SOCIOLOGIA. O Homem é um ser social. 1 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SOCIOLOGIA. O Homem é um ser social. 1 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo"

Transcrição

1 SOCIOLOGIA Estudo cientifico dos fatos sociais, de suas estruturas e de seus fatores bem como da inter relação e interação social. Parte da ciência Social que tem por objeto o estudo dos fenômenos que ocorrem na vida social da mais simples a mais complexa sociedade O Homem é um ser social 1 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo Aristóteles A trajetória da sociologia começa a ser traçada com o movimento político e intelectual conhecido como Iluminismo ( Inglaterra, Holanda e França, séc XVII e XVIII ), que exerceu enorme influência no século XVIII, propondo reformas no interesse das classes privilegiadas ( elite ), conforme leis que regeriam ao mesmo tempo a sociedade, o universo e a natureza e a Revolução Industrial ( Inglaterra, 1750 com introdução da máquina a vapor - séc. XVIII em diante ). Em seguida, após a Revolução Francesa ( França, ) e a queda do Antigo Regime ( regime político vigente na França até a Rev. Francesa ), a Sociologia adquiriu os traços que ostenta hoje em dia, aos poucos destituindo-se da roupagem de ciência ética, de filosofia política ou social, preocupada em determinar uma ordem justa das relações humanas, para concentrar-se na descrição e interpretação dos elementos desempenhos, grupos, valores, normas e modelos sociais de conduta que determinam a integração dos sistemas sociais. O termo Sociologie foi cunhado por Auguste Comte, que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem inclusive a História, a Psicologia e a Economia. Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os remédios para os problemas de ordem social. O surgimento da sociologia ocorreu num momento de grande expansão do capitalismo, desencadeado pela dupla revolução a industrial e a francesa. O triunfo da indústria capitalista na revolução industrial desencadeou uma crescente industrialização e urbanização, o que provocou radicais modificações nas condições de existência e nas formas habituais de vida de milhões de seres humanos. Estas situações sociais radicalmente novas, impostas pela sociedade capitalista, fizeram com que a sociedade passasse a se constituir em "problema". Diante disso, pensadores ingleses da época procuraram extrair dessas novas situações temas para a análise e a reflexão, no objetivo de agir, tanto para manter como para reformar ou modificar radicalmente

2 a sociedade de seu tempo. Isto foi fundamental para a formação e a constituição de um saber sobre a sociedade. Outra circunstância que também influenciou e contribui para a formação da sociologia se deve às transformações ocorridas nas formas de pensamento, originadas pelo Iluminismo. As transformações econômicas que o ocidente europeu presenciou desde o século XVI, provocaram modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura. A partir daí, o pensamento deixa de ter uma visão sobrenatural para a explicação dos fatos da natureza e passa a ser substituído pelo uso da razão. O emprego sistemático da razão representou um avanço para libertar o conhecimento do controle teológico, da tradição, da revelação e para a formulação de uma nova atitude intelectual diante dos fenômenos da natureza e da cultura. Essas novas maneiras de produzir e viver,propiciaram um visível progresso das formas de pensar e contribuíram para afastar interpretações baseadas em superstições e crenças infundadas, abrindo conseqüentemente um espaço para a constituição de um saber sobre os fenômenos histórico-sociais. Esta crescente racionalização da vida social não era um privilégio somente de filósofos e homens que se dedicavam ao conhecimento, mas também, do homem comum dessa época, que renunciava cada vez mais os fatos submetidos às forças sobrenaturais, passando a percebê-los como produtos da atividade humana, passíveis de serem conhecidos e transformados. A revolução francesa contribuiu para o surgimento da sociologia na medida em que o objetivo dessa revolução era mudar a estrutura do Estado monárquico e, ao mesmo tempo, abolir radicalmente a antiga forma de sociedade; promover profundas inovações na economia, na política, na vida cultural, etc; além de desferir seus golpes contra a Igreja. Tais atitudes ocasionaram profundos impactos, causando espanto aos pensadores da época e à própria burguesia, já instalada no poder. Diante disso, esses pensadores se incumbem à tarefa de racionalizar a nova ordem e encontrar soluções para o estado de "desorganização" então existente. Mas, para estabelecer esta tarefa seria necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os fatos sociais e instituir uma ciência da sociedade. Assim, pensadores positivistas da época concluíram que, para restabelecer a organização e o aperfeiçoamento na sociedade, seria necessário fundar uma nova ciência. Essa nova ciência assumia, como tarefa intelectual, repensar o problema da ordem social, ressaltando a importância de instituições como a autoridade, a família, a hierarquia social, destacando a sua importância teórica para o estudo da sociedade. A oficialização da sociologia foi, portanto, em larga medida, uma criação do positivismo que procurará realizar a legitimação intelectual do novo regime. 2 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

3 Foram as idéias desenvolvidas por incontáveis homens e mulheres, ao longo da história humana, que começa na Mesopotâmia e no Egito a mais de quatro mil anos antes do nascimento de Cristo, que reunidas, trabalhadas e revistas, formaram o que hoje temos como CONHECIMENTO em todas as áreas da vida. A Sociologia foi o resultado da união de inúmeros pensadores, nas diversas partes do mundo. Alguns se conheciam, muitos outros nunca se viram. Uns complementando outros, até formar o que conhecemos como ciência sociológica ou ciência da sociedade ou Sociologia. Destes tantos, quatro pensadores foram responsáveis por estruturar os fundamentos da Sociologia possibilitando criar três linhas mestras explicativas, fundadas por eles e aos quais iremos estudar: AUGUSTE COMTE. 1798: Isidore Auguste Marie Xavier Comte nasce em Montpellier no sul da França; 1806: aos 9 anos é internado no Liceu de Montpellier; 1812: se prepara ao concurso da Escola Politécnica de Paris; 1814: aos 16 anos ingressa na Escola Politécnica de Paris; 1817: conhece Saint-Simon; 1824: rompe com Saint-Simon; 1825: casa-se com Caroline Massin; 1826: inauguração do Curso de Filosofia Positiva; 1827: Comte tenta o suicídio, no Sena; 1829: retoma o curso de Filosofia Positiva; 1830: começa escrever Cours de Philosofie Positive; 1842: separa-se de Caroline Massin e termina de escrever Cours de Philosofie Positive ; 1844: publica o Discurso sobre o Espírito Positivo e conhece sua musa inspiradora Clotilde de Vaux; 1845: Comte é sustentado por amigos como Stuart Mill; 3 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

4 1846: morre Clotilde e Comte a transforma no gênio inspirador de uma nova religião; 1847: Comte proclama a Religião da Humanidade; 1851/1854: publica Política Positiva e o Catecismo Positivista ; 1857: 5 de setembro morre em Paris Augusto Comte; História: Comte viveu num período (século XIX) da história francesa em que se alternavam regimes despóticos e revoluções. Acontecia nesse momento o processo da Revolução Francesa ( ); A maior parte das idéias de Comte veio à luz durante a Restauração, período histórico politicamente conservador e reacionário, compreendido entre os anos de 1815 a 1848 (do Congresso de Viena até as revoluções de 1848), quando os princípios liberais e democráticos da Revolução Francesa entraram em refluxo, sofrendo perseguições por parte dos conservadores e dos contra-revolucionários; Inspirado, num primeiro momento por Saint-Simon, seu mestre, um dos mentores do socialismo utópico, para quem trabalhou como secretário de 1819 a 1824, Comte vislumbrou o surgimento de uma nova era, de uma Nova Ordem que superaria tanto o liberalismo-democrático como o reacionarismo: a Era Científica ou Positiva; A corrente de pensamento positivista surge no século XIX das crises sociais e moral do final da Idade Média e do princípio da Revolução Industrial e em meio a uma tensão do Liberalismo, quando os pensadores que defendiam esta corrente começaram a discordar acerca da tentativa de conciliar a estrutura racional liberal com o empirismo. O Positivismo foi uma das primeiras doutrinas filosóficas do século XIX e uma das mais influentes do seu tempo. Suas raízes enraigam do empirismo do filósofo inglês David Hume (morto em 1776), que inculcou nos seus seguidores uma poderosa vocação em procurar entender as coisas do mundo com olhos científicos, afastando-se de tudo o que não fosse exato, factual, comprovável; Dessa forma, o positivismo tornou-se a expressão renovada do agnosticismo (indiferença à existência de Deus) e do ateísmo; 4 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

5 O positivismo a partir da segunda metade do século XIX refletiu o entusiasmo burguês pelo progresso trazido com o desenvolvimento técnico-industrial capitalista; O positivismo caracteriza-se por um tom geral de confiança nos benefícios da industrialização bem como por um otimismo em relação ao progresso capitalista, guiado pela técnica e pela ciência; O funcionamento da sociedade obedeceria a diretrizes predeterminadas para promover o bem-estar do maior número possível de indivíduos; Projetou uma ordem espiritual inspirada na hierarquia e na disciplina da Igreja Católica que considerava muitos eficientes, e essa nova doutrina se dissociava totalmente da teologia cristã, pois, esta se baseava no sobrenatural e não no materialismo científico; Construiu templos positivistas, onde a humanidade e não a divindade, seria venerada. Comte via a humanidade como uma entidade uma, que nomeou de Grande Ser; Comte levou em consideração a questão social em suas reflexões. Ele defende a necessidade de uma reorganização completa da sociedade e essa reconstrução da sociedade consistia na regeneração das opiniões e dos costumes humanos. Logo, era necessária uma reestruturação intelectual dos indivíduos e não de uma revolução das instituições sociais, como propunham Saint-Simon, Fourier e Proudhon; Essa reforma da sociedade se daria da seguinte forma: reorganização intelectual, depois moral e por fim, política, pois segundo ele, a Revolução Francesa destruiu uma série de valores importantes da sociedade tradicional, não sendo capaz, entretanto, de impor novos e permanentes valores para a emergente sociedade burguesa; Na relação aos conflitos entre proletários e capitalistas, Comte assumiu uma posição considerada conservadora, defendendo a legitimidade da exploração industrial, concordava com a divisão das classes sociais e considerava indispensável a existência dos empreendedores capitalistas e dos operadores diretos, o proletariado. A tarefa a ser desempenhada pela filosofia positiva era restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial; As transformações impulsionadas pelas ciências visavam o progresso, este, porém, deve estar subordinada à ordem; 5 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

