UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI THAIS CARRAPATOSO NASCIMENTO

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1 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI THAIS CARRAPATOSO NASCIMENTO INFORMAÇÃO E ACESSO: Instrumentos para a consolidação da TV Digital Aberta Brasileira SÃO PAULO 2014

2 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI THAIS CARRAPATOSO NASCIMENTO INFORMAÇÃO E ACESSO: Instrumentos para a consolidação da TV Digital Aberta Brasileira Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora, como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre do Programa de Mestrado em Comunicação, área de concentração em Comunicação Contemporânea da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Profa. Dra. Sheila Schvarzman. SÃO PAULO 2014

3 FICHA CATALOGRÁFICA N199i Nascimento, Thais Carrapatoso Informação e acesso: instrumentos para a consolidação da TV digital aberta brasileira / Thais Carrapatoso Nascimento f.: il.; 30 cm. Orientadora: Prof.ª Drª Sheila Schvarzman. Dissertação (Mestrado em Comunicação) Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Bibliografia: f Comunicação. 2. TV digital. 3. TV brasileira. I. Titulo. CDD 302.2

4 THAIS CARRAPATOSO NASCIMENTO INFORMAÇÃO E ACESSO: Instrumentos para a consolidação da TV Digital Aberta Brasileira Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora, como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre do Programa de Mestrado em Comunicação, área de concentração em Comunicação Contemporânea da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Profa. Dra. Sheila Schvarzman. Aprovado em -----/------/ Profa. Dra. Sheila Schvarzman Prof. Dr. Almir Almas Prof. Dr. Vicente Gosciola

5 Tudo é uma questão de manter A mente quieta, A espinha ereta E o coração tranqüilo. Walter Franco Dedico este trabalho à minha avó, minha mãe e minha filha. Mulheres fortes e determinadas que fazem parte da minha vida.

6 AGRADECIMENTOS Sheila Schvarzman, pela paciência nа orientação, pela confiança е incentivo qυе tornaram possível а conclusão deste trabalho. Agradeço também а todos оs professores do Mestrado em Comunicação da Anhembi Morumbi, еm especial ao Prof. Luiz Vadico, pelo convívio, pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade. Luiz Fernando. Seu incentivo, apoio e principalmente sua amizade, foram fundamentais para chegar a esta etapa de minha vida profissional. Eternamente grata. Mauro Garcia. Por tantas discussões e informações sobre o tema televisão, que contribuíram para ampliar minha visão sobre o assunto e que estão presentes neste trabalho. Demais colegas da ESPM, em especial ao amigo Emanoel Santos, pelas leituras, discussões e por estar sempre pronto a me ouvir. Minha família e amigos, pelo apoio, força, incentivo, companheirismo e amizade. Sem eles nada disso seria possível.

7 RESUMO Estamos vivenciando a terceira geração da TV, com uma nova quebra de paradigma: a mudança no sistema de transmissão da televisão aberta e gratuita, de analógica para digital. Esta nova televisão além de ser mais eficiente no que diz respeito à recepção dos sinais traz uma série de inovações, sendo a convergência entre os diversos meios de comunicação eletrônicos e o acesso à Internet, a sua maior novidade. Não se trata apenas de uma inovação tecnológica, mas de um instrumento transformador, capaz de possibilitar o exercício da cidadania através da promessa de interatividade. Há cerca de sete anos da implantação da televisão digital aberta (primeira transmissão no novo sistema aconteceu em 02 de dezembro de 2007), por que ainda não se popularizou? Poucas são as campanhas de esclarecimento e ainda existe um grande limitador: o desconhecimento da tecnologia e a gratuidade de seu acesso. Neste contexto, o estudo aqui proposto tem o objetivo de identificar os problemas, as políticas de Estado e as ações das empresas de radiodifusão e fabricantes de eletroeletrônicos; investigar o que aconteceu com o projeto original do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (adotado em 2006); analisar quais são os fatores que ainda impedem sua plena instalação e adesão da população; além de rever o cronograma para o switch off da TV analógica. Palavras-chave: Televisão digital aberta. Convergência. Interatividade. Switch off. Informação e Acesso.

8 ABSTRACT We are experiencing the third generation of the TV with a new paradigm shift: a change in the transmission system of open and free television from analog to digital. This ' new ' television and is more efficient with respect to the reception of signals brings a host of innovations, and the convergence between the various electronic media and the internet, your big news. It is not just a technological innovation but a transformer capable of enabling the exercise of citizenship through the promise of interactivity instrument. There are about seven years of implementation of digital broadcast television (first broadcast in the new system took place on 02 December 2007), why have not become popular? Few awareness campaigns and there is a great limiter: the lack of technology and the gratuity of access. In this context, the study presented here aims to identify problems, state policies and actions of broadcasters and manufacturers of consumer electronics companies; investigate what happened to the original design of the Brazilian Digital Television System (adopted in 2006); analyze what are the factors that still hinder their full installation and support of the population; and to review the schedule for the switch off of analogue TV. Keywords: Digital broadcast TV. Convergence. Interactivity. Switch off. Information and access.

9 SUMÁRIO Introdução...17 Capítulo I A digitalização da televisão...29 Capítulo II. Tudo ao mesmo tempo e agora: a era digital Computador e Internet TV a cabo Telefonia e Fibra óptica Convergência...71 Capítulo III. Televisão digital aberta brasileira: instrumento transformador ou mudança tecnológica? A TV digital brasileira e seu papel na inclusão digital O que inviabiliza o acesso da população? Capítulo IV. Por que a nova televisão brasileira, ainda não se popularizou?..116 Considerações finais Referências bibliográficas Bibliografia complementar...142

