Anomalias Renais 1. Definição. Rins e Adrenais. Achados de imagem. Aspectos clínicos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Anomalias Renais 1. Definição. Rins e Adrenais. Achados de imagem. Aspectos clínicos"

Transcrição

1 Anomalias Renais 1 Definição Etiologia Ectopia renal: Durante a embriogênese, os rins em desenvolvimento ascendem da pelve verdadeira à região lombar A falha em ascender resulta em ectopia renal, cuja forma mais comum é o rim pélvico São menos comuns os rins lombossacrais ou torácicos e a ectopia renal cruzada, com fusão assimétrica dos dois rins no mesmo lado do corpo. Má rotação: Comum Pelve renal dirigida anteriormente, lateralmente ou posteriormente. Rim duplo: Rim com dois sistemas pielocalicinais separados, conectados por uma coluna de parênquima renal. Rim em ferradura: Rins fundidos no polo inferior Ascensão interrompida pela artéria mesentérica inferior Rins conectados por um istmo parenquimatoso ou fibroso Tipicamente associado à obstrução da junção ureteropélvica, duplicação ureteral e anomalias do trato genital. Achados de imagem Modalidade de escolha PIV Ecografia TC RM. Achados na pielografia intravenosa Rim ectópico/em ferradura: Localização, forma. Rim duplo: Duas pelves renais que drenam separadamente. Achados na ecografia, TC e RM Rim pélvico: A artéria renal que supre o rim se origina da aorta em um nível inferior, ou da artéria ilíaca ipsilateral. Rim em ferradura: Parênquima dirigido mediolateralmente Posição medial dos cálices inferiores A pelve renal está dirigida anteriormente Istmo localizado anteriormente à aorta abdominal e veia cava inferior, e posteriormente à artéria mesentérica inferior Avaliação da anatomia vascular por TC após administração intravenosa de contraste. Rim duplo: Istmo parenquimatoso entre sistemas coletores separados. Má rotação: Geralmente detectada como achado casual. Aspectos clínicos Apresentação típica Geralmente um achado casual. Rim em ferradura/rim pélvico: Pode ser complicado por obstrução, infecção ou formação de cálculos. Risco aumentado de lesão em caso de trauma. Alguns pacientes podem se apresentar com hipertensão secundária devido à estenose de uma artéria renal acessória/artéria polar. Opções terapêuticas Tratamento sintomático. 9

2 1 Anomalias Renais a Direita: rim hipoplásico Esquerda: não-rotação b Direita: rim pélvico Esquerda: rim torácico Fig. 1.1a-c Representação diagramática de anomalias renais maiores. c Ectopia renal cruzada sem fusão 10

3 Anomalias Renais 1 Fig. 1.2 Rim em ferradura. RMP axial de TC multidetectores com contraste. Istmo parenquimatoso pré-aórtico do rim em ferradura. O rim fundido está logo abaixo da artéria mesentérica inferior. Fig. 1.3 Rim em ferradura. Reconstrução coronal MIP. 11

4 1 Anomalias Renais Curso e prognóstico Bom prognóstico se não houver complicações. O que o clínico quer saber? Diagnóstico Localização exata Presença de complicações. Diagnóstico diferencial Nefroptose (rim flutuante/migratório) Pelve renal duplicada Deslocamento para baixo do rim; condição adquirida caracterizada por descida excessiva do rim quando o corpo está ereto Difere do rim pélvico, pois as artérias renais pareadas são encontradas em suas localizações típicas Se ocorrer rotação adicional, há risco de compressão vascular/torção ou compressão ureteral, com hidronefrose intermitente Geralmente uma pelve renal drena o grupo superior de cálices, e uma segunda drena os grupos médio e inferior As duas pelves renais se unem proximalmente Dicas e armadilhas O istmo parenquimatoso de um rim em ferradura pode ser diagnosticado erroneamente como um linfoma pré-aórtico na ecografia. Referências selecionadas Cocheteux B et al. Rare variations in renal anatomy and blood supply: CT appearances and embryological background. A pictorial essay. Eur Radiol 2001; 11:

5 Rim Esponjoso Medular 1 Definição Uma anomalia do desenvolvimento, caracterizada pela dilatação cística dos túbulos coletores nas pirâmides medulares. Sinônimos: Ectasia tubular renal e doença de Cacchi- Ricci. Epidemiologia, etiologia Prevalência: 5: a 5: Afeta mais comumente ambos os rins Raramente familiar Associada à síndrome de Beckwith-Wiedemann, síndrome de Ehlers-Danlos, hiperparatireoidismo e estenose pilórica congênita Etiologia desconhecida. Achados de imagem Modalidade de escolha PIV, TC com contraste (PIV-TC). Achados radiológicos (raio X simples abdominal-rub) A radiografia simples pode ser normal ou mostrar nefrocalcinose/nefrolitíase. Achados na pielografia intravenosa Densidades lineares nas pirâmides renais devido a túbulos ectásicos/cavidades císticas Restrito à porção papilar das pirâmides. Aspecto em pincel devido à presença de contraste dentro dos ductos coletores dilatados (ductos de Bellini) nas pirâmides medulares. Ectasia ductal leve: Estrias lineares. Ectasia ductal moderada: Opacidades císticas esféricas em forma de cachos de uvas nas papilas, papilas aumentadas, alargamento dos cálices. Doença severa: Alterações císticas grosseiras, com distorção marcada dos cálices. Hidronefrose na presença de obstrução. Achados na TC TC sem contraste: Rim de tamanho normal, grande ou pequeno Depressões corticais na presença de cicatrizes Calcificações múltiplas visíveis em complicações como nefrocalcinose ou nefrolitíase Hidronefrose em pacientes com obstrução. TC após administração intravenosa de contraste, PIV-TC: Aspecto em pincel e os mesmos graus de gravidade que com a PIV (ver Achados na pielografia intravenosa, acima) Nefrocalcinose/nefrolitíase Determinação do local da obstrução em pacientes com complicações obstrutivas. Achados na ecografia Calcificações piramidais identificadas como focos hiperecoicos com sombra acústica Lesões císticas. 13

6 1 Rim Esponjoso Medular Fig. 1.4 Rim esponjoso medular. PIV 20 minutos após infusão de contraste. Ectasia tubular marcada. Aspectos clínicos Apresentação típica Assintomático na ausência de complicações. Complicações: Hipercalciúria Nefrolitíase Nefrocalcinose. Apresentações clínicas associadas a complicações: Urolitíase Hematúria recorrente Infecções do trato urinário Redução da capacidade máxima de concentrar urina Acidose tubular distal incompleta. Opções terapêuticas Tratamento sintomático: Tiazidas, antibióticos, LTE. Curso e prognóstico Dependem das complicações. O que o clínico quer saber? Diagnóstico Detecção de nefrocalcinose/nefrolitíase Detecção e localização de cálculos Presença de obstrução. Diagnóstico diferencial Necrose papilar renal Tuberculose renal Blush papilar Acidose tubular renal distal Hiperparatireoidismo primário Apresentação clínica Apresentação clínica, detecção do patógeno Achado normal na PIV, associado à dose de contraste Na presença de nefrocalcinose Na presença de nefrocalcinose 14

7 Rim Esponjoso Medular 1 Fig. 1.5a-c Rim esponjoso medular. Calcificações múltiplas, parcialmente estriadas. Sem obstrução. a TC multidetectores axial, pós-contraste, na fase cortical. b RMP coronal da fase cortical. c RMP coronal da fase corticomedular. Referências selecionadas Patriquin HB, O Regan S. Medullary sponge kidney in childhood. AJR 1985; 145: Thomsen HS et al. Renal cystic disease. Eur Radiol 1997; 7:

8 1 Artérias Renais Acessórias Definição Epidemiologia Variante anatômica comum. Etiologia As artérias renais acessórias podem ocorrer como artérias polares ou como artérias que penetram no hilo renal. Achados de imagem Modalidade de escolha ATC ARM. Técnica de TC e RM Momento da injeção de contraste em bolus, por meio de rastreamento do bolus ou injeção em bolus teste para uma imagem arterial na fase ideal. Aquisição de imagens 3D. Aspectos clínicos Apresentação típica Geralmente assintomáticas Alguns pacientes podem se apresentar com hipertensão renovascular devido à estenose da artéria renal acessória. Opções terapêuticas Tratamento somente em pacientes sintomáticos. O que o clínico quer saber? Diagnóstico Avaliação pré-operatória da anatomia vascular em doadores de rim vivos. Dicas e armadilhas São necessários cortes finos por TC multidetectores ou ARM para identificar artérias renais acessórias muito pequenas. 16

9 Artérias Renais Acessórias 1 Fig. 1.6 Múltiplas artérias suprindo o rim direito. Reconstrução MIP de dados de TC multidetectores com contraste. As artérias renais individuais são indicadas por setas. 17

10 1 Estenose da Artéria Renal (EAR) Definição Estreitamento luminal da artéria renal. Epidemiologia, etiologia Aterosclerose: Causa mais comum de EAR Estreitamento luminal causado por placa aterosclerótica com/sem calcificação. A placa pode ter componentes fibróticos e moles Mais comum em homens EAR bilateral em 30-40% dos casos EAR aterosclerótica tipicamente onde a artéria renal se origina da aorta abdominal. Displasia fibromuscular: Segunda causa mais comum Espessamento fibrótico não inflamatório da parede do vaso Tipicamente causada pela fibroplasia da média, menos frequentemente por fibroplasia intimal ou periarterial Bilateral em dois terços dos casos Mais comum em mulheres As lesões geralmente afetam o segmento médio ou distal da artéria renal Não há calcificação da parede do vaso. Causas raras: Dissecção/aneurisma aórtico Arterite de Takayasu Poliarterite nodosa Neurofibromatose Fibrose retroperitoneal Irradiação Tromboembolismo Compressão tumoral. Achados de imagem Modalidade de escolha Eco-Doppler colorido ATC ARM. Achados na ecografia Velocidade de pico sistólico 190 cm/s e IR < 0,55 indicam EAR hemodinamicamente significativa Fluxo turbulento no segmento pós-estenótico Forma de onda do tipo tardus/parvus, com aceleração retardada e pico sistólico arredondado distal à estenose. Achados na TC TC sem contraste para detectar placas calcificadas na artéria renal Alta resolução espacial e momento da injeção em bolus/opacificação ideais são importantes para a ATC A TC tende a superestimar a estenose. Aterosclerose: Estenose concêntrica/excêntrica Estenose ostial focal ou segmentar Dilatação pós-estenótica pode estar presente Identificação de placa O uso de um instrumento automatizado de análise de vasos pode ser útil. Displasia fibromuscular: Aspecto característico em colar de pérolas da artéria, com estenoses segmentares Dilatações/aneurismas circunscritos Imagens de fase cortical/corticomedular mostram realce parenquimatoso retardado, excreção retardada e infarto. Achados na RM Sequência GRE em 3D ponderada em T1 após administração intravenosa de contraste para RMP ou reconstrução MIP Achados como na ATC. 18

11 Estenose da Artéria Renal (EAR) 1 Fig. 1.7 Estenose da artéria renal. MIP coronal a partir de dados de ARM. EAR aterosclerótica junto à origem da artéria renal esquerda. Fig. 1.8 Angiograma. Estenose aterosclerótica da artéria renal direita. 19

12 1 Estenose da Artéria Renal (EAR) Aspectos clínicos Apresentação típica Hipertensão arterial secundária com pressão arterial muito alta Hipertensão renovascular em crianças ou adultos jovens sugere displasia fibromuscular Hipertensão renovascular em adultos sugere aterosclerose Perda parcial ou completa da função renal Sopro sistólico/diastólico sobre o flanco. Complicações: Trombose, dissecção com oclusão da artéria renal e infarto renal, edema pulmonar e descompensação ventricular esquerda em caso de hipertensão grave. Opções terapêuticas Angioplastia Cirurgia vascular Terapia anti-hipertensiva. Acompanhamento após tratamento ATC para acompanhamento após colocação de stent (o stent produz um sinal nulo na ARM). O que o clínico quer saber? Relevância hemodinâmica Dano parenquimatoso A terapia intervencionista é possível? Dicas e armadilhas A estenose da artéria renal pode passar despercebida se os cortes de TC/RM forem demasiado espessos A espessura correta é importante para a ATC/ARM. Referências selecionadas Herborn CU et al. Renal arteries: comparison of steady-state free precession MR angiography and contrast-enhanced MR angiography. Radiology 2006; 239: Leiner T et al. Contemporary imaging techniques for the diagnosis of renal artery stenosis. Eur Radiol 2005; 15:

13 Infarto Renal 1 Definição Necrose isquêmica do parênquima renal Focal ou global Agudo, subagudo ou crônico. Etiologia, fisiopatologia Causas: Causado principalmente pela oclusão aguda de uma artéria que supre o rim devido a: Trombose: Aterosclerose Poliarterite nodosa Condições predisponentes à trombose. Embolia: Fibrilação atrial Endocardite Infarto do miocárdio Angiografia por cateter. Trauma: Traumatismo abdominal contuso. Extensão anatômica: Infarto subsegmentar ou segmentar (oclusão de uma artéria subsegmentar/segmentar) Uma ou mais áreas infartadas. Infarto global (oclusão da artéria renal principal). Infarto global unilateral: Sugere trombose/trauma. Múltiplos infartos (sub)segmentares bilaterais: Sugerem embolia. Achados de imagem Modalidade de escolha Ecografia TC RM. Gerais A extensão do infarto renal pode ser avaliada por TC/RM com contraste ou Eco-Doppler colorido. Achados na ecografia O Eco-Doppler colorido demonstra ausência focal ou completa de fluxo sanguíneo no parênquima renal Também pode ser demonstrado por ecografia com contraste. Achados na TC Extensão da área infartada: Subsegmentar: Área bem delimitada, em forma de cunha, com impregnação reduzida Base da cunha na cápsula renal. Segmentar: Bem delineado Causado por oclusão de uma artéria segmentar. Global: Ausência completa de impregnação renal Não há excreção de contraste Um padrão de realce em roda de bicicleta ocasionalmente é observado se há suprimento colateral O sinal da borda cortical indica fluxo sanguíneo (sub) capsular. Infarto agudo versus crônico: Agudo: Rim de tamanho normal com contorno liso Realce reduzido confinado a uma área bem delimitada ou em todo o rim Ausência ou redução da excreção de contraste Sinal da borda cortical. Crônico: Contorno renal irregular Rim pequeno devido ao afilamento parenquimatoso Não há sinal da borda cortical. 21

