CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA DO TRT 8 APRESENTAÇÃO

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1 CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA DO TRT 8 APRESENTAÇÃO Prezados candidatos, futuros analistas do TRT da 8ª Região. É um prazer estar aqui com vocês novamente nos cursos online do site do Ponto dos Concursos. Sejam bem-vindos. A partir desse momento nosso objetivo em comum é a busca da tão sonhada vaga no serviço público, estaremos sempre juntos nessa caminhada, sintam-se a vontade para tirarem suas dúvidas. Antes de iniciarmos nossas aulas, farei uma breve exposição da minha experiência profissional, principalmente como professor e sobre o curso oferecido. Sou o professor Paulo Roberto Fagundes, ministro aulas para concursos públicos em cursos presenciais desde 1989, em Teresina, no Piauí, onde sou domiciliado e exerço funções públicas. Tenho muito orgulho em atuar no Estado campeão de aprovações em concursos públicos (vestibulares e cargos públicos). Aqui temos a escola que sempre fica entre as melhores do Brasil, o Instituto Dom 1

2 Barreto e também uma das melhores faculdades de direito do país, a UFPI. Na minha trajetória de concursando fui aprovado para vários cargos públicos: banco do Brasil; Força Aérea Brasileira; professor de direito da UFPI; oficial de justiça avaliador (atual execução de mandados) do TRF 1ª Região; oficial de justiça avaliador do TRT da 22ª Região (PI); assessor jurídico do TCE/PI; delegado da Polícia Federal; procurador do Banco Central; procurador do INSS; auditor fiscal da Previdência Social, dentre outros. Atualmente, exerço o cargo de auditor fiscal da Receita Federal do Brasil (1998) e de professor efetivo do Curso de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Piauí (1990), além de professor de pósgraduação em Direito Público na Escola Superior da Magistratura do Estado do Piauí ESMEPI. O Direito Previdenciário sempre fez parte da minha rotina profissional como professor e servidor público. Ministro esta disciplina na Universidade Federal e nos cursos preparatórios para concursos. Quando exerci o cargo de Auditor Fiscal do INSS fui Instrutor de Legislação Previdenciária dos servidores do INSS e para o público externo (advogados, contadores, prefeitos). Não é por acaso que esta matéria foi o tema do meu trabalho final de mestrado pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE, em Caros alunos, o grande desafio deste curso online é aproximarse de um curso presencial. Para isso tentarei ser bem objetivo e pessoal, a fim de orientá-los quanto ao conteúdo programático do concurso, à banca examinadora, e sobre os assuntos mais cobrados, dentre outros temas relevantes. Para que este objetivo seja alcançado também é necessário que todos participem efetivamente das aulas, não hesitem em tirar suas dúvidas através dos fóruns, tendo em vista que este é um grande diferencial em relação ao material apenas escrito. METODOLOGIA E CRONOGRAMA DO CURSO As aulas serão apresentadas na seguinte ordem: parte teórica da matéria, questões comentadas, questões sem comentários e os respectivos gabaritos. O curso completo é composto de 06 (seis) aulas que serão disponibilizadas semanalmente (terça-feira) a partir de hoje 23/07/

3 A liberação das aulas ocorrerá de acordo com o seguinte cronograma: Aula 01 (23/07): Seguridade social: origem e evolução legislativa no Brasil; conceito; organização e princípios constitucionais. Aula 02 (30/07): Regime Geral da Previdência Social: beneficiário. Aula 03 (06/08): Regime Geral da Previdência Social: custeio. Aula 04 (13/08): Regime Geral da Previdência Social: benefícios. Aula 05 (20/08): Seguridade Social do Servidor Público: noções gerais, benefícios e custeio. Previdência Pública nos estados do Pará e Amapá. Aula 06 (27/08): Previdência Complementar (Lei Complementar nº 109/2001). Relação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar (Lei Complementar nº 108/2001). AULA 01 Seguridade Social. Origem e evolução legislativa no Brasil. Conceituação. Organização e princípios constitucionais. SEGURIDADE SOCIAL: ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL Introdução A Previdência Social brasileira já passou por várias mudanças conceituais e estruturais, envolvendo o grau de cobertura, o elenco de benefícios oferecidos e a forma de financiamento do sistema. Uma análise de cada fase histórica da Previdência Social permite verificar os progressos alcançados ao longo de sua existência. Neste sentido, foram aqui reunidos os principais fatos que resumem a história da Previdência Social no Brasil. Primórdios 3

4 No Brasil a evolução da proteção social, primeiramente passou pela simples caridade, após pelo mutualismo de caráter privado e facultativo, depois pelo seguro social e, atualmente, o sistema de seguridade social, como consagrado na Constituição de Da beneficência, inspirada pela caridade e pelo sentimento cristão, é exemplo a fundação das Santas Casas de Misericórdia no século XVI, pelo Padre José de Anchieta, a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos, por Brás Cubas, em 1543, e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro de 1584, cuja finalidade era a de prestar atendimento hospitalar aos pobres. A transição da simples beneficência, por força de deveres meramente morais e religiosos, para a assistência pública no Brasil demorou aproximadamente quase três séculos, pois a primeira manifestação normativa sobre assistência social veio imprimida na Constituição de Constituição de 1824 A única disposição sobre seguridade social preconizava a instituição dos socorros públicos. A Constituição Imperial de 1824, como primeira manifestação legislativa brasileira sobre assistência social, rendeu homenagem à proteção social em apenas um dos seus artigos, especificamente no art. 179, inciso nº XXXI, com a seguinte redação: Art A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Políticos dos Cidadãos Brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Império, pela maneira seguinte.... XXXI. A Constituição também garante os socorros públicos. Denota-se do corpo do dispositivo da Constituição Imperial de 1824, notadamente do caput do art. 179, a preocupação excessiva com as liberdades públicas, com a proteção aos indivíduos contra as eventuais investidas do Estado. A concepção estritamente liberal mostra-se evidente, inaugurando-se, em nível normativo constitucional, a assistência social pública, totalmente incipiente, já que nada de concreto assegurava-se aos cidadãos. 4

5 Portanto, a proteção social inserta no bojo da Constituição de 1824, não teve maiores consequências práticas, sendo apenas um reflexo do preceito semelhante contido na Declaração dos Direitos do Homem, de 1793, que qualificava estes "socorros públicos" como dívida sagrada. Entretanto, há que se reconhecer seu valor histórico, vez que se coloca a proteção social como um dos direitos humanos cuja garantia é a Lei Maior, embora sem o requisito da exigibilidade criação do MONGERAL As formas de montepios são as manifestações mais antigas de Previdência Social. O primeiro montepio surgiu em 22 de junho de 1835, o Montepio Geral dos Servidores do Estado (MONGERAL), funcionou através de mutualismo, ou seja, um grupo de pessoas se associou e contribuiu a fim de que fosse formado um fundo para a cobertura de determinados infortúnios, sendo a primeira entidade privada a funcionar no País. Tivemos o mutualismo como forma organizatória e como precedente precioso da Previdência Oficial. Ainda no Império, pouco antes da promulgação da Constituição Republicana de 1891 surge a primeira lei de conteúdo previdenciário, qual seja, a Lei nº 3.397, de 24 de novembro de 1888, que prevê a criação de uma Caixa de Socorros para os trabalhadores das estradas de ferro de propriedade do Estado, acompanhadas no ano seguinte (1889) de normas que criam seguros sociais obrigatórios para os empregados dos correios, das oficinas da Imprensa Régia e o montepio dos empregados do Ministério da Fazenda. Constituição de 1891 Primeira a conter a expressão aposentadoria, porém somente os servidores públicos e sem contribuição destes. Inseriu apenas dois artigos nas suas disposições constitucionais acerca da proteção social, descritos nos artigos 5º e 75, a saber: Art. 5º - Incumbe a cada Estado prover, a expensas próprias, as necessidades de seu Governo e administração; a União, porém, prestará socorros ao Estado que, em caso de calamidade pública, os solicitar.... Art A aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação. Constata-se que a Carta Magna Republicana inaugura em seu art. 75, a proteção social vinculada a uma categoria de trabalhadores, 5

6 assegurando uma das principais prestações concedidas pela previdência social até hoje, que é a aposentadoria. Anote-se, ainda, que tal benefício era concedido aos funcionários públicos independentemente de contribuição, ou seja, a prestação era custeada integralmente pelo Estado. Portanto, ainda não se verifica regra de Previdência Social. Foi, no entanto, no período de vigência da Constituição Republicana que se propalou toda a legislação previdenciária que veio a preparar a evolução dos regimes de previdência social existentes no Brasil Decreto Legislativo De início, legislava-se de forma esparsa sobre acidentes do trabalho, prevalecendo o favorecimento aos servidores públicos. A única exceção diz respeito aos ferroviários, pelo fato de exercerem atividade extremamente importante para a economia. Posteriormente, iniciou-se a industrialização das grandes cidades e, por conseguinte, passaram a vigorar as escorchantes condições de trabalho, que resultaram em inúmeros acidentes do trabalho. Sobrevém, em razão disso, o Decreto Legislativo n 3.724, de 15 de janeiro de 1919, tratando da proteção aos acidentes do trabalho. Embora não tenha sido considerada como o marco, foi a primeira lei no país a tratar de previdência social. A Lei nº 3.724, de , instituiu a responsabilidade dos empregadores pelas consequências dos acidentes do trabalho, tornando compulsório o seguro contra estes acidentes em certas atividades Decreto Legislativo (Lei Elói Chaves) A Lei Elói Chaves é considerada o marco inicial da Previdência Social no Brasil. A partir dela surgiram dezenas e dezenas de caixas de aposentadorias e pensões, sempre por empresa. Assim os benefícios da Lei Elói Chaves foram estendidos aos empregados de outras empresas, chegando atingir o total de 183 caixas de aposentadorias e pensões. O Decreto n 4.682, de 24 de janeiro de 1923, na verdade a conhecida Lei Elói Chaves (o autor do projeto respectivo), determinou a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários prevendo os benefícios de aposentadoria por invalidez, a ordinária (tempo de serviço), pensão por morte e assistência médica. 6

