Coordenação de projetos: a importância da comunicação e coordenação no processo de projeto de empreendimentos residenciais e comerciais.

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1 Coordenação de projetos: a importância da comunicação e coordenação no processo de projeto de empreendimentos residenciais e comerciais. Resumo Livia Miszura - arq.miszura@gmail.com MBA em Gestão de Projetos de engenharia e arquitetura Instituto de Pós-Graduação e Graduação IPOG Goiânia, GO, 29/11/2012 Ao entrar em um stand de vendas, ou ao receber um folder de um empreendimento imobiliário, poucas pessoas tem consciência de todo os processos que permitiram a elaboração desse projeto que, dentro de alguns meses ou até anos, resultará num edifício construído que será entregue aos clientes. A Coordenação de projetos é responsável por todo esse processo, desde os estudos de viabilidade, aquisição do terreno, elaboração dos projetos e material de divulgação, até a construção do edifício e posterior entrega e atendimento dos clientes. A fase de projeto de um empreendimento imobiliário é de extrema importância para garantir uma execução lógica e eficiente, resultando num produto de qualidade para os usuários. Como é demasiadamente amplo todo esse processo, o presente trabalho tem por objetivo apresentar e analisar de forma geral três etapas do desenvolvimento de um empreendimento imobiliário, conforme um modelo de coordenação utilizado por grandes construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial.serão nosso objeto de estudo, principalmente a elaboração dos projetos (aquitetura, instalaçõs, estrutura, alvenaria, paisagismo, etc), a compatibilização, a análise e a coordenação e integração das equipes. Dessa forma, para o estudo dos itens citados acima, é fundamental apresentar neste artigo os conceitos das disciplinas de Gerenciamento do Escopo, ferramentas da Integração e principalmente, gestão e gerenciamento da comunicação. Podemos concluir, assim que, essas três disciplinas aliadas a uma coordenação simples e eficiente, são a base para a etapa de elaboração dos projetos que permite com que qualquer obra do setor imobiliário possa ser executada de forma satisfatória, sem muitos riscos e prejuízos. Palavras-chave: coordenação de projetos, escopo, comunicação na coordenação. 1. Histórico Segundo Rodriguez (2008), a gestão do processo de projeto passou a ter maior importância no Brasil após a implantação da gestão da qualidade nas empresas brasileiras da construção civil a partir do ano de Na época, e ainda hoje, a maior ênfase da gestão na construção foi dada às etapas de execução, entretanto, empresas pioneiras e pesquisadores começaram a discutir o processo de projeto, pois era evidente que os sistemas de gestão aplicados apenas na execução das obras não eram suficientes para racionalizar os recursos dos empreendimentos. Ao defender que a gestão da qualidade deveria ser aplicada a todos os projetos da construção, inclusive ao projeto, ficou claro que esta fase é de extrema importância para garantir uma execução lógica e eficiente, pois as decisões tomadas no início do projeto impactam diretamente na qualidade e custo do produto a ser entregue aos clientes. Também foi verificado que a falta da compatibilização entre os projetos resultava em diversos problemas na execução com

