ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS/SP
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- João Henrique Alcaide das Neves
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1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS/SP
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Fonte: Política Nacional de Assistência Farmacêutica
3 MEDICAMENTOS ESSENCIAIS Satisfazem às necessidades prioritárias de cuidados da saúde da população; Selecionados por critérios de eficácia, segurança, conveniência, qualidade e comparação de custo favorável; Devem estar disponíveis em todos os momentos, dentro do contexto de funcionamento dos sistemas de saúde. Fonte: OMS RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS - RENAME Compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS. Fonte: Decreto nº 7.508/11
4 RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS - RENAME Está organizada em: Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado Relação Nacional de Insumos Farmacêuticos Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar Atualização: Ocorre a cada 2 anos, pelo Ministério da Saúde. A incorporação se dá mediante avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) A RENAME 2014 está disponível em: > Orientação e Prevenção> Medicamentos > RENAME
5 RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS - RENAME
6 RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS - REMUME Relação de medicamentos disponibilizados pelos municípios; Deve ser elaborada pelos profissionais da saúde do município, de acordo com as especificidades locais; (perfil epidemiológico, histórico de consumo, sugestões dos prescritores) Os estados e municípios devem utilizar a RENAME como base para elaborar suas listas de padronização. Obs: em 2018 haverá uma nova revisão
7 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Três componentes de financiamento: 1. Componente Básico. Portaria GM/MS 1.555/ Componente Estratégico. Ainda não regulamentado. 3. Componente Especializado. Portaria GM/MS 1.554/13.
8 1. COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Medicamentos e insumos essenciais, pertencentes à RENAME vigente, destinados ao atendimento dos agravos prevalentes e prioritários à Atenção Básica. FINANCIAMENTO : tripartite Portaria nº 1.555, 30/07/2013 Munic. >250mil hab + munic. que decidem não integrar o Dose Certa Municípios Dose Certa Origem do recurso R$/hab/ano Resp. pela aquisição R$/hab/ano Resp. pela aquisição Min. Saúde SES/SP Contrapartida Município 5,10 (FMS) 1,86 +0,50 (FMS) Município Município 2,05 (FES) 2,05 (FMS) *1,86 (FES) 0,67 (não rename) 0,50 (FMS) SES/SP Município SES/SP Município 1,86 + 0,50 Município 1,86 + 0,50 Município TT 9,82 *valor mín *10,49
9 1. COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Medicamentos e insumos do Componente Básico adquiridos diretamente pelo Ministério da Saúde, e distribuídos aos municípios, além dos recursos financeiros: Insulina Humana NPH e Regular Distribuição: MS (fornecedor) => SES => Municípios. Exceção Município de São Paulo que recebe diretamente do MS (fornecedor) Contraceptivos e insumos do Programa Saúde da Mulher Distribuição: Municípios até 500 mil/habitantes. MS (fornecedor) => SES => Municípios Municípios acima de 500 mil/habitantes. MS (fornecedor) => Municípios
10 1. COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PROGRAMA DOSE CERTA Aquisição pela SES/SP aos municípios que integram o Programa: Dose Certa Dose Certa Saúde Mental Linha de Cuidado da Gestante e da Puérpera: aciclovir 200mg cp, nitrofurantoína 100mg cp, miconazol 2% creme vaginal, salbutamol 100mcg spray Obs: atualmente a Furp fabrica 18 medicamentos da grade Dose Certa Adquiridos pelo MS e entregues pela SES/SP Contraceptivos e insumos para o Programa Saúde da Mulher
11 1. COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Dificuldades: Desabastecimento sistemático de contraceptivos e insumos do Programa Saúde da Mulher, sobretudo nos municípios que NÃO integram o programa Dose Certa. (a SES/SP comprava para os municípios Dose Certa e o MS devolvia em medicamento. Os demais municípios aguardavam ou arcavam com eles) Atualmente a SES/SP adquire através de ATAS a maioria dos medicamentos da grade Dose Certa e a Furp fabrica 18 medicamentos. Dificuldades na licitação e fornecimento das empresas. Financiamento defasado e insuficiente frente às necessidade da população
12 2. COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Tem como objetivo garantir acesso a medicamentos, pertencentes à RENAME vigente, aos portadores de doenças que configurem problema de saúde pública, consideradas de caráter estratégico pelo MS. FINANCIAMENTO : 100% federal Min. Saúde Este componente compreende medicamentos para: Tuberculose Hanseníase Tabagismo (Adesivos de nicotina, goma de mascar, bupropiona, etc) HIV/AIDS (Antirretrovirais. Demais medicamentos são pactuados na CIB entre SES e SMS) Endemias Focais (malária, esquistossomose, doença de Chagas, etc) Influenza (Oseltamivir, Zanamivir) Sangue e Hemoderivados Alimentação e Nutrição (Vitamina A) Saúde da Criança (Prevenção da infecção pelo VSR)
13 2. COMPONENTE ESTRATÉGICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Dificuldades: Abastecimento irregular dos medicamentos (tuberculose, tabagismo)
14 3. COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Tem como objetivo garantir a integralidade do tratamento medicamentoso em nível ambulatorial das doenças cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Min. Saúde. Os medicamentos disponíveis pertencem à RENAME vigente. FINANCIAMENTO: TRIPARTITE, dependendo do grupo a que o medicamento pertence: Grupo 1 - Medicamentos sob responsabilidade da União; Grupo 2 - Medicamentos sob responsabilidade dos Estados e DF; Grupo 3 - Medicamentos sob responsabilidade dos Municípios e DF. A dispensação do medicamento é realizada obrigatoriamente a partir do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, ou seja, depende da doença (CID) e de autorização de procedimentos de alta complexidade (APAC). PROTOCOLOS E NORMAS TÉCNICAS ESTADUAIS: Elenco de medicamentos definido pela SES/SP, distribuídos pelas farmácias do Componente Especializado: Toxoplasmose Aguda na Gestação; Imunoglobulina anti D (Isoimunização Rh em Gestantes), DPOC, *fibrose cística, prevenção do vírus sincicial respiratório. Alergia a proteína de leite de vaca
15 3. COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Dificuldades: Número reduzido de pontos de dispensação destes medicamentos pelo estado (grandes distâncias ou grandes filas de espera em algumas unidades) Proposta de descentralização que onera os municípios. Grande maioria dos municípios realizam as etapas de solicitação, dispensação e renovação de continuidade. A logística é bem onerosa para os municípios. Alguns exames exigidos para o acesso ao Componente Especializado da AF têm fila de espera longa
16 4. MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS Não são padronizados e nem fornecidos por meio dos Programas de medicamentos do SUS; A assistência se dá por meio de unidades especializadas denominadas UNACON e CACON, que são responsáveis por todo o tratamento, incluindo o fornecimento de medicamentos oncológicos (livremente padronizam, adquirem, prescrevem e dispensam); Procedimentos quimioterápicos => não se referem a medicamentos, mas, sim, a indicações terapêuticas de tipos e situações tumorais.
17 4. MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS PORTARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Nº 2.439, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2005 Medicamentos com indicação oncológica comprados pelo MS e distribuídos pelas SES aos Serviços Dactinomicina (neoplasia trofoblástica gestacional, rabdomiossarcoma, tumor de wilms) Mesilato de imