LEI N* 550/95 LEI TÍTULO DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS
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- Ana do Carmo da Costa Gesser
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1 Estado do Rio Grande do Sul Av. Narciso Silva, 2360 LEI N* 550/95 Dispõe sobre a Política Municipal de Assistência Social e da outras provi dencias. O Prefeito Muni cipal de Capão do Leão, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais Faço saber que a Camará Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte LEI TÍTULO I DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS Art. l5 - Fica criado o Conselho Municipal de Assistencia Social - CMAS, órgão deliberativo, de carater permanente e âmbito municipal. Art Respeitadas as compet encias exclusivas do Legislativo Municipal, compete ao Conselho Municipal de Assistência Social. I - definir as 'prioridades da Politica Municipal de Assistência Social; 11 - estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Assistência Social; III - aprovar a Politica Municipal de Assistência Social IV - atuar na formulação de estratégias e controle da execução da Politica Municipal de Assistência Social; V - propor critérios para a programação, execução e fiscalização financeira e orçamentaria, ap l i. cação e movimentação dos recursos, do Fundo Municipal de Assistência Social; VI - acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de assistência prestados a população, pelos órgãos públicos e entidades privadas no municipio; Vil - definir critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de assistência social no âmbito municipal; VIII - definir critérios para celebração de contratos
2 Estado do Rio Granda do Sul Av. Narciso Silva, 2360 ou convénios entre o setor publico e as entidades privadas que pres tam serviços de assistência social no ambi to municipal; IX - apreciar previamente os contratos e convénios feridos no inciso anterior; ré X - elaborar e aprovar seu Regimen t o In t erno ; XI - zelar para efetivaçao do sistema descentralizado e participativo de assistência social; XII - convocar ordinariamente a cada 2 (dois) anos, ou ext raordinariament e, por maioria absoluta de seus membros, a Con f e~ rencia Municipal de Assistência -Social, que terá a atribuição de a- valiar a situação da assistência social no município de Capão do Lê ao e propor diretrizes para o aperfei çoament o do si st ema; XIII - acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, os ganhos sociais, bem como o desempenho dos programas e projetos apro vados; XIV - emitir parecer sobre o Orçamento Municipal desti nado a Assistência Social. XV ~ emitir critérios para celebração de contratos ou convénios entre o setor publiço e as entidades privadas. XVI - apreciar previamente, os contratos e convénios feridos no inciso anterior. ré CAPÍTULO II DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO SEÇÃO I DA COMPOSIÇÃO Art A composição do Conselho e paritaria de oi t o membros, sendo: l - quatro membros, representantes de órgãos públicos, que serão indicados, cada um: A ~ pela Prefeitura Municipal e pela Camará de Verea dores; B - por rgao publico estadual e por órgão publico federal, que estejam vinculados a saúde assistência social çao, com jurisdição no municipio. ou educa 11 - quat ro memb ros, representantes da Sociedade civil Organizada, com jurisdição no municipio, que serão da um, de comum acordo: A - pelos sindicatos em geral; B ~ pelas associações de moradores; indicados,ca