2 consequentes custos adicionais e modificações dos projetos arquitetônicos originais, e assim, do produto que havia sido comercializado com os compradores. A partir de 1994 foram realizados trabalhos de pesquisa na tentativa de formalizar uma teoria para a gestão do projeto e empresas buscaram o desenvolvimento de sistemas próprios. Paralelamente, alguns escritórios de arquitetura passaram a assumir mais formalmente a coordenação e começaram a surgir, também, empresas de consultoria especializada. Após a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade Produtividade no Habitat PBQPH em 2002, que certifica as construtoras e outros participantes da cadeia produtiva cujas edificações apresentassem certos quesitos de qualidade, a gestão do projeto voltou a ser foco das discussões do setor. Dentro desse programa também havia estudos voltados para sistema de certificação para empresas de projeto e consultoria, entretanto, não foram implantados, pois, foi entendido que a natureza de atuação dessas empresas tem características próprias e muito particulares, uma vez que trabalham com serviços e não produtos, e na maioria das vezes tem poucos responsáveis envolvidos no processo, como os projetistas e/ou consultores. Atualmente a gestão de projetos é tema de pesquisa no meio acadêmico e possui, inclusive, um evento próprio que é o Workshop Brasileiro da Gestão do Processo de Projeto na Construção de Edifícios, realizado anualmente. A carência de profissionais capacitados fez com que muitos cursos de especialização nesta área fossem abertos em várias intuições do país, porém, ainda são poucas as construtoras que possuem um sistema de gestão de projetos implantada formalmente. Alguns escritórios de arquitetura, ao perceberem a necessidade da integração entre os projetistas das diversas disciplinas, veem assumindo a coordenação, porém, na maioria das vezes sem a formalidade necessária e sem o grau de detalhamento adequado à execução. Dessa forma, para atingir nossos objetivos, isto é, maior eficiência na elaboração e execução dos projetos imobiliários, é indispensável que muitas empresas mudem sua postura perante a coordenação, encarando-a como um investimento indispensável e não uma despesa. Outra estratégia é oferecer um prazo maior para a concepção, desenvolvimento e racionalização do projeto a fim de minimizar os erros futuros com a execução e mão-de-obra. Além disso, é necessário definir melhor, dentro da estrutura da empresa, as responsabilidades da gestão do projeto nos diferentes níveis hierárquicos da empresa. 2. Definição de projeto O PMI 1 (Project Management Institute) define projeto como sendo um empreendimento temporário realizado de forma progressiva para criar um produto ou serviço único. Os projetos podem ser curtos ou longos, mas são caracterizados por ter um início, meio e fim bem definidos, diferenciando-os de operações contínuas como a produção em série, a rotina e a manutenção, por exemplo. O objetivo do projeto é elaborar um produto (ou serviço) único enquanto que as operações contínuas tem o objetivo de repetir o mesmo processo a fim de obter os mesmo resultados. 1 Instituto criado para melhor elaborar as normas e diretrizes para este tipo de serviços: a coordenação de projetos.

3 Figura 1. Esquema definição de projeto. Acervo pessoal. Por se tratar de um esforço empreendido dentro de um limite de tempo bem definido, podemos afirmar que os projetos têm ciclos. A palavra ciclo pressupõe a existência de uma série de atividades realizadas em ordem lógica (exemplo: nascimento, renascimento, maturação, declínio, fim). De acordo com o PMI, o ciclo de vida de um projeto geralmente é dividido nas seguintes fases. 1. Iniciação: é a fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e transformada em um problema a ser resolvido, ou seja, é nesta fase que a missão e o objetivo do projeto são definidos; 2. Planejamento: é a fase responsável por analisar e verificar as melhores estratégias para a elaboração do projeto. É durante o planejamento que detalhamos tudo o que deverá ser realizado para a execução, como os cronogramas, alocação de recursos envolvidos, custos, etc. Nessa fase os planos auxiliares de comunicação, qualidade, riscos, suprimentos e recursos humanos também são desenvolvidos; 3. Execução: é a fase caracterizada pela efetiva execução do projeto e serviços. É nesta fase que a maior parte do orçamento e do esforço é utilizada. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. 4. Monitoramento e Controle: é a fase que ocorre paralelamente ao planejamento e à execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível; 5. Finalização: é a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos (aprendizados). Ainda segundo o PMI, essas fases possuem algumas características gerais que podemos resumir nos seguintes itens:

