MAGNÍFICO REITOR ALOISIO TEIXEIRA, NA PESSOA DE QUEM CUMPRIMENTO OS DEMAIS MEMBROS DA MESA. PROFESSOR ADALBERTO VIEYRA, MEU DIRETOR.

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1 MAGNÍFICO REITOR ALOISIO TEIXEIRA, NA PESSOA DE QUEM CUMPRIMENTO OS DEMAIS MEMBROS DA MESA. PROFESSOR ADALBERTO VIEYRA, MEU DIRETOR. AUTORIDADES PRESENTES, MEUS AMIGOS, FAMILIARES, COLEGAS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS. O INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS O NOSSO ICB - FOI FUNDADO EM 1969, HÁ QUASE 40 ANOS, PORTANTO. ERAM ANOS DE GOVERNO MILITAR. EU TINHA 20 ANOS DE IDADE, ERA ALUNO DE MEDICINA, DIRETOR DO CENTRO ACADÊMICO CARLOS CHAGAS, BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, TORCEDOR DO FLUMINENSE, E COMUNISTA. JUNTO COM MUITOS DE MEUS AMIGOS AQUI PRESENTES, TÍNHAMOS UM OBJETIVO BEM MODESTO: MUDAR O MUNDO. FOI DURANTE ESSA MISSÃO IMPOSSÍVEL QUE ASSISTIMOS PERPLEXOS À DECRETAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA REFORMA UNIVERSITÁRIA, A PARTIR DO ANO ANTERIOR. EU ERA REPRESENTANTE DOS ALUNOS NA CONGREGAÇÃO DA FACULDADE DE MEDICINA, E TIVE A FORTUNA DE ACOMPANHAR AS DISCUSSÕES ACIRRADAS QUE SE TRAVARAM SOBRE O TEMA. OS ALUNOS ERAM FAVORÁVEIS À REFORMA, MAS AO MESMO TEMPO, COMO SER A FAVOR DE UMA REFORMA PROPOSTA E IMPLEMENTADA PELO GOVERNO MILITAR? AGORA, QUASE MEIO SÉCULO DEPOIS, PODEMOS VER TUDO COM O OLHAR TRANQUILO QUE O TEMPO PERMITE. A REFORMA TEVE PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS. TEVE O MÉRITO DE ABOLIR A CÁTEDRA VITALÍCIA COM CATEDRÁTICO ÚNICO, SUBSTITUINDO-A PELO DEPARTAMENTO UNIVERSITÁRIO, QUE ADMITIA PELO

2 MENOS EM TESE - O CONVÍVIO DE VÁRIOS PROFESSORES TITULARES. A REFORMA TEVE O MÉRITO TAMBÉM DE INSERIR NO IDEÁRIO UNIVERSITÁRIO A INDISSOCIABILIDADE ENTRE A PESQUISA E O ENSINO, PERMITINDO DESSE MODO QUE A PRÁTICA DA CIÊNCIA FOSSE AOS POUCOS FINCANDO RAÍZES NOS DEPARTAMENTOS. MAS OS DEPARTAMENTOS PERTENCIAM A INSTITUTOS E FACULDADES, E A TAREFA DE FORMÁ-LOS SEGUIU O CÂNONE DAS DITADURAS. DE UMA PENADA, EM TODO O BRASIL FORMARAM-SE INSTITUTOS E FACULDADES DE DESENHO IGUAL, UNIFORMES, HOMOGÊNEOS. ABOLIU-SE A EXPERIMENTAÇÃO TENTADA PIONEIRAMENTE POR ANÍSIO TEIXEIRA COM A UNIVERSIDADE DO DISTRITO FEDERAL, NOS ANOS 1930, E DEPOIS POR DARCY RIBEIRO COM A UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, NOS ANOS NO MODELO MILITAR VIGENTE, TUDO TINHA QUE SER IGUAL. TODAS AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS TINHAM QUE TER FACULDADES DE MEDICINA, FACULDADES DE ENGENHARIA, FACULDADES DE DIREITO. NA ÁREA DA SAÚDE (QUE CONHEÇO MELHOR), O CICLO BÁSICO DEVERIA SE SEPARAR DO CICLO PROFISSIONAL, E PARA ISSO FORAM CONSTITUÍDOS OS ICBS DO BRASIL. PODEM REPARAR: TODAS AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS TÊM ICBS ATÉ HOJE! ESSE NOVO MODELO (ENTRE ASPAS) TROUXE PELO MENOS TRÊS CONSEQÜÊNCIAS NEGATIVAS: O ARTIFICIALISMO DE SUA FUNDAÇÃO POR DECRETO, O CONSERVADORISMO DE SUA CONSTITUIÇÃO, E A CLIVAGEM ENTRE OS CONHECIMENTOS BÁSICOS E O SABER APLICADO. FOI ARTIFICIAL REUNIR OS HERDEIROS DA CÁTEDRA VITALÍCIA EM ICBS E DEPARTAMENTOS CRIADOS POR DECRETO. OS CATEDRÁTICOS DA ÉPOCA

3 FORAM REBATIZADOS DE PROFESSORES TITULARES, E JUNTO COM SEUS ANTIGOS ASSISTENTES, RENOMEADOS TAMBÉM, FORAM REUNIDOS NOS NOVOS (MAS COM OS MESMOS NOMES) DEPARTAMENTOS. AS PEÇAS ERAM AS MESMAS, FORAM APENAS RECLASSIFICADAS. NO UNIFICADO DEPARTAMENTO DE ANATOMIA DO ICB, POR EXEMPLO, FORAM REUNIDOS OS CATEDRÁTICOS DE ANATOMIA DA MEDICINA E DA ODONTOLOGIA (E SEUS ASSISTENTES). NO NOVO DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA DA ÉPOCA FORAM REUNIDOS OS CATEDRÁTICOS DA MEDICINA E DA FARMÁCIA. E ASSIM POR DIANTE. ALÉM DE ARTIFICIAL, O RECORTE DOS DEPARTAMENTOS FOI EXTREMAMENTE CONSERVADOR. NA VERDADE NADA MUDOU DO PONTO DE VISTA DAS CIÊNCIAS BIOMÉDICAS, TUDO CONTINUOU SEGUINDO A LÓGICA DE CLAUDE BERNARD, PREVALENTE DESDE O SÉCULO 19. CLAUDE BERNARD FOI UM GRANDE FISIOLOGISTA FRANCÊS, AUTOR DE UM LIVRO SEMINAL CHAMADO INTRODUÇÃO À MEDICINA EXPERIMENTAL, NO QUAL CONSIDERA QUE A MEDICINA EXPERIMENTAL (LEIA-SE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ) SERIA FORMADA POR 4 EIXOS BÁSICOS: A MORFOLOGIA QUE DESVENDARIA A FORMA DOS ORGANISMOS, A FISIOLOGIA QUE TRATARIA DO SEU FUNCIONAMENTO, A PATOLOGIA QUE REVELARIA OS DESVIOS QUE A DOENÇA IMPÕE, E A TERAPÊUTICA QUE PROPORIA AS FORMAS DE REPARÁ-LOS. FOI ESSA CONCEPÇÃO BERNARDIANA QUE HAVIA ORIENTADO A FORMAÇÃO DAS ANTIGAS CÁTEDRAS DE ANATOMIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA (AS MORFOLÓGICAS), FISIOLOGIA, BIOFÍSICA, BIOQUÍMICA (AS FISIOLÓGICAS), FARMACOLOGIA (A TERAPÊUTICA) E PATOLOGIA QUE SE MANTEVE UNIDA AO LADO PROFISSIONAL. OUTRAS SURGIRAM, RAMIFICANDO-SE DAS PRIMEIRAS, SEGUINDO ESSA ESTRUTURA CONCEITUAL. A REFORMA UNIVERSITÁRIA