7 A despeito de ser considerado o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente dita, outras leis previdenciárias são anteriores a esta data (como nossa primeira lei acidentária que data de 1919). Apesar disso, a Lei Elói Chaves inaugurou o período de grande evolução da previdência social de nosso país, já que foi responsável pela instituição das Caixas de Aposentadorias e Pensões. 1923/1933 criação de várias caixas de aposentadorias e pensões Em seguida ao surgimento da Lei Eloy Chaves, criaram-se outras Caixas em empresas de diversos ramos da atividade econômica. A vinculação ao regime previdenciário das Caixas era determinada por empresa, ou seja, apenas diversas empresas tinham acesso ao regime previdenciário reinante à época. A proliferação do regime de Caixa por empresas criou pequenos regimes de Previdência que tinham por inconveniente o número mínimo de segurados indispensáveis ao funcionamento em bases securitárias. Sem contar o grande número de trabalhadores que permaneciam à margem da proteção previdenciária, por não ocuparem postos de trabalhos em empresas protegidas. Pouco a pouco, abandonou-se a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões, passando pelo momento da criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões, tendo como principal diferencial a criação de institutos especializados, em função da atividade profissional de seus segurados e não mais por determinadas empresas IAPM (marítimos) Na década de 1930, passou a vigorar o regime dos Institutos, de contribuição tripartite (Estado, empregador e empregado) pelo qual o custeio vinculava-se, obrigatoriamente, as três fontes. Princípio, que, posteriormente foi erigido em norma constitucional, em Os recursos do Estado advinham das taxas de importação. O primeiro instituto de previdência de âmbito nacional, com base na atividade econômica, foi o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, criado em 1933, pelo Decreto n , de 29 de junho de Assim, o diferencial existente entre as Caixas e os Institutos consistia principalmente no espectro de abrangência dos segurados 7

8 protegidos, pois enquanto as Caixas restringiam-se aos trabalhadores de determinadas empresas os Institutos abarcavam categorias profissionais conexas, embora distintas, pela formação de grandes grupos de beneficiários. Outro ponto, dizia respeito ao aspecto espacial, já que os Institutos tinham abrangência nacional, o que não acontecia com as Caixas. Acrescenta-se, ainda, como outro ponto relevante na criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões é a vinculação dessas entidades a órgãos do governo federal, submetidos ao controle financeiro, administrativo e diretivo do Estado, tais como: o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC), através do Decreto nº , de ; o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), através do Decreto nº , de ; o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), através da Lei nº 367, de Entretanto, ainda careciam, tanto as Caixas como os Institutos, de normas uniformes, sendo corriqueiro encontrar disposições divergentes ou conflitantes, coexistindo, assim, um emaranhado de leis em total desequilíbrio. Caminhou-se, então, para a uniformização das leis previdenciárias, vindo, antes disso a Constituição de Constituição de 1934 Estabeleceu a forma tríplice de custeio: ente público, empregado e empregador, e pela primeira vez faz referência à expressão previdência, embora não a adjetivasse de social. A Constituição de 1934 teve como ponto marcante a consagração do modelo tripartite de financiamento do sistema de previdência social. Os recursos deveriam advir da União, dos empregadores e dos empregadores. Sistema contributivo que se encontra inserto na vigente Constituição Federal (art. 195, caput). No plano constitucional, deixava-se o estágio da assistência pública para adentrar na era do seguro social. Além de ter sido a primeira a utilizar o termo "Previdência", sem o adjetivo social, a Carta de 1934, referiu-se ao tema proteção social em outros dispositivos, dentre os quais, o que dava competência legislativa a União em matéria de proteção social, o que atribuiu responsabilidade aos Estados na execução dos serviços de saúde e assistências públicas, o que enumerava os riscos protegidos e, também, a instituição da contribuição tripartite. Constituição de

9 Não houve evolução quanto a anterior e a expressão seguro social surgiu em vez de previdência social e em nada versava sobre a forma tríplice de custeio. A Constituição outorgada de 1937, marcadamente autoritária, não se harmonizou com a avançada ordem instituída pela Constituição de Apesar disso, a Ordem Suprema de 1937 não deixou de enumerar os riscos sociais cobertos pelo seguro social. Porém, não disciplinou a forma de custeio do sistema, muito menos se cogitou sobre a possibilidade de aporte de recursos advindos dos cofres da União. Sob a égide da Constituição de 1937, foi editado o Decreto-lei n 7.526, de 07 de maio de 1945, que determinou a criação de um só Instituto de Previdência, denominado de Instituto dos Seguros Sociais do Brasil ISSB, que não chegou a se instalado em virtude de desinteresse político. Durante a sua vigência foram criados o IPASE (Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado) e o IAPETC (Empregados e Transportes e Cargas), ambos em Constituição de 1946 Seguindo movimento mundial influenciado pelo pós-guerra, foi promulgada a Constituição de Inicia-se uma sistematização da matéria previdenciária, a qual foi incluída no mesmo artigo que versava sobre Direito do Trabalho. Surgiu pela primeira vez a expressão Previdência Social, desaparecendo a expressão seguro social, é retomada a forma tríplice de custeio. Nada de substancialmente novo foi incorporado ao texto constitucional, valendo lembrar apenas a imposição aos empregadores de manterem seguro de acidente de trabalho em prol de seus empregados. Por outro lado, no que toca a legislação infraconstitucional não se pode dizer o mesmo, já que houve significativos avanços sob a égide da Carta de Ressalte-se, também, a incorporação da regra de contrapartida pela Emenda Constitucional n 11, de 1965, pela qual se exige uma indissociável contrapartida entre as contribuições e as prestações, não se podendo, portanto, criar qualquer prestação sem a respectiva fonte de custeio e vice-versa. 9