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Vendas do Mercado Fonográfico (em US$ bilhões)...20 Quadro 2 Mapa Mundi com a distribuição dos SISTEMAS de TV digital...35 Quadro 3 Solenidade Oficial de lançamento da TV Digital aberta brasileira...47 Quadro 4 Cena do vídeo transmitido pelas emissoras para o lançamento da TV digital brasileira...48 Quadro 5 Lançamento do Portal Interativo do SBT Novembro de Quadro 6 Mapa de Cobertura do sinal TDA...86 Quadro 7 Conversor digital utilizado na Argentina...87 Quadro 8 4G e TV Digital Possibilidade de Interferência...89 Quadro 9 Da TV para a Internet...92 Quadro 10 Assinatura de Pacotes X Recursos da TV...93 Quadro 11 Programa da Rede CBS: Winky Dink and You...96 Quadro 12 Programa da Rede Tupi: Circo do Carequinha...97 Quadro 13 Selos DTV e DTVi...99 Quadro 14 Portal de Interatividade do SBT Quadro 15 Novelas: Viver a Vida e Passione Quadro 16 Programa da Tarde aplicativo de interatividade: Notícias tela Quadro 17 Programa da Tarde aplicativo de interatividade: Notícias tela Quadro 18 Aplicativo de Segunda Tela: Copa das Confederações/ Quadro 19 Caravana Digital da Rede Globo Quadro 20 Estande TV Digital da Globo...114

11 Quadro 21 Países que já adotaram o padrão nipo-brasileiro ISDB-Tb no mundo Quadro 22 Anúncios publicados em jornais e revistas do Brasil pela Rede Globo Quadro 23 Cronograma de desligamento da TV analógica...128

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Projeção de domicílios com TV (mil) Tabela 2 Canais mais vistos na TV por assinatura Julho de Tabela 3 Evolução do número de domicílios assinantes (mil) Julho de Tabela 4 Dados FÓRUM SBTVD - Situação atual da TV Digital brasileira Tabela 5 Dados FÓRUM SBTVD - Cidades onde a TV digital já está no ar Tabela 6 Número de emissoras comerciais por Rede...81 Tabela 7 Variações nos preços dos aparelhos de TV entre Maio e Junho de Tabela 8 Frequência de consumo simultâneo (TV + Internet)...92 Tabela 9 Países e data da implementação do padrão nipo-brasileiro Tabela 10 Nova Estratificação de Renda da população brasileira Tabela 11 A produção de televisores desde números em 1000 peças Tabela 12 Total de TVs fabricadas entre 2013 e Tabela 13 Total acumulado entre 2013 e

13 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Abert - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão Abratel - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão ABTA - Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alca - Área de Livre Comércio das Américas Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações ANCINE Agência Nacional do Cinema AMPS - Advanced Mobile Phone System APC - Associação para o Progresso das Comunicações ARPANet - Advanced Research Projects Agency Network ATSC - Advanced Television Systems Committee BBC Britsh Broadcastign Channel BTS - Broadcast Transpot Streaming CD - Compact Disc CNN Cable News Network CDMA - Code Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Código) COM-TV Comissão Assessora de Assuntos de Televisão DVD - Digital Versatile Disc DVB - Digital Video Broadcasting EBC Empresa Brasileira de comunicações ENSECOM - Encontro Sergipano de Comunicação Social Embratel - Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A EPG - guia eletrônico de programação FCC - Federal Communications Commission FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

14 FÓRUM SBTVD - Fórum Brasileiro de TV Digital Terrestre GPS Global Positioning System GSM Global System for Mobile Communications (Sistema Global para Comunicações Móveis) HBO Home Box Office HD - High-Definition HD High Vision HDTV High Definition Television HTML Hypertext Mark Up Language IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas IFPI Federação Internacional da Indústria Fonográfica IP - Internet Protocol ISDB - Integrated Services of Digital Broadcasting NCL - Nested Context Language MiniCom - Ministério das Comunicações MMDS - Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal MP3 - abreviação de MPEG 1 Layer-3 MTV Music Television ONG Organização não Governamental PC Personal Computer Projeto Brasil 4D - Diversidade, Democracia, Desenvolvimento sob a ênfase Digital PVR - personal vídeo record, RNP Rede Nacional de Pesquisas SBTVD Sistema Brasileiro de Televisão Digital SDTV - standard-definition television SET - Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão TBC Time Base Corrector

15 TCP/IP - Transmission Control Protocol/ Internet Protocol TDA Televisión Digital Abierta TDMA - Time Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação WAP Wireless Application Protocol

16 Assistir à televisão é um hábito ligado a fatos muito antigos na história das sociedades humanas. Tem a ver com a experiência do homem olhar objetos, cenas, a natureza e buscar por meio disso algum tipo de resposta, satisfação, distração, conhecimento (MARCONDES FILHO, 1994, p.08).

17 INTRODUÇÃO A televisão, consolidada no século XX, estabeleceu-se como um grande veículo de massa, ao se alastrar por toda a parte, após a Segunda Guerra Mundial, a televisão se tornou o dispositivo cultural e político mais importante nos lares das pessoas (MILLER, 2009 apud FREIRE FILHO, 2009, p.16). Seu império (e penetração) era tão grande que os outros veículos de comunicação como o cinema, o rádio, os jornais e revistas, acabaram se reestruturando diante do crescimento e desenvolvimento desta plataforma. Considerada como um veículo de comunicação pleno centralizava, e ainda centraliza os interesses, os poderes e a atenção geral das sociedades de todos os países. Ao contrário da fotografia e do cinema, que possibilitaram o registro automático do movimento e sua reconstituição visual, surgiu a televisão que tinha, a capacidade de registrar, transmitir e reproduzir uma imagem em movimento de forma simultânea e quase instantânea. A televisão coloca o espectador em contato visual com a realidade instantânea e independente da distância é que faz com que haja tanta fascinação pela transmissão direta (COUCHOT, 2003, p.83). Diferente do rádio: o rádio fala e divulga sempre coisas expressas em palavras (SARTORI, 2001, p.15), a televisão, por definição (do grego tele - distante e do latim visione visão), baseia-se em ver de longe, ou seja, levar à presença de um público de espectadores coisas para ver, quer dizer, visualmente transmitidas de qualquer parte, de qualquer lugar e distância. E na televisão o fato de ver predomina sobre o falar, no sentido de que a voz ao vivo, ou de um locutor, é secundária, pois está em função da imagem e comenta a imagem (SARTORI, 2001, p.15 e 16). Mas não é só isso. Para Zuffo e Becker, A televisão tem um papel importante na inserção social das pessoas. Além das histórias representadas na tela, que geram assuntos e discussões, a programação incentiva e desenvolve gostos, estilos de vida, de comportamento e de moda. Dependendo dos referenciais pessoais e familiares, a pessoa segue rigorosamente estilos