4 O nível de atividade, quantidade de pessoas envolvidas e os custos são baixos no início, aumentam gradativamente durante a execução e caem rapidamente quando o projeto se aproxima do final. A previsibilidade do projeto é relativamente baixa no início e cresce com o desenrolar das atividades e o equacionamento dos riscos, considerando que os riscos e incertezas são altos no início e diminuem, gradativamente, quando os resultados se tornam mais palpáveis e as idiossincrasias conhecidas. O produto ou resultado final do projeto pode ser mudado mais facilmente no início. As mudanças vão ficando cada vez mais difíceis e custosas conforme o projeto avança, já que o resultado é construído progressivamente. Assim, mudanças no final do projeto muitas vezes implicam em grandes retrabalhos, além de um consequente aumento dos custos e prazos. Figura 2. Fases do projeto. Acervo pessoal. Abordaremos neste estudo, também, a definição de projeto como a representação gráfica de uma ideia a fim de promover a execução dos edifícios imobiliários. O primeiro e mais longo a ser elaborado é o projeto arquitetônico e, a partir deste, paralelamente ou após a conclusão, serão desenvolvidos os demais projetos de estrutura, instalações, alvenaria, detalhamento, paisagismo, etc. Contrutoras de médio e grande porte vem trecerizando, cada vez mais, a coordenação dos projetos de seus empreendimentos imobiliários a fim de permitir que o trabalho seja feito com a dedicação e esforço necessários para minimizar os riscos e possíveis desperdícios que a obra possa vir a ter com a excecução. Para isso, a coordenação exige que a fase de monitoramento e controle

5 esteja presente e seja constante em todo o processo. No gráfico da figura 2 podemos ver um esquema das etapas do projeto cuja fase de monitoramento e controle envolve as demais etapas. Analisando o gráfico, podemos perceber também que as fases de iniciação e finalização do projeto são relativamente menores do que as fases de planejamento e execução, pois são atividades em que temos menos envolvidos, e, na maioria das vezes, uma complexidade menor do que nas demais fases. Idealmente a fase de planejamento deve se aproximar da proporção da fase da execução no gráfico, pois um planejamento bem feito consiste em analisar e estudar todas as variáveis possiveis que venham a impactar no custo, prazo e qualidade da obra. Essa preparação demanda muito mais tempo do que do que as construtora estão disponibilizando para esta fase, que varia de 4 a 6 meses. Isso ocorre devido a vários fatores, entre eles, a pressão da equipe de marketing e/ou comercial da empresa, a disponibilidade de materiais de construção e mão-de-obra, etc. 3. Definições e exemplificação do escopo Ao fazer a contratação dos escritórios responsáveis para o desenvolvimento do projeto, é necessário a contratante, passar todas as diretrizes e definições possíveis para a contratada, a fim de garantir que o projeto (nosso produto final, no caso um edifício residencial vertical) se aproxime, ou até ultrapasse, a expectativa do cliente. Dessa forma, a Universidade Regional Integrada (URI) de Santo Angelo do Rio Grande do Sul assim publicou: Este documento que deve conter os itens necessários para orientar o planejamento do projeto é o escopo e servirá de base para futuras negociações decorrentes de alterações porventura necessárias. Na definição do escopo devem constar: Justificativas e objetivos do projeto, indicando as razões pelas quais o projeto foi iniciado, as necessidades e/ou oportunidades; Requisitos e características do produto (bem ou serviço), critérios de aceitação e requisitos para aprovação. Trata-se de uma exposição sumária das principais características do produto, de forma a se ter uma clara compreensão do que será fornecido ao cliente; Limites do projeto: o que deve ser feito e o que será excluído do projeto 2 (o que não estiver explicitamente descrito está implicitamente excluído do projeto); Produto e entregas: principais itens do produto uma relação das partes componentes do produto a serem entregues e itens complementares que devem ser fornecidos pelo projeto, para que ele possa ser encerrado. São relatórios, manuais de manutenção, instruções de operação, modelos e formulários, acessórios, etc; Restrições e suposições; Organização inicial do projeto: sua estrutura de decomposição e principais componentes da equipe; Estimativa de custos e principais marcos do cronograma; Dados quantificados a quantificação de características do projeto que devem ser atingidos para que o projeto tenha sucesso, devidamente acompanhadas dos respectivos padrões de medida, estimativas de custos, prazos e medidas de desempenho e qualidade do produto e de seus itens acessórios. Devem ser evitadas informações qualitativas como baixo custo, desempenho eficiente, otimização, etc; Riscos iniciais definidos; Requisitos para a gestão da configuração; 2 Teoricamente, o que não estiver explicitamente descrito no escopo, está implicitamente excluído do projeto.