10 Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP). Em 1953 foi editado o Decreto n , de 12 de novembro, determinando a fusão de todas as Caixas em única entidade, justamente, no intuito de unificar o sistema, tanto do ponto de vista legislativo como administrativa Lei LOPS Já analisamos que, a partir de 1945 várias tentativas foram realizadas no sentido de uniformizar e unificar a previdência social brasileira. Através do Decreto-lei nº 6.526, de , houve a criação do Instituto dos Serviços Sociais do Brasil (ISSB), no qual seria implementado um plano de contribuições e benefícios único, mas que não conseguiu ser implantado. Os institutos de aposentadorias e pensões foram originados de diplomas legais diferentes, consequentemente operavam de forma distinta, fazendo-se, cada vez mais, necessária a uniformização da legislação aplicável à previdência social, bem como a sua unificação administrativa, com a criação de um instituto único para todos. Somente em , com a Lei nº 3.807, chamada de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), houve a uniformização da legislação previdenciária, incluindo benefícios como o auxílioreclusão, o auxílio-funeral e o auxílio-natalidade e abrangendo um maior número de segurados, como os empregadores e os profissionais liberais. A edição da LOPS veio a uniformizar todo o emaranhado de normas existentes sobre Previdência Social, uniformização legislativa essa que já se buscava de longa data. Portanto, a LOPS foi o maior passo dado ao rumo da universalidade da Previdência Social, embora não se desconheça que alguns trabalhadores (domésticos e rurais) não foram contemplados pela nova norma Lei (criou o fundo de Assistência do Trabalhador Rural - FUNRURAL) O processo legislativo em matéria de Previdência Social nessa época crescia, pois tinha a LOPS como ponto de referência, sendo impulsionado cada vez mais pelos anseios e expectativas de toda a população. Neste cenário, a fim de beneficiar os trabalhadores rurais foi 10

11 criada em 1963 o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). Posteriormente, surgiria o FUNRURAL aperfeiçoado pela Lei Complementar n 11, de 25 de maio de Decreto-Lei 72 (reuniu os Institutos de Aposentadorias e Pensões e criou o INPS) Com a uniformização da legislação previdenciária através da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), restava a unificação administrativa, No entanto, este fato só veio mais tarde, em , por meio do Decreto nº 72 que fundiu os institutos de aposentadorias e pensões, originando o Instituto Nacional de Previdência Social. O Decreto-Lei n 72, de 21 de novembro de 1966, reuniu os seis Institutos de Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional de Previdência Social INPS, instituindo a sua unificação administrativa. Constituição de 1967 Não houve inovações em relação à de A Carta de 1967, com a Emenda n 1, de 1969, pouco inovou, tendo como virtude trazer o sistema de seguro de acidente do trabalho para os auspícios do sistema previdenciário público, nos mesmos moldes de financiamento. Em essência, a matéria previdenciária na Carta de 1967, com a Emenda n 1, de 1969, não destoa das demais que lhe antecederam, tendo sido previstos os mesmos riscos sociais arrolados desde a Constituição de É de se ressaltar a inclusão do salário-família no texto fundamental, que fora instituído em norma infraconstitucional e inserido como prestação previdenciária em 1973, além da criação do Ministério da Previdência e Assistência Social em 1974 e também do seguro-desemprego, através do Decreto-Lei n 2.283, de 27 de fevereiro de As Emendas nº 7 e 8, de 1977 alteraram o quadro normativo constitucional, para o fim de autorizar a criação de contencioso administrativo destinado a resolver questões previdenciárias, e disciplinar a questão do custeio do sistema previdenciário, respectivamente. 11

12 A Emenda n 18, de 1981, por sua vez, acrescentou preceito que constitucionalizava a aposentadoria especial do professor aos 30 anos, e da professora aos 25 de tempo de serviço Lei Complementar 11 A Lei Complementar n 11, de 25 de maio de 1971, instituiu o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural - PRÓ-RURAL, em substituição ao plano básico de Previdência Social Rural, porém os trabalhadores rurais em nada contribuíam Lei A Lei n 5.859, de 11 de dezembro de 1972, incluiu os empregados domésticos na Previdência Social urbana Decreto definiu a CLPS Na década de 70, foram editados vários diplomas legais que trouxeram inovações importantes na legislação previdenciária tais como a criação do salário-família, os empregados domésticos se tornaram segurados obrigatórios e o salário-maternidade passou a constar no rol dos benefícios previdenciários. Assim, com tantas normas legais em vigor tratando de previdência social, houve a necessidade de reuni-las, isso ocorreu através do Decreto nº , de , resultando na Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS) instituído o SINPAS Em 1 de setembro de 1977, criou-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social SINPAS com a finalidade de integrar todas as atribuições ligadas à previdência social rural e urbana, tanto a dos servidores públicos federais quanto os das empresas privas, composto de sete entidades: INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV e CEME. O SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, tornou-se responsável pela política previdenciária, de assistência médica, farmacêutica e social, com o objetivo de reestruturar a Previdência Social revendo as formas de concessão e manutenção de benefícios e serviços, reorganizando a gestão administrativa, financeira e patrimonial. Constituição Federal de