6 O pensamento positivista propõe um novo método e técnica, defende a ideia de existência humana conduzida apenas por valores completamente humanos, separando radicalmente a teologia e a metafísica, associando a uma diferente interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento ligada à ética humana radical; Preocupa-se apenas com questões que estavam ligadas ao humano e não a questões que se referiam ao plano externo, ao inventivo. A Lei dos Três Estados Teológico ou fictício: explicação baseada na fé, Deus é a única verdade, predomina a imaginação. Metafísico ou abstrato: O homem deixa de crer plenamente em Deus e deixa de responsabilizá-lo por todos os fenômenos, predomina a argumentação; Positivo ou científico: O homem procura as respostas para todos os fenômenos na ciência, predomina a observação; Sobre a Ciência Positiva Comte acreditava que a ciência positiva seria o fundamento da fraternidade entre os homens, mas a responsabilidade por conduzir o aperfeiçoamento das instituições estaria restrita a uma elite de cientistas; Acreditava que a solidariedade era um impulso natural do ser humano e que a escola é um dos órgãos sociais responsáveis por promovê-la; Comte divide a educação positivista em duas, sendo elas: espontânea e sistemática; ÉMILE DURKHEIM A CONCEPÇÃO FUNCIONALISTA DE SOCIEDADE - 15/4/1858-Nasce em Épinal-França Chega à Escola Normal Superior de Paris em Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

7 Torna-se o primeiro professor de sociologia da França. Começa a dar aulas na Universidade de Bordeaux a Escreve seus dois livros mais importantes: Da Divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Sociológico. Estabelece com eles, entre outras idéias, o conceito de consciência coletiva como um sistema de crenças e sentimentos comuns, que explicam as relações entre os membros de uma sociedade Publica Suicídio: Um Estudo de Sociologia, no qual examina os problemas de personalidade e afirma que as causas do suicídio são sociais e não individuais. Analisando a sociedade da época, a seu ver conturbado pela desordem, propõe a instituição de normas que possam ser observadas por todos - Referências e pressupostos contextuais do pensamento de Durkheim, - A Revolução Francesa e a Revolução Industrial de um lado e o manancial de idéias de vários autores deste período; - Intensificava-se a consciência da necessidade de se criar novas idéias e valores (novo sistema científico e moral) que se harmonizasse com a ordem industrial; A lei do progresso é uma força implacável, a vida coletiva é um ser distinto, complexo e irredutível às partes que a compõem; OBJETO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Dessa forma, a vida coletiva passou a ser o objeto da sociologia de Durkheim e seu estudo demandava a utilização do método positivo, apoiado na observação, indução e experimentação, tal como vinham fazendo os cientistas naturais. Durkheim via na ciência social uma expressão racional das sociedades modernas. Como Durkheim vê a sociedade Sociologia: Ciência das sociedades que mostra as coisas de maneira diferente de como se manifestam ao vulgo (vulgar). Durkheim foi influenciado pelas obras de Augusto Comte e Herbert Spencer, os iniciadores do Positivismo. 7 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

8 Considera os fatos sociais como coisas, cuja natureza não é modificável à vontade. Para ele, a sociedade é como um imenso corpo biológico que precisa ser bem observado, para, em seguida, conhecer-se sua anatomia e aí descobrir as causas e curas de suas doenças. Fatos sociais: Toda maneira de atuar, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, que é geral na extensão de uma dada sociedade, conservando uma existência própria, independente das suas manifestações individuais. Os fatos sociais incorporam-se à pessoa por meio da educação. Por ex: o fiel de uma religião, ao nascer, já encontra formadas as crenças e práticas de sua vida religiosa. Os fatos sociais funcionam independentes do uso que deles faço. Por isso, são maneiras de atuar, pensar e existir fora das consciências individuais em que se manifestam. São dotados de uma potência imperativa e coercitiva. Há uma vigilância pública, coletiva sobre o indivíduo. Para Durkheim a Sociologia é uma ciência e, por isso, deve ser neutra diante dos fatos sociais, isto é, a Sociologia não deve envolver-se com a Política. Assim, toda reforma social deve estar baseada primeiramente no conhecimento prévio e científico da sociedade, e não na ação política. O sociólogo deve ter o espírito idêntico ao do físico, do químico (ciências da natureza), quando se aventuram em uma região, ainda inexplorado, do seu domínio científico. Principais obras de Durkheim A divisão do Trabalho Social, 1893 As Regras do Método Sociológico, 1895 O Suicídio, 1897 As formas elementares da Vida Religiosa, 1912 Lições de Sociologia Educação e Sociologia Educação Moral 8 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

9 Conceitos básicos Consciência Coletiva: formada pelas idéias comuns que estão presentes em todas as consciências individuais de uma sociedade (psíquico social) e que determinam nossa conduta. Formam a base para uma consciência de sociedade. Ela não vem de uma só pessoa ou grupo, mas está difusa (espalhada) em toda a sociedade, e, por isso, é exterior ao indivíduo. A consciência coletiva é o que a sociedade pensa. Age de forma coercitiva sobre o indivíduo, impõe as regras sociais. Divisão do Trabalho Social Especialização das funções entre os indivíduos de uma sociedade. Ao desenvolver-se, a sociedade ia multiplicando-se em atividades a serem realizadas; Cada indivíduo teria uma função a cumprir, a qual é importante para o funcionamento de todo o corpo social. Com isso, cada membro da sociedade passa a depender mais dos outros indivíduos. Assim se dá a divisão do trabalho com o surgimento de novas atividades. Dois efeitos importantes: um, o econômico (aumento da produtividade); e outro, tornar possível a união e a solidariedade entre as pessoas de uma mesma sociedade. Solidariedade Mecânica e Solidariedade Orgânica Solidariedade Mecânica: Nas sociedades anteriores ao capitalismo, isto é, nas sociedades tribais e feudais, a divisão do trabalho social era pouco desenvolvida, não havia um grande número de especializações das atividades sociais. Assim, as pessoas não se unem porque uma depende do trabalho da outra, e, sim, são unidas pela religião, tradição ou sentimento comum a todos. Solidariedade Orgânica: Aparece quando a divisão do trabalho social aumenta. O que torna as pessoas unidas é uma interdependências das funções sociais. Para Durkheim a solidariedade orgânica é superior à mecânica, pois ao se especializarem as funções a individualidade é ressaltada, permitindo maio liberdade de ação. 9 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

10 Caso Patológico e Anomia Durkheim admitia que o capitalismo é a sociedade perfeita; trata-se apenas de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles, ou seja, curar as suas doenças. Caso Patológico: Durkheim acreditava que a sociedade, funcionando através de leis e regras já determinadas, faria com que os problemas sociais tivessem suas origens num estado social em que várias regras de conduta não estão funcionando (Crise Moral). Anomia: Por outro lado, os problemas sociais podem ter suas origens também na ausência de regras. Frente ao Caso Patológico cabe à Sociologia captar suas causas, procurando corrigi-las por outras mais eficientes. O Suicídio ( Fato Social!!??) O que leva uma pessoa a se suicidar? Loucura? Durkheim utilizou sua teoria para explicar o suicídio. O que aparentemente seria um ato individual, para ele, estava ligado com aquilo que ocorria na sociedade. A propósito desse tema, Durkheim verificou que existem três categorias de suicídios. Analise-os: Suicídio Altruísta: Ocorre quando um indivíduo valoriza a sociedade mais do que a ele mesmo, ou seja, os laços que o unem à sociedade são muito fortes. Deixe-me lembrar você do ocorrido em 11 de Setembro de Dois homens, considerados loucos, que pilotavam aviões se chocaram contra o World Trade Center, em Nova York, lembra? Para Durkheim, esses loucos poderiam ser classificados como suicidas altruístas, pois se identificavam de tal forma com o grupo Al Qaeda, ao qual pertenciam, que se dispuseram a morrer por ele. Da mesma maneira aconteceu com os kamikases japoneses durante a 2º Guerra Mundial ( ) e que, de certa forma, continua acontecendo com os homens-bomba de hoje. 10 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