18 apresentados por personagens de programas televisivos (BECKER; ZUFFO, Revista de Radiodifusão 1, 2013, p.68). Desde o final dos anos de 1990, a televisão vem sendo afetada pelas inovações tecnológicas, e principalmente pelas alterações de comportamento que a sociedade vem sofrendo por força da informatização da informação. Gosciola reafirma que, a televisão, que antes estava à frente do cinema, agora vê sua popularidade ameaçada pelos produtos de entretenimento e informação acessíveis pelo computador, principalmente se conectado à internet (GOSCIOLA, 2010, p.66). Esta informatização 2 - também chamada de digitalização - nada mais é do que a transformação da informação em códigos binários, adaptando-a ao uso de sistemas computadorizados. A digitalização fez com que qualquer tipo de informação se transformasse em bits 3 [bytes 4 ], conjuntos de informações que podem ser representadas por zeros e uns, desligado e ligado. Desta forma, todas as redes passaram a ser capazes de transmitir qualquer tipo de informação, seja texto, software, música ou vídeo (CRUZ, 2008, p.17). A diversidade cada vez maior de dispositivos conectados (como computadores, tablets, celulares), bem como as conexões cada vez mais rápidas, fizeram da Internet 5, uma das maiores ameaças às empresas tradicionais do mercado audiovisual, que temem o ocorrido, décadas atrás, no mercado da música. 1 Artigo: Modelo de análise da audiência baseado no contexto - Valdecir Becker e Marcelo Zuffo. Revista de Radiodifusão, v.07, no. 8, Acesso em março de Informatizar. Adaptar um fato, processo ou serviço ao sistema da informática. Fonte: Michaelis A palavra bit é uma abreviatura de "Binary Digit" (em inglês, "dígito binário"). Tudo na informática é medido em bits, desde o tamanho de um número representado pela unidade decimal até a velocidade de transferência de dados em uma rede. Fonte: Michaelis Byte é uma unidade de informação digital equivalente a oito bits. O símbolo do byte é um (B) maiúsculo, para diferenciar de bit (b). O byte é usado em geral nas áreas de computação e telecomunicações, sendo nesta última comumente designado por octeto. Fonte: Michaelis Internet é um conjunto de redes mundial, e o nome tem origem inglesa, onde inter vem de internacional e net significa rede, ou seja, rede de computadores mundial. 18

19 Aqui vale relembrar: a indústria fonográfica, que nos anos de 1980 havia sido abalada com a pirataria de CD (Compact Disc) e DVD (Digital Versatile Disc), sofreu perdas significativas na venda de seus álbuns em meio físico, no final dos anos de 1990, principalmente com o surgimento de tecnologias digital para download ilegal de música, (formato MP3) através da internet, como exemplo o Napster, alterando o balanço entre companhias de gravação, compositores e artistas (GUEIROS Jr, 2000). Só em 2003, nos EUA, com o relançamento do Napster, como um site legal e licenciado, para downloads, e com o lançamento da loja virtual itunes Music Store, pela Apple Inc. e o Music Giants, entre outros, é que a indústria fonográfica resolveu considerar e adotar a possibilidade do download digital como o futuro da indústria da música. O último relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica 6 (IFPI), divulgado em janeiro de 2013, apontou a internet como o caminho da recuperação das gravadoras: em 2012 este modo de se consumir música cresceu 44% no mundo todo em relação ao ano anterior. Somado às outras modalidades digitais, o streaming ajudou a impulsionar o mercado da música, que voltou a tomar fôlego e apresentou seu melhor resultado desde O estudo foi divulgado paralelamente aos resultados da Associação Brasileira de Produtores de Discos, a ABPD, que apontou o aumento de 83,12% nas receitas da área digital, com arrecadação de R$ 111,4 milhões no último ano (BRANDÃO, Agência O Globo 7, 2013). Como vimos, a indústria fonográfica custou a se reerguer, mas acabou achando um novo modelo de negócio, utilizando as inovações tecnológicas e se aproximando da internet. Mas o cinema e a televisão ainda estão atordoados com essas novas possibilidades de download e até mesmo de streaming, que de certa 6 IFPI - Federação Internacional da Indústria Fonográfica 7 Reportagem de Liv Brandão, Brasil começa a atrair investimentos estrangeiros. Agência O Globo. Acesso em janeiro de /brasil- comeca- a- atrair- investimentos- estrangeiros

20 forma contribuem para a queda nas bilheterias e nos índices de audiência. O surgimento dos serviços ilegais de download digital, como o Zona (site russo, que além de filmes conta com programas de TV ao vivo) e o Popcorn Time (que chegou a ser classificado como o pesadelo de Hollywood ), além dos sites legais e licenciados como o Netflix, Cracle e Snag, já provocaram alterações nos sistemas de exibição, de transmissão e nos modelos de negócio, principalmente alterando as janelas de exibição (antecipando a locação, venda de CDs e DVDs, entre outros). Vendas do Mercado Fonográfico (em US$ bilhões) Fonte: Revista Exame 8 O avanço da convergência atropelou a indústria fonográfica no começo da década, e agora parece ser a vez da indústria do audiovisual, o que inclui a televisão (CRUZ, 2008, p.193). A proposta deste trabalho é identificar quais as políticas de Estado, bem como as ações das empresas de radiodifusão e da indústria de eletroeletrônicos - para a popularização e consequentemente consolidação da TV digital aberta brasileira. 8 Revista EXAME. Acesso em junho de exame/edicoes/1039/noticias/o- mercado- da- musica- respira 20