13 A Constituição de 1988 trouxe um capítulo específico sobre a seguridade social que passou a abranger a previdência social, a assistência social e a saúde. A nova Carta Magna de 1988 surge como ponto culminante da restauração do Estado democrático de direito, rompendo com o autoritarismo do regime militar. O Capítulo II, Título VIII Ordem Social trata da seguridade social. O artigo 194 define seguridade social como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social. Atualmente, o moderno sistema de seguridade social é composto pelo seguinte tripé: saúde, previdência e assistência social criado o INSS (IAPAS e INPS) A Lei n 8.029, de 12 de abril de 1990, extinguiu o Ministério da Previdência e Assistência Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. O Decreto n , de 27 de junho de 1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, mediante a fusão do IAPAS com o INPS. A maioria dos órgãos que faziam parte da estrutura do SINPAS foi paulatinamente sendo extintos: o INAMPS em 1993; a LBA e a FUNABEM em 1995; e a CEME em A DATAPREV permanece atuando na prestação de serviços de processamento de dados aos órgãos do MPAS Leis e A Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, dispôs sobre a organização da Seguridade Social e instituiu seu novo Plano de Custeio. A Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, instituiu o Plano de Benefícios da Previdência Social. Emenda Constitucional n.º 20, de Esta Emenda trouxe profundas mudanças para o sistema de Previdência Social. As mais importantes são as seguintes: Benefício salário-família devido somente ao trabalhador de baixa renda; Proibição de qualquer trabalho para os menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; 13

14 Novas regras para concessão de benefícios previdenciários aos servidores públicos; Criação de diretrizes para o regime de previdência privada, com caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social; Organização da previdência social observando critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial Decreto Aprovou o Regulamento da previdência Social, cuja finalidade é dar fiel execução as duas leis básicas de custeio e de benefícios da Previdência Social (lei 8.212/91 e lei 8.213/91). Lei nº 9.876, de A fim de instituir as mudanças advindas com a Emenda Constitucional nº 20/98, novas leis foram criadas, neste contexto destaca-se a lei 9.876/99 que realizou modificações na Lei 8.212/91, que rege o custeio da seguridade social e a Lei nº 8.213/91, que versa sobre os benefícios previdenciários, tais como: Introdução do fator previdenciário no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo a sua utilização no último caso facultativa. O fator leva em conta a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar; Cálculo do salário de benefício considerando 80% dos maiores salários de contribuição de todo o período contributivo. Anteriormente eram considerados somente os últimos 36 salários de contribuição, o que induzia alguns segurados a só contribuírem com um maior valor nos últimos três anos de trabalho. SEGURIDADE SOCIAL. CONCEITUAÇÃO. ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. CONCEITO (artigo 194 da CF) O artigo 194, da Constituição Federal de 1988 define a seguridade social da seguinte forma: Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 14

15 saúde, à previdência e à assistência social. Após uma lenta evolução do sentimento de responsabilidade social pelo infortúnio alheio, e em face das preocupantes convulsões que afetavam a sociedade, o Estado abandonou a postura de defensor apenas dos direitos individuais e mero espectador da atividade econômica e social, com o objetivo de restabelecer um equilíbrio mínimo nas relações sociais, através da instituição de políticas de inclusão social, as quais geraram obrigações jurídicas para o Estado no atendimento aos mais necessitados. Surgiu o estado de bem-estar social ou welfare state, que propiciou uma integração mais efetiva entre o Estado e a sociedade, permitindo a criação da seguridade social como elemento de relevância nuclear para o desenvolvimento e a manutenção da dignidade da pessoa humana, sendo-lhe atribuída a tarefa de garantir a todos um mínimo de bem-estar nas situações geradoras de necessidade social. No Brasil a evolução da proteção social, primeiramente passou pela simples caridade, após pelo mutualismo de caráter privado e facultativo, depois pelo seguro social. Atualmente, a Constituição Federal de cinco de outubro de 1988 disciplina o Sistema de Seguridade Social, no Título VIII, Capítulo II. Portanto, caros alunos, face ao exposto, verificamos que, de acordo com o artigo 194, CF, a atuação da seguridade social está restrita as ações de saúde, previdência social e assistência social, e consiste em uma técnica de proteção social aos indivíduos contra contingências que os impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e de suas famílias, assegurando de forma universal o bem-estar e a justiça social. Atenção, cuidado com as pegadinhas nas provas dos concursos, caso contrário não vamos atingir o nosso objetivo. A seguridade social é o gênero do qual são espécies (partes, áreas ou subsistemas): a saúde, a previdência social e a assistência social. As questões sempre tentam confundir os candidatos trocando o gênero pelas espécies. Por exemplo: previdência social não se confunde com seguridade social, embora seja uma das áreas da seguridade social, por essa razão a sigla INSS (autarquia federal) não significa Instituto Nacional da Seguridade Social como muitos pensam, mas Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia gestora da Previdência Social (RGPS). 15