6 Metodologia a empregar as tecnologias, a abordagem, os insumos internos e externos, a descrição das interfaces ou limites entre o projeto e seu ambiente. (Site: ACESSO DIA 30/10/2012). A experiência das construções nos mostra claramente a necessidade de melhorar a definição dos programas e escopos de projeto, não somente para a arquitetura, mas também para todas as especialidades técnicas, e assim, dar mais confiabilidade ao processo. Veja abaixo, um exemplo de escopo de trabalho simplificado de uma grande construtora e incorporadora do Brasil que é utilizado para a elaboração de um projeto de arquitetura executivo de um empreendimento residencial vertical. Cada disciplina possiu um documento parecido que define basicamente o que deverá ser entregue como produto final (projeto do empreendimento a ser lançado) pelas empresas contratadas. ESCOPO DE TRABALHO PARA PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA O projeto executivo de arquitetura deverá ser entregue em três etapas conforme abaixo: 1. Análise do projeto 2. Pré-executivo 3. Executivo final Cada etapa deverá contemplar os trabalhos descritos abaixo: 1. Análise do projeto Tem por objetivo a compatibilização do Projeto Legal de Arquitetura com as informações da forma de estrutura, anteprojeto de paisagismo e detalhamento, gerando uma planta para lançamento preliminar dos projetos complementares. Deve ser feita uma revisão geral do projeto, conferindo se há coerência entre plantas, fachadas e legendas, ajuste do projeto conforme o cálculo de tráfego, verificação dos níveis, verificação das interferências da pré-forma com a arquitetura - requadrações, vagas, acessos, pé direito, shafts, etc. Esta etapa corresponderá, para efeito de pagamento, a 20% do valor total do contrato. 2. Pré-executivo Tem por objetivo a compatibilização com as formas de estrutura, gerando uma solução definitiva com todas as principais interferências entre sistemas, gerando uma planta base para execução final dos projetos complementares. Deve conter: Ajustes de arquitetura necessários para finalização das formas de estrutura; Compatibilização com as formas de estrutura. Esta etapa corresponderá, para efeito de pagamento, a 40% do valor total do contrato.

7 3. Executivo final Consiste na elaboração dos desenhos definitivos de plantas, cortes e fachadas, informando e validando as condicionantes técnicas e do programa do empreendimento levantadas nas fases anteriores. Deve contemplar: Compatibilização com os projetos complementares, estrutura, paisagismo e detalhamento de interiores; Plantas executivas de todos os pavimentos e ampliações se necessário; Cortes gerais e parciais, contemplando todos os sentidos de subida das escadas; Elevações de todas as faces das torres, guarita e elementos construídos; Locação do forro de gesso com detalhes de sancas, molduras e caixotes no projeto de arquitetura do pavimento tipo, inclusive nos cortes com indicação das alturas; Todas as fachadas com indicações de revestimentos, detalhes dos elementos, ex. frisos, molduras, pórticos, vigas etc; Tabela de esquadrias de alumínio: local, formato, dimensões, quantidades; Detalhes de gradis; Áreas molhadas Compatibilização do projeto de detalhamento de interiores com os pontos hidro-sanitários e elétricos; Áreas comuns e serviço Compatibilização do projeto de detalhamento de interiores com os pontos hidro-sanitários, elétricos, incêndio e iluminação de emergência; Detalhamento de caixilhos e portões. Detalhamento de portas de madeira e de ferro. Plantas executivas de alvenarias: Indicação de vergas e contravergas, detalhe de soleiras / peitoris / chapim, etc. Detalhamento de fachadas, muretas e muros externos: Indicação de todos os revestimentos, detalhe de frisos, juntas, platibanda, vigas, molduras, pórticos e pingadeiras. Esquadrias: Padronização dos tipos de esquadrias, detalhe do assentamento de esquadrias, Detalhe de gradis, corrimão e guarda-corpo. Compatibilização dos revestimentos de piso conforme projeto de Paisagismo e Detalhamento de interiores com impermeabilizações e desníveis. Detalhe de grelhas e caixas no piso e Detalhe de soleiras e meio-fio Acabamentos diversos: compatibilizar assentamento de bancadas e louças, furação, detalhe de bases de alvenaria com instalações. Esta etapa corresponderá, para efeito de pagamento, a 40% do valor total do contrato. Observações gerais: Todos os produtos finais deverão ser postados no Autodoc (site de disponibilização e controle de envio de projetos) com a nomenclatura ajustada e carimbo de revisões conforme os padrões da construtora e em formato dwg. Os projetos serão conferidos de acordo com check list interno da construtora que gerará uma análise crítica enviada ao projetista. Esta análise deve ser seguida como roteiro de correção dos trabalhos. Utilizar layers conforme padrão da ASBEA.