11 Suicídio Egoísta: Se alguém se desvinculasse das instituições sociais (família, igreja, escola, partido político, etc.) por conta própria, para viver de maneira livre, sem regras, qual seria o limite para essa pessoa, uma vez que ninguém a controlaria? Pois é, segundo Durkheim, a falta de redes de convívio ou limites para a ação poderia levar a pessoa a desejar ilimitadas coisas. Mas caso tal pessoa não consiga realizar os seus desejos, a frustração poderia levá-la a um suicídio. Suicídio Anômico: Este tipo pode acontecer quando as partes do corpo social deixam de funcionar e as normas ou laços que poderiam abraçar (solidarizar) os indivíduos perdem sua eficácia, deixando os viver de forma desregrada ou em crise. Karl Marx -Karl Heinrich Marx, filósofo e economista alemão, nasceu em Trier (atual Alemanha) a 5 de maio de Estudou na Universidade de Berlim, interessando-se principalmente pelas idéias do filósofo Hegel. Formou-se pela Universidade de Iena em Em 1842 assumiu o cargo de redator chefe do jornal alemão Gazeta Renana, editado em colônia onde tinha a postura de um liberal radical. - No ano de 1843 transferiu-se para Paris. Lá conheceu Engels, um radical alemão de quem se tornaria amigo íntimo e com quem escreveria vários ensaios e livros.sua doutrina,a revolução tinha de se realizar não só na França e na Inglaterra, mas em todo mundo civilizado ( universal ). - De 1845 a 1848 viveu em Bruxelas, onde participou de organizações clandestinas de operários e exilados. -.Em 1847 redigiu com Engels O Manifesto Comunista, da teoria que, mais tarde,seria chamada de marxismo. No Manifesto Marx convoca o proletariado à a luta pelo socialismo. - Em 1848, quando eclodiu o movimento revolucionário em vários países europeus, Marx voltou para Alemanha. 11 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

12 -. Em 1864 Marx fundou, a Associação Internacional dos Trabalhadores, depois chamada Primeira Internacional dos Trabalhadores com o objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. - Em 1867 publicou o 1º volume de sua obra mais importante, O Capital livro, em que faz uma crítica ao capitalismo e a sociedade burguesa. -Falece em Materialismo Histórico Para Marx a raiz de uma sociedade é a forma como a produção social de bens está organizada. Esta engloba as forças produtivas e as relações de produção. As forças produtivas são a terra, as técnicas de produção, os instrumentos de trabalho, as matérias-primas e o maquinário. Enfim, as forças que contribuem para o desenvolvimento da produção. As relações de produção são os modos de organização entre os homens para a realização da produção. As atuais são capitalistas, mas como exemplo podemos citar também as escravistas e as cooperativas. No processo de criação de bens estabelece-se uma relação entre as pessoas. Os capitalistas, donos dos meios de produção (máquinas, ferramentas, etc.), e o proletariado, que possui apenas sua força de trabalho, estabelecem entre si a relação social de trabalho. As maneiras como as forças produtivas se organizam e se desenvolvem dentro dessa relação de trabalho Marx chama de modo de produção. O estudo deste é fundamental para a compreensão do funcionamento de uma sociedade. A partir do momento que as relações de produção começam a obstaculizar o desenvolvimento das forças produtivas cria-se condições para uma revolução social que geraria novas relações sociais de produção liberando as forças produtivas para o desenvolvimento da produção. Luta de Classes PRINCIPAIS CONCEITOS MARXISTAS A história do homem é a história da luta de classes. Para Marx a evolução histórica se dá pelo antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada sociedade. Foi assim na escravista (senhores de escravos - escravos), na feudalista (senhores feudais - servos) e assim é na capitalista (burguesia - proletariado). Entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx e Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação dos meios de produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo expropriado possuindo apenas seu corpo e capacidade de trabalho (proletários). Estes são, portanto, obrigados a 12 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

13 trabalhar para burguês. Os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da mais-valia. Infraestrutura e superestrutura Segundo Marx a infraestrutura, modo como tratava a base econômica da sociedade, determina a superestrutura que é dividida em ideológica (idéias políticas, religiosas, morais, filosóficas) e política (Estado, polícia, exército, leis, tribunais).portanto a visão que temos do mundo e a nossa psicologia são reflexo da base econômica de nossa sociedade. As idéias que surgiram ao longo da história se explicam pelas sociedades nas quais seus mentores estavam inseridos. Elas são oriundas das necessidades das classes sociais daquele tempo. O FETICHISMO DA MERCADORIA FETICHISMO: Adoração ou culto de fetiches FETICHE: Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem como coisas. A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si. A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes. COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO? As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre coisas.os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em gente Ideologia Sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do sistema, Alienação O capitalismo tornou o trabalhador alienado, isto é, separou-o de seus meios de produção (suas terras, ferramentas, máquinas, etc). Estes passaram a pertencer à classe dominante, a burguesia. Desse modo, para poder sobreviver, o trabalhador é obrigado a alugar sua força de trabalho à classe burguesa, recebendo um salário por esse aluguel. Como há mais pessoas que empregos, ocasionando excesso de procura, o 13 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

14 proletário tem de aceitar, pela sua força de trabalho, um valor estabelecido pelo seu patrão. Caso negue, achando que é pouco, uma exploração, o patrão estala os dedos e milhares de outros aparecem em busca do emprego. Portanto é aceitar ou morrer de fome. Com a alienação nega-se ao trabalhador o poder de discutir as políticas trabalhistas, além de serem excluídos das decisões gerenciais. Mais-Valia Suponha que o operário leve 2h para fabricar um par de sapatos. Nesse período produz o suficiente para pagar o seu trabalho. Porém, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de sapatos e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Numa jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares. O custo de cada par continua o mesmo, assim como o salário do proletário. Com isso ele trabalha 6h de graça, reduzindo o custo e aumentando o lucro do patrão. Esse valor a mais é apropriado pelo capitalista e constitui o que Marx chama de Mais-Valia Absoluta. Além de o operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a aplicação de tecnologia. Com isso o operário produz mais, porém seu salário não aumenta. Surge a Mais-Valia Relativa (Sociologia Compreensiva) Max Weber 1864 Maximillian Carl Emil Weber nasce em Erfurt, Turíngia, a 21 de abril Muda-se para Berlim com a família Conclui seus estudos pré-universitários e matricula-se na Faculdade Direito de Heidelberg Transfere-se para Estrasburgo, onde presta um ano de serviço militar Reinicia os estudos universitários Conclui seus estudos e começa a trabalhar nos tribunais de Berlim Escreve sua tese de doutoramento sobre a história das companhias comércio durante a Idade Média Escreve uma tese, H História das Instituições Agrárias Casa-se com Marianne Schnitger. 14 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

15 Exerce a cátedra de economia na Universidade de Freiburg Aceita uma cátedra em Heidelberg Consegue uma licença remunerada na universidade, por motivo de saúde É internado numa casa de saúde para doentes mentais, onde permanece algumas semanas Participa, junto com Sombart, da direção de uma das mais destacadas publicações de ciências sociais da Alemanha Publica ensaios sobre os problemas econômicos das propriedades dos Junker, sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Parte para os Estados Unidos, onde pronuncia conferências e recolhe material para a continuação de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Redige dois ensaios sobre a Rússia: A Situação da Democracia Burguesa na Rússia e A Transição da Rússia para o Constitucionalismo de Fachada Início da Primeira Guerra Mundial. Weber, no posto de capitão, é encarregado de organizar e administrar nove hospitais em Heidelberg Transfere-se para Viena, onde dá um curso sob o título de Uma Crítica Positiva da Concepção Materialista da História Pronuncia conferências em Munique, que serão publicadas sob o título de História Econômica Geral Falece em conseqüência de uma pneumonia aguda. A Alemanha de Max Weber 1830: Alemanha Um dos países mais atrasado da Europa 1880: Alemanha - país europeu de maior poder econômico Aliança da grande burguesia, detentora de forte poder econômico, apoiada na burocracia e no exército prussiano de Bismarck Interesse no estudo da política, do papel do Estado e das estruturas de Poder, Dominação e Obediência. 15 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

16 Diferença entre relação social e ação social. É importante diferenciar ação social de relação social. No primeiro caso, a ação é orientada pela conduta do outro. Na Segunda a ação é orientada pelo sentido compartilhado reciprocamente por um grupo de agentes. Ação social: Conduta humana dotada de sentido (justificativa subjetivamente elaborada). Tipos de Ação Social ação racional com relação a um objetivo (tem um fim previamente determinado). Ex: a ação política. ação racional com relação a valor (relacionado à moral). Ex: condutas ligadas às manifestações religiosas. ação afetiva ( ditado pelo estado de consciência ou humor do sujeito). Ex: o ciúme entre os casais. ação tradicional (ditado por valores culturais absorvidos pelo sujeito como naturais, obedecendo a reflexos). Obs. 1º. É importante ressaltar que quando se fala de sentido não se fala da gênese da ação, mas à que ela direciona, ao seu fim. 2º. Esses tipos de ações geralmente estão relacionados não se encontrando de forma pura são consideradas então como tipos ideais, ou seja, como modelos conceituais utópicos que servem de guia comparativo para análise dos fenômenos sociais. Tipo Ideal Instrumento de análise científica; trata-se de uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares analisados. Ex: o conceito de ação social, de dominação e de burocracia. 16 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

17 É para orientar o cientista na compreensão da ação social e, conseqüentemente dos fenômenos sociais que faz-se necessário a construção do tipo ideal. Para ele a sociedade não paira sobre os indivíduos e nem lhes é superior. As regras e normas sociais são resultados de um conjunto complexo de ações individuais, nas quais os indivíduos escolheriam diferentes formas de conduta. Há portando um privilégio da parte (indivíduo) sobre o todo (sociedade) TIPOS DE DOMINAÇÃO A partir da tipologia das ações sociais Weber formulou sua análise sobre os tipos de dominação Conceito de Dominação: a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo. Esse conceito de dominação implica em dominantes (a presença efetiva de alguém mandando) e dominados (vinculado à existência de um quadro administrativo ou de uma associação, onde os seus membros estão submetidos a relações de dominação). Nesse sentido o conceito de poder encontra-se relacionado a probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo encontrando resistências. Tipos de dominação: Dominação legal - em virtude de estatuto, de uma regulamentação ou de normas. Ex: autoridade dos governantes, presidentes diretores e chefes nas organizações empresariais. Dominação carismática - em virtude da devoção efetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória. Ex: profetas, herói guerreiro e grande demagogo, Padre Cícero, Antônio Conselheiro, Getúlio Vargas. Dominação tradicional - em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes. Ex: senhor feudal, senhor de engenho (Brasil), autoridade dos pais sobre os filhos. Dentre as diversas formas que a dominação legal pode assumir seu tipo mais puro é a dominação burocrática. Dominação burocrática: aquele que emprega um quadro administrativo burocrático. Sua idéia básica é, que qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma. 17 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

18 Obs.: Nesse tipo de organização burocrática obedece-se não à pessoa, mas a regra estatuída, que estabelece tanto a quem se obedece como em que medida obedecer. O dever de obediência está graduado hierarquicamente através de cargos, havendo subordinação dos inferiores aos superiores, dispondo de um direito de queixa regulamentado. A base de seu funcionamento é a disciplina do serviço. Questão Metodológica Questão metodológica central: descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social. Não há neutralidade: Os fatos sociais não são coisas, mas acontecimentos que o cientista percebe e tenta desvendar, portanto a neutralidade proposta por Durkheim não pode ser atingida na visão de Weber. Todo o cientista age guiado por seus motivos, sua cultura, sua tradição, sendo impossível descartar-se de suas prenoções. Conquista da objetividade: As preocupações do cientista é que o levam a escolher um determinado tema (portanto existe uma parcialidade na escolha), entretanto ao iniciar o estudo ele deve buscar a objetividade, através da escolha de um quadro (metodológico) teórico que ditará regras que possibilitem o alcance da objetividade garantindo a neutralidade do cientista. Construção de tipos ideais e o estudo comparativo (Não busca generalidades e sim diversidades). Através de uma preocupação inicial, com significado subjetivo, o cientista deve procurar compreender a ação social, relacionando nexos causais que dêem sentido à ação social. exemplo clássico: para analisar como a ética protestante interferia no desenvolvimento do capitalismo, weber seguiu os seguintes passos analisou livros sagrados e interpretou os dogmas de fé do protestantismo relacionando valor/ação para compreender a relação religião/economia 18 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

19 O capitalismo é protestante? As soluções encontradas por Weber para os intrincados problemas metodológicos que ocuparam a atenção dos cientistas sociais do começo do século XX permitiram-lhe lançar novas luzes sobre vários problemas sociais e históricos, e fazer contribuições extremamente importantes para as ciências sociais. Particularmente relevantes nesse sentido foram seus estudos sobre a sociologia da religião, mais exatamente suas interpretações sobre as relações entre as idéias e atitudes religiosas, por um lado, e as atividades e organização econômica correspondentes, por outro. Esses estudos de Weber, embora incompletos, foram publicados nos três volumes de sua Sociologia da Religião. A linha mestra dessa obra é constituída pelo exame dos aspectos mais importantes da ordem social e econômica do mundo ocidental, nas várias etapas de seu desenvolvimento histórico. Esse problema já se tinha colocado para outros pensadores anteriores a Weber, dentre os quais Karl Marx ( ), cuja obra, além de seu caráter teórico, constituía elemento fundamental para a lufa econômica e política dos partidos operários; por ele mesmo criados. Por essas razões, a pergunta que os sociólogos alemães se faziam era se o materialismo histórico formulado por Marx era ou não o verdadeiro, ao transformar o fator econômico no elemento determinante de todas as estruturas sociais e culturais, inclusive a religião. Inúmeros trabalhos foram escritos para resolver o problema, substituindo-se o fator econômico como dominante por outros fatores, tais como raça, clima, topografia, idéias filosóficas, poder político. Alguns autores, como Wilhelm Dilthey, Ernst Troeltsch ( ) e Werner Sombart ( ), já se tinham orientado no sentido de ressaltar a influência das idéias e das convicções éticas como fatores determinantes, e chegaram à conclusão de que o moderno capitalismo não poderia ter surgido sem uma mudança espiritual básica, como aquela que ocorreu nos fins da Idade Média. Contudo, somente com os trabalhos de Weber foi possível elaborar uma verdadeira teoria geral capaz de confrontar-se com a de Marx. A primeira idéia que ocorreu a Weber na elaboração dessa teoria foi a de que, para conhecer corretamente a causa ou causas do surgimento do capitalismo, era necessário fazer um estudo comparativo entre as várias sociedades do mundo ocidental (único lugar em que o capitalismo, como um tipo ideal, tinha surgido) e as outras civilizações, principalmente as do Oriente, onde nada de semelhante ao capitalismo ocidental tinha aparecido. Depois de exaustivas análises nesse sentido, Weber foi conduzido à tese de que a explicação para o fato deveria ser encontrada na íntima vinculação do capitalismo com o protestantismo: Qualquer observação da estatística ocupacional de um país de composição religiosa mista traz à luz, com notável freqüência, um fenômeno que já tem provocado repetidas discussões na 19 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

20 imprensa e literatura católicas e em congressos católicos na Alemanha: o fato de os líderes do mundo dos negócios e proprietários do capital, assim como os níveis mais altos de mão-de-obra qualificada, principalmente o pessoal técnica e comercialmente especializado das modernas empresas, serem preponderantemente protestantes.a partir dessa afirmação, Weber coloca uma série de hipóteses referentes a fatores que poderiam explicar o fato. Analisando detidamente esses fatores, Weber elimina-os, um a um, mediante exemplos históricos, e chega à conclusão final de que os protestantes, tanto como classe dirigente, quanto como classe dirigida, seja como maioria, seja como minoria, sempre teriam demonstrado tendência específica para o racionalismo econômico. A razão desse fato deveria, portanto, ser buscada no caráter intrínseco e permanente de suas crenças religiosas e não apenas em suas temporárias situações externas na história e na política. Uma vez indicado o papel que as crenças religiosas teriam exercido na gênese do espírito capitalista, Weber propõe-se a investigar quais os elementos dessas crenças que atuaram no sentido indicado e procura definir o que entende por "espírito do capitalismo". Este é entendido por Weber como constituído fundamentalmente por uma ética peculiar, que pode ser exemplificada muito nitidamente por trechos de discursos de Benjamin Franklin ( ), um dos líderes da independência dos Estados Unidos. Benjamin Franklin, representante típico da mentalidade dos colonos americanos e do espírito pequeno-burguês, afirma em seus discursos que ganhar dinheiro dentro da ordem econômica moderna é, enquanto isso for feito legalmente, o resultado e a expressão da virtude e da eficiência de uma vocação. Segundo a interpretação dada por Weber a esse texto, Benjamin Franklin expressa um utilitarismo, mas um utilitarismo com forte conteúdo ético, na medida em que o aumento de capital é considerado um fim em si mesmo e, sobretudo, um dever do indivíduo. O aspecto mais interessante desse utilitarismo residiria no fato de que a ética de obtenção de mais e mais dinheiro é combinada com o estrito afastamento de todo gozo espontâneo da vida. A questão seguinte colocada por Weber diz respeito aos fatores que teriam levado a transformar-se em vocação uma atividade que, anteriormente ao advento do capitalismo, era, na melhor das hipóteses, apenas tolerada. O conceito de vocação como valorização do cumprimento do dever dentro das profissões seculares Weber encontra expresso nos escritos de Martinho Lutero ( ), a partir do qual esse conceito se tornou o dogma central de todos os ramos do protestantismo. Em Lutero, contudo, o conceito de vocação teria permanecido em sua forma tradicional, isto é, algo aceito como ordem divina à qual cada indivíduo deveria adaptar-se. Nesse caso, o resultado ético, segundo Weber, é inteiramente negativo, levando à submissão. O 20 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