21 Para isso se faz necessário mencionar e compreender os fatores e os agentes - públicos e privados, que impedem a difusão deste processo inovador - que trouxe a televisão para a era digital, transformando-a em uma nova televisão - uma vez que o serviço de comunicação, ainda, continua a ser o mais popular no Brasil: muitas vezes a principal, senão a única, fonte de informação e entretenimento, para a maioria da população brasileira 9. Segundo pesquisa do Grupo de Mídia de São Paulo 10 divulgada em maio de 2014, 97,2% das residências brasileiras possuem pelo menos um aparelho de televisão, e entre estas, cerca de 80% recebem exclusivamente sinais analógicos de televisão aberta (SANTOS e LUZ, Revista INOVCOM, vol. 4, no1, 2013, p.42). Projeção de domicílios com TV (mil) Fonte: Grupo de Mídia / EDTV PYXIS Ibope Becker Beatriz. A linguagem do telejornal. Rio de Janeiro: E- papers, Grupo de Mídia de São Paulo. Acesso em maio de Grupo de Mídia São Paulo. Acesso em maio de dados 21

22 Quando nos referimos a TV por assinatura (TV fechada) cerca de 60% dos assinantes assistem, preferencialmente, à TV aberta. Na pesquisa do Ibope 12, divulgada em agosto de 2014, no ranking dos canais mais assistidos no mês de julho de 2014, as emissoras abertas aparecem na liderança absoluta: a Rede Globo ocupa o primeiro ligar, com 16 pontos 13 e o SBT aparece em segundo, com 5,19 pontos, seguidos pela Record com 5,15 pontos, a Band com 2,14 pontos e a Rede TV! Com 0,71 pontos. A TV cultura aparece em 8 o. Lugar com 0,50 e a TV Brasil, logo em seguida com 0,37 pontos. Canais mais vistos na TV por assinatura Julho de 2014 Fonte: Ibope 12 IBOPE. Acesso em agosto de O Ibope divulgou o reajuste do ponto de audiência utilizado para na pesquisa de TV aberta. Em 2014, cada ponto passa a corresponder domicílios e indivíduos na região da Grande São Paulo; domicílios e indivíduos na Grande Rio de Janeiro; e domicílios e indivíduos no Painel Nacional de Televisão (PNT), amostra do Ibope que estima a audiência da TV aberta em todo o Brasil. Exame.com/ Fonte: Tela Viva. Acesso em maio de reajusta- valor- do- ponto- de- audiencia 22

23 Evolução do número de domicílios assinantes (mil) Fonte: Grupo de Mídia de São Paulo 14 Especificamente em relação à televisão, objeto de estudo deste trabalho, esta digitalização, considerada a maior transformação já enfrentada pelo meio de comunicação mais influente e popular do país, traz a TV para o mundo da convergência, em que toda a informação é transportada por qualquer tipo de rede. Apesar da posição dominante, [...] a TV entra no jogo da convergência em desvantagem: sua rede é unidirecional, e depende da infra-estrutura de uma operadora de telecomunicações para se tornar interativa, para receber informação da casa do telespectador e para servi-lo com conteúdo personalizado (CRUZ, 2008, p.15). A análise do processo de digitalização, ainda em andamento, da televisão aberta brasileira, bem como das tevês americana, europeia, japonesa e da nossa vizinha na América Latina, a Argentina, talvez possam evidenciar melhores caminhos e possibilidades para atenuar esta delicada transição e apontar quais os melhores instrumentos para a popularização e consolidação do sistema brasileiro. 14 Grupo de Mídia de São Paulo. Acesso em junho de dados 23

24 O estudo aqui proposto também investiga o que aconteceu com o projeto original do SBTVD o Sistema Brasileiro de Televisão Digital, que além da melhoria na qualidade da recepção, qualidade de imagem e som, possibilidade de mobilidade e portabilidade, apostava na interatividade, como um grande instrumento de inclusão digital e social. Vale lembrar que a inclusão do middleware Ginga 15 (responsável pela possibilidade de interatividade) só se tornou obrigatório em 2012, e sua instalação em todas as TVs fabricadas no Brasil, prevista para o início de Os primeiros conversores chegaram ao mercado sem interatividade. Os radiodifusores são resistentes à ideia de conectar os televisores às redes das operadoras, mesmo que seja somente para a interatividade (CRUZ, 2008, p.201). A metodologia de trabalho baseia-se na análise fundamentada do objeto a partir de bibliografia avalizada e atualizada, assim como o levantamento de documentação atualizada através de publicações dos diferentes agentes envolvidos nesse processo como empresas produtoras, agências e entidades estatais e agências reguladoras. Além disso, devido à atualidade do tema, foram realizadas entrevistas com pessoas dos setores envolvidos nessa transição, como André Barbosa Filho (ex- assessor da Casa Civil no Governo Luiz Inácio Lula da Silva e Superintendente de Suporte da Empresa Brasileira de Comunicação - EBC), Valdecir Becker (Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraiba - UFPB) e Mestre em TV Digital), Antônio Márcio Pena (Coordenador Técnico de Sistema de RF da Rede Record) e Fábio Eduardo Angelli (Coordenador de Desenvolvimento de Novas Mídias da Rede Record), David Brittos (Diretor de Estratégia de Tecnologia 15 Middleware Ginga: software livre, desenvolvido pelos pesquisadores e cientistas brasileiros. Middleware é um software base, que se posiciona entre o hardware e as diferentes aplicações que rodam naquela máquina. No caso do Ginga, ele nasceu vocacionado para lidar com interatividade, e sua parte principal (Ginga- NCL) foi escrita em código- fonte aberto. Ao longo dos anos, o Ginga se tornou um padrão da Associação Nacional de Normas Técnicas (ABNT) e da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Fonte: - Site oficial do middleware Ginga. 24