3 Estado do Rio Grande do Sul Av. Narciso Silva, 2360 C - pelas entidades sociais, culturais e esportivas; D - pelas comunidades de cunho religioso e humanitár o. l9 - Cada titular do CMAS terá um suplente: oriundo da mesma categoria ou órgão publico representativo Somen t e se rã admi t ida a participação no CMAS de entidades juridicamente constituídas e em regular funcionamento Os membros efetivos e suplentes do CMAS serão nomeados pelo Prefeito Municipal, conforme determina os itens I e II deste artigo Os membros do CMAS poderão ser substituídos: A - no caso de representantes de órgãos governamentais, mediante solicitação da autoridade responsável; B - no caso de representantes de Sociedade Civil Organizada, por deliberação ern reunião do conjunto das entidades que os indi ca ram. SEÇÃO II DO FUNCIONAMENTO Art O exercício da função de conselheiro e con siderada serviço publico relevante e não remunerado. Art O CMAS terá seu funcionamento regido por Regimento Interno próprio, aprovado em seu órgão de dei i b e ração máxima. Art O CMAS terá como órgão de deliberação máxima a Sessão Plenária. Parágrafo Único"- As-_Sessoes Plenárias serão realiza das ordinariamente a cada mês e extraordinariamente quando convocadas pelo Presidente ou por requerimento da maioria de seus membros. Art O presidente do Conselho será escolhido, em eleição aberta e direta, por maioria absoluta de seu s membros. Parágrafo Único - O presidente do Conselho poderá ser destituído do cargo por voto de 2/3 dos seus membros. Art A atividade dos membros do CMAS deverão
4 Estado do Rio Grande do Sul Av, Narciso Silva, 2360 obedecer as seguintes normas: I - serão excluídos do CMAS e substituídos pelos rés pectivos suplentes os conselheiros que faltarem sem justificativa a 3 reuniões consecutivas ou a 5 reuniões intercaladas cada membro do CMAS terá direito a um único voto na Sessão Plenária; em casos de empat e nas votações o rdina rias, o presidente do Conselho te rã voto de qualidade, ou seja de desempate IV - as decisões do CMAS serão consubstanciadas em ré soluções. Art, S- - A Secretaria Municipal de Assistência Social ou equivalente prestara o apoio administrativo necessário funcionamento do CMAS. ao Art Para melhor desempenho de suas funções o CMAS poderá recorrer a pé.s soa s e entidades, mediante os segui, n t es critérios: l - consideram-se colaboradores do CMAS, as institui coes formadoras de recursos humanos para a assistência social e as entidades representativas de profissionais e usuários dos serviços de assistência social, sem embargo de sua condi, ca o de membro; II - poderão ser convidadas pessoas ou instituições de notória especialização para assessorar o CMAS em assuntos especi ficos; III - poderão ser criadas comissões internas, constituídas por ent idades-memb ros do CMAS e ou t rã s instituições, para promover estudos e emi tir pareceres a réspeito de temas especifi cos Parágrafo Unicp_. -.São ent idades-memb ros do CMAS os órgãos públicos municipais, estaduai s ou fede rãis, sindicatos, associações, clubes, comunidades organ i zadas, conselhos, com jurisdição no Município, que formem recursos humanos, prestem servi cos ou sejam usuários de serviços de assistência social no município. Art O Poder Executivo Municipal garantira pessoal admini strativo e apoio ma teria l necessário ao funci. onarnen L o do CMAS. Art Todas as sessões do CMAS serão publicas precedidas de ampla divulgação. e
5 Estado do Rio Grande do Sul Av. Narciso Silva, 2360 TITULO DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL II Art Fica criado o Fundo Municipal de Assistência Social, instrumento de captação, repasse e aplicação de recursos destinados a propiciar suporte financeiro, manutenção e de s envolvi men t ode programas e açoes de Assistência Social no Muni cípi o de Capão do Leão. de Assistência Social: Art Constituirão Receitas do Fundo Municipal I - dotação consignada anualmente no Orçamento Municipal e as verbas adicionais que a Lei estabelece no decurso de cada exerci cio. II - doações, auxilios, contribuições e t rans ferencias de recursos de pessoas fisicas ou juridicas, nacionais ou estrangei rãs, governamentais ou não governamentais, de qualquer natureza. Ill - transferencias de recursos financeiros oriundos dos Fundos Nacionais e Estaduai s de Assistência Social (FNAS e FEAS) IV - produto de aplicações fina.nceiras dos recursos disponíveis, respeitada a legislação em vigor e da venda de materiais, publicaçoes e eventos. V ~ recursos advindos de convénios, acordos e contra tos f i