21 luteranismo, portanto, não poderia ter sido a razão explicativa do espírito do capitalismo. Weber volta-se então para outras formas de protestantismo diversas do luteranismo, em especial para o calvinismo e outras seitas, cujo elemento básico era o profundo isolamento espiritual do indivíduo em relação a seu Deus, ó que, na prática, significava a racionalização do mundo e a eliminação do pensamento mágico como meio de salvação. Segundo o calvinismo, somente uma vida guiada pela reflexão contínua poderia obter vitória sobre o estado natural, e foi essa racionalização que deu à fé reformada uma tendência ascética. Com o objetivo de relacionar as idéias religiosas fundamentais do protestantismo com as máximas da vida econômica capitalista, Weber analisa alguns pontos fundamentais da ética calvinista, como a afirmação de que o trabalho constitui, antes de mais nada, a própria finalidade da vida. Outra idéia no mesmo sentido estaria contida na máxima dos puritanos, segundo a qual a vida profissional do homem é que lhe dá uma prova de seu estado de graça para sua consciência, que se expressa no zelo e no método, fazendo com que ele consiga cumprir sua vocação. Por meio desses exemplos, Weber mostra que o ascetismo secular do protestantismo libertava psicologicamente a aquisição de bens da ética tradicional, rompendo os grilhões da ânsia de lucro, com o que não apenas a legalizou, como também a considerou como diretamente desejada por Deus. E m síntese, a tese de Weber afirma que a consideração dó trabalho (entendido como vocação constante e sistemática) como o mais alto instrumento de ascese e o mais seguro meio de preservação da redenção da fé e do homem deve ter sido a mais poderosa alavanca da expressão dessa concepção de vida constituída pelo espírito do capitalismo. É necessário, contudo, salientar que Weber, em nenhum momento considera o espírito do capitalismo como pura conseqüência da Reforma protestante. O sentido que norteia sua análise é antes uma proposta de investigarem que medida as influências religiosas participaram da moldagem qualitativa do espírito do capitalismo. Percorrendo o caminho inverso, Weber propõe-se também a compreender melhor o sentido do protestantismo, mediante o estudo dos aspectos fundamentais do sistema econômica capitalista. Tendo em vista a grande confusão existente no campo das influências entre as bases materiais, as formas de organização social e política e os conteúdos espirituais da Reforma, Weber salientou que essas influências só poderiam ser confirmadas por meio de exaustivas investigações dos pontos em que realmente teriam ocorrido correlações entre o movimento religioso e a ética vocacional, Com isso se poderá avaliar - diz o próprio Weber em que medida os fenômenos culturais contemporâneos se originam historicamente em motivos religiosos e em que medida podem ser relacionados com ele. 21 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

22 Teoria da Burocracia O modelo burocrático segue preceitos rígidos e disciplinares. Os pressupostos dessa teoria saíam em defesa de aspectos coerentes com a visão racionalista do ser humano: Organização Informal sendo imprevista, não é racional. Não sendo racional, não é desejada nas organizações burocráticas Origens A partir da década de 1940, as críticas feitas à Teoria Clássica - pelo seu mecanicismo - e à Teoria das Relações Humanas - por seu romantismo ingênuo revelaram a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente que servisse de orientação para o administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas obras de um economista e sociólogo já falecido, Max Weber, a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu assim, a Teoria da Burocracia na Administração. A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração em função dos seguintes aspectos: A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. Ambas revelam pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo. A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicáveis não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana, e principalmente às empresas. O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem-definidos. Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação. O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, seu criador. A Sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização, e as organizações não tardaram em tentar aplicá-lo na prática, proporcionando as bases da Teoria da Burocracia. Segundo o conceito popular, a burocracia é entendida como uma organização lenta e vagarosa na qual o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. 22 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

23 O termo também é empregado com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si. O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário: a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia explica nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. Limitação da espontaneidade as características da organização burocrática limitam a liberdade pessoal. Despersonalização do relacionamento o funcionário não tem colegas de trabalho (as pessoas com que se relaciona profissionalmente são meros ocupantes de cargos hierarquizados). A colocação dos objetivos da empresa como prioritários aos seus objetivos enquanto pessoa, denota a relação impessoal. Substituição dos objetivos pelas normas as normas passam a ser mais importantes do que os objetivos da organização. O trabalhador passa a ser um especialista em normas. Conflito entre público e funcionários como todos os clientes são atendidos conforme normas preestabelecidas, as especificidades de cada caso não são consideradas. Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características: Burocracia é baseada em: Caráter legal das normas e regulamentos Caráter formal das comunicações Caráter racional e divisão do trabalho Impessoalidade nas relações Hierarquia da autoridade Rotinas e procedimentos padronizados Especialização da administração 23 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

24 Profissionalização dos participantes Previsibilidade do comportamento Conseqüências Previstas: Previsibilidade do comportamento humano. Padronização do desempenho dos participantes. Objetivo: Máxima eficiência da organização Sociedade A sociologia weberiana concebe a sociedade como um eterno fluir, um conjunto inesgotável de acontecimentos que aparecem e desaparecem, estando sempre em movimento devido a um elemento básico: a ação social que implica uma concepção do homem como indivíduo ativo a partir de um processo de conexão valorativa do homem visando o real. Diversidade social: seria pautada no processo de gênese e formação (e não através de estágios de evolução), daí a importância da pesquisa histórica para a comparação e compreensão das sociedades. Estudo Comparativo das sociedades Busca a caracterização e compreensão do mundo ocidental moderno em face dos períodos anteriores, uma vez que as peculiaridades de cada período revelariam as causas de suas diferenças em relação a este mundo, pautado pela racionalização. Ciência A partir de então a realidade não pode ser apreendida em sua totalidade já que o real modifica-se a cada momento de acordo com as diferentes maneiras pelas quais os homens se relacionam significativamente uns com os outros. Exatamente pelo fato da apreensão da realidade ser fragmentária a ciência também o é. A construção do saber científico é fragmentário, especializado, sendo a ciência definida por Weber como vocação especializada. O conhecimento especializado implica, portanto, em cientificidade e transforma o trabalho científico em um trabalho cada vez mais vocacional a partir do momento em que a função do investigador é racionalizar a conexão valorativa para compreender o real. 24 Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. As soluções encontradas por Weber para os intrincados problemas metodológicos que ocuparam a atenção dos cientistas sociais do começo do século XX permitiram-lhe

Leia mais

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli O pensamento sociológico no séc. XIX Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Avisos Horário de Bate Papo: sextas-feiras, 17hs às 17hs:30 Atenção com o prazo de envio das respostas das atividades eletrônicas.

Leia mais

Comte, Marx, Durkheim e Weber

Comte, Marx, Durkheim e Weber Comte, Marx, Durkheim e Weber Texto e atividade extraída no blog Sociologia aplicada ao aluno Mestres das Ciências Sociais MESTRES DAS CIÊNCIAS SOCIAIS A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido

Leia mais

Os Sociólogos Clássicos Pt.2

Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual

Leia mais

TRÊS VISÕES SOBRE A SOCIEDADE MODERNA: positivismo, racionalismo, materialismo-histórico SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIN ( )

TRÊS VISÕES SOBRE A SOCIEDADE MODERNA: positivismo, racionalismo, materialismo-histórico SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIN ( ) TRÊS VISÕES SOBRE A SOCIEDADE MODERNA: positivismo, racionalismo, materialismo-histórico SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIN (1858-1917) Compreender a sociedade moderna = observar as diferentes contribuições

Leia mais

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER Karl Marx (1818-1883) Mercadoria como base das relações sociais Mercantilização: tudo vira mercadoria. Materialismo Histórico Dialético Toda e qualquer

Leia mais

CURSO E COLÉGIO ESPECÍFICO. AUGUSTE COMTE E O PENSAMENTO POSITIVISTA Disciplina: Sociologia Professor: Waldenir do Prado 2013

CURSO E COLÉGIO ESPECÍFICO. AUGUSTE COMTE E O PENSAMENTO POSITIVISTA Disciplina: Sociologia Professor: Waldenir do Prado 2013 CURSO E COLÉGIO ESPECÍFICO AUGUSTE COMTE E O PENSAMENTO POSITIVISTA Disciplina: Sociologia Professor: Waldenir do Prado 2013 A Sociologia enquanto ciência Augusto Comte (1798 1857) francês, autor de Catecismo

Leia mais

SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO

SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Os clássicos da Sociologia 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 3.2 Conteúdo Max Weber 3 CONTEÚDOS

Leia mais

A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER. Professora: Susana Rolim

A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER. Professora: Susana Rolim A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER Professora: Susana Rolim MAX WEBER Sociólogo alemão, nascido em 21 de abril de 1864. Seu primeiro trabalho foi A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1905).

Leia mais

O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA CENÁRIO HISTÓRICO A Sociologia surge como conseqüência das mudanças trazidas por duas grandes revoluções do século XVIII. As mudanças trazidas pelas duas

Leia mais

Positivismo de Augusto Comte, Colégio Ser Ensino Médio Introdução à Sociologia Prof. Marilia Coltri

Positivismo de Augusto Comte, Colégio Ser Ensino Médio Introdução à Sociologia Prof. Marilia Coltri Positivismo de Augusto Comte, Émile Durkheim e Karl Marx Colégio Ser Ensino Médio Introdução à Sociologia Prof. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo;

Leia mais

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA MAX WEBER 1864-1920 A SOCIOLOGIA WEBERIANA TEM NO INDIVÍDUO O SEU PONTO PRINCIPAL DE ANÁLISE. ASSIM, O AUTOR SEMPRE PROCURA COMPREENDER O SENTIDO DA AÇÃO INDIVIDUAL NO CONTEXTO EM QUE ELA SE INSERE. O

Leia mais

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA Profº Ney Jansen Sociologia Ao problematizar a relação entre indivíduo e sociedade, no final do século XIX a sociologia deu três matrizes de respostas a essa questão: I-A sociedade

Leia mais

FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA 1 Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar. Friedrich Nietzsche 2 PERFEIÇÃO Legião Urbana (1993) 3 A Sociologia É uma palavra com dois vocábulos

Leia mais

SOCIOLOGIA PRINCIPAIS CORRENTES.