25 da TOTVS). Análise dos programas de televisão, entrevistas e debates, e por fim, detalhes da minha 16 experiência e contato com o tema, visto ter acompanhado na prática esse processo e desenvolvimento, durante os mais de 20 anos de trabalho na Fundação Padre Anchieta TV Cultura de São Paulo. Sendo assim, nossa pesquisa se fundamenta em documentação do processo de instalação da TV Digital no Brasil - desde 2006, bem como pelas reflexões dos estudiosos da comunicação. Para a compreensão das mudanças, aqui em foco, no capítulo primeiro, A digitalização da televisão, apresentaremos de forma breve, o processo de digitalização da informação e o porquê da migração para uma televisão totalmente digital, desencadeada no início dos anos de No caso brasileiro, a discussão se concentra no início das pesquisas para a digitalização da televisão, a partir de 1998, até o seu momento atual: as pressões políticas, as pressões das empresas de radiodifusão, as pressões das indústrias, e a falta de informação dos consumidores/telespectadores, uma vez que o processo não levou em conta o seu próprio usuário. Tomamos como base bibliográfica as obras dos pesquisadores Ciro Marcondes Filho, Edmond Couchot, Giovanni Sartori, César Bolaño e Valério Brittos, Renato Cruz, Sérgio Capparelli e Venício Lima, Marcos Zuffo, além de Viscente Gosciola, André Barbosa Filho, Cosette Castro e Takashi Tome. O segundo capítulo, Tudo ao mesmo tempo e agora: a era digital, traz um breve histórico das inovações tecnológicas ocorridas em meados do séc. XX, considerados os precursores (TV a cabo e interatividade, computador pessoal e internet, fibra ótica e telefonia móvel) e base para o entendimento da chegada da digitalização na TV, bem como o poder dessas novas tecnologias de informação que 16 Thais Carrapatoso Nascimento ; Radialista e Jornalista diplomada, com formação executiva em Negócios de TV e Cinema (Film & Business) pela FGV/SP, atua há mais de 20 anos na área de Comunicação, tendo aa carreira voltada para a mídia televisiva, atuando em empresas de radiodifusão de grande porte. 25

26 estão transformando a vida humana e a economia, embasado nas obras de Henry Jenkins, Manuel Castells, Vicent Mosco e Vicente Gosciola, revistas científicas e acadêmicas sobre comunicação social como Intervozes, Estudos em Comunicação, Eptic on line, AV Audio Visual, Revista Adusp, entre outros. Já no terceiro capitulo, faremos uma análise sobre o que aconteceu com o projeto e planos do Governo para o SBTVD o Sistema Brasileiro de TV Digital: apenas uma mudança tecnológica ou um instrumento transformador, capaz de promover a inclusão digital e social. Abordaremos a situação atual da TV digital brasileira, ou seja, a etapa intitulada informação e divulgação: preparação para o desligamento das transmissões analógicas, prevista para novembro de Estudaremos, também, os projetos Operador de Rede Digital Pública e Projeto Brasil 4D, projetos que devem influenciar e pontuar os próximos passos do Governo Federal, rumo a popularização e a efetiva consolidação da TV pública digital aberta brasileira. Para isso seguiremos matérias e discussões produzidas por empresas, sites e revistas especializadas em tecnologias, relatórios e informes divulgados pela ANCINE, ANATEL, EMBRATEL, Abert, Abratel, ABTA e Ministério das Comunicações, bem como entrevistas como profissionais do mercado. O quarto capítulo pretende responder a indagação Por que a nova televisão brasileira ainda não se popularizou?. Há cerca de sete anos da implantação da televisão digital (primeira transmissão em 27 de dezembro de 2007), muitas duvidas ainda permanecem e grande parcela da população ainda confunde TV digital aberta, que é gratuita, com TV digital por assinatura, que é paga. Poucas são as campanhas de esclarecimento e ainda existe um grande limitador, que é o conhecimento da 26

27 tecnologia, e principalmente, da gratuidade do acesso (MONTEZ; BECKER, 2003, p.71). De acordo com Becker e Zuffo, Os fatores pessoais que influenciam a atividade ver TV são: tecnologias disponíveis, assinaturas, conhecimento da oferta, preferências, tomada de decisão, condições de uso, demanda e mobilidade/localização (Revista de Radiodifusão 17, 2013, p.69). Para a popularização da TV digital aberta e interativa, brasileira, a informação sobre a disponibilidade de sinal - em que cidade e municípios e quais canais; sobre como acessá-la necessidade da aquisição de um conversor digital ou até mesmo de um novo aparelho de tevê; e principalmente, quais os recursos os aplicativos disponíveis e como interagir com estes recursos são fundamentais e urgentes. Informação e acesso são os instrumentos fundamentais para a sua efetiva consolidação, e serão abordados no capítulo 4 desse trabalho. 17 Artigo: Modelo de análise da audiência baseado no contexto - Valdecir Becker e Marcelo Zuffo. Revista de Radiodifusão, v.07, no. 8, Acesso em março de

28 A digitalização fez com que qualquer tipo de informação se transformasse em bits, conjuntos de informações que podem ser representadas por zeros e uns, desligado e ligado. Desta forma todas as redes passaram a ser capazes de transmitir qualquer tipo de informação, seja texto, software, música ou vídeo (CRUZ, 2008, p.17). 28

29 Capítulo 1. A digitalização da televisão As discussões e as notícias sobre a digitalização da televisão mundial podem parecer um assunto recente, quando na realidade, está em debate há cerca de 4 décadas. Com relação à TV aberta brasileira, os estudos e pesquisas acontecem há pelo menos 18 anos, mas havia ficado restrito ao âmbito da legislação governamental, às emissoras de televisão e entidades de classe de engenheiros de televisão e, em pequena escala, às universidades (ALMAS, 2013, p.18). As transformações provenientes das inovações tecnológicas, iniciadas no final da década de 1970, com o desenvolvimento dos computadores, o surgimento da internet, e principalmente pelas alterações de comportamento da sociedade geradas por estas transformações, acarretariam grandes mudanças, principalmente na televisão, afetando-a de diversas formas. A evolução tecnológica chegou à digitalização dos sistemas televisivos em geral, substituindo os atuais padrões analógicos, sejam os terrestres, próprios da televisão aberta, sejam os que recorrem a cabos, micro-ondas ou satélites, característicos da TV por assinatura. Mas a digitalização provoca maior impacto na televisão terrestre, hertziana, cuja transição em nível internacional está mobilizando governos, agentes econômicos e algumas poucas entidades não-governamentais que conseguem intervir nos debates usualmente pouco inclusivos, que se arrastam a décadas, envolvendo uma alteração conceitual com impactos sobre o conjunto da indústria televisiva e suas diferentes trajetórias tecnológicas (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.56). Na era da digitalização, a televisão aberta analógica acabou sitiada e pressionada, em grande parte pela perda de público, que tem migrado para os serviços de TV a cabo, dvds, blu-rays e para a internet, diante da multiplicidade de oferta; e consequentemente pela perda de suas receitas - vinda prioritariamente da publicidade (DIZARD Jr, 2000, p.126). Para a televisão, era fundamental, e urgente, entrar no mundo das mídias digitais. 29