8 Os pagamentos referentes às entregas de cada etapa serão feitos por medição dos serviços concluídos, devendo ser efetuados cerca de 30 dias após cada medição. Fonte: manuais e normas para entrega de projetos de uma construtora de grande porte. Acervo pessoal. 4. Compatibilização de projetos Segundo as produções acadêmicas da área de coordenação de projetos, foi em meados da década de 60 quando houve uma grande demanda pelo setor imobiliário, que surgiu os primeiros escritórios técnicos especializados em arquitetura, estrutura e instalações, etc. Esses profissionais abriram seus escritórios depois de trabalhar em empresas que antes projetavam e construíam, de modo que havia uma centralização da coordenação e do desenvolvimento dos projetos. O contato estreito entre as áreas de projeto e produção, no caso, a execução das obras, fez com que, num primeiro momento, esta forma de trabalhar fosse eficaz e satisfatória para as construtoras e incorporadoras, uma vez que os projetistas entendiam e atendiam as necessidades da obra e demais peculiaridades que a execução e o orçamento exigem. Entretanto, com a crescente demanda de projetos imobiliários e também, do porte das construtoras, a equipe de projeto foi se distanciando cada vez mais da prática da construção. Além disso, o aumento da complexidade de cada edificação, fez com que os escritórios de especializassem cada vez mais na projetação de algum segmento específico da construção, como no caso dos projetos de tratamento acústico, decoração, paisagismo, construções em madeira, concreto, etc. Este distanciamento entre as equipes de projeto e construção gerou grandes despesas para as construtoras e clientes, uma vez que os ajustes deveriam ser resolvidos na obra, a custo de alterações feitas em cima de algo já executado. Dessa forma, a compatibilização e coordenação dos projetos passou a ser requisito indispensável para o processo de projeto. Segundo Rodriguez (2008) a compatibilização de projeto pode ser definida como: análise, verificação e correção das interferências físicas entre as diferentes soluções de projetos de uma edificação. Assim, cabe dizer que a compatibilização é uma parte do trabalho do coordenador de projetos, pois apenas sobrepondo os projetos o coordenador irá identificar as falhas e/ou conflito entre os projetos da diferentes disciplinas. Além disso, facilita a coordenação do projeto que pode ocorrer em outras localidades, permitindo assim, a descentralização do processo da coordenação. Listas de verificação, reuniões de coordenação e softwares de computador servem de apoio na atividade de compatibilização dos projetos. Hoje já há no mercado diversas ferramentas tecnológicas que auxiliam na compatibilização e coordenação, principalmente de projetos de grande porte. A tecnologia BIM (Building Information Modeling), permite que os projetos dejam desenvolvidos em um modelo 3D, o que facilita a visualização de problemas executivos que possam surgir em uma obra. Apesar de ser menos eficiente que os modelos 3D, a ferramenta mais comum no Brasil para a compatibilização dos projetos ainda é o uso de softwares como o AutoCAD, que permitem uma visualização 2D das plantas da edificação.

