanto, é perceber porque as ideias adventícias não são inquestionáveis, sendo, ao contrário, questionáveis. Para Descartes, as ideias adventícias são adquiridas pelos sentidos. Ocorre que os sentidos nem sempre nos levam para o conhecimento verdadeiro, ou seja, muitas vezes nós podemos vir a ser enganados pelos sentidos. Assim sendo, não é possível ter certeza absoluta do conhecimento adquirido pelos sentidos (isto é, das ideias adventícias), pois ora eles nos levam para a verdade e ora nos levam para o engano. Como não é possível confiar em todos os casos (pois haverá casos em que recairemos em engano), pode-se dizer que há casos em que o conhecimento adquirido pelos sentidos podem ser questionados. Logo, se estes conhecimentos podem ser questionados (mesmo que apenas em alguns casos), devemos chegar à conclusão que as ideias adventícias são questionáveis, não sendo, portanto, inquestionáveis, não sendo, consequentemente, indiscutivelmente verdadeiras. Devemos perceber a sutileza do argumento: não é que o mundo exterior (cujo conhecimento nos adquirimos pelos sentidos) não exista. Não se trata de dizer que o mundo exterior não existe. Na verdade se trata do seguinte: nada me garante que ele exista indiscutivelmente. E eu não posso ter essa garantia porque eu só posso perceber esse mundo pelos sentidos e, como esse meio é um meio que pode me levar ao engano, logo não posso confiar totalmente na existência do mundo exterior. Assim sendo, podemos apontar agora, porque as ideias inatas é que são verdadeiras, indiscutíveis e inquestionáveis. Aparentemente é possível questionar as ideias inatas, ou seja, é aparentemente possível questionar nossa capacidade de questionar/refletir/duvidar. Entretanto, isso é possível apenas na aparência, pois na prática se nós questionamos nossa capacidade de questionar esse já é o próprio exercício de nossa capacidade de questionar. Assim como se nós pensamos sobre nosso pensamento este exercício mental já é a nossa própria capacidade de pensar que está operando... E a confirmação final é quando tentamos pensar que nós não estamos pensando... Como se vê não é possível pensar que não estamos pensando e, mesmo que conseguíssemos, isso já seria a nossa própria capacidade de pensar. Portanto, nossa capacidade de questionar/refletir/duvidar é algo que não é possível superar. Sempre estaremos pensando. A conclusão que se tira disso é a seguinte: a única certeza que podemos ter é a nossa própria capacidade individual de pensar e, todo conhecimento para ser chamado de verdadeiro deve ser aquele desenvolvido pelo próprio indivíduo, sozinho, a partir de sua própria capacidade de pensar. Essa conclusão leva ao famoso cogito ergo sum de Descartes: Penso, logo existo.

10 Esta frase não quer dizer que o meu pensamento é a causa da existência. Na verdade essa frase que dizer que a única certeza que cada indivíduo pode ter é: 1) que ele, enquanto indivíduo, pensa; 2) como quem pensa é ele (o indivíduo dentro de seu corpo), logo pode concluir indiscutivelmente que ele existe. Veja que essa frase é a forma de Descartes demonstrar que cada indivíduo só pode ter certeza indiscutível da própria existência, pois ele pode conclui isso a partir da veracidade indiscutível do próprio pensamento dele. EMPIRISTAS (JOHN LOCKE e DAVID HUME) O pensamento de Locke e Hume poderia ser abordado segundo vários temas, desde política, passando por artes ou religião. Entretanto, agora estudaremos esses autores segundo o enfoque da teoria do conhecimento. LOCKE O pensamento de Locke se coloca de forma oposta ao pensamento de Descartes. Para ele, o conhecimento só pode ser adquirido a partir do contato com o mundo empírico. Para este filósofo, o ser humano é uma tabula rasa, isto é, cada ser humano é um vazio de informações, um quadro em branco que só será preenchido a partir do contato, através dos sentidos, com o mundo empírico exterior a nós. Deste modo, o conhecimento se inicia a partir das experiências proporcionadas pelos sentidos, desenvolvendo-se, em seguida, através da reflexão, em Ideias Simples (são as ideias que existem para identificar diretamente uma coisa no mundo. Exemplos: pé, cana, carro, árvore, etc.) ou Ideias Complexas (ideias derivadas das ideias simples e que não encontram nada no mundo empírico exterior que a identifique precisamente. Por exemplo, pé de cana é uma ideia complexa, pois não existe uma coisa no mundo que seja o pé de cana. Esta expressão depende de duas ideias simples anteriores que a compõe. Veja que pé é uma ideia simples, cana é outra ideia simples. Pé de cana é uma ideia complexa que embora tenha conexão as ideias simples de pé e de cana, na verdade significa uma terceira coisa...) HUME O pensamento de David Hume se assemelha ao pensamento de Locke. Para este filósofo, o ser humano é uma caixa vazia de informações quando nasce e todas as ideias que nós desenvolvemos só são possíveis a partir do contato, através dos sentidos, com o mundo empírico exterior. Assim, segundo ele, o conhecimento verdadeiro se dá a partir do contato, através dos sentidos, com o mundo empírico exterior. Este contato nos confere certas Impressões sobre o mundo. Entretanto, é inevitável desenvolver algumas Ideias a partir deste contato com o mundo empírico e com as impressões que vamos percebendo. Essas ideias já são, entretanto, cópias modificadas (imperfeitas) das impressões que vivemos e sentimos. Ou seja, embora estas ideias guardem alguma semelhança com a sensação que tivemos quando sentimos a coisa no mundo (coisa, aliás, que está ideia está tentando se referir) ainda assim esta ideia nunca será equivalente à sensação que tivemos e que a originou.