16 A moderna Seguridade Social está inserida no rol dos direitos sociais fundamentais da Constituição (2ª geração), mas não de forma exclusiva ou exaustiva, porque não abrange todos os direitos sociais previstos no artigo 6º da CF, como por exemplo, o direito à educação, à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, que não estão compreendidos entre os bens jurídicos tutelados pela Seguridade Social. Aqui também é necessário que estejam atentos à pegadinha que é muito utilizada nos concursos, que consiste em inserir outros direitos sociais, além da saúde, previdência e assistência, no contexto da seguridade social. Conforme analisamos no parágrafo anterior, embora a seguridade social faça parte dos direitos sociais da CF, ela não os esgota, existem outros previstos no artigo 6º, da CF. Outro detalhe importante deve ser observado nas provas dos concursos. A iniciativa das ações da seguridade social é do poder público e da sociedade de forma integrada, portanto, a iniciativa não é exclusiva dos poderes públicos. Porém, de acordo com o parágrafo único do artigo 194 da CF, compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social. Portanto, a organização é de competência privativa do poder público, entretanto as ações são de iniciativa do poder público e da sociedade de forma integrada. ORGANIZAÇÃO É bastante recorrente as questões de concursos sobre as características de cada uma das áreas que compõem a seguridade social (saúde, previdência social e assistência social). Sobre esse tema é fundamental entendermos que a seguridade social não se vincula a um conjunto de ações independentes e estanques na área de saúde, previdência e assistência social, pelo contrário, as suas diversas áreas devem atuar de forma articulada e integrada, embora possuam autonomia e certas peculiaridades. Saúde A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A saúde pública não exige contribuição 16

17 prévia, suas prestações estendem-se a toda a população, deixando de estar condicionadas ao cumprimento de obrigações precedentes. Assistência Social A assistência social é uma política social que se traduz pelo atendimento às necessidades básicas em relação à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social por parte daqueles que comprovem a efetiva necessidade econômica e social na forma da lei. A assistência social surge da ideia de que o Estado deve proporcionar aos incapacitados condições mínimas de sobrevivência. Igualmente a saúde, não exige dos seus beneficiários a exigência do custeio, sendo devidas suas prestações a todos aqueles que se encontrem em situação de indigência. Nos termos da CF, será prestada a quem dela necessitar, não sendo necessário que o beneficiário esteja filiado ao regime geral de previdência social, sendo qualquer pessoa necessitada por ela amparada, desde que cumpra os requisitos legais. Previdência Social Conforme estabelece o art. 201, da CF, a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Nos termos da lei, a Previdência Social deve atender aos nela inscritos, concedendo diversos benefícios e não apenas aposentadoria, pois tem por objetivo também proporcionar meios indispensáveis de subsistência ao segurado e à sua família, quando ocorrer certas contingências previstas em lei, tais como doença, invalidez, morte, maternidade e outros. A palavra previdência tem origem em prever (do latim: pre videre), significando ver antecipadamente fato ou situação que poderá ocorrer no futuro. Desta forma, a previdência social funciona como um sistema de seguro social, onde o indivíduo diante de certas circunstâncias terá direito a percepção de benefícios, desde que tenha contribuído antecipadamente, já que as prestações de Previdência Social, apesar de vinculadas ao sistema de seguridade social, continuam atreladas ao custeio prévio. Beneficiários 17

18 Questão muito cobrada também nos concursos é quanto aos destinatários das ações da seguridade social. Sobre esse tema podemos afirmar que é essencial a distinção entre as finalidades específicas de cada uma das áreas que integram a seguridade social. Em síntese, qualquer pessoa pode ter acesso às prestações da saúde pública, inclusive um rico empresário, mesmo que tenha condições financeiras de pagar atendimento privado de saúde. Em relação à assistência social a clientela protegida está restrita aos necessitados, desde que comprovada na forma da lei, como por exemplo, uma criança carente. No tocante à previdência, os beneficiários são, em regra, os trabalhadores que exerçam atividade remunerada, independentemente de possuir vínculo empregatício, como por exemplo, um feirante. Importante: dentre as áreas da seguridade social, a única que exige contribuição compulsória dos próprios beneficiários é a previdência social. PRINCÍPIOS (art. 194, parágrafo único) Em termos estatísticos, esse é um dos assuntos mais abordados dentro do direito previdenciário em concursos públicos, o que demonstra a importância do tema. Isto se explica pelo fato de ser um tema que possibilita à banca organizadora do concurso muitas opções na elaboração das questões teóricas ou práticas. Além do mais, esses princípios constitucionais são o alicerce de todo o sistema jurídico da seguridade social. Antes de analisarmos cada um dos princípios, vamos analisar algumas dicas essenciais sobre o assunto: 1ª) com exceção da solidariedade que não está expresso no texto constitucional, os princípios do artigo 194, da CF, referem-se à seguridade social, abrangendo todas as suas áreas, não sendo exclusivos da saúde, da previdência ou da assistência social. Observem que cada uma das áreas possuem princípios específicos inseridos em capítulo próprio da CF. É comum a organizadora do concurso colocar na questão um princípio específico da previdência como se fosse um princípio geral da seguridade social ou o inverso, um da seguridade como sendo específico da previdência, com o intuito de confundir os candidatos. 18