14 1 Infarto Renal Fig. 1.9 Infarto renal. Eco-Doppler colorido mostrando defeito de perfusão no terço médio do rim. Fig Ecografia com contraste. Não há captação de contraste na área infartada. 22

15 Infarto Renal 1 Achados angiográficos Angiografia renal seletiva. Identificação do local da oclusão vascular. Achados na RM Infarto antigo isointenso nas imagens ponderadas em T1 e hipointenso em T2 Afilamento parenquimatoso Achados nas imagens ponderadas em T1 com contrastes semelhantes aos da TC com contraste. Aspectos clínicos Apresentação típica Dor no flanco Hematúria Hipertensão Insuficiência renal crônica em alguns pacientes. Opções terapêuticas Terapia anticoagulante Angioplastia com terapia trombolítica em pacientes com oclusão arterial recente ou incompleta. Curso e prognóstico Dependem da extensão do infarto, da causa subjacente e da presença de complicações (tardias). O que o clínico quer saber? Confirmação do diagnóstico Extensão do infarto Infarto bilateral? Diagnóstico diferencial Pielonefrite Linfoma Tipicamente hipodensidades/hipointensidades menos bem delimitadas Não apresenta sinal da borda cortical Sinais e sintomas clínicos A lesão não tem formato de cunha Referências selecionadas Garovic VD, Textor SC. Renovascular hypertension and ischemic nephropathy. Circulation 2005;112: Suzer O et al. CT features of renal infarction. Eur J Radiol 2002; 44:

16 1 Trombose da Veia Renal Definição Oclusão trombótica de uma ou ambas as veias renais principais. Etiologia Causas em adultos: Tumor Infecção Síndrome nefrótica Pós-parto Estado de hipercoagulabilidade. Causas em crianças: Choque Trauma Sepse Condições predisponentes à trombose como anemia falciforme. Achados de imagem Modalidade de escolha Ecografia TC RM. Achados na ecografia Aguda: Rim aumentado Eco-Doppler colorido não mostra fluxo na veia renal Dilatação vascular Córtex hipoecoico, devido ao edema agudo, com diferenciação corticomedular preservada. Crônica: Rim pequeno com perda de diferenciação corticomedular Parênquima hiperecoico devido à degeneração crônica (p. ex., fibrose). Achados na TC Trombo hipodenso (defeito de enchimento) na veia renal, com melhor visualização na fase corticomedular ( fase venosa) após administração de contraste Dilatação vascular Colaterais venosas na trombose crônica A pelve renal pode estar comprimida. Achados na RM Sequência ponderada em T1 após administração intravenosa de contraste Trombo visto como um defeito de enchimento Dilatação vascular. Aspectos clínicos Apresentação típica Início agudo Dor no flanco Hematúria macroscópica. Opções terapêuticas Terapia com heparina Anticoagulação Tratamento da síndrome nefrótica. O que o clínico quer saber? Extensão Lesão ao parênquima Identificação da causa subjacente se presente (p. ex., tumor). Diagnóstico diferencial Trombo tumoral no CCR Contém vasos tumorais com realce 24

17 Trombose da Veia Renal 1 Fig. 1.11a,b Trombose bilateral pós-parto da veia renal. a TC axial multidetec- tores após administração de contraste. Veia renal esquerda dilatada com defeito de enchimento intraluminalb Reconstrução co- ronal mostrando o trombo protruindose da veia renal direita para dentro da veia cava inferior. 25

18 1 Trombose da Veia Renal Fig. 1.12a,b Trombose da veia renal esquerda. O trombo dilata a veia renal esquerda, que cruza diante da aorta (seta em a). a RM coronal sem contraste, ponderada em T2. b Venografia por RM ponderada em T1, com supressão de gordura, obtida em um plano comparável após administração intravenosa de um meio de contraste inespecífico, baseado em gadolínio. Dicas e armadilhas Não obter imagens realçadas com contraste antes de a opacificação correta das veias ter ocorrido. Referências selecionadas Kawashima A et al. CT evaluation of renovascular disease. Radiographics 2000; 20:

19 Trauma/Lesão Renal 1 Definição Etiologia Causas predominantes: Trauma abdominal contuso, lesões penetrantes e trauma iatrogênico (procedimentos intervencionistas, cirurgia). Classificação de acordo com a gravidade e os sintomas clínicos: Lesões leves (> 80% dos casos): Hematoma intrarrenal Contusão Pequena laceração subcapsular Hematoma subcapsular Hematoma perinéfrico pequeno Infarto subsegmentar. Lesões graves (10%): Grande laceração cortical Grande hematoma perinéfrico Infarto segmentar Envolvimento do seio renal com extravasamento de urina. Lesões catastróficas: Múltiplas lacerações parenquimatosas Lesão vascular Envolvimento do pedículo renal. Lesão à junção ureteropélvica (rara). Achados de imagem Modalidade de escolha TC para demonstrar hematoma, infarto e dano ao sistema coletor. Achados patognomônicos Áreas estriadas ou em forma de cunha com impregnação reduzida no parênquima renal Rim edemaciado. Achados na TC TC sem contraste: Hematoma hiperdenso ou isodenso Lesão arredondada e irregular indica contusão intrarrenal Lesão em forma de crescente indica hematoma subcapsular com cápsula intacta O tamanho do hematoma perirrenal se correlaciona com a extensão da lesão; sua localização corresponde ao local da laceração parenquimatosa. TC após administração intravenosa de contraste: Contusão: Fase corticomedular hipodensidade arredondada no parênquima Fase urográfica lesão hiperdensa devido à retenção de contraste no parênquima. Hematoma subcapsular ou perinéfrico: Fase corticomedular crescente ou linear Atenuação de UH. Laceração pequena: Fase corticomedular hipodensidade linear Localizada perifericamente. Laceração grande: Fase corticomedular hipodensidade bem delimitada, em forma de cunha Hematoma perirrenal grande. Ruptura concomitante do sistema coletor: Fase corticomedular lesão hipodensa estendendo-se até o seio renal Fase urográfica extravasamento perirrenal de contraste A excreção de contraste para o ureter pode estar ausente. Múltiplas lacerações e lesões vasculares: Fases cortical e corticomedular diversas áreas hipodensas Aspecto heterogêneo do hematoma O escape de contraste indica sangramento arterial ativo. 27

20 1 Trauma/Lesão Renal Fig Pequena contusão focal com discreta laceração capsular. RMP sagital de TC multidetectores após administração de contraste na fase cortical. Fig Laceração com hematoma subcapsular. Imagem axial após administração de contraste na fase corticomedular. 28

21 Trauma/Lesão Renal 1 Fig Laceração cortical com hematoma perinéfrico. TC axial com contraste na fase urográfica mostrando envolvimento da pelve renal. Ruptura da junção ureteropélvica: Fase cortical/corticomedular realce normal do parênquima renal e excreção normal de contraste Fase urográfica extravasamento de urina perirrenal e urinoma opacificado. Infarto renal subsegmentar: Em forma de cunha Hipodenso Cortical. Infarto renal segmentar: Acúmulo de contraste reduzido na face anterior/posterior, polo superior/inferior Sinal da borda cortical. Infarto renal global: Secundário à avulsão da artéria renal ou estenose aguda da artéria renal Todo o rim está hipodenso, indicando pouca ou nenhuma perfusão. Aspectos clínicos Apresentação típica Hematúria Dor no flanco Sensibilidade Anemia Choque Envolvimento de outros órgãos Trauma ósseo. Complicações: Uremia Infecção com abscesso ou sepse Possível formação de fístula arteriovenosa intramural As sequelas tardias incluem hipertensão, infecção crônica e hidronefrose. Opções terapêuticas Lesão leve: Tratamento conservador. Lesão grave: Geralmente tratada conservadoramente, mas às vezes exige cirurgia. Lesão catastrófica: Cirurgia. Sangramento ativo: Embolização intervencional. Trombose da artéria renal: Terapia anticoagulante. Extravasamento de urina: Drenagem, stent ureteral. 29

22 1 Trauma/Lesão Renal Curso e prognóstico Dependem da gravidade da lesão e das complicações. O que o clínico quer saber? Gravidade da lesão renal Envolvimento do sistema coletor. Dicas e armadilhas Urinoma ou ruptura do sistema coletor podem passar despercebidos, a menos que sejam obtidas imagens na fase urográfica. Referências selecionadas Harris AC et al. CT findings in blunt renal trauma. Radiographics 2001; 21: Kawashima A et al. Imaging of renal trauma: a comprehensive review. Radiographics 2001; 21:

23 Pielonefrite Aguda 1 Definição Uma infecção bacteriana aguda do sistema coletor e do parênquima renal. Epidemiologia Três vezes mais comum em mulheres Pico de incidência durante os três primeiros anos de vida. Etiologia ITU ascendente Disseminação hematógena (rara, ocasionalmente em pacientes com sepse) Focal ou difusa Fatores predisponentes: RVU, diabete, gestação, imunodepressão, urolitíase Patógeno mais comum: Escherichia coli. Achados de imagem Modalidade de escolha TC RM Ecografia (principalmente para acompanhamento). Achados na RM Rim inchado e edematoso Diferenciação corticomedular reduzida ou perdida segmentarmente Áreas estriadas, segmentares ou em forma de cunha, de reforço diminuído na TC ou RM pós-contraste Acúmulo aumentado de contraste na parede da pelve renal e do ureter, com induração do tecido circundante Líquido perirrenal. Achados na ecografia Rim aumentado Ecotextura heterogênea do parênquima renal. Achados na pielografia intravenosa Opacificação renal retardada e reduzida Apagamento dos cálices, causado pelo edema do parênquima adjacente Necrose papilar na doença avançada. Aspectos clínicos Apresentação típica Febre Dor no flanco Piúria Hematúria Lactentes e crianças frequentemente se apresentam com sintomas inespecíficos como letargia ou mau estado geral. Opções terapêuticas Antibioticoterapia Ingesta hídrica adequada Drenagem de abscesso Tratamento da causa das condições predisponentes, quando possível. Curso e prognóstico Bom prognóstico na maioria dos pacientes Mau prognóstico naqueles casos raros em que os episódios recorrentes levam à pielonefrite crônica. O que o clínico quer saber? Uma intervenção aguda (p. ex., obstrução, abscesso) é necessária? Condições predisponentes. 31

24 1 Pielonefrite Aguda Fig Pielonefrite focal aguda do rim direito. Reconstrução coronal de imagens de TC em fase cortical. Área segmentar de realce reduzido no polo superior. Edema leve do terço superior do rim. Fig. 1.17a,b Pielonefrite difusa aguda de ambos os rins. TC axial (a) e coronal (b) em fase cortical. Múltiplas áreas segmentares de perfusão reduzida no córtex renal (estriações). 32

25 Pielonefrite Aguda 1 Diagnóstico diferencial Infarto renal Linfoma renal Trauma renal Pielonefrite xantogranulomatosa Rim não aumentado Possível infarto de outros órgãos (p. ex., baço) Lesões arredondadas com impregnação pelo contraste reduzida Pode ser difícil de diferenciar da pielonefrite aguda focal História Hematoma Laceração parenquimatosa Parênquima substituído por tecido cicatricial fibrótico, com componentes gordurosos (TC!) Dicas e armadilhas Não diagnosticar erroneamente a pielonefrite como um tumor renal Pesquisar cuidadosamente uma possível causa morfológica subjacente (anomalia). Referências selecionadas Bjerklund Johansen TE. The role of imaging in urinary tract infections. World J Urol 2004; 22: Paterson A. Urinary tract infection: an update on imaging strategies. Eur Radiol 2004; 14: L89-L100 Ramakrishnan K, Scheid DC. Diagnosis and management of acute pyelonephritis in adults. Am Fam Physician 2005; 71:

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen.

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen. XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO 1 Pcte do sexo feminino com queixa de dor abdominal difusa. Coronal Sagital Laudo Aspecto compatível

Leia mais

Aparelho urinário. Meios de estudo Principais aplicações clínicas. Estudo dos rins Estudo da bexiga A patologia traumática

Aparelho urinário. Meios de estudo Principais aplicações clínicas. Estudo dos rins Estudo da bexiga A patologia traumática Aparelho urinário Meios de estudo Principais aplicações clínicas Estudo dos rins Estudo da bexiga A patologia traumática 1 1. Radiologia convencional Abdómen simples Pielografias Indirecta Descendente

Leia mais

XVI Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen.

XVI Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen. XVI Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO 1 Paciente: M. G. A., 38 anos, sexo feminino. Queixa: Infecção do trato urinário de repetição. Realizou ultrassonografia

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS Leonardo Oliveira Moura Dissecção da Aorta Emergência aórtica mais comum Pode ser aguda ou crônica, quando os sintomas duram mais que 2 semanas Cerca de 75%

Leia mais

Avaliação tomográfica do trauma abdominal fechado

Avaliação tomográfica do trauma abdominal fechado Avaliação tomográfica do trauma abdominal fechado David C. Shigueoka Professsor afiliado Setor de Radiologia de Urgência / Abdome / US Departamento de Diagnóstico por Imagem Escola Paulista de Medicina

Leia mais

Sumário. Pâncreas Aparelho urinário

Sumário. Pâncreas Aparelho urinário 7ª Aula Prática Sumário Pâncreas Aparelho urinário Pâncreas Meios de estudo RSA Ecografia TC com contraste RM Wirsung CPRE CPRM Pâncreas Pancreatite aguda Ecografia muitas vezes negativa (pâncreas não

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Autor: Zandira Fernandes Data:

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Autor: Zandira Fernandes Data: TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Autor: Zandira Fernandes Data: 8-11-2017 DEFINIÇÃO Oclusão embólica do sistema arterial pulmonar. A maioria dos casos resulta da oclusão trombótica e, portanto, a condição é frequentemente

Leia mais

Sessão TOMOGRAFIA. Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS

Sessão TOMOGRAFIA. Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS Sessão TOMOGRAFIA Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS Caso 1 Feminino, 48 anos, história de HAS, DM e pancreatite prévia recente (há 1 mês), reinternou com dor abdominal, náuseas e vômitos. Nega história

Leia mais

Pericárdio Anatomia e principais patologias

Pericárdio Anatomia e principais patologias Pericárdio Anatomia e principais patologias Dr. Diego André Eifer Fellow em Imagem cardíaca Universidade de Toronto Médico Radiologista Hospital de Clinicas de Porto Alegre e Santa Casa de Misericórdia

Leia mais

Tomografia computadorizada. Análise das Imagens

Tomografia computadorizada. Análise das Imagens Tomografia computadorizada Análise das Imagens Imagem 1: Tomografia computadorizada da pelve, corte axial, sem meio de contraste. Presença de calcificações ateromatosas em topografia de artérias ilíacas

Leia mais

Traumatismo do Tórax. Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro

Traumatismo do Tórax. Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro Traumatismo do Tórax Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro Traumatismo do Tórax Penetrante Não Penetrante (Fechado) Causas Iatrogênicas Costelas São freqüentes as fraturas de costelas, simples ou múltiplas.

Leia mais

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias 11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias Enunciado Paciente do sexo feminino, 8 anos, há 2 dias com hematúria macroscópica e dor abdominal difusa leve à esclarecer. Pressão arterial

Leia mais

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar - Tromboembolismo Pulmonar Agudo - Tromboembolismo Pulmonar Crônico - Hipertensão Arterial Pulmonar A escolha dos métodos diagnósticos dependem: Probabilidade clínica para o TEP/HAP Disponibilidade dos

Leia mais

Tomografia computadorizada

Tomografia computadorizada Tomografia computadorizada Análise da Imagem Imagem 1: Tomografia computadorizada de abdome e pelve, reconstrução coronal, sem meio de contraste, evidenciando o rim e a junção ureteropélvica direitas.

Leia mais

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES DE ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA GRUPO 13 SUBGRUPO DEZEMBRO 2007 1 A ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA CARACTERIZA-SE POR SER EXAME DE ALTA COMPLEXIDADE E ALTO CUSTO, PORTANTO DEVE

Leia mais

Trauma Urogenital Proteus 2016

Trauma Urogenital Proteus 2016 Trauma Urogenital Proteus 2016 Fernando Ferreira Gomes Filho Medico do Departamento de Urologia - Faculdade de Medicina de Botucatu Unesp Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Trauma Renal

Leia mais

Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica. Dr. Murilo Rodrigues R2

Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica. Dr. Murilo Rodrigues R2 Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica Dr. Murilo Rodrigues R2 Quadro clínico - JCC, sexo masculino. - Vítima de acidente automobilístico - Dor Abdominal Estudo tomográfico: Achados Tomográficos:

Leia mais

Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um

Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um maior conhecimento destes exames, para melhor benefício

Leia mais

Aortografia abdominal por punção translombar Angiografia por cateterismo não seletivo de grande vaso

Aortografia abdominal por punção translombar Angiografia por cateterismo não seletivo de grande vaso 40812006 PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS (MÉTODOS DIAGNOS 40812014 Aortografia abdominal por punção translombar 40812022 Angiografia por punção 40812030 Angiografia por cateterismo não seletivo

Leia mais

Fígado Professor Alexandre

Fígado Professor Alexandre Fígado Professor Alexandre O que se usa para ver fígado é USG, TC e RM. Relação com estômago, vesícula, diafragma, adrenal direita, rim e duodeno. São pontos de referência anatômica: o Vesícula biliar

Leia mais

TRAUMA RENAL: CONDUTA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA

TRAUMA RENAL: CONDUTA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA UNITERMOS TRAUMA RENAL: CONDUTA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA LESÃO RENAL. Juliana Castelo Branco Leitune Joana Marczyk Marcela Krug Seabra Ricardo Breigeiron KEYWORDS KIDNEY INJURY. SUMÁRIO Anualmente 5,8

Leia mais

Hematoma intramural não traumático do trato gastrointestinal

Hematoma intramural não traumático do trato gastrointestinal Hematoma intramural não traumático do trato gastrointestinal O que o radiologista deve saber Dra. Juliana Lohmann Machado Relevância Condição incomum, porém com aumento da prevalência Achados específicos

Leia mais

Aterosclerose. Aterosclerose

Aterosclerose. Aterosclerose ATEROSCLEROSE TROMBOSE EMBOLIA Disciplinas ERM 0207/0212 Patologia Aplicada à Enfermagem Profa. Dra. Milena Flória-Santos Aterosclerose Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública Escola

Leia mais

- termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um. - Considerado aneurisma dilatação de mais de 50% num segmento vascular

- termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um. - Considerado aneurisma dilatação de mais de 50% num segmento vascular Doenças Vasculares Aneurisma A palavra aneurisma é de origem grega e significa Alargamento. - termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um segmento vascular. - Considerado aneurisma dilatação

Leia mais

ETIOLOGIA: DEFINIÇÃO: A EMBOLIA É UM PROCESSO DE OCLUSÃO TOTAL OU GR. "ÉMBOLO" = TAMPÃO, ROLHA; E "EMBOLEÉ" = IRRUPÇÃO

ETIOLOGIA: DEFINIÇÃO: A EMBOLIA É UM PROCESSO DE OCLUSÃO TOTAL OU GR. ÉMBOLO = TAMPÃO, ROLHA; E EMBOLEÉ = IRRUPÇÃO EMBOLIA ETIOLOGIA: GR. "ÉMBOLO" = TAMPÃO, ROLHA; E "EMBOLEÉ" = IRRUPÇÃO DEFINIÇÃO: A EMBOLIA É UM PROCESSO DE OCLUSÃO TOTAL OU PARCIAL DE UM VASO SANGUÍNEO POR UM CORPO SÓLIDO (ÊMBOLO) OU POR UMA SUBSTÂNCIA

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem 01. Ressonância Margnética do Abdomen Imagem 02. Angiorressonância Abdominal Paciente masculino, 54 anos, obeso, assintomático, em acompanhamento

Leia mais

Alterações Circulatórias Trombose, Embolia, Isquemia, Infarto e Arterosclerose

Alterações Circulatórias Trombose, Embolia, Isquemia, Infarto e Arterosclerose Alterações Circulatórias Trombose, Embolia, Isquemia, Infarto e Arterosclerose PhD Tópicos da Aula A. Patologias vasculares B. Patologias circulatórias C. Arterosclerose 2 Patogenia Trombose A. Patologias

Leia mais

ORGANIZADOR. Página 1 de 8

ORGANIZADOR. Página 1 de 8 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 CIRURGIA ENDOVASCULAR (R) / 0 PROVA DISCURSIVA Página de 8 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 CIRURGIA ENDOVASCULAR (R) / 0 PROVA DISCURSIVA CIRURGIA ENDOVASCULAR ) A isquemia mesentérica

Leia mais

radiologia do TCE

radiologia do TCE WWW.cedav.com.br radiologia do TCE Para aprender a tratar uma doença, primeiro é preciso aprender a reconhece-la. Jean Martin Charcot 1825-1893 Densidade em UH Substancia HU Ar 1000 Gordura 100 to 50

Leia mais

Alterações no Trato Urinário

Alterações no Trato Urinário Alterações no Trato Urinário PPCSA Profª Daniele C D Zimon Profª Adriana Cecel Guedes Aparelho Urinário Rim Infecções do Trato Urinário As infecções do trato urinário (ITUs) são causadas por micoorganismos