30 O resultado do aumento da disputa efetiva pelo mercado por maior número de empresas, tanto na TV paga, como na aberta, para não falar do avanço da concorrência intermídia, com a expansão da internet, é o acirramento da competição por verba e audiência, ocasionando uma aproximação dos números referentes ao volume de público das emissoras (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.232). Aqui se faz necessário explicar que: a TV digital é um sistema televisivo que pode transmitir, receber e exibir imagens digitais (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.96); e que a composição da TV digital envolve quatro elementos: o compressor de sinal, o modulador de sinal, o middleware (ambiente sobre o qual os programas rodam, semelhante ao papel do Windows para os computadores) e os softwares (aplicativos que possibilitam o manuseio e a interatividade) (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.96). A digitalização da televisão, dos meios de produção e principalmente do sistema de transmissão (e recepção) era considerada uma possibilidade de longo prazo, dados os enormes requisitos computacionais envolvidos nas imagens de vídeo (DIZARD Jr, 2000, p.67), mas o desenvolvimento tecnológico desencadeado pela compressão digital 18, acabou acelerando este processo. As opções da indústria de televisão foram expandidas para torná-la um distribuidor completo de serviços digitais de multimídia, muito além do que a televisão convencional podia e pode oferecer (DIZARD Jr, 2000, p.68). Com dito anteriormente, a digitalização trouxe a TV para o mundo da convergência, A mídia de massa está se expandindo independentemente de uma infra-estrutura eletrônica nacional (ou universal) de informação. As diferenças que antes separavam um veículo de massa de outro estão ficando cada vez mais tênues, à medida que todas as mídias tornam- 18 Compressão digital: isto significa comprimir os dados numa forma mais compacta para armazenagem e transmissão eletrônicas. Na compressão digital, os dados podem ser na forma de vídeo, de áudio, impressa, ou qualquer combinação dos três. Os terminais de vídeo, em particular, exigem grande poder de compressão, envolvendo milhões de cálculos por segundo. (WILSON DIZARD Jr., 2000, p. 66) 30

31 se mais dependentes de sistemas compartilhados de transmissão acionados por computado (DIZARD Jr, 2000, p.94). Mas ela ainda está isolada do amplo ecossistema de aparelhos eletrônicos. É importante lembrar e esclarecer que a TV entra neste novo mundo, em desvantagem: Sua rede é unidirecional, e depende da infra-estrutura de uma operadora de telecomunicações para se tornar interativa, para receber informação da casa do telespectador e para servi-lo com conteúdo personalizado (CRUZ, 2008, p.15). Desde 1964, os esforços estavam direcionados para a pesquisa de uma solução tecnológica capaz de dar ao telespectador as sensações mais próximas possíveis, tanto em imagem quanto em som, daquelas experimentadas por um espectador no cinema. Isso exigia não só maior nitidez da imagem, uma tela com dimensões proporcionais à das salas de projeção, mas também estabilidade na transmissão. A história da televisão digital inicia-se nos anos 1970, quando a direção da rede pública de TV do Japão Nippon Hoso Kyokai (NHK) juntamente com um consórcio de 100 estações comerciais, desenvolvem o primeiro esboço da HDTV uma televisão de alta definição (ainda no sistema analógico de transmissão). A HDTV japonesa - TV de alta definição, foi demonstrado publicamente pela primeira vez em 1981, na Europa e nos EUA, visando estabelecer uma norma universal (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.98). Não houve a adesão esperada, nem dos europeus e muito menos dos americanos. Os Estados Unidos saíram na frente em busca de uma reestruturação das indústrias de mídia, na realidade em busca de um serviço de informação, que pudesse ser transformado em universal. A movimentação em torno da digitalização da televisão, em busca de uma TV de alta definição (High-Definition), começou no final dos anos de 1981 (após a demonstração dos japoneses), com o 31

32 reconhecimento por parte do governo e das emissoras, da importância tecnológica e estratégica do serviço. Esse processo acabou sendo acelerado em função da baixa produção de eletroeletrônicos produzidos no país. Desde os anos de 1960, e por cerca de 30 anos, os Estados Unidos eram o maior produtor de televisores do mundo; em poucos anos, uma série de decisões empresarias resultou no fechamento efetivo da maioria das linhas de produção no país. Em 1995, o último produtor americano de televisores, a Zenith Corporation, transferiu suas fábricas para o México. Os varejistas passaram a depender totalmente das importações (muitas delas trazendo rótulos americanos) da Ásia e da América Latina (DIZARD Jr, 2000, p.95). A implantação de um novo sistema de transmissão, talvez pudesse alavancar as vendas, e a produção, assim como o ocorrido com a introdução da TV em cores. A digitalização da TV, na década de 1990, surge como uma oportunidade, em longo prazo, para o reaquecimento da economia americana. O trânsito de um sistema de televisão a outro supõe uma revolução para a indústria eletrônica produtora de equipamentos de produção e difusão e sobretudo para o ramo [...] de fabricação de televisores, que a indústria estadunidense havia abandonado por completo em seu território (PRADO; GARCIA, 2003 apud BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.99). As primeiras pesquisas para a digitalização do sistema de transmissão da mídia televisiva, iniciaram-se por causa, principalmente do interesse da indústria de equipamentos em manter elevado o patamar de renovação de televisores, num esquema de obsolescência programada, num setor cujo último invento significativo havia sido a introdução da cor, na década de Tecnologicamente, a meta era criar um sistema que causasse no telespectador a sensação de proximidade, o que, com a realização de testes psicológicos e visuais, passava pelas dimensões da tela (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.97 e 98). Os EUA, em 1992, fez o primeiro anúncio de regulação sobre a conversão da televisão convencional em digital de alta definição, recuperando a liderança na corrida tecnológica do setor. O sistema adotado pelos norte-americanos foi o padrão 32