19 2ª) dos sete incisos do artigo 194, os quatro primeiros (incisos I a IV) referem-se as prestações (benefícios e serviços) da seguridade social, os incisos V e VI dizem respeito ao custeio (financiamento) da seguridade, e o último (inciso VII) está relacionado a gestão administrativa da seguridade. Cuidado com as inversões propositais (pegadinha) nas provas do concurso. 3ª) é bastante usual a organizadora modificar o significado textual dos princípios, trocando palavras ou expressões retiradas de outros princípios. Por exemplo: uniformidade da cobertura e do atendimento (inciso I), quando o correto seria universalidade da cobertura e do atendimento, tendo em vista que a uniformidade é um princípio expresso no inciso II que se refere às populações urbanas e rurais. Passaremos agora a análise dos diversos princípios. SOLIDARIEDADE Embora não esteja expresso no artigo 194 da Constituição Federal, é um princípio de extrema relevância. Seu fundamento reside no fato de que todas as pessoas devem prestar assistência mútua para finalidade e bem comum. A solidariedade constitui importante princípio da previdência social, na medida em que representa um dos aspectos mais característicos do sistema de proteção coletiva. Como exemplo de sua aplicação, observa-se a possibilidade de uma pessoa, em seu primeiro dia de trabalho, aposentar-se por invalidez caso venha a ser vítima de um acidente de trabalho. Esta também é a justificativa para a contribuição do aposentado pelo RGPS que volta a exercer atividade remunerada. Na solidariedade a sociedade chama para si a responsabilidade de prover os meios necessários para uma efetiva proteção social. Este princípio veda o Regime de Capitalização na Previdência, no qual as contribuições são capitalizadas em contas individualizadas ou coletivas para a formação de uma reserva que na ocasião da aposentadoria será transformada em benefício, adotando o Regime de Repartição Simples que funciona em regime de caixa, fazendo com que suas contribuições sejam utilizadas para o pagamento de benefícios dos já aposentados. Portanto, pelo pacto intergerações a contribuição do segurado não tem caráter individual, destinando-se ao financiamento de todo o sistema protetivo. 19

20 UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO Significa que todas as pessoas e em todas as situações necessárias devem estar amparadas pelo sistema. Consiste na entrega das ações, prestações e serviços de seguridade social a todos os que necessitem. A universalidade da cobertura (universalidade objetiva) tem como objetivo compreender todos os fatos e situações que geram as necessidades básicas das pessoas, tais como maternidade, velhice, doença, acidentes, invalidez, reclusão e morte, porque a proteção social deve alcançar todos os eventos cuja reparação seja premente. A universalidade do atendimento (universalidade subjetiva) consiste na abrangência de todas as pessoas indistintamente, ou seja, o amparo a todos, mesmo que não tenham capacidade econômica, a fim de manter a subsistência de quem dela necessite. Algumas questões afirmam corretamente que a universalidade de atendimento da Seguridade Social na Saúde como direito de todos gratuitamente apresenta-se de forma distinta (mais ampla) da universalidade de atendimento prevista para a Previdência Social (somente aos segurados) ou para a Assistência Social (restrita aos necessitados). UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS Traduz a isonomia entre trabalhadores rurais e urbanos nos aspectos qualitativo e valorativo das prestações. Este princípio resulta do fato de que costumeiramente os trabalhadores rurais eram discriminados e prevê a concessão dos mesmos benefícios de igual valor econômico e de serviços da mesma qualidade às populações urbanas e rurais. Com esse princípio, a atual Constituição buscou unificar essas duas populações, corrigindo uma injustiça social histórica. Apesar do princípio determinar um tratamento isonômico, permite certas distinções desde que não sejam discriminatórias. Afinal isonomia também é tratar de forma desigual àqueles que não se encontrem em situação equivalente. Na aposentadoria por idade 20

21 no regime geral de previdência social, por exemplo, aplica-se o redutor apenas para o trabalhador rural (60 anos de idade, se homem e 55 anos de idade, se mulher). SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS É princípio que se dirige precipuamente ao legislador, impondolhe que, na conformação legal dos planos de benefícios e serviços, priorize as maiores necessidades sociais. Permite a escolha pelo legislador das prestações mais necessárias e dos seus destinatários. No geral, de acordo com esse princípio, os riscos sociais que merecem proteção são selecionados e depois distribuídos conforme a necessidade de cada qual. A seletividade compreende uma graduação das ações de seguridade social, ou seja, elas devem ser priorizadas conforme a maior utilidade do benefício. Por este princípio, alguns benefícios são pagos somente aos mais carentes, como, por exemplo, o saláriofamília, que somente é previsto aos segurados que tenham renda mensal até certo limite. Pela mesma razão, para um trabalhador que não possua dependentes, o benefício salário-família não será concedido, assim como para o trabalhador que se encontre incapaz temporariamente para o trabalho, por motivo de doença, não será concedida a aposentadoria por invalidez, mas auxílio doença. Pelo princípio da distributividade, as ações devem ser planejadas a fim de alcançar o maior número de pessoas possíveis. Traduz o caráter solidário do sistema, buscando uma efetiva redistribuição de renda. Em decorrência do seu caráter social visa à distribuição da renda (benefícios assistenciais) prioritariamente as pessoas mais necessitadas e de regiões mais carentes, em detrimento daqueles que não precisam de uma proteção social mais efetiva, reduzindo a desigualdade social. IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS De acordo com esse princípio, as prestações devem manter o seu valor original e não podem sofrer desvalorização (valor nominal STF). Relativamente à irredutibilidade, é importante lembrar que o STF reconheceu que esse princípio da seguridade social garante apenas o valor nominal ou original (redução objetiva) dos 21