Leia mais

CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL DO CBC-SP ABDOME AGUDO VASCULAR

CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL DO CBC-SP ABDOME AGUDO VASCULAR CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL DO CBC-SP ABDOME AGUDO VASCULAR TCBC Wilson Rodrigues de Freitas Junior Dept. de Cirurgia Santa Casa SP SÃO PAULO 27/09/2014 ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA RELATIVAMENTE

Leia mais

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz Tromboembolismo Pulmonar Fernanda Queiroz EMBOLIA PULMONAR DEFINIÇÃO: É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de particulas cujo diâmetro seja maior do que o do vaso

Leia mais

Índice Remissivo do Volume 31 - Por assunto

Índice Remissivo do Volume 31 - Por assunto Palavra-chave A Ablação por Cateter Acidentes por Quedas Acreditação/ ecocardiografia Nome e página do artigo Mensagem do Presidente, 1 Mensagem da Editora, 3, 82 Amilóide Amiloidose de Cadeia Leve de

Leia mais

03/05/2012. SNC: Métodos de Imagem. US Radiografias TC RM. Métodos Seccionais. TC e RM. severinoai

03/05/2012. SNC: Métodos de Imagem. US Radiografias TC RM. Métodos Seccionais. TC e RM. severinoai SNC: Métodos de Imagem US Radiografias TC RM 2 Métodos Seccionais TC e RM 3 1 Anatomia seccional do encéfalo: TC e RM 4 Anatomia seccional do encéfalo: TC e RM 5 TC - Crânio 6 2 TC - Crânio 7 TC - Crânio

Leia mais

NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 51 Novembro 2013 A ECOGRAFIA VASCULAR NO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR DAS ARTÉRIAS CERVICAIS

NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 51 Novembro 2013 A ECOGRAFIA VASCULAR NO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR DAS ARTÉRIAS CERVICAIS NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano V Edição 51 Novembro 2013 A ECOGRAFIA VASCULAR NO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR DAS ARTÉRIAS CERVICAIS A ECOGRAFIA VASCULAR NO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA FIBROMUSCULAR DAS

Leia mais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais SISTEMA URINÁRIO INTRODUÇÃO Formação: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra Funções: Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais INTRODUÇÃO Excreção da urina Sangue é filtrado nos rins Através

Leia mais

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FMRPUSP PAULO EVORA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FATORES DE RISCO Tabagismo Hipercolesterolemia Diabetes mellitus Idade Sexo masculino História familiar Estresse A isquemia é

Leia mais

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO DRA MARINA PORTIOLLI HOFFMANN DRA MARIA HELENA LOUVEIRA DR GUILBERTO MINGUETTI INTRODUÇÃO: O câncer de mama associado a gestação

Leia mais

Paulo Donato, Henrique Rodrigues

Paulo Donato, Henrique Rodrigues Paulo Donato, Henrique Rodrigues Serviço o de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra Director: Professor Doutor Filipe Caseiro Alves Janeiro 2007 1ª linha Doença cardíaca congénita Grandes vasos

Leia mais

Paulo Donato, Henrique Rodrigues

Paulo Donato, Henrique Rodrigues Paulo Donato, Henrique Rodrigues Serviço de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra Director: Prof. Doutor Filipe Caseiro Alves Janeiro 2007 Enquadramento teórico Sequências mais rápidas e com

Leia mais

INTESTINO GROSSO 29/03/2017 INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO. Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C

INTESTINO GROSSO 29/03/2017 INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO. Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C PROFA. DRA. JULIANA PELOI VIDES Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C normalmente contém gás intraluminal Ceco felino difícil visualização, curto Cólon: Ascendente Transversa Descendente

Leia mais

TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO II. Como diagnosticar. Perspectiva Imagiológica. Carina Ruano Hospital de Santa Marta

TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO II. Como diagnosticar. Perspectiva Imagiológica. Carina Ruano Hospital de Santa Marta TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO II Como diagnosticar Perspectiva Imagiológica Carina Ruano Hospital de Santa Marta Introdução Tromboembolismo pulmonar Agudo Crónico Trombose venosa profunda Conclusões Bibliografia

Leia mais

BAÇO O ÓRGÃO ESQUECIDO. Rodrigo Philippsen. Departamento de Radiologia Abdominal do Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre

BAÇO O ÓRGÃO ESQUECIDO. Rodrigo Philippsen. Departamento de Radiologia Abdominal do Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre BAÇO O ÓRGÃO ESQUECIDO Rodrigo Philippsen Departamento de Radiologia Abdominal do Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre INTRODUÇÃO Maior órgão linfático único do corpo Constituído por polpa vermelha e polpa

Leia mais

Isquemia Mesentérica Aguda

Isquemia Mesentérica Aguda Reunião temática Raquel Madaleno 3 de Maio de 2017 Serviço de Imagem Médica Dir.: Prof. Doutor Filipe Caseiro Alves Isquemia Mesentérica Sumário Introdução Anatomia e Fisiologia Etiologia Fisiopatologia

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço TEP TEP maciço

Leia mais

14 de Setembro de Professor Ewerton. Prova confirmada dia 28 de Setembro. 1:30 da tarde.

14 de Setembro de Professor Ewerton. Prova confirmada dia 28 de Setembro. 1:30 da tarde. 14 de Setembro de 2007. Professor Ewerton. Prova confirmada dia 28 de Setembro. 1:30 da tarde. Traumatismo cranio-encefálico A TC é o método de escolha na avaliação inicial de pacientes com TCE. É mais

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS 1 HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS PROCESSO SELETIVO 50 MÉDICO I (Radiologia Intervencionista) 01. C 11. D 21. B 02. A 12. C 22. E 03.

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço B) Angiotomografia

Leia mais

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012 Radiologia do fígado Prof. Jorge Elias Jr Radiologia do fígado Revisão anatômica Métodos de imagem na avaliação do fígado Anatomia seccional hepática pelos métodos de imagem Exemplo da utilização dos métodos:

Leia mais

Área acadêmica. Diagnostico por imagem. Estudo por imagem do cranio maio 2018

Área acadêmica. Diagnostico por imagem. Estudo por imagem do cranio maio 2018 WWW.CEDAV.COM.BR Área acadêmica Diagnostico por imagem Estudo por imagem do cranio maio 2018 1 Neuroanatomia Para aprender a tratar uma doença, primeiro é preciso aprender a reconhece-la. Jean Martin Charcot

Leia mais

Síndromes aórticas agudas. na Sala de Urgência

Síndromes aórticas agudas. na Sala de Urgência Síndromes aórticas agudas na Sala de Urgência Autores e Afiliação: Isabella Parente Almeida. Ex-médica residente da clínica médica do Departamento de Clínica Médica da FMRP - USP; Antônio Pazin Filho.