4 MANTEVE ESSA LÓGICA NA CRIAÇÃO DOS ICBS EM TODO O BRASIL, QUANDO A CIÊNCIA QUE CORRIA POR FORA JÁ DAVA MOSTRA DE NOVOS RECORTES DISCIPLINARES, E ANUNCIAVA A EMERGÊNCIA DA MULTI-, DEPOIS DA TRANSDISCIPLINARIDADE, COM O APARECIMENTO DA BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, BIOLOGIA CELULAR, NEUROCIÊNCIA, IMUNOLOGIA, ECOLOGIA, E VÁRIAS NOVAS DISCIPLINAS QUE RECORTAVAM TAMBÉM NA HORIZONTAL O QUE ERA APENAS VERTICAL. APESAR DOS NOVOS DEPARTAMENTOS, ENTÃO, TUDO CONTINUOU COMO ANTES. O TERCEIRO PECADO DA REFORMA, NO ÂMBITO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE, FOI CRIAR UM MURO ENTRE A PESQUISA BÁSICA DE UM LADO, A PESQUISA APLICADA E A PRÁTICA PROFISSIONAL, DE OUTRO. OS ICBS SE SEPARARAM DAS FACULDADES PROFISSIONAIS EM TODO O BRASIL, E, É CLARO, TAMBÉM NA UFRJ. PESQUISADORES CHAMADOS BÁSICOS PASSARAM A CONVERSAR CONSIGO PRÓPRIOS, E DO OUTRO LADO DO MURO FAZIAM O MESMO OS CLÍNICOS OU PROFISSIONAIS DE UM MODO GERAL. MAS A CIÊNCIA CONTINUAVA A CORRER POR FORA, E NOS CONGRESSOS DE IMUNOLOGIA, NEUROCIÊNCIA, BIOLOGIA CELULAR ETC, DISCUTIAM-SE AO MESMO TEMPO MOLÉCULAS, CÉLULAS, ÓRGÃO SADIOS E DOENTES, DOENÇAS E PACIENTES. APESAR DESSA PRETENSA REFORMA, MUITA COISA EVOLUIU. HAVIA ILHAS DE OUSADIA NESSE MAR DE CONFORMISMO: UMA DELAS FOI O INSTITUTO DE BIOFÍSICA FUNDADO POR CARLOS CHAGAS FILHO. EM NOSSO ICB, DURANTE OS ANOS 1970 E 1980 TIVEMOS A SORTE DE SER ACADEMICAMENTE CONDUZIDOS (NO MELHOR SENTIDO DA PALAVRA) PELO INSTITUTO DE BIOFÍSICA. PORQUE OS PROFESSORES DESSE INSTITUTO SEMPRE FIZERAM PARTE DE NOSSA CONGREGAÇÃO, COMO RESPONSÁVEIS PELOS DEPARTAMENTOS DE FISIOLOGIA, BIOFÍSICA E PARASITOLOGIA. DESSA

5 BATUTA SURGIU E CRESCEU O DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA MÉDICA DE LEOPOLDO DE MEIS, RECENTEMENTE SEPARADO DO ICB E TRANSFORMADO EM INSTITUTO. E ASSIM, NOS ANOS 1990 NOSSO CONDUTOR FOI ESSE FUTURO INSTITUTO DE BIOQUÍMICA MÉDICA, TÃO DINÂMICO E INOVADOR. LEMBRO QUE DEPOIS DOS PRIMEIROS ANOS DE LAURO SOLLERO E NEWTON DE CASTRO, OS PRIMEIROS DIRETORES DO ICB, MUITOS DE NOSSOS DIRETORES FORAM MEMBROS DOS DOIS INSTITUTOS: JORGE GUIMARÃES, OCTAVIO APRIGLIANO, HELENA SCOFANO, ANIBAL LOPES, ADALBERTO VIEYRA. ESSE PROCESSO SE PROLONGOU ATÉ AGORA, INÍCIO DO SÉCULO 21. ATINGIMOS UM PONTO-LIMITE. COM O CRESCIMENTO DO INSTITUTO DE BIOFÍSICA, E O NASCIMENTO DO INSTITUTO DE BIOQUÍMICA MÉDICA, TUDO INDICA QUE O ICB PRECISA MUDAR. ENTÃO, O QUE SE COLOCA PARA 2007 E OS ANOS PRÓXIMOS É UMA NOVA REFORMA, UM REDESENHO DO ICB. A DITADURA SE FOI HÁ MUITO, E AGORA OS TEMPOS SÃO DE EXPERIMENTAR. A UFRJ DISCUTE UM PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL QUE ESTIMULA A INOVAÇÃO ACADÊMICA, A BUSCA DE NOVOS CAMINHOS, E PORTANTO UMA NOVA REFORMA DO ICB NÃO SERÁ DITADA POR DECRETO, MAS PELA INICIATIVA E AMPLA DISCUSSÃO DE TODOS NÓS. O ICB SE PROPÕE A MUDAR. DECIDIMOS PRIMEIRO REFORMAR A NOSSA ESTRUTURA, PARA TORNÁ-LA MAIS COMPATÍVEL COM O FORMATO MATRICIAL DA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA. REFIRO-ME À PROPOSTA DE NOVO REGIMENTO JÁ APROVADA PELA CONGREGAÇÃO, E QUE ORA ESTÁ EM DISCUSSÃO NOS COLEGIADOS DA UNIVERSIDADE. NELE PROPOMOS A ABOLIÇÃO DOS DEPARTAMENTOS DE CLAUDE BERNARD, E A SUA SUBSTITUIÇÃO POR PROGRAMAS TEMÁTICOS AVALIADOS QÜINQÜENALMENTE

6 POR COMITÊS EXTERNOS. PROPOMOS TAMBÉM ABOLIR A FIXIDEZ TERRITORIALISTA DO VÍNCULO DOCENTE A UM ÚNICO DEPARTAMENTO, CRIANDO A POSSIBILIDADE DOS PROFESSORES (E SEUS ALUNOS) PERTENCEREM SIMULTANEAMENTE A MAIS DE UM PROGRAMA. FOMOS AINDA MAIS LONGE: PROPOMOS A ABOLIÇÃO DO VÍNCULO EXCLUSIVO DOS PROFESSORES AO INSTITUTO, CRIANDO A FIGURA DO DUPLO-VÍNCULO INTRA- UNIVERSITÁRIO, QUE PERMITIRÁ A UM PROFESSOR PERTENCER AO MESMO TEMPO AO ICB E A OUTRA UNIDADE DA UFRJ. E NA BUSCA AINDA MAIS OUSADA DE MOBILIDADE HORIZONTAL, PROPOMOS A CRIAÇÃO DA FUNÇÃO NÃO-REMUNERADA DE PROFESSOR HONORÁRIO, PARA PROFISSIONAIS DESTACADOS DE FORA DA UFRJ, QUE TIVEREM RELAÇÕES CIENTÍFICAS OU PROFISSIONAIS COM O ICB. A PALAVRA INTEGRAÇÃO PASSOU A FREQÜENTAR MAIS NOSSOS DEBATES E PROPOSTAS. ASSIM, ESTAMOS DISCUTINDO A NECESSIDADE DE TER UMA SEDE PRÓPRIA UNIFICADA, NÓS QUE TEMOS INSTALAÇÕES ESPALHADAS EM 4 DIFERENTES BLOCOS DESTE CENTRO. SERIA A INTEGRAÇÃO INTERNA. E ABRINDO CAMINHO PARA REALIZAR AO MESMO TEMPO A INTEGRAÇÃO EXTERNA (COM O LADO PROFISSIONAL), ESTAMOS DISCUTINDO COM O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO A POSSIBILIDADE DE OCUPAR ESPAÇOS DISPONÍVEIS DENTRO DO HU, COMO FAZEM NOSSOS COLEGAS DO INCOR, QUE TÊM LABORATÓRIOS DE PESQUISA BÁSICA (EVOLUÇÃO E BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, POR EXEMPLO) AO LADO DAS MELHORES INSTALAÇÕES DE ATENDIMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO, OU AINDA O MASSACHUSETTS GENERAL HOSPITAL, ASSOCIADO A HARVARD E O MIT, QUE TÊM TAMBÉM LABORATÓRIOS DE PESQUISA BÁSICA EM SUAS INSTALAÇÕES DE ATENDIMENTO À SAÚDE.

7 ESTAMOS DEBATENDO ENTRE NÓS PRÓPRIOS E COM NOSSOS COLEGAS DAS UNIDADES PROFISSIONAIS (O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, A FACULDADE DE MEDICINA, FACULDADE DE ODONTOLOGIA), FORMAS DE AMPLIAR A INTEGRAÇÃO EXTERNA PARA ALÉM DA INTEGRAÇÃO DE ESPAÇOS FÍSICOS, APROXIMANDO AS DISCIPLINAS BÁSICAS DAS CLÍNICAS, NO ÂMBITO DO ENSINO DE GRADUAÇÃO, E AS LINHAS DE PESQUISA BÁSICA DA PESQUISA CLÍNICA E DA PRÁTICA PROFISSIONAL, NO ÂMBITO DA PÓS-GRADUAÇÃO E DA PESQUISA. GOSTARÍAMOS DE CRIAR VÍNCULOS INSTITUCIONAIS PERMANENTES ENTRE NOSSAS UNIDADES: QUE AS NOSSAS CONGREGAÇÕES CONVERSEM INSTITUCIONALMENTE ATRAVÉS DE REPRESENTANTES MÚTUOS PERMANENTES. QUE O MESMO SEJA FEITO ENTRE AS COMISSÕES DE PÓS- GRADUAÇÃO, DE GRADUAÇÃO E DE EXTENSÃO. A IDÉIA DE INTEGRAÇÃO É TÃO FORTE QUE ESTAREMOS DISCUTINDO NESTA SEMANA, COM O APOIO DA CAPES, A CONSTITUIÇÃO DE PROGRAMAS NACIONAIS ITINERANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO, E QUEM SABE UM PROGRAMA SULAMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, UNINDO OS PAÍSES DO MERCOSUL. O ICB SE PROPÕE MESMO A MUDAR. NÃO É POR ACASO QUE SOMOS NETOS DE CARLOS CHAGAS FILHO E SOBRINHOS DE LEOPOLDO DE MEIS. ELES NOS INCUTIRAM O FASCÍNIO DA MUDANÇA E DA EXPERIMENTAÇÃO. JUNTOS, O ICB, O INSTITUTO DE BIOFÍSICA E OUTRAS UNIDADES, HÁ ALGUNS ANOS, CRIARAM UMA COMISSÃO QUE DISCUTIU UMA MUDANÇA RADICAL NOS PRIMEIROS ANOS DA GRADUAÇÃO. ALGO QUE AGORA RETORNA AO CENÁRIO NACIONAL, COM AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO MEC PARA A INSTITUIÇÃO DE UM MODELO COLLEGE, COMO É FREQUENTEMENTE DENOMINADO, INSERINDO VARIEDADE, HUMANISMO, CULTURA E CIÊNCIA NOS PRIMEIROS ANOS DE NOSSOS ALUNOS, PARA EVITAR FORÇÁ-LOS A UMA ESCOLHA PROFISSIONAL TÃO PRECOCE,

8 COMO A QUE TÊM QUE FAZER ATUALMENTE AOS 17 ANOS. O ICB TEM UMA PROPOSTA FORMAL DE PRIMEIRO CICLO NA GRADUAÇÃO, QUE SURGIU NA FRENTE DOS TEMPOS EM 1999, E QUE QUEREMOS REDISCUTIR COM TODA A UNIVERSIDADE. ESTAMOS TAMBÉM JUNTOS COM A BIOFÍSICA E A BIOQUÍMICA NO PROJETO DE CRIAÇÃO DE LABORATÓRIOS MULTIINSTITUCIONAIS QUE ABORDEM AS DOENÇAS EMERGENTES DO SÉCULO 21, JÁ APROVADO PELA FINEP EM 2006 E QUE AGORA BUSCA MAIS RECURSOS DO CT-INFRA, EM ESTAMOS PROPONDO OUTRAS MUDANÇAS. PRETENDEMOS RESTAURAR A IMPORTÂNCIA DAS AULAS PRÁTICAS, O ENSINO COM A MÃO-NA-MASSA, CRIANDO UM NÚCLEO DE ENSINO PRÁTICO FORMADO DE SALAS- LABORATÓRIOS, JUNTO