rmados ent ré o Municipi o e Instituições, privadas e publicas, nacionais, fede rãis, estaduais e muni cipais, para repasse a entidades executoras de programas e açoes de Assistência Social. VI - out rã s receitas que virem a ser destinadas Art fundo de que trata a presente Lei ficara s vinculado, diretamente a Secretaria Municipal de Finanças, deposita do em conta especial, cuja destinaçao será conforme o art. 2- da pr_e sente Lei, ou seja, em projetos, programas e a t ividades pelo CMAS. ap rovada s TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art O CMAS elaborara seu Regimento Interno no prazo de 60 (sessenta) dias apôs a promulgação da Lei
6 Estado do Rio Grande do Sul Av. Narciso Silva, 2360 Art. l? - Em caso de empa t e, quando da ele i. cão primeiro presidente do CMASf o critério de desempate será a idade. do Parágrafo Único - Os critérios de desempat e para eleições seguintes deverão estar previ s t as no Regimento Interno CMAS. as do Art, 18 - As despesas decorrentes desta lei corre rão a conta de dotações orçamentarias próprias. publicação, Art Esta lei entrara em vigor na data de sua revogadas as disposições em contrario. GABINETE DO PREFEITO DE CAPÃO DO LEÃO, em 20 de dezembro de 1995 G P t u l i o Victoria Prefeito Registre-se e Publique-se HonorLc^lSinot t OT Chefe de\e
7 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABINETE DO PREFEITO Av. Narciso Silva, 1620 CEP CNPJ /0001 Lei nº 1622 de 16 de dezembro de Regulamenta a concessão de benefícios eventuais da política de assistência social. O Prefeito Municipal de Capão do Leão, no uso de suas atribuições legais: Faço saber que o Poder Legislativo Municipal aprovou e eu promulgo e sanciono a seguinte: L E I Art. 1º. Esta lei dispõe sobre a concessão dos Benefícios Eventuais da Política Municipal de Assistência Social. Art. 2º. O benefício eventual é uma modalidade de provisão de proteção social básica de caráter suplementar e temporário que integra organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social SUAS, com fundamentação nos princípios de cidadania e nos direitos sociais e humanos. Parágrafo único. Na comprovação das necessidades para concessão de benefício eventual são vedadas quaisquer situações de constrangimento ou vexatórias. Art. 3º. O benefício eventual destina-se aos cidadãos e às famílias com impossibilidade de arcar por conta própria com o enfrentamento de contingências sociais, cuja ocorrência provoca riscos e fragiliza a manutenção do indivíduo, a unidade da família e sobrevivência de seus membros. Art. 4º. O critério de renda mensal per capita familiar para acesso aos Benefícios Eventuais é igual ou inferior a ¼ do salário mínimo. Art. 5º. São formas de benefícios eventuais: I Auxílio natalidade; II Auxílio funeral; III outros benefícios eventuais para atender necessidades advindas de situações de vulnerabilidade temporária ou de emergência. Parágrafo Único - A prioridade na concessão dos benefícios eventuais será para a criança, a família, o idoso, a pessoa com deficiência, a gestante, a nutriz e os casos de calamidade pública. 1
8 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABINETE DO PREFEITO Av. Narciso Silva, 1620 CEP CNPJ /0001 Art. 6º. O benefício eventual, na forma de auxílio-natalidade, constitui-se em uma prestação temporária não contributiva da assistência social, em bens de consumo, para reduzir vulnerabilidade provocada por nascimento de membro da família. Art. 7º. O benefício eventual, na forma de Auxílio Natalidade, é destinado à família e deverá alcançar, preferencialmente: I Atenções necessárias ao nascituro; II Apoio a mãe no caso de morte do recém-nascido; III Apoio a família no caso da morte da mãe; IV- outras providências que os operadores da Política de Assistência Social julgarem necessárias. Art. 8º. O benefício natalidade ocorrerá na forma de bens de consumo. 1º Os bens de consumo consistem no enxoval do recém-nascido, incluindo itens de vestuário, utensílios para alimentação e de higiene, observada a qualidade que garanta a dignidade e o respeito à família beneficiária. 