11 Para Hume, as ideias excessivamente abstratas, ou seja, que não se referem de forma direta a nada no mundo empírico (são ideias insatisfatórias), pois mesmo que elas tenham conexão com o mundo exterior, ainda assim essa conexão é muito distante e muito modificada em relação à impressão que a originou. Como é muito modificada é excessivamente imprecisa. KANT Kant efetuou uma síntese entre os filósofos racionalistas e os filósofos empiristas, isto é, tentou demonstrar que ambos isoladamente estavam equivocados em seus argumentos no debate sobre teoria do conhecimento. Assim, produziu uma revolução copernicana no debate epistemológico afirmando que a questão não deveria ser construída como "Pensamento OU Sentidos" mas sim como "Pensamento E Sentidos". Filósofos racionalistas como Descartes atribuíam todo o conhecimento à capacidade intelectual dos seres humanos, isto é, atribuíam o conhecimento à capacidade de pensar, ao poder do pensamento. Já os empiristas argumentavam pela prevalência dos sentidos e por um contato mais efetivo com o mundo empírico. Kant demonstrou que o conhecimento era o modo como o ser humano se relacionava com aquilo que ele (ser humano) queria conhecer. Ou seja, o conhecimento não estava nas coisas tais como elas se apresentam diante de nós e nem apenas na nossa racionalidade. O conhecimento é o modo como nosso pensamento racional organiza e dá sentido às intuições percebidas pelos sentidos. Nossos sentidos percebem o mundo exterior sempre de um ponto específico no tempo e no espaço e esta percepção, em sua forma mais imediata e crua, é chamada de Intuição pura, que, entretanto, logo dá origem à chamada intuição empírica (que já é um tipo de percepção de mundo marcada por uma mescla entre o conhecimento adquirido pelos sentidos e o conhecimento já organizado pela atividade do pensamento). Como se vê, a partir daquilo que os sentidos percebem (e esta percepção é marcada pelo ponto no tempo e no espaço), o pensamento já inicia sua atividade de organizar as intuições. O entendimento é o espaço do pensamento. Daí surgir, então os chamados Juízos, que é quando se alcança, enfim, o conhecimento. O mais importante, contudo, é perceber o seguinte: Os sentidos são uma forma passiva de conhecimento (daí notarmos que tal passividade gera conformismo, como vimos acima nas aulas sobre Hume). O pensamento é uma forma ativa de conhecimento (daí notarmos que tal ativismo gera inconformismo, como vimos acima na aula sobre Descartes). Quando dizemos que os sentidos são uma forma passiva de conhecimento queremos dizer que os sentidos apenas se adaptam àquilo que eles percebem. Já quando dizemos que o pensamento é uma forma ativa de conhecimento queremos dizer que o pensamento busca organizar, segundo os princípios da racionalidade, aquilo que se quer conhecer. Devido ao fato de Kant querer fazer uma síntese tem-se que ele defende uma teoria do conhecimento em que a partir daquilo que os sentidos intuem passivamente, o pensamento passa a atuar (agir) para dar sentido lógico (o pensamento atua para organizar aquilo que foi intuído pelos sentidos). O conhecimento é esse processe de intuir e organizar, logo necessita tanto dos sentidos e suas intuições e da atividade do pensamento

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