Leia mais

Abordagem Percutânea das Estenoses de Subclávia, Ilíacas, Femorais e Poplíteas

Abordagem Percutânea das Estenoses de Subclávia, Ilíacas, Femorais e Poplíteas Abordagem Percutânea das Estenoses de Subclávia, Ilíacas, Femorais e Poplíteas Curso Anual de Revisão em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Rogério Tadeu Tumelero, MD, FSCAI Hemodinâmica e Cardiologia

Leia mais

DIAGNÓSTICOS PARA ENCAMINHAMENTO VIA CROSS PARA TRIAGEM NO INSTITUTO DO CORAÇÃO

DIAGNÓSTICOS PARA ENCAMINHAMENTO VIA CROSS PARA TRIAGEM NO INSTITUTO DO CORAÇÃO DIAGNÓSTICOS PARA ENCAMINHAMENTO VIA CROSS PARA TRIAGEM NO INSTITUTO DO CORAÇÃO AMBULATÓRIO GERAL CID B570 B572 D151 E059 E260 E783 E784 E785 E786 E788 E789 E853 I050 I051 I058 I059 I060 I061 I062 I068

Leia mais

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2 Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos Aula Prá8ca Abdome 2 Obje8vos Qual a importância da caracterização de lesões através de exames de imagem? Como podemos caracterizar nódulos hepá8cos? Revisar os

Leia mais

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia Rodrigo Hoffmeister, MD

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia Rodrigo Hoffmeister, MD Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia Rodrigo Hoffmeister, MD Médico Radiologista Serviço de imagem da mama. Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre/RS CDU- Unimed- Porto Alegre/RS Centro Eco Novo Hamburgo/RS

Leia mais

Í^ÊT^U/^ ^^^J^^^^IÉ^^^

Í^ÊT^U/^ ^^^J^^^^IÉ^^^ n*» SISTEMA Real Hospital Português de Benefíctoci* em PenmmfMico Av. Portuçai, 163 - Derby - Recife - PE CEP: 52.0J(M)10 CG.C: 10.892.164/0001-24 Pabi: (81)3416-1122 PM: (81) 3423fi*906 E-mail: comwnicetao@riip.com.br

Leia mais

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 22. As técnicas cirúrgicas padronizadas para o tratamento da insuficiência vertebrobasilar incluem:

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 22. As técnicas cirúrgicas padronizadas para o tratamento da insuficiência vertebrobasilar incluem: 2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA VASCULAR 21. Em quantos segmentos está dividida a artéria vertebral? a) Cinco segmentos b) Quatro segmentos c) Seis segmentos d) Três segmentos 22. As técnicas

Leia mais

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia com exemplos práticos Rodrigo Hoffmeister, MD

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia com exemplos práticos Rodrigo Hoffmeister, MD Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia com exemplos práticos Rodrigo Hoffmeister, MD Médico Radiologista Serviço de imagem da mama. Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre/RS CDU- Unimed- Porto Alegre/RS

Leia mais

I00-I99 CAPÍTULO IX : Doenças do aparelho circulatório I00-I02 Febre reumática aguda I05-I09 Doenças cardíacas reumáticas crônicas I10-I15 Doenças hipertensivas I20-I25 Doenças isquêmicas do coração I26-I28

Leia mais

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Desafio de Imagem Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Caso Clínico Homem de 64 anos procurou serviço de emergência com queixa de "dor de barriga e vômitos". HDA: Relata que há 2 anos apresenta episódios de

Leia mais

Avaliação Por Imagem do Abdome Introdução

Avaliação Por Imagem do Abdome Introdução Avaliação Por Imagem do Abdome Introdução Mauricio Zapparoli Disciplina de Radiologia Médica Departamento de Clínica Médica - Hospital de Clínicas UFPR Objetivos Radiologia Convencional Anatomia/Semiologia

Leia mais

Sangramento retroperitoneal por ruptura de cisto renal após trombólise intra-arterial de membro inferior direito: Relato de Caso

Sangramento retroperitoneal por ruptura de cisto renal após trombólise intra-arterial de membro inferior direito: Relato de Caso Introdução A utilização de trombolíticos na oclusão arterial aguda (OAA) de membros inferiores vem demonstrando bons resultados. Mesmo quando não parece haver revascularização total, o procedimento parece

Leia mais

Nódulos e massas pulmonares

Nódulos e massas pulmonares Nódulos e massas pulmonares Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP A) Nódulo pulmonar solitário 1 Definição O nódulo pulmonar solitário (NPS)

Leia mais

Radiologia do crânio

Radiologia do crânio Radiologia do crânio WWW.CEDAV.COM.BR Blog Dr. Ricardo ricardoferreiractba@hotmail.com Para aprender a tratar uma doença, primeiro é preciso aprender a reconhece-la. Jean Martin Charcot 1825-1893 Neuroanatomia

Leia mais

Disseção da Aorta. A entidade esquecida. Hugo Rodrigues Cirurgião Vascular HPA

Disseção da Aorta. A entidade esquecida. Hugo Rodrigues Cirurgião Vascular HPA Disseção da Aorta A entidade esquecida Hugo Rodrigues Cirurgião Vascular HPA Definição Separação das camadas da aorta com formação de Falso Lúmen íntima média adventícia Epidemiologia 5 : 1 10-40 casos

Leia mais

XVII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen.

XVII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen. XVII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO Paciente AJ, masculino, 40 anos, iniciou com quadro clínico de dor e aumento volumétrico testicular há

Leia mais

Aula prática nº8. O coração. 1. Anatomia radiográfica do coração (frente e perfil do tórax) 10 A e B

Aula prática nº8. O coração. 1. Anatomia radiográfica do coração (frente e perfil do tórax) 10 A e B Aula prática nº8 O mediastino configuração mediastínica normal com projecção desenhada das estruturas vasculares (fig. 9 A) divisão do mediastino no radiograma de perfil (9 B) principais arcos que formam

Leia mais

Diagnóstico por imagem das infecções do sistema musculoesquelético

Diagnóstico por imagem das infecções do sistema musculoesquelético Diagnóstico por imagem das infecções do sistema musculoesquelético Marcello H. Nogueira-Barbosa Divisão de Radiologia CCIFM Faculdade de Medicina Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Conteúdo abordado

Leia mais

Malformações do trato urinário

Malformações do trato urinário Malformações do trato urinário 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha Devido à origem embriológica do trato urinário, muitas malformações podem ocorrer. Algumas delas são simples e frequentes, já outras são

Leia mais

REVISÃO / REVIEW TRAUMA RENAL

REVISÃO / REVIEW TRAUMA RENAL REVISÃO / REVIEW TRAUMA RENAL 1 1 1 Flávio R. C. Grillo, André R. B. de Oliveira, Marcelo Miranda, 1 Ricardo Colombo, Joseph C. Dib Neto, Saul Gun ANÁLISE RETROSPECTIVA pacientes () foram vítimas de acidente

Leia mais

Angiotomografia. Análise de Imagem

Angiotomografia. Análise de Imagem Angiotomografia Análise de Imagem Imagem 1: Corte axial, nível artérias pulmonares. Presença de flap da camada íntima da parede da aorta descendente (seta), com meio de contraste preenchendo falso lúmen

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Trato urinário superior Rins Ureteres Professora: Juliana Peloi Vides Trato urinário inferior Bexiga Uretra FREQUENTES!!! Parênquima renal Pelve renal Ureteres Bexiga Uretra