22 benefícios previdenciários. A corte constitucional entendeu que a garantia do valor real (perda de poder aquisitivo em decorrência da inflação) dos benefícios previdenciários está inserida em outro princípio, específico da previdência social, que assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei (artigo 201, 4º, da CF). Esse entendimento, derivado do posicionamento do STF sobre a matéria, já apareceu inúmeras vezes em provas de concursos, portanto muito cuidado, geralmente os candidatos continuam fazendo confusão acerca do tema, tudo vai depender do enunciado da questão. EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO Este princípio está diretamente relacionado ao da isonomia ou igualdade em matéria tributária. O Princípio da equidade na forma de participação no custeio representa a justiça no aspecto contributivo. Só deve contribuir efetivamente quem possui condições econômicas e na medida da sua capacidade contributiva. Portanto, busca uma justa participação no custeio da Seguridade Social. Apenas aqueles que estiverem em iguais condições contributivas é que terão que contribuir da mesma forma, ou seja, as pessoas devem contribuir para com a Previdência de acordo com as suas possibilidades. Uma das aplicações do princípio da equidade na forma de participação do custeio é a possibilidade de a base de cálculo das contribuições previdenciárias dos segurados empregados ser distinta da base de cálculo dos empregadores, o que não implica em transgressão ao princípio da eqüidade na forma de participação no custeio. Essa afirmativa já foi objeto de diversas questões de concursos de várias organizadoras diferentes. Outros exemplos de aplicação desse princípio que sempre são cobrados nos concursos: o caso da progressividade das alíquotas das contribuições dos empregados (8%, 9% ou 11%), o tratamento privilegiado dispensado às microempresas e às empresas de pequeno porte (SIMPLES), e a isenção para as entidades beneficentes de assistência social (sem fins lucrativos) que atenderem às exigências estabelecidas em lei. 22

23 DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO Aqui o legislador constituinte demonstrou a sua preocupação com a origem dos recursos necessários a manutenção do sistema securitário brasileiro, em decorrência da sua complexidade, determinando que o financiamento da seguridade deva buscar várias fontes de custeio, vedando a aquisição de recursos através de fonte única, sob pena de esgotá-la. É reflexo do princípio da diversidade da base de financiamento da seguridade social a previsão constitucional segundo a qual a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais previstas ou instituídas nos termos da Constituição, sendo as principais receitas: Os orçamentos públicos; As contribuições dos empregadores e empresas, incidindo sobre: folha de salários, receita ou faturamento e lucro; As contribuições dos trabalhadores e demais segurados da previdência social; A receita proveniente de concursos de prognósticos (loteria); A do importador ou equiparado. CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO, MEDIANTE GESTÃO QUADRIPARTITE, COM PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES, DOS EMPREGADORES, DOS APOSENTADOS E DO GOVERNO NOS ÓRGÃOS COLEGIADOS. Conforme estabelece esse princípio, a administração da seguridade social deve ter caráter democrático, buscando com isso a participação efetiva da sociedade no gerenciamento da Seguridade Social. Além do poder público, cabe à sociedade civil participar da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados (caráter democrático e gestão quadripartite). 23

24 Exemplo da aplicação desse princípio é o Conselho Nacional da Previdência Social CNPS, órgão colegiado responsável pelas diretrizes da previdência social, composto por 15 membros, sendo seis representantes do poder público e nove da sociedade civil, divididos entre três representantes dos trabalhadores na ativa, três representantes dos aposentados e pensionistas, e três representantes dos empregadores. Em resumo, de acordo com esse princípio, a gestão administrativa deve ser democrática, descentralizada, colegiada e quadripartite (esse deve ser o princípio mais cobrado nos concursos). 24

25 QUESTÕES COMENTADAS 01 (defensor público Roraima Cespe 2013) Com base no que dispõe a CF sobre a seguridade social, assinale a opção correta. A A seguridade social é financiada por, entre outros recursos, os provenientes da contribuição social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. B Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social com base na uniformidade da cobertura e do atendimento. C Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social com base no seguinte objetivo: caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e dos aposentados. D A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social e à moradia. E A equidade na forma de participação no custeio não constitui objetivo expresso, mas implícito, a ser perseguido pelo poder público na organização da seguridade social. Comentários A letra A está correta porque o financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto. O financiamento direto é aquele em que os recursos são provenientes das contribuições sociais, cuja finalidade específica é o custeio exclusivo da seguridade social. O financiamento indireto ocorre mediante receitas orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuja finalidade, a princípio, é a cobertura das despesas gerais decorrentes das atividades estatais, tais como, educação e segurança pública, dentre outras. O art. 195 da Constituição Federal dispõe sobre as regras gerais do financiamento da seguridade social, estipulando as fontes de recursos por meio dos quais é mantido o sistema de seguridade social. Tradicionalmente, esse dispositivo é muito cobrado nas provas das entidades organizadoras dos concursos públicos. Eis o inteiro teor desse artigo: 25

26 Art. 195, CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. A letra B está incorreta porque é bastante usual a organizadora modificar o significado textual dos princípios, trocando palavras ou expressões retiradas de outros princípios. Essa alternativa colocou Uniformidade da cobertura e do atendimento, quando o correto seria universalidade da cobertura e do atendimento, tendo em vista que a uniformidade é um princípio expresso no artigo 194, inciso II, CF referente às populações urbanas e rurais. A letra C está incorreta porque a administração da seguridade social ter caráter democrático, buscando com isso a participação efetiva da sociedade no seu gerenciamento, através de representantes indicados pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados (caráter democrático e gestão quadripartite). Porém, de acordo com esse princípio, a gestão administrativa deve ser democrática, descentralizada, colegiada e quadripartite, exigindo também a participação de representantes do poder público. 26

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