9 Figura 3. Exemplo compatibilização 2D (Autocad). Acervo pessoal. Na figura 3, temos as plantas do projeto de arquitetura de um empreendimento comercial sobreposto ao projeto de estrutura e de ar condicionado. Para facilitar a visualização das plantas dos projetos foram limpas a fim de deixar a sobreposição mais legível, e cada disciplina recebeu uma cor: arquitetura cor vermelha, estrutura cor preta e ar condicionado cor cinza. No exemplo acima, podemos ver que uma evaporadora foi prevista para um local onde, no projeto de arquitetura, temos a indicação de uma pele de vidro. Dessa forma, a análise da compatibilização sugere que o projetista do ar condicionado faça a relocação desta evaporadora e até sugerindo uma possível posição para a mesma, verificando variáveis de outras disciplinas, como a presença de enchimentos hidrosanitários, esquadrias, acabamentos das paredes (azulejos, papel de parede), etc. Conforme indicado no parágrafo anterior, a compatibilização em 2D ou 3D, que é feita em um software como o Autocad, gera também um relatório ou uma análise da compatibilização que nada mais é do que um documento e/ou planilha que lista as alterações que devem ser feitas pelos projetistas envolvidos. Este documento, além de facilitar a visualização e entendimento dos envolvidos no processo de projeto, auxilia também na tomada das descisões de alteração de projetos uma vez que esclarece para cada disciplina as interferências pontuais entre os diferentes projetos, como no caso da ausência da parede para a instalação da evaporadora do ar condicionado, no exemplo anterior da figura 3. Veja abaixo uma planilha que exemplifica como a análise da compatibilização poderia ser apresentada.

10 Figura 4. Planilha Análise da compatibilização. Acervo pessoal. É certo afirmar que a compatibilização em 2D exige que o coordenador de projetos ou a pessoa responsável pela compatibilização dos projetos tenha mais experiência para identificar as possíveis falhas que podem ocorrer no projeto, uma vez que vários elementos, como a altura dos pontos elétricos e hidráulicos, entre outros exemplos, não são claramente apresentados nos projetos. Já os modelos 3D permitem uma visualização mais facilitada das interferências, o que pode ser verificada na Figura 4, onde duas tubulações diferentes projetos estão passando na mesma altura, como se estivessem sobrepostas. Além de facilitar o entendimento por todos os envolvidos na etapa de projeto e execução, os modelos 3D também reduzem o tempo gasto para a elaboração dos projetos, facilitam as possíveis alterações e modificações do mesmo, auxiliam no levantamento de dados necessários, tais como materiais e orçamentos, entre outras vantagens. Conforme Ferreira e Santos (2007), as ferramentas 3D permitem uma compatibilização, análise e coordenação mais completo. Veja abaixo: [...] a representação tridimensional usada durante o processo de desenvolvimento de projeto pode representar mais completamente a informação espacial, reduzindo abstrações, especialmente na etapa de análise. É interessante observar que a análise é a atividade que está entre a identificação do problema e a documentação final da solução. Esse aspecto torna-se mais importante quando há a necessidade de

11 envolvimento de muitos profissionais e especialidades, que observam o mesmo objeto sob óticas diferentes. Figura 4. Exemplo compatibilização 3D. Site: Acesso: 30/10/2012 A necessidade crescente de haver mais informações nos projetos, está fazendo com que os escritórios de arquitetura e de compatibilização ou coordenação produzam, segundo Rodriguez (2008) os chamados projetos executivos compatibilizados, que serão utilizados para a execução das obras. Geralmente, esses projetos são os de arquitetura que são compatibilizados com as demais disciplinas e que incorporam elementos dos outros projetos necessários para complementar as informações, evitando que a equipe de execução venha a ter dúvidas na obra. Este autor ainda sugere uma lista de itens que podem ser incorporados nos projetos de arquitetura, veja abaixo: Lançamento de pilares e vigas (em projeção) da estrutura; Marcação de divisórias e esquadrias; Marcação de aparelhos de condicionamento de ar; Detalhes de encontro entre elementos de alvenaria/concreto e gesso acartonado; Relação de esquadrias indicando quantidade, tipo, material, peitoril, localização e tipo de vidro; Prumadas hidráulicas e elétricas; Quadros e pontos elétricos / dados; Elementos dos sistemas preventivos de incêndio. O ideal é que a atividade da compatibilização seja realizada em todas as etapas de elaboração do projeto, ou seja, desde os estudos preliminares e anteprojeto até os projetos legais e, por fim, o projeto executivo, pois isto facilita o entendimento global do projeto da edificação e o risco de ocorrer problemas durante a execução da obra diminui gradativamente, à medida que os projetos são modificados e ajustados. Nestas etapas iniciais do processo de projetos comerciais e residenciais é importante que a compatibilização seja feita entre 2 ou 3 disciplinas para não sobrecarregar o desenho com muita informaççao o que prejudica a leitura e análise do mesmo. Há uma grande variedade de combinação entre os desenhos, como por exemplo, compatibilizar o projeto de arquitetura com a própria