Leia mais

Curso Carcinoma Células Renais Coimbra Setembro 2013

Curso Carcinoma Células Renais Coimbra Setembro 2013 Tumores de Células Renais Tiago Saldanha José Durães Serviço de Radiologia HEM - CHLO Curso Carcinoma Células Renais Coimbra Setembro 2013 Tumores de Células Renais Tríade Clássica: Dor Hematúria Massa

Leia mais

DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS

DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS Cursos de Graduação em Farmácia e Enfermagem DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS PARTE 2 Disciplina: Patologia Geral http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS

Leia mais

XIV Reunião Clínico - Radiológica. Dr. Rosalino Dalazen. www.digimaxdiagnostico.com.br

XIV Reunião Clínico - Radiológica. Dr. Rosalino Dalazen. www.digimaxdiagnostico.com.br XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. Rosalino Dalazen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO Fem. 36 anos. Sem comorbidades prévias. S# inchaço da perna Edema da perna esquerda, com início há meses,

Leia mais

Embolização nas Hemorragias Digestivas

Embolização nas Hemorragias Digestivas Embolização nas Hemorragias Digestivas Francisco Leonardo Galastri Cirurgião Endovascular e Radiologista Intervencionista Departamento de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Israelita Albert

Leia mais

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Conflitos de interesse Nenhum para este tópico Intervenção pós transplante hepático TÉCNICA CIRÚRGICA

Leia mais

Técnicas de Isquemia Hepática

Técnicas de Isquemia Hepática Técnicas de Isquemia Hepática Professor Adjunto de Anatomia - da UFPR Serviço de Cirurgia Hepática e Pancreática Dr. Eduardo José B. Ramos ramosejb@hotmail.com VASCULARIZAÇÃO Sangue Entrando! Artéria Hepática!

Leia mais

VARIZES DE MEMBROS INFERIORES. Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira

VARIZES DE MEMBROS INFERIORES. Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira VARIZES DE MEMBROS INFERIORES Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira Definição Dilatação, alongamento, tortuosidade com perda funcional, com insuficiência valvular Incidência: 3/1 sexo feminino;75%

Leia mais

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE 2014 Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos Atualizado em 25 de fevereiro de 2014 RADIOSCOPIA DIAGNÓSTICA AMB HCO HSO RADIOSCOPIA PARA

Leia mais

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CIRROSE X ESQUISTOSSOMOSE

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CIRROSE X ESQUISTOSSOMOSE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CIRROSE X ESQUISTOSSOMOSE Leticia Martins Azeredo A cirrose e a esquistossomose hepatoesplênica são hepatopatias crônicas muito prevalentes e são as principais causas de hipertensão

Leia mais

ESTUDO DE PAREDE VASCULAR POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: INDICAÇÕES

ESTUDO DE PAREDE VASCULAR POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: INDICAÇÕES ESTUDO DE PAREDE VASCULAR POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: INDICAÇÕES Marjana Reis Lima Mestre em Medicina - UFRGS Médica Radiologista Hospital Moinhos de Vento Médica Radiologista Grupo Hospitalar Conceição

Leia mais

Radiografia simples do tórax: noções de anatomia

Radiografia simples do tórax: noções de anatomia Radiografia simples do tórax: noções de anatomia Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP 1 Partes moles Devemos analisar as partes moles em toda

Leia mais

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO. Dario A. Tiferes

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO. Dario A. Tiferes ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO Dario A. Tiferes dario.tiferes@fleury.com.br ABDOME AGUDO Apendicite Colecistite Diverticulite Colites pancreatite Ileítes (DII) Apendagite Doença péptica Isquemia intestinal

Leia mais

Linfoma extranodal - aspectos por imagem dos principais sítios acometidos:

Linfoma extranodal - aspectos por imagem dos principais sítios acometidos: Linfoma extranodal - aspectos por imagem dos principais sítios acometidos: Autor principal: THIAGO Thiago AMÉRICO Fabiano Souza de MURAKAMI Carvalho Autores: THIAGO FABIANO SOUZA DE CARVALHO; LUCAS SANTOS

Leia mais

LIGA ACADÊMICA DE UROLOGIA - TRAUMA RENAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

LIGA ACADÊMICA DE UROLOGIA - TRAUMA RENAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Aspectos ecográficos de la isquemia. Jorge Xavier de Brito

Aspectos ecográficos de la isquemia. Jorge Xavier de Brito Aspectos ecográficos de la isquemia Jorge Xavier de Brito Fístulas Pequenas: Factor determinante do débito: Resistência da FAV (α ) 1 / r4 Fístulas Grandes: O Débito é: independente do Diâmetro ou de Resistência

Leia mais

DOENÇA VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICA.

DOENÇA VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICA. DOENÇA VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICA www.fisiokinesiterapia.biz www.fisiokinesiterapia.biz Apresenta-se com uma alteração súbita da condição neurológica acompanhada por cefaléia ia. A extrema sensibilidade

Leia mais

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP Hemangioma Típico Prevalência: 1 a 20%. F: M até 5:1 Assintomático. Hiperecogênico bem definido

Leia mais

Ureter, Bexiga e Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra Ureter, Bexiga e Uretra 1 Ureter, Bexiga e Uretra 2 URETER 3 Estrutura do Ureter Tubo muscular que conecta o rim à bexiga Porção superior (abdominal) e inferior (pélvica) 4 Trajeto do Ureter Ao nível do

Leia mais

Ciclo cardíaco sístole e diástole. Sístole

Ciclo cardíaco sístole e diástole. Sístole Ciclo cardíaco sístole e diástole Sístole Diástole Sístole e diástole Eventos no AE, VE e aorta durante o ciclo cardíaco Elétricos Mecânicos Sonoros Sons cardíacos Origem dos sons cardíacos 2º som 1º som

Leia mais

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem 01. Cintilografia Renal Estática Imagens (99mTc-DMSA) Paciente do sexo feminino, 10 anos de idade, apresenta enurese noturna, incontinência urinária

Leia mais

Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Renato Sanchez Antonio

Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Renato Sanchez Antonio Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica Renato Sanchez Antonio Objetivo Isquemia perioperatória e infarto após CRM estão associados ao aumento

Leia mais

Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE. João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE

Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE. João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE Doença carotídea Doença arterial periférica Isquemia aguda Estenose da artéria renal

Leia mais

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado Lesões benignas do fígado Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular

Leia mais

Artigo Original: Gustavo de Souza Portes Meirelles; Dario Ariel Tifares; Giuseppe D Ippolito

Artigo Original: Gustavo de Souza Portes Meirelles; Dario Ariel Tifares; Giuseppe D Ippolito Pseudolesões Hepáticas Na Ressonância Magnética Artigo Original: Gustavo de Souza Portes Meirelles; Dario Ariel Tifares; Giuseppe D Ippolito RESUMO: A ressonância magnética é uma técnica de grande importância

Leia mais

Objetivo. Exame contrastado Urografia Excretora. Indicações 15/04/2011. Anatomia. Contra-indicação. Preparo do paciente

Objetivo. Exame contrastado Urografia Excretora. Indicações 15/04/2011. Anatomia. Contra-indicação. Preparo do paciente Objetivo Exame contrastado Urografia Excretora É o estudo radiológico contrastado dos rins, ureteres e bexiga e necessita de um ótimopreparo intestinal, na véspera do exame. Indicações Anatomia Cálculo

Leia mais