PAPEL DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS NA GESTÃO MACROECONÓMICA
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- Isaac Botelho Paixão
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1 PAPEL DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS NA GESTÃO MACROECONÓMICA
2 I Parte Sobre o Papel do Estado na Economia Ø A necessidade de regulação do sistema económico: o sistema económico está sujeito a transformações, que podem resultar tanto de choques internos, como de choques externos.
3 I Parte Sobre o Papel do Estado na Economia Ø Visão moderna sobre o papel do Estado na economia: o sistema económico não dispõe de um mecanismo regulador, capaz de ( ) assegurar que a sua dinâmica e evolução respeitem duas condições principais: a afectação óp>ma dos recursos produ>vos existentes e a melhor repar>ção dos frutos da produção entre os diferentes agentes económicos e grupos sociais. (Silva, 1981).
4 I Parte Sobre o Papel do Estado na Economia Ø Surgimento da polí\ca económica: não se limita à regulação das flutuações ou das crises; o seu objecto é ( ) tão vasto quanto o da regulação do sistema económico [como um todo] e da sua ar>culação com os demais sistemas integradores da ac>vidade humana(sistema polí>co, de defesa, cultural, etc), abarcado toda a problemá>ca do desenvolvimento. Ou seja: ( ) a polí>ca económica visa introduzir racionalidade no sistema económico. (Filipe Coelho)
5 Liberalismo Ø Os mecanismos de mercado como meio de regulação do sistema económico. Reconhecimento da existência de choques e desequilíbrios, como sendo inevitáveis ou mesmo desejáveis, para que o sistema evolua para níveis superiores. Ø A polí\ca económica deve confinar- se à garan\a do bom funcionamento dos mecanismos reguladores ou à sua restauração, quando perturbados.
6 Dirigismo Ø A visão marxista: Os desequilíbrios e as distorções do sistema económico capitalista como caracterís\cas intrínsecas ao próprio sistema capitalista e que levarão à sua auto destruição. Ø A polí\ca económica como mero palia\vo, para atenuar certos aspectos nega\vos do sistema, sem conseguir eliminar as causas e impedir a sua destruição. Ø Solução: apropriação colec\va dos meios de produção. Ø A actuação do Estado na economia é enquadrada pelo Plano, que opera como o principal instrumento de racionalidade económica, confundindo- se a planificação da economia com a própria polí\ca económica.
7 Intervencionismo Ø Perspec\va intermédia: os mecanismos de auto- regulação do sistema económico não actuam com a velocidade desejável, nem evitam os aspectos perversos do sistema. Ø Necessidade da ( ) polí>ca económica, que é indispensável e abarca o conjunto de acções que, directa ou indirectamente, visam a prossecução de objec>vos definidos exogenamente (por via polí>ca).
8 II Parte Sobre o Papel do Estado Angolano na Economia Ø Breve referência histórica: (papel do Estado no momento da proclamação da Independência Nacional (1975) e no Programa de Saneamento Económico e Financeiro (década de oitenta) Ø Visão actual: papel do Estado na economia segundo a Cons\tuição de Angola de 2010 Ø O Artº 89º da Cons\tuição de A organização e a regulação das ac\vidades económicas assentam na garan\a geral dos direitos e liberdades económicas em geral, na valorização do trabalho, na dignidade humana e na jus\ça social, em conformidade com os seguintes princípios fundamentais: a) Papel do Estado de regulador da economia e coordenador do desenvolvimento económico nacional e harmonioso ( ).
9 Papel do Ministério das Finanças na Gestão Macroeconómica Decreto Presidencial nº 235/12, de 4 de Dezembro, Artº 1º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças: O Ministério das Finanças é o Departamento Ministerial que tem a missão de propor a formulação, conduzir, executar e avaliar a polí\ca financeira do Estado, promovendo a gestão racional dos recursos financeiros e patrimoniais públicos e o equilíbrio interno e externo das contas públicas, bem como a inspecção geral e a fiscalização das finanças públicas. Os grandes objec'vos da gestão macroeconómica com relação a: Produto Agregado; Emprego; Preços; Sistema Financeiro; e Transacções Externas. Ø Produto Agregado: a produção de bens e serviços para sa\sfação das necessidades das populações, tão próximo quanto possível da plena capacidade da economia. Taxa de crescimento do produto versus taxa de crescimento da população. Ø Emprego: altas taxas de emprego duradouro, com redução significa\va do desemprego voluntário e involuntário; Desemprego cíclico ou sazonal e desemprego estrutural. Correlação entre Produto e Emprego.
10 Papel do Ministério das Finanças na Gestão Macroeconómica Ø Preços: estabilidade geral dos preços e o equilíbrio estrutural entre os preços rela\vos dos diferentes bens e serviços. Inflação, Deflação e Estagflação. Inflação e Pobreza. Ø Sistema Financeiro: eficiência, solidez e diversificação. Mercado Financeiro não- Bancário: Mercado de Capitais, Mercado de Seguros e Fundos de Pensões. O caso do Mercado de Jogos e Apostas. Ø Transacções Externas: Equilíbrio das transacções internas e externas. A diferença entre exportações e importações de mercadorias e serviços é um dos fluxos da procura agregada; função dos níveis de emprego, do índice de preços, da sustentação do produto e do valor da moeda;
11 Instrumentos: Ø Polí'ca Fiscal (Artº 2º do Estatuto Orgânico do MINFIN: a) Propor e implementar a polí\ca orçamental do Estado; b) Propor a polí\ca tributária e aduaneira do Estado; c) Preparar a proposta do Orçamento Geral do Estado, executá- lo e controlá- lo, tendo em conta os objec\vos fixados pelo Execu\vo, assegurando a necessária coordenação com os Ministérios do Planeamento e da Economia, bem como com o Banco Nacional de Angola; Ø Polí'ca Monetária (Artº 2º, nº 1, alínea u) Colaborar na elaboração da polí\ca monetária e de crédito e acompanhar a sua execução; Ø Polí'ca Cambial (Artº 2º, nº 1, alínea v) Colaborar na elaboração da polí\ca cambial e acompanhar a sua execução;
12 Instrumentos: Ø Polí'ca de Rendimentos e Preços - Artº 2º, nº 1, alínea r) Colaborar com os órgãos competentes na formulação e aplicação da polí\ca remuneratória da Administração Pública, em consonância com a polí\ca de rendimentos e preços; alínea q) Colaborar na formulação e na aplicação da polí\ca de rendimentos e preços, assegurando a sua consistência; alínea t) Propor e par\cipar na implementação e regular o Sistema Nacional de Preços; Ø Polí'ca de Inves'mento Público: Infra- estruturas Básicas, Capital Humano (OGE) Ø Polí'ca de Inves'mento Privado: Incen\vos e Penalizações; Ø Sistema Financeiro: Artº 2º, nº 1, alínea k) Superintender o sistema financeiro não bancário e o mercado de valores mobiliários; alínea l) Propor a concepção da polí\ca nacional de seguros e resseguros e fiscalizar a sua execução; Ø Sistema de Jogos: Artº 2º, nº 1, alínea m) Regular o exercício da ac\vidade de jogos; Ø CONCLUSÃO: A criação de um quadro de estabilidade macroeconómica, favorável ao inves\mento, ao crescimento e ao emprego.
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