12 arquitetura, (pavimento inferior com superior, superior com cobertura, etc). Para as diferentes disciplinas, segue abaixo algumas sugestões para compatibilização das plantas em 2D dos projetos a fim de facilitar a identificação das interferências: 1. Arquitetura x Estrutura 2. Arquitetura x Estrutura x Ar condicionado 3. Arquitetura x Estrutura x Exaustão 4. Arquitetura x Estrutura x Paisagismo 5. Arquitetura x Paisagismo x Elétrico 6. Arquitetura x Paisagismo x Hidrosanitário 7. Arquitetura x Estrutura x Hidrosanitário 8. Hidrosanitário x Incêndio x Elétrico 9. Arquitetura x Detalhamento (decoração) x Ar condicionado 10. Arquitetura x Detalhamento (decoração) x Incêndio 5. A importância da comunicação Galassi (2011) afirma que a troca de informações e a integração entre os envolvidos no processo de projeto têm grande influência no desenvolvimento do produto final. Cabe ao Coordenador de Projetos verificar, analisar e gerenciar de forma eficiente este fluxo de informações. A gestão da comunicação nos projetos de edificações deve promover uma comunicação integrada e eficiente entre todos os participantes do projeto, determinando procedimentos para a geração, classificação, registro e troca de informações, tanto gerais quanto técnicas, durante todo o processo de desenvolvimento dos projetos. Este autor afirma, também, que a necessidade de comunicação de ideias e soluções de projeto não se restringe apenas ao grupo de projetistas, mas deve se estender à equipe de construção que pode, e deve participar efetivamente das decisões de projeto a fim de buscar minimizar os problemas futuros na obra. De forma geral, o Coordenador de Projetos está envolvido em cinco principais interfaces de comunicação durante o processo de projeto: Com a equipe de desenvolvimento do produto (comercial/marketing); Com a equipe de projeto (projetistas e consultores); Com cada projetista (disciplina) envolvido no projeto; Com a equipe de construção do empreendimento; Com os membros da sua equipe (quando existir);

13 Para permitir a comunicação entre os envolvidos acima citados são utilizados diversos canais, tais como reuniões, documentos escritos, troca de s, etc. Os mais usuais e informais são os telefonemas e as conversas, pois são, também, os mais rápidos. Geralmente estes dois últimos são mais utilizados em pequenas empresas, uma vez que as médias e grandes empresas geralmente já possuem alguns procedimentos e ferramentas formais para documentar e registar a comunicação. É sempre importante registrar por , por exemplo, qualquer modificação/alteração que seja solicitada pela contrutora, para que no futuro, todo o histórico do projeto seja preservado. Data, justificativa e nome do responsável pela solicitação de alteração também devem ser citados. Segundo Galassi (2011), uma sequencia pré-estabelecida de reuniões com objetivos definidos, padronização de documentos, como pautas e atas de reunião, relatórios e check lists, padronização de documentos eletrônicos e nomeação de arquivos, etc, são alguns exemplos que facilitam e agilizam a comunicação. Figura 5. Ilustração da comunicação do gerente de projetos. Site: Acesso: 30/10/2012 O uso de sistemas colaborativos vem sendo bastante utilizada nas empresas de grande porte, pois, além da facilidade de registro, controle e distribuição de arquivos e informações, ele facilita a comunicação e integração da equipe da etapa de execução do empreendimento em todo o processo. Dessa forma, a organização da comunicação fica cada vez mais centralizada na Coordenação de Projetos, que passa a ser responsável pela mediação e controle das informações e seu fluxo entre os diversos participantes do processo de projeto. A centralização de informações no coordenador de projetos pode prejudicar a interatividade entre os projetos e diminuir a agilidade na comunicação caso o Coordenador de Projetos não seja ágil no recebimento, avaliação e distribuição da informação. O objetivo do coordenador é melhor direcionar as informações, tornando o processo mais colaborativo e assim, mais eficiente. Ao lidar com pessoas na mesma proporção com que lida com os dados do projeto e/ou necessidades para atender a execução, cabe ao Coordenador de Projetos selecionar ou editar as informações e verificar o momento adequado para disponibilizá-la aos demais envolvidos. De acordo com o profissional ou empresa envolvida, deverá ser selecionado um canal de comunicação específico, a fim de não frustrar a expectativa dos envolvidos no projeto. Entretanto, o excesso de informação, em alguns casos, além de atrapalhar o desenvolvimento dos projetos, pode levar a interpretação equivocada das necessidades do empreendimento pelos projetistas. Pode ocorrer também, caso seja escolhido um canal de comunicação não adequado, da equipe de projeto ficar desmotivada e não demandar a devida atenção ao projeto.