33 ATSC 19 (Advanced Television Systems Committee), e teve sua implantação iniciada somente em 1996, com a aprovação do FCC (Federal Communications Commission). Privilegiava a alta definição, aproximando-se a qualidade de imagem e som do cinema. Mas o desenvolvimento de recursos similares já estava nos planos e nos projetos em andamento das indústrias europeias e japonesas. Na Europa, as discussões para o desenvolvimento e a viabilidade da televisão digital, se deram no início dos anos de 1990, em busca de um novo sistema de informação e também para fugir da hegemonia americana (e oriental) da indústria de comunicação. Mas só em setembro de 1993 foi definido o padrão DVB 20 (Digital Video Broadcasting). Os europeus, ao invés de introduzir a TV de alta definição, optaram pela multiprogramação e pela diversidade, possibilitada pelo aumento das opções de programas e canais para o espectador, objetivando a diversidade (CRUZ, 2008, p. 100). Um dos exemplos mais claros deste processo é a BBC - British Broadcasting Corporation, que possui hoje os canais: BBC One, BBC Two, BBC Three, BBC Four, além da BBC News e da Parliament. Em meados dos anos de 1990, com o apoio do governo japonês, das redes de TV e das principais indústrias do setor, os estudos e testes desenvolvidos foram revistos, com o objetivo de digitalizar as transmissões de TV no país. Em 1999, foi criado e homologado o padrão japonês de TV digital, derivado do padrão europeu, 19 ATSC - Advanced Television Systems Committee: Sistema Digital norte- americano: Seu desenvolvimento foi pensado para operar com conteúdo audiovisual em alta definição (HDTV). A opção do consórcio ATSC garante a melhor resolução de imagem possível. Ao mesmo tempo, restringe a capacidade de transmissão a um só programa por canal. Desde outubro de 98, está em operação comercial nos Estados Unidos. Foi implantado também no Canadá e na Coréia do Sul. (RENATO CRUZ, 2008) 20 DVB - Digital Video Broadcasting: Conhecido como padrão europeu de TV Digital, foi projetado a partir dos anos 80. O sistema vou desenvolvido a partir do ATSC. Desde 1998, está em operação no Reino Unido, tendo chegado a outros países da União Europeia e à Austrália. (RENATO CRUZ, 2008) 33

34 usando a mesma modulação (BOLAÑO e BRITTOS, 2007, p.99): o ISDB 21 (Integrated Services of Digital Broadcasting), que além da melhoria na qualidade de imagem e som, possibilitaria a mobilidade, ou seja, a captação do sinal de TV em dispositivos (celulares, GPS (Global Positioning System) tablets e mini TVs) em movimento, dentro de trens, carros, ônibus, entre outros - um de seus principais méritos (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.99). Segundo Almas, se faz necessário desmistificar um pouco essa tão falada televisão digital (2008, p.61). Para ele, pensando de uma forma simples, e até certo ponto simplista, televisão digital nada mais é do que a transposição do sinal analógico de televisão para o seu correspondente em dados codificados em 0 e 1. Só que não é só isso (ALMAS, 2008, p.61). Como visto anteriormente, a TV digital depende de outros componentes, como por exemplo, a compressão do sinal já digitalizado: A essa transposição pura e simples pode-se dar o nome de digitalização. Porém, ao digitalizarmos qualquer informação sabe-se que essa ocupa um espaço físico dado, que, em última instância, atua como suporte dessa informação. Para otimização desse espaço, há a ne- cessidade de que esses dados digitais sejam comprimidos. Então, pode-se dizer que num primeiro ponto tem- se a digitalização do sinal e num se- gundo ponto a sua compressão. Isso é um fato e sem isso não há televisão digital. Dois pontos essenciais do mundo da informática. Quer dizer, mais uma vez, pode-se dizer, com o perdão da repetição, também de forma simplista, que televisão digital nada mais é do que uma das variantes do mundo cibernético (ALMAS, Revista Adusp 22, no. 42, 2008, p.61). A televisão seja ela aberta, fechada, analógica ou digital, depende ainda de dois fatores importantes, a transmissão (emissoras) e a recepção (telespectadores). 21 ISDB- Integrated Services of Digital Broadcasting: é o padrão japonês de TV digital, apontado como o mais flexível de todos por responder melhor a necessidades de mobilidade e portabilidade. Este é evolução do sistema DVB- T, usado pela maioria dos países do mundo, e vem sendo desenvolvido desde a década de 70 pelo laboratório de pesquisa da rede de TV NHK. (RENATO CRUZ, 2008) 22 Almas, Almir. Artigo: Televisão Digital: está história não começa em 2007 REVISTA ADUSP no. 42, 2008, p Acesso em agosto de

35 Com relação às emissoras de televisão, ainda segundo Almas, a televisão digital se dá em dois campos, no campo do aparato técnico da emissão do sinal e no campo da tecnologia de produção de conteúdo (independente de sua emissão) (ALMAS, 2008, p.61). Pode-se afirmar que no setor da produção (gravação, edição e finalização de programas), essa questão já está resolvida e praticamente toda a produção já é digital. A digitalização na produção de conteúdo audiovisual, principalmente na televisão, já começou desde os anos 1980, com os famosos equipamentos de efeitos especiais, como as mesas ME, DVE e o TBC 23. No começo dos anos de 1990, principalmente a partir de 1993 e 1994, os fabricantes de equipamentos de produção audiovisual profissional já vendiam produtos digitais para quase todas as redes de televisão do mundo. O Brasil mesmo, na NAB 24 de 1994, já comprava equipamentos de televisão digital para a produção (ALMAS, 2013, p.24). Mapa Mundi com a distribuição dos SISTEMAS de TV digital 25 Fonte: Geopoliticablog 23 TBC: Time Base Corrector. equipamento digital que compensa falhas de imagem. 24 NAB Convenção anual da National Association Of Broadcasters, que acontece em Las Vegas, nos EUA. 25 O Mapa Mundi demonstra a situação atual de implantação da TV Digital. Situação em Fonte: mundi- com- distribuicao- do- sistema.html 35

