CIRCULAÇÃO VERTICAL. Escadas e Rampas Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

Transcrição

1 CIRCULAÇÃO VERTICAL Escadas e Rampas Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

2 CIRCULAÇÃO VERTICAL - ORIGENS A concentração de construções nas grandes cidades criou a exigência de um aproveitamento cada vez maior dos terrenos. Assim, surgiu a construção de pavimentos superpostos servidos por uma circulação vertical (escadas e rampas), além da costumeira circulação horizontal, que é feitas através de corredores, passagens. Processo de construção tradicional no canteiro de obras era distribuído por um grupo de artesãos compostos por: o escadeiro, o telhadeiro (carpinteiro), o pedreiro, o encanador, o eletricista, o fachadista, etc.

3 ESCADAS- Termos técnicos Piso (p): é a superfície horizontal aonde pisamos com o nosso pé ao subir uma escada; Espelho: é a superfície vertical entre um piso (degrau) e outro. Aonde batemos com a ponta do nosso pé ao subir uma escada; Bocel é a saliência (balanço) do piso sobre o espelho (b) Banzo é a peça ou viga lateral de uma escada

4 ESCADAS - Termos técnicos Patamar: é a superfície horizontal mais cumprida que os pisos. Servem como descanso ao subir uma escada que vence uma grande altura. Nem toda escada possui patamar; Guarda-corpo: é o elemento vertical ao longo das escadas que serve de proteção para as pessoas não cairem da escada; Corrimão: é um elemento presente no guarda-corpo da escada e serve para as pessoas apoiarem as mãos ao subir ou descer uma escada. Balaustre:

5 ESCADAS - Termos técnicos DEGRAU IDEAL e = 17 cm p = 28 cm Espelho Piso Espelho máximo = 18 cm Piso mínimo = 25 cm

6 ESCADAS DIFICULDADES DE EXECUÇÃO PROPORÇÃO entre PISO E ESPELHOS Movimento de subir e descer uma escada: automático (sem prestar atenção); Espelho variável = quebra-se ritmo Espelho alto = Escada cansativa Piso pequeno = faltará apoio para o pé ou ao descer arranhar o calcanhar

7 ESCADAS LARGURA ÚTIL DISTÂNCIA ENTRE OS GUARDA-CORPOS. As larguras mínimas são: 0,60 m para uma pessoa. No entanto, recomenda-se usar, se possível, 0,80 ou 0,90 m; 1,20 m para duas pessoas 1,80 m para três pessoas

8 ESCADAS FÓRMULA de BLONDEL A fórmula de conforto recomendada pela ABNT é a: 2e + p = 62 cm Deve-se considerar: Altura do pé-direito; Espessura do piso superior (laje). Soma-se a altura do pé-direito + a espessura da laje do piso superior Divide-se o resultado encontrado por 0,18 m (altura máxima permitida para espelho)

9 ESCADAS FÓRMULAS QUANTIDADE DE DEGRAUS n = h + laje e

10 EXEMPLO Espelho máximo = 18 cm Piso máximo = 25 cm Altura do pé-direito = 2,70 m Espessura da laje do piso superior = 0,15 m 2,70 m + 0,15 m = 2,85 m 2,85 m/0,18 m = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) = 16 degraus 2,85 m: 16 degraus = 0,178 m (NUNCA arredondar esse valor) = h (altura do espelho)

11 2e + p = 62 cm 2 (0,178 m) + p = 0,62 m 0,356 m + p = 0,62 p = 0,62 0,356m p = 0,264 m Finalizando temos uma escada com: 16 degraus, espelho (h) = 0,178 m e piso (p) = 0,264 m

12 ESCADAS FÓRMULAS COMPRIMENTO C = p (n-1) Comprimento (c) ATENÇÃO! ESCADAS SEM PATAMAR!!!

13 ESCADAS FÓRMULAS COMPRIMENTO C = patamar + p (n-2)

14 ALTURA LIVRE Nos projetos de escada é necessário examinar a altura livre de passagem. Trata-se da distância, medida na vertical, entre o piso do degrau e o teto. Ou seja, a laje intermediária entre um pavimento e o outro. Esta altura nunca deve ser inferior a 2,00 m (dois metros), conforme mostra a figura abaixo.

15 CAIXA DE ESCADA É o compartimento em que a escada é colocada. As suas dimensões dependem do desenvolvimento da escada e, por conseguinte, do pé-direito do edifício. Deve ser amplamente iluminada com luz direta do exterior através de janelas em plano vertical.

16 REPRESENTAÇÃO As escadas são obrigatoriamente representadas nos cortes e na planta de cada um dos pavimentos. Indicar sempre na planta, com uma seta a direção de subida da escada.

17 REPRESENTAÇÃO Lances acima de 1,50m de altura representar tracejado

18 REPRESENTAÇÃO

19 REPRESENTAÇÃO

20 TIPOS DE ESCADAS 1. Escada de um lance; 2. Escada em dois lances com mudança de direção, 3. Escada curva, 4. Escada helicoidal.

21

22 CURIOSIDADE

23 CURIOSIDADE Formas dos degraus

24 CURIOSIDADE

25 CURIOSIDADE

26 CURIOSIDADE CASA SANTOS DUMONT

27

28

29

30 Arte e Arquitetura - Escadas que interrompem a realidade Fonte:

31 Bibliografia MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. Editora Edgard Blücher ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Representação de Projetos de Arquitetura. RJ, 1994.