14 Dessa forma, podemos concluir que, apesar da importância do fluxo de informações no desenvolvimento dos projetos de um empreendimento imobiliário o seu gerenciamento é bastante complexo, uma vez que se faz necessário identificar todos os interessados e participantes do processo de projeto do empreendimento imobiliário, suas necessidades, o tipo de informação que realmente precisam, quando, e com que frequência, além de fazer uso de ferramentas e de canais de comunicação adequados para disponibilizar a informação. 6. Conclusão Podemos concluir que é longa e bastante árdua a tarefa se se desenvolver um bom projeto de um empreendimento imobiliário que satisfaça todos os quesitos de qualidade, prazo e custo tanto para os clientes e usuários que irão adquirir o imóvel quanto para as construtoras e incorporadoras. Para isso, uma solução simples é a necessidade de demandar mais tempo para que o complexo processo de planejamento do empreendimento seja bem feito o que irá minimizar os problemas futuros com a obra, evitando assim possíveis desperdícios e retrabalhos. Verificar também que o mercado está em constante atualização e que novas tecnologias surgem a fim de auxiliar o trabalho das esquipes de planejamento e coordenação. A compatibilização e integração dos projetos se mostram cada vez mais necessárias para evitar dúvidas e erros durante o processo de execução. Cada escritório e ou construtora cria e desenvolve métodos próprios para facilitar esta integração de informações, como nos exemplos apresentados neste trabalho. Por último, vimos como a comunicação é de fundamental importância para que todo o conjunto de informações seja disponibilizado dentro do prazo necessário e da melhor forma para cada um dos envolvidos no processo de projetação e execução da obra, e cujo coordenador ou responsável pela coordenação do projeto tem a responsabilidade pelo desempenho de todo esse processo de projeto. Referências BARBOSA FILHO, Antônio Nunes. Projeto e desenvolvimento de produtos. São Paulo: Ed. Atlas S.A., FERREIRA, Rita Cristina. SANTOS, Eduardo Toledo. Limitações da representação 2D na compatibilização espacial em projetos de edifícios e a aposta no CAD 3D como solução. III Encontro de Tecnologia da Informação e Cominicação na Construção Civil. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo GALASSI, Carlos P. O Gerenciamento da comunicação na visão de um coordenador de projetos. Salvador, MELHADO, S. B. Qualidade do projeto na construção de edifícios: aplicação ao caso das empresas de incorporação e construção Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.

15 MIKALDO JR, Jorge. SCHEER, Sergio. Compatibilização de projetos ou engenharia simultânea: qual a melhor solução? Curitiba, Paraná. RODRIGUEZ, Marco Antonio Arancibia. Gestõ de projetos de edificações: sua evolução ao longo dos 10 últimos anos no Brasil. II Encontro latino-americano de Gestão da economia e contrução SILVA, M. A. C.; SOUZA, R. Gestão do processo de projeto de edificações. São Paulo, 2003.

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