SOCIOLOGIA PRINCIPAIS CORRENTES. SOCIOLOGIA PRINCIPAIS CORRENTES Augusto Comte 1798-1 857 Lei dos três estados: 1ª) Explicação dos fenômenos através de forças comparáveis aos homens. 2ª) Invocação de entidades abstratas (natureza). 3ª)

Leia mais

Nascimento da Sociologia

Nascimento da Sociologia Nascimento da Sociologia Séculos XVIII e XIX A era das revoluções. Revolução Francesa. Revolução Industrial. Revolução Tecnocientífica. Modernidade - Visão voltada para o futuro novo. - Aceleração. - Ciência

Leia mais

Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção

Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção de evolução social na compreensão deste sociólogo sobre

Leia mais

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi 1 Texto Elaborado por Rafael Barossi SOCIOLOGIA A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado,

Leia mais

1º aula 3 semestre Educação Física. Prof. Ms. Rodrigo Casali

1º aula 3 semestre Educação Física. Prof. Ms. Rodrigo Casali 1º aula 3 semestre Educação Física Prof. Ms. Rodrigo Casali Introdução à Sociologia Introdução NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA Revolução Industrial Revolução Francesa Instalação do capitalismo Introdução Introdução

Leia mais

POSITIVISMO - Uma primeira forma de pensamento social - século XVIII

POSITIVISMO - Uma primeira forma de pensamento social - século XVIII POSITIVISMO - Uma primeira forma de pensamento social - século XVIII Primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico, seu representante Auguste Comte. Tentativa de derivar as ciências

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Ética Protestante

Leia mais

Sociologia 23/11/2015 PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO

Sociologia 23/11/2015 PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO Sociologia Professor Scherr PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO Comunismo primitivo os homens se unem para enfrentar os desafios da natureza. Patriarcal domesticação de animais, uso

Leia mais

Sociologia da Educação Max Weber. Alessandra Lima Kalani

Sociologia da Educação Max Weber. Alessandra Lima Kalani Sociologia da Educação Max Weber Alessandra Lima Kalani Max Weber Karl Emil Maximilian Weber (1864 1920) Intelectual, economista e jurista alemão; Estudo moderno da Sociologia (como Emile Durkheim e Karl

Leia mais

KARL MARX -Vida, obra e contexto sociopolítico-

KARL MARX -Vida, obra e contexto sociopolítico- KARL MARX -Vida, obra e contexto sociopolítico- Catiele, Denis, Gabriela, Júlia, Nicolas e Vinícius Karl Heinrich Marx Nasceu em 5 de maio de 1818, na cidade de Treves, no sul da Prússia Renana (região

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX Século XIX Expansão do capitalismo e os novos ideais Considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Junto com ela, propagaram-se os ideais de liberdade,

Leia mais

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 KARL MARX E A EDUCAÇÃO Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 BIOGRAFIA Karl Heinrich Marx (1818-1883), nasceu em Trier, Alemanha e morreu em Londres.

Leia mais

1º Anos IFRO. Aula: Conceitos e Objetos de Estudos

1º Anos IFRO. Aula: Conceitos e Objetos de Estudos 1º Anos IFRO Aula: Conceitos e Objetos de Estudos Contextualização Os clássicos da sociologia: 1. Émile Durkhiem 2. Max Weber 3. Karl Marx Objeto de estudo de cada teórico Principais conceitos de cada

Leia mais

Durkheim SOCIEDADE HOMEM. Anos 70 ROCOCÓ DETERMINA OPERÁRIOS

Durkheim SOCIEDADE HOMEM. Anos 70 ROCOCÓ DETERMINA OPERÁRIOS Durkheim Durkheim SOCIEDADE Anos 70 OPERÁRIOS ROCOCÓ DETERMINA HOMEM Sociologia Ciências naturais Sociologia Objetividade Relações causais Bases estatísticas Tipologia Social Sociedades de: Solidariedade

Leia mais

Introdução de Sociologia

Introdução de Sociologia Introdução de Sociologia Prof. Petterson A. Vieira www.profpetterson.com Petterson A. Vieira O que é Sociologia? A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e

Leia mais

Sociologia Alemã: Karl Marx e Max Weber. Prof. Robson Vieira 1º ano

Sociologia Alemã: Karl Marx e Max Weber. Prof. Robson Vieira 1º ano Sociologia Alemã: Karl Marx e Max Weber Prof. Robson Vieira 1º ano Karl Marx Karl Marx Fazia uma critica radical ao capitalismo; Suas teorias foram além das obras e das universidades; Ativista do movimento

Leia mais

Max Weber

Max Weber Max Weber - 1864-1920. Considerado o sistematizador da Sociologia na Alemanha Criador da metodologia compreensiva na Sociologia. Desenvolveu estudos no campo do direito, filosofia, história com ênfase

Leia mais

Max Weber. Eduardo; Jeferson; Michelle; Taís; Thiago e Thaise

Max Weber. Eduardo; Jeferson; Michelle; Taís; Thiago e Thaise Max Weber Eduardo; Jeferson; Michelle; Taís; Thiago e Thaise Vida e Obra Karl Emil Maximilian Weber nasceu em Erfurt, Turíngia, Alemanha, em 21 de abril de 1864; Economista, jurista e sociólogo, é considerado

Leia mais

Sociologia I Prof.: Romero. - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim

Sociologia I Prof.: Romero. - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim Sociologia I Prof.: Romero - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem Rosa Luxemburgo (1871-1919) [imaginação Sociológica] Ao utilizar este

Leia mais

24/07/2014. As origens da Sociologia. A questão do conhecimento

24/07/2014. As origens da Sociologia. A questão do conhecimento Tema 1: O enfoque do Positivismo para a Educação Professora Ma. Mariciane Mores Nunes As origens da Sociologia Sociologia: ciência que explica a dinâmica das sociedades contemporâneas. Envolve: herança

Leia mais

Durkheim. Durkheim. Tipologia Social. Sociologia. Consciência Coletiva. Divisão Social do Trabalho SOCIEDADE HOMEM

Durkheim. Durkheim. Tipologia Social. Sociologia. Consciência Coletiva. Divisão Social do Trabalho SOCIEDADE HOMEM Durkheim Durkheim SOCIEDADE Anos 70 OPERÁRIOS ROCOCÓ DETERMINA HOMEM Ciências naturais Tipologia Social Sociedades de: Solidariedade Mecânica (SSM): arcaicas Solidariedade Orgânica (SSO): avançadas Objetividade

Leia mais

Teoria de Karl Marx ( )

Teoria de Karl Marx ( ) Teoria de Karl Marx (1818-1883) Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira Introdução à Sociologia. Sebastião Vila Sociologia - Introdução à

Leia mais

Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas

Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas Curso de Ciências Sociais IFISP/UFPel Disciplina: Fundamentos de Sociologia Professor: Francisco E. B. Vargas Pelotas, abril de

Leia mais

LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX

LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX MARX Nasceu em Tréveris (na época pertencente ao Reino da Prússia) em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Foi filósofo, jornalista e revolucionário

Leia mais

Teorias socialistas. Capítulo 26. Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores SOCIALISMO UTÓPICO ROBERT OWEN

Teorias socialistas. Capítulo 26. Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores SOCIALISMO UTÓPICO ROBERT OWEN Capítulo 26 Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores A partir de 1848, o proletariado procurava expressar sua própria ideologia As novas teorias exigiam a igualdade real,

Leia mais

TEORIA da BUROCRACIA WEBER ( )

TEORIA da BUROCRACIA WEBER ( ) TEORIA da BUROCRACIA WEBER (1864 1920) LIVROS - A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO, Theory of social and Economic Organization e Três aspectos da autoridade legítima somente a partir de 1940

Leia mais

Sociologia. Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17

Sociologia. Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17 Sociologia Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17 1. Imaginação Sociológica a. História x Biografia i. História à entender o que formou e influenciou o contexto em que o indivíduo está inserido ii.

Leia mais

TÍTULO: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA: CONCEITOS PRINCIPAIS DE MAX WEBER

TÍTULO: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA: CONCEITOS PRINCIPAIS DE MAX WEBER 1 TÍTULO: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA: CONCEITOS PRINCIPAIS DE MAX WEBER AUTORA: TATIANE BRITO DOS SANTOS CONTATO: tatianebritosantos@hotmail.com OBJETIVO GERAL: Explicar para os estudantes conceitos básicos

Leia mais

FILOSOFIA DO SÉCULO XIX

FILOSOFIA DO SÉCULO XIX FILOSOFIA DO SÉCULO XIX A contribuição intelectual de Marx. Sociedade compreendida como uma totalidade histórica. Sistema econômico-social, político e cultural ideológico num determinado momento histórico.