36 A digitalização na produção foi bem mais rápida, se comparada com a digitalização da transmissão do sinal de TV, pois de acordo com Almas ela é semelhante nos mais diversos países. Os fabricantes destes equipamentos de produção audiovisual são os mesmos (ALMAS, 2013, p.25). E, na produção quem trabalha diretamente, quem opera os equipamentos é um profissional devidamente habilitado, e que recebe treinamento específico para utilizá-los. 'Nesse meio do caminho, alguns marcos são importantes, como a cria- ção do Comitê MPEG e o início das pesquisas com o MPEG-1, em 1988, e o lançamento de um protótipo de HDTV digital, pela General Instru- ments, em Ou os lançamentos de softwares manipuladores e editores de imagem, como o Image Studio, em 1987, para Macintosh; o Adobe Pre- miere 1.0, em 1991, para Macintosh, e o Adobe Premiere 1.0 em 1993 para Windows; e o Vídeo Toaster, lançado para o computador Commodore Ami- ga 2000, em 1990, só para se ater em poucos exemplos'' (ALMAS, 2008, p. 62). Investimentos expressivos foram feitos na aquisição dos equipamentos digitais, bem como treinamento especifico para a fabricação de novos cenários, maquiagem e cabelo. Muito antes da decisão da digitalização do sistema de transmissão da TV aberta, o tráfego de sinal dentro de grande parte das emissoras brasileiras já era digital, mas a transmissão e a recepção dos sinais continuavam analógicas. Posso dizer, por experiência própria, que desde o final dos anos de 1980 até meados de 2003, acompanhei a aquisição progressiva de novos equipamentos, e pude experimentar os novos recursos digitais na produção de programas como Mundo da Lua, Castelo Rá Tim Bum, entre outros, na Fundação Padre Anchieta TV Cultura de São Paulo, onde trabalhei por mais de 20 anos. Desde 1998, a Rede Globo está adaptando sua infraestrutura para receber a tecnologia digital. Antes mesmo de transmitir digitalmente já dispunha de pós-produção digitalizada e reunia 14 câmeras de alta definição na produção: 7 nos estúdios de São Paulo e outras 7 no jornalismo de esportes. [...] Até o final de 2003, a adaptação para o digital já havia consumido cerca de 10 milhões de dólares (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.242). 36

37 O SBT Sistema Brasileiro de Televisão, do empresário e apresentador Sílvio Santos, também vem se preparando, No SBT, a produção já estava parcialmente digitalizada desde 2004, ficando em segundo plano a decisão sobre a aquisição de equipamentos de alta definição para os estúdios. Inicialmente foram compradas 3 câmeras digitais d captação em formato padrão. A rede também está organizando seu arquivo gradualmente no formato digital. O trabalho foi iniciado em 2002, num primeiro momento sendo digitalizadas mais de 3 mil horas de imagens. [...] Trata-se da primeira emissora brasileira a implantar um sistema de gerenciamento de conteúdo digital englobando toda a produção da rede (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.244 e 245). Foi a Rede Record que exibiu, entre março e agosto de 2004, a primeira telenovela 26 brasileira totalmente captada em HDTV (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.245). Mas foi ao ar no formato tradicional. Já a Bandeirantes se apresentou cautelosa em relação a digitalização. E no final de 2003, a imprensa anunciou a destinação de 5 milhões de dólares na compra de equipamentos digitais, pra implantação primordial na área de jornalismo (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.246). Na RedeTV! foram abolidas as fitas. As fitas do arquivo foram substituídas por DVDs de dados. [...] A Rede TV! Investiu 5 milhões de dólares na implantação da tecnologia. [...] Com isso, em 2004, a rede investiu 600 mil dólares para produzir em alta definição (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.247). Todavia, as empresas de mídia enfrentam, ainda, grandes obstáculos para o desenvolvimento e a comercialização de produtos multiplataformas transmidiáticos e interativos - de alta definição. Em parte pela limitada experiência em técnicas multiplataformas e interativas (dos produtores, roteiristas e diretores), e pelo volume de recursos necessários para o desenvolvimento de produtos atrativos para os consumidores; e em parte pelo desconhecimento do mercado publicitário de um novo modelo de negócio. O problema imediato da indústria é saber se deve investir 26 Realizada pela produtora Casablanca, a novela Metamorphoses apresentava um acabamento próximo das séries norte- americanas (Bolaño; Brittos, 2007, p. 294). 37

38 grandes quantias de dinheiro para desenvolver produtos de alta tecnologia para um mercado (DIZARD Jr, 2000, p.119) que ainda se mostra imaturo. Isto fez com que a televisão, tenha sido um dos últimos veículos de comunicação a entrar nesta corrida tecnológica e de grandes transformações, num modelo de negócio já estruturado há mais de 50 anos. Além disso, as estações (emissoras e retransmissoras) de televisão têm que ser reequipadas, a um alto custo, para adotar a nova tecnologia na transmissão e recepção dos sinais da TV digital. De acordo com o engenheiro Márcio Pena 27, em sua entrevista, atualmente uma emissora pequena precisa investir algo em torno de 800 mil reais para digitalizar sua estrutura. Esse valor, no início da implantação da TV digital, para a aquisição de transmissores, receptores e antena, chegou a custar cerca de 2 milhões de dólares (5 a 6 milhões de reais), recorda Pena. A TV digital tende, gradualmente, a impor-se como o modelo televisivo mundial, daí, a necessidade de o país também migrar para o novo sistema (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.57). Aqui no Brasil, as discussões e as notícias sobre a digitalização da televisão brasileira estão em debate há pelo menos 18 anos. Os primeiros movimentos brasileiros visando discutir a digitalização da TV ocorreram durante o governo Collor, em junho de 1991 (BOLAÑO; BRITTOS, 2007, p.135), com a criação da Comissão Assessora de Assuntos de Televisão (COM-TV). Comissão está ligada ao Ministério das Comunicações. Entre 1992 e 1993, as emissoras de televisão, preocupadas com os avanços tecnológicos, chegaram a solicitar ao MiniCom (Ministério das Comunicações), permissão para pesquisar a HDTV e a televisão digital a partir de testes dos sistemas já adotados pelas emissoras norte-americanas (ATSC), da 27 Antônio Márcio Pena (Coordenador Técnico de Sistema de RF da Rede Record e membro do Fórum SBTVD), entrevista concedida à autora, em junho de 2014 nas dependências da Rede Record em São Paulo. 38

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