AO ANATÔMICO E AO PARQUE DE MICROSCOPIA, QUE POSSA FAZER O ALUNO VOLTAR A TRABALHAR COM AS MÃOS, EXPERIMENTANDO, APRENDENDO A PARTIR DE SUA PRÓPRIA CRIATIVIDADE E AÇÃO. E NESSE NÚCLEO PRETENDEMOS TAMBÉM CRIAR UM ESPAÇO INTERATIVO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, DESTINADO À VISITA DE ESCOLAS E ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS DAS REDONDEZAS DA ILHA DO FUNDÃO. MEUS CAROS AMIGOS, JÁ PRETENDO ENCERRAR ESSES DELÍRIOS DE UM DIRETOR INICIANTE, PARA NÃO CANSÁ-LOS DEMAIS. OS TEMPOS NA UFRJ SÃO DE MUDANÇA, NO ICB TAMBÉM. PRETENDO FAZER O MELHOR PARA LEVAR ADIANTE TUDO ISTO QUE TEMOS DISCUTIDO NESTES ÚLTIMOS ANOS NAS REUNIÕES DE NOSSO CORPO SOCIAL, SOB A LIDERANÇA SEGURA DE MEU ANTECESSOR ADALBERTO VIEYRA. COMO APRENDI A TRABALHAR EM GRUPO DESDE OS TEMPOS DE COMUNISTA NO MOVIMENTO ESTUDANTIL, FAREMOS NA DIRETORIA UMA CÉLULA DE IDÉIAS E AÇÕES. PARA ISTO CONTAREI COM A

9 COLABORAÇÃO DO COLEGA LUIZ EURICO NASCIUTTI, VICE-DIRETOR NESTA JORNADA. TEREI TAMBEM A COLABORAÇÃO DOS COLEGAS SILVANA ALLODI, DIRETORA DE GRADUAÇÃO; ROBERTO TAKASHI SUDO, DE PÓS-GRADUAÇÃO; JOSÉ GARCIA ABREU, DE EXTENSÃO; E FLAVIA ALCANTARA GOMES, DE PESQUISA. TENHO ORGULHO DE DIZER A TODOS QUE VOLTAMOS A TER PALAVRAS-DE- ORDEM, COMO ANTIGAMENTE. A PRIMEIRA SERIA: PELA SUPERAÇÃO DOS MUROS INSTITUCIONAIS - QUEREMOS A INTEGRAÇÃO CIENTÍFICA BÁSICO-PROFISSIONAL, QUEREMOS A MOBILIDADE HORIZONTAL DE PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS. A SEGUNDA PALAVRA-DE-ORDEM: POR UM ICB UNIFICADO - QUEREMOS REORGANIZAR NOSSOS ESPAÇOS PARA TRABALHARMOS INTEGRADAMENTE. A TERCEIRA: POR UMA PÓS-GRADUAÇÃO FEDERATIVA, MARCA DO ICB ATRAVÉS DO PROGRAMA DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS QUEREMOS UMA PÓS-GRADUAÇÃO CADA VEZ MAIS INCLUDENTE E INTEGRADA COM OUTRAS INSTITUIÇÕES, OUTROS ESTADOS, OUTROS PAÍSES. AINDA UMA QUARTA PALAVRA-DE-ORDEM: POR UM PRIMEIRO CICLO HUMANISTA E CIENTÍFICO NO ENSINO DE GRADUAÇÃO, CAPAZ DE OFERECER CULTURA AOS NOVOS UNIVERSITÁRIOS, E NÃO UMA ESPECIALIZAÇÃO EXCESSIVAMENTE PRECOCE, PARA QUE FAÇAM DENTRO DA UNIVERSIDADE SUAS OPÇÕES PROFISSIONAIS. E FINALMENTE: POR UM ICB INTEGRADO À SOCIEDADE, LEVANDO A ELA ATRAVÉS DE AÇÕES DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, EDUCAÇÃO CONTINUADA E

10 FORMAÇÃO DE PROFESSORES, TODO O CONHECIMENTO QUE GERA E ACUMULA. MUITO OBRIGADO.