Leia mais

Biografia de Augusto Comte

Biografia de Augusto Comte Biografia de Augusto Comte Augusto Comte nasceu em 19 de janeiro de 1798, em Montpellier, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. Filósofo e auto-proclamado líder religioso, deu à ciência da Sociologia

Leia mais

A busca de compreensão e explicação da sociedade já existia desde a Antiguidade, mas este pensamento não tinha uma base sociológica, pois os

A busca de compreensão e explicação da sociedade já existia desde a Antiguidade, mas este pensamento não tinha uma base sociológica, pois os 1º Ano Ensino Médio A busca de compreensão e explicação da sociedade já existia desde a Antiguidade, mas este pensamento não tinha uma base sociológica, pois os filósofos dessa época acreditavam que Deus

Leia mais

24/11/2015. Evolução do Pensamento Administrativo. Teoria da Burocracia

24/11/2015. Evolução do Pensamento Administrativo. Teoria da Burocracia Evolução do Pensamento Administrativo 1903 1909 1916 1932 1947 1951 1953 1954 1957 1962 1972 1990 Teoria Abordagem 1903 Administração Científica Clássica 1909 Estruturalista 1916 Teoria Clássica Clássica

Leia mais

Karl Marx ( ) Alunos: Érick, Lucas e Pedro Profª: Neusa

Karl Marx ( ) Alunos: Érick, Lucas e Pedro Profª: Neusa Karl Marx (1818-1883) Alunos: Érick, Lucas e Pedro Profª: Neusa Vida Nasceu em Trèves - Prússia (Reino alemão). Em 1835 e 18h36, estudou Direito, História, Filosofia, Arte, e Literatura na Universidade

Leia mais

Unidade: Introdução à Sociologia

Unidade: Introdução à Sociologia Unidade: Introdução à Sociologia Construção do conhecimento em sociologia Senso comum: conjunto de opiniões, recomendações, conselhos, práticas e normas fundamentadas na tradição, nos costumes e vivências

Leia mais

Filosofia e Sociologia PROFESSOR: Alexandre Linares

Filosofia e Sociologia PROFESSOR: Alexandre Linares AULA 2 - Sociologia Filosofia e Sociologia PROFESSOR: Alexandre Linares 1 Sociologia O modo de produção da vida material é que condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Não é a consciência

Leia mais

09/05/2012. Os Clássicos da Sociologia. Os Clássicos da Sociologia. Características de um clássico EMILE DURKHEIM Objeto da Sociologia

09/05/2012. Os Clássicos da Sociologia. Os Clássicos da Sociologia. Características de um clássico EMILE DURKHEIM Objeto da Sociologia OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: DURKHEIM, WEBER E MARX Características de um clássico Seja considerado interprete autêntico e único de seu tempo, cuja obra

Leia mais

O que é Sociologia?

O que é Sociologia? O que é Sociologia? A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. O que faz Sociologia?

Leia mais

CONSOLIDADOR DA SOCIOLOGIA ALEMÃ MAX WEBER ( )

CONSOLIDADOR DA SOCIOLOGIA ALEMÃ MAX WEBER ( ) CONSOLIDADOR DA SOCIOLOGIA ALEMÃ MAX WEBER (1864-1920) Via o capitalismo como expressão da modernização e da racionalização MAS acreditava que essa racionalização levaria a um mundo cada vez mais tecnicista

Leia mais

Karl Marx: E AS LUTAS DE CLASSES

Karl Marx: E AS LUTAS DE CLASSES Karl Marx: E AS LUTAS DE CLASSES Pontos que serão tratados nesta aula: Método sociológico de Marx: Materialismo histórico Lutas de classe: Burguesia x proletariado Alienação Ideologia Mais-valia Fetichismo

Leia mais

Sociologia Prof. Fernando César Silva. ÉTICA PROTESTANTE Max Weber

Sociologia Prof. Fernando César Silva. ÉTICA PROTESTANTE Max Weber Sociologia Prof. Fernando César Silva ÉTICA PROTESTANTE Max Weber A França desenvolveu seu pensamento social sob influência da filosofia positivista. Como potência emergente nos séculos XVII e XVIII foi,

Leia mais

O nascimento da Sociologia. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

O nascimento da Sociologia. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli O nascimento da Sociologia Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Avisos Horário de Bate Papo: terças-feiras, 17hs às 17hs:30 Atenção com o prazo de envio das respostas das atividades eletrônicas.

Leia mais

Escritos de Max Weber

Escritos de Max Weber Escritos de Max Weber i) 1903-1906 - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1ª parte, em 1904; 2ª parte em 1905; introdução redigida em 1920); - A objetividade do conhecimento nas Ciências Sociais

Leia mais

Movimentos Políticoideológicos XIX

Movimentos Políticoideológicos XIX Movimentos Políticoideológicos séc. XIX SOCIALISMO UTÓPICO Refere-se à primeira fase do pensamento socialista que se desenvolveu entre as guerras napoleônicas e as revoluções de 1848 ( Primavera dos povos

Leia mais

O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior O Marxismo de Karl Marx Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior Karl Marx (1818-1883). Obras principais: Manifesto Comunista (1847-1848). O Capital em 3 volumes.volume 1(1867) Volume 2 e 3 publicado por

Leia mais

Os Sociólogos Clássicos Pt.1

Os Sociólogos Clássicos Pt.1 Os Sociólogos Clássicos Pt.1 Augusto Comte Comte e a reforma da sociedade Émilie Durkheim A teoria dos fatos sociais em Durkheim Música: Suicídio em sete cores de Rafel Saddi Teoria Exercícios Augusto

Leia mais

Max Weber. Sociologia da Educação I Turma A Os autores clássicos Grupo 3

Max Weber. Sociologia da Educação I Turma A Os autores clássicos Grupo 3 Sociologia da Educação I Turma A Os autores clássicos Grupo 3 Max Weber Carolina B. Rollsing Everton M. Rocha Fernanda F. Goulart Joice Klipel Renata P. Quevedo Vera Beatriz de Lima Biografia Maximillian

Leia mais

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria

A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria 1. (Uel) O marxismo contribuiu para a discussão da relação entre indivíduo e sociedade. Diferente de Émile Durkheim e Max Weber, Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduo sociedade separadamente

Leia mais

Weber e a Burocracia 3/18/2014 UM CONJUNTO DE PRECEITOS QUE RESOLVESSE AS LIMITAÇÕES DAS TEORIAS CLÁSSICAS E DAS ESCOLAS DE RELAÇÕES HUMANAS.

Weber e a Burocracia 3/18/2014 UM CONJUNTO DE PRECEITOS QUE RESOLVESSE AS LIMITAÇÕES DAS TEORIAS CLÁSSICAS E DAS ESCOLAS DE RELAÇÕES HUMANAS. Weber e a Burocracia O MODELO DA BUROCRACIA UM CONJUNTO DE PRECEITOS QUE RESOLVESSE AS LIMITAÇÕES DAS TEORIAS CLÁSSICAS E DAS ESCOLAS DE RELAÇÕES HUMANAS. COM AS TRANSFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES EM FUNÇÃO

Leia mais

SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo.

SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo. SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo. 1. (Ueg 2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DESIGN. Profª: Kátia Paulino dos Santos

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DESIGN. Profª: Kátia Paulino dos Santos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DESIGN Profª: Kátia Paulino dos Santos O que é Positivismo? Contraposição ao APRIORISMO - teoria explicativa da origem do conhecimento, inserida nas concepções

Leia mais

Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho

Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho Teoria da História Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) Matrizes filosóficas: Dialética Hegeliana (G.W.F.Hegel) Materialismo e Alienação (Ludwig Feuerbach

Leia mais

TEORIAS SOCIALISTAS MOVIMENTOS OPERÁRIOS NO SÉCULO XIX.

TEORIAS SOCIALISTAS MOVIMENTOS OPERÁRIOS NO SÉCULO XIX. TEORIAS SOCIALISTAS MOVIMENTOS OPERÁRIOS NO SÉCULO XIX 1. DEFINIÇÃO Ideais críticos ao capitalismo industrial. Crítica à propriedade privada (meios de produção). Crítica à desigualdade na distribuição

Leia mais

Primeiros grandes pensadores da Sociologia. Émile Durkheim

Primeiros grandes pensadores da Sociologia. Émile Durkheim Primeiros grandes pensadores da Sociologia Émile Durkheim ÉMILE DURKHEIM França (1858-1917) Émile Durkheim nasceu em Épinal,, França, em 1858, e morreu em Paris em novembro de 1917. É considerado o fundador

Leia mais

Modernidade: o início do pensamento sociológico

Modernidade: o início do pensamento sociológico Modernidade: o início do pensamento sociológico Os dois tipos de solidariedade Solidariedade Mecânica Solidariedade Orgânica Laço de solidariedade Consciência Coletiva Divisão social do trabalho Organização

Leia mais

Disciplina: SOCIOLOGIA Segmento: EM Ano/Série: 1º Turma: TA Assunto: Roteiro de Estudos Para Recuperação da I Etapa /2019 Aluno (a): Nº: Nota:

Disciplina: SOCIOLOGIA Segmento: EM Ano/Série: 1º Turma: TA Assunto: Roteiro de Estudos Para Recuperação da I Etapa /2019 Aluno (a): Nº: Nota: Disciplina: SOCIOLOGIA Segmento: EM Ano/Série: 1º Turma: TA Assunto: Roteiro de Estudos Para Recuperação da I Etapa /2019 Aluno (a): Nº: Nota: Valor: 5,0 Pontos Professor (a): Oldair Glatson dos Santos

Leia mais

1º AULÃO ENEM Sociologia 1) SAS. 2 ENEM

1º AULÃO ENEM Sociologia 1) SAS.  2 ENEM 1º AULÃO 2016 1) SAS 2 1º AULÃO 2016 Na tirinha, Mafalda, após ler o conceito de democracia, não consegue mais parar de rir. Dentre várias interpretações sociológicas sobre as razões do riso contínuo da

Leia mais

Processo Seletivo/UFU - julho 2006-1ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 SOCIOLOGIA QUESTÃO 51

Processo Seletivo/UFU - julho 2006-1ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 SOCIOLOGIA QUESTÃO 51 SOCIOLOGIA QUESTÃO 51 Quanto ao contexto do surgimento da Sociologia, marque a alternativa correta. A) A Sociologia nasceu como ciência a partir da consolidação da sociedade burguesa urbana-industrial