2º O requerimento do benefício natalidade deve ser realizado no máximo até noventa dias após o nascimento. 3º O benefício natalidade deve ser pago até trinta dias após o requerimento. 4º A morte da criança não inabilita a família a receber o benefício natalidade. Art. 9º. O benefício eventual na forma de auxílio-funeral, constitui-se em uma prestação temporária não contribuitiva da assistência social em bens de consumo, a fim de reduzir a vulnerabilidade provocada pela morte do membro da família. Art. 10. O alcance do benefício funeral, preferencialmente, será distinto em modalidades de: I Custeio das despesas de urna funerária; II Custeios de necessidades urgentes da família para enfrentar os riscos e vulnerabilidades advindas da morte de um de seus provedores ou membro. Art. 11. O benefício funeral será concedido na forma de que: 1º O sepultamento se realizará no cemitério municipal, em casa de indigência; 2º O requerimento e a concessão do benefício funeral deverão ser prestados com plantão 24 horas, diretamente pelo órgão gestor ou indiretamente, em parceria com outros órgãos ou instituições. 2
9 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABINETE DO PREFEITO Av. Narciso Silva, 1620 CEP CNPJ /0001 Art. 12. Os benefícios natalidade e funeral serão devidos às famílias em número igual ao das ocorrências desses eventos. Art. 13. Os demais Benefícios Eventuais decorrentes de situação de vulnerabilidade temporária ou de ações emergenciais de caráter transitório, são os seguintes: I Auxílio alimentação (cesta básica); II Auxílio transporte (passagens); III Auxílio para construção reforma ou recuperação de moradia própria, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Assistência Social; IV Auxílio à confecção de documentos; V Auxílio em Situação de Emergência e Calamidade Pública. Parágrafo Único - Os auxílios elencados neste artigo serão custeados através de bens e/ou prestação de serviços, a ser regulamentado por Decreto. Art. 14. As provisões relacionadas a programas, projetos, serviços e benefícios afetos aos campo da saúde, educação, integração nacional e demais políticas setoriais, não se incluem na condição de benefícios eventuais da assistência social. Art. 15. Caberá ao órgão gestor da Política de Assistência Social do Município: I A coordenação geral, a operacionalização, o acompanhamento, a avaliação da prestação dos benefícios eventuais, bem como o seu financiamento; II A realização de estudos da realidade e monitoramento da demanda constante para ampliação da concessão de benefícios eventuais; III Expedir as instruções e instituir formulários e modelos de documentos necessários à operacionalização dos benefícios eventuais. Parágrafo único. O órgão gestor da Política de Assistência Social deverá encaminhar relatórios destes serviços bimestralmente, ao Conselho Municipal de Assistência Social. Art. 16. Caberá ao Conselho Municipal de Assistência Social fornecer ao Município informações sobre irregularidades na execução dos benefícios eventuais bem como avaliar e reformular, a cada ano, o valor dos benefícios natalidade e funeral que deverão constar na Lei Orçamentária do Município. Art. 17. As despesas decorrentes desta lei ocorrerão por conta de dotação orçamentária própria, prevista na Unidade Orçamentária Fundo Municipal de Assistência Social, a cada exercício financeiro. Parágrafo único. O valor dos Benefícios Eventuais serão definidos e atualizados pelo Poder Executivo, mediante aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social. 3
10 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABINETE DO PREFEITO Av. Narciso Silva, 1620 CEP CNPJ /0001 Art. 18. Esta Lei será regulamentada por Decreto, no que couber. Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO DE CAPÃO DO LEÃO, em 16 de dezembro de Registre-se e Publique-se CLÁUDIO LUIS VITÓRIA Prefeito Municipal JOÃO CÂNDIDO AZAMBUJA Secretário de Governo 4
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