Leia mais

Teoria Básica da Administração. Teoria burocrática. Professor: Roberto César

Teoria Básica da Administração. Teoria burocrática. Professor: Roberto César Teoria Básica da Administração Teoria burocrática Professor: Roberto César BUROCRACIA No início do século XX, MAX WEBER, um sociólogo alemão, publicou uma bibliografia a respeito das grandes organizações

Leia mais

Capitulo 16 - Filosofia -

Capitulo 16 - Filosofia - Capitulo 16 - Filosofia - Pensamento do século XIX Século XIX: Expansão do capitalismo e os novos ideais De acordo com a periodização tradicional considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época

Leia mais

Transformações sociais na Europa no século XVI. Revolução Francesa. Revolução Industrial. Revolução científica Reforma protestante

Transformações sociais na Europa no século XVI. Revolução Francesa. Revolução Industrial. Revolução científica Reforma protestante Auguste Comte Transformações sociais na Europa no século XVI Revolução Francesa Revolução Industrial Revolução científica Reforma protestante Urbanização Formação de novas classes sociais (burguesia e

Leia mais

Questões Sugeridas Bloco 1:

Questões Sugeridas Bloco 1: Questões Sugeridas Bloco 1: Pensamento Clássico da Sociologia: Ordem Social, Materialismo Dialético, Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Ano: 2013 Banca: ESAF Órgão: DNIT Prova: Analista em Infraestrutura

Leia mais

TEORIA BUROCRACIA. Profa. Dra. Rosângela F. Caldas

TEORIA BUROCRACIA. Profa. Dra. Rosângela F. Caldas TEORIA BUROCRACIA CONCEITO Trabalho baseado em papéis e documentos, movimentados em seqüência contínua entre as várias unidades componentes da estrutura organizacional DESENVOLVIMENTO Europa - Sec. XX

Leia mais

Aula 2 Fato Social e Ação Social

Aula 2 Fato Social e Ação Social 1 Fato Social Émile Durkheim Aula 2 Fato Social e Ação Social Constitui o objeto de estudo da Sociologia pois decorre da vida em sociedade. Fato social é todo o fato que é coletivo, exterior ao indivíduo

Leia mais

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista KARL MARX Alemanha (1818-1883) Marx nasceu numa família de classe média. Seus pais eram judeus que tiveram que se converter ao cristianismo em função das

Leia mais

Marx e as Relações de Trabalho

Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho 1. Leia os textos que seguem. O primeiro é de autoria do pensador alemão Karl Marx (1818-1883) e foi publicado pela primeira vez em 1867. O

Leia mais

Patrimonialismo, Burocracia e Administração por Objetivos

Patrimonialismo, Burocracia e Administração por Objetivos Patrimonialismo, Burocracia e Administração por Objetivos Três modelos gerenciais básicos e suas respectivas fontes de legitimação nas organizações. Fundamentos da Administração Origens históricas do Patrimonialismo

Leia mais

INDIVIDUO E SOCIEDADE DURKHEIM E O NASCIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

INDIVIDUO E SOCIEDADE DURKHEIM E O NASCIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS INDIVIDUO E SOCIEDADE DURKHEIM E O NASCIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Émile Durkheim (francês) (1858-1917) Biografia Émile Durkheim (1858-1917) nasceu em Epinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de

Leia mais

Augusto Comte e o Positivismo

Augusto Comte e o Positivismo Augusto Comte e o Positivismo Reis, Camila Oliveira. R375a Augusto Comte e o positivismo / Camila Oliveira Reis. Varginha, 2015. 10 slides. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS 12) Segundo Marx,as relações de produção ou a natureza da produção e a organização do trabalho, determinam a organização de uma sociedade em um específico momento histórico. Em relação ao pensamento de

Leia mais

AULA 3 Émilie Durkheim. Prof. Robson Vieira 3º ano e Pré-Enem

AULA 3 Émilie Durkheim. Prof. Robson Vieira 3º ano e Pré-Enem AULA 3 Émilie Durkheim Prof. Robson Vieira 3º ano e Pré-Enem Introdução à Sociologia Prof. Robson Sociologia Clássica Clássicos 1 Positivista Funcionalista E. DURKHEIM *Vida Coletiva gerida acima e fora

Leia mais

O PENSAMENTO TEÓRICO NA SOCIOLOGIA

O PENSAMENTO TEÓRICO NA SOCIOLOGIA O PENSAMENTO TEÓRICO NA SOCIOLOGIA Equipe 2: Amanda Ana carolina Chris Eduardo A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPIRITO DO CAPITALISMO. Max Weber. Europa, capitalismo, religião. ESPIRITO DO CAPITALISMO Conjunto

Leia mais

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Aspectos sociológicos da Educação PRINCIPAIS CORRENTES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO Prof. Stephanie Gurgel A Sociologia surgiu através da tentativa de Augusto Comte (1798 1857) em

Leia mais

OS CLASSICOS DA SOCIOLOGIA

OS CLASSICOS DA SOCIOLOGIA OS CLASSICOS DA SOCIOLOGIA MAX WEBER 1864-1920 Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, Maio de 2017 CONCEITOS BÁSICOS AÇÃO SOCIAL COMPREENSÃO SOCIAL PATRIMONIALISMO COMPREENSÃO TIPO IDEAL TIPOLOGIA

Leia mais

Sociologia Prof. Ms. Fuad Jaudy. Cap. 1 Produção de Conhecimento: uma característica fundamental das sociedades humanas.

Sociologia Prof. Ms. Fuad Jaudy. Cap. 1 Produção de Conhecimento: uma característica fundamental das sociedades humanas. Sociologia Prof. Ms. Fuad Jaudy Cap. 1 Produção de Conhecimento: uma característica fundamental das sociedades humanas. (Parte II) O Contexto de Surgimento da Sociologia O surgimento da Sociologia ocorre

Leia mais

Unidade 2: Teoria Sociológica de Durkheim. Sociologia Geral - Psicologia Igor Assaf Mendes

Unidade 2: Teoria Sociológica de Durkheim. Sociologia Geral - Psicologia Igor Assaf Mendes Unidade 2: Teoria Sociológica de Durkheim Sociologia Geral - Psicologia Igor Assaf Mendes Teorias e Perspectivas Sociológicas Funcionalismo: enfatiza que o comportamento humano é governado por estruturas

Leia mais

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues Colégio Cenecista Dr.

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues   Colégio Cenecista Dr. Sociologia Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: matheus.bortoleto@cnecuberaba.edu.br Colégio Cenecista Dr. José Ferreira [...] tudo o que é real tem uma natureza definida que se impõe, com a

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX SÉCULO XIX Expansão do capitalismo e novos ideais De acordo com a periodização tradicional, considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Esse movimento

Leia mais

Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas

Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas 1 Produção de conhecimento: uma característica das sociedades humanas Os seres humanos sempre buscaram formas de compreender os fenômenos que ocorrem em seu dia a dia, de modo a procurar soluções para

Leia mais

Aula ao vivo 21/03/2014 Pensamento Sociológico

Aula ao vivo 21/03/2014 Pensamento Sociológico Aula ao vivo 21/03/2014 Pensamento Sociológico 1) Através dos tempos o homem pensou sobre si mesmo e sobre o universo. Contudo, foi apenas no século XVIII que uma confluência de eventos na Europa levou

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE REINGRESSO E MUDANÇA DE CURSO 2017 SOCIOLOGIA CADERNO DE QUESTÕES INSTRUÇÕES AO CANDIDATO Você deverá ter recebido o Caderno com a Proposta de Redação, a Folha de Redação,

Leia mais

Música R.Stones...5:00. Chegaram BD RJ...4:05

Música R.Stones...5:00. Chegaram BD RJ...4:05 Música R.Stones...5:00 https://www.youtube.com/watch?v=lyv39uasola Chegaram BD RJ...4:05 http://globoplay.globo.com/v/4821593/ Rolling Stones no Brasil... Formada em Londres em 1962, é considerada um dos

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE Concurso Público de Ingresso no Magistério Público Estadual PARECERES DOS RECURSOS SOCIOLOGIA

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE Concurso Público de Ingresso no Magistério Público Estadual PARECERES DOS RECURSOS SOCIOLOGIA Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE Concurso Público de Ingresso no Magistério Público Estadual PARECERES DOS RECURSOS SOCIOLOGIA 11) A Proposta Curricular de Santa Catarina - Formação

Leia mais

SOCIOLOGIA DA. LIVRO 09: Olhares para a escola de hoje. Prof. Dra. Regina Maria Zanatta

SOCIOLOGIA DA. LIVRO 09: Olhares para a escola de hoje. Prof. Dra. Regina Maria Zanatta SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO LIVRO 09: Olhares para a escola de hoje. LIVRO 10: Múltiplos M olhares. Prof. Dra. Regina Maria Zanatta E-mail: rmzanatta@wnet.com.br O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA Século XVIII Transformação

Leia mais

A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE

A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE EDUCAÇÃO E MARXISMO A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE A DOMINAÇÃO DE TEORIAS CONSERVADORAS NA ACADEMIA AS IDÉIAS DOMINANTES DE CADA ÉPOCA SÃO AS IDÉIAS DA CLASSE DOMINANTE

Leia mais

MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels)

MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels) MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels) ...as mudanças sociais que se passam no decorrer da história de uma sociedade não são determinadas por ideias ou valores. Na verdade, essas mudanças são influenciadas

Leia mais

P R O F E S S O R E D M Á R I O V I C E N T E

P R O F E S S O R E D M Á R I O V I C E N T E 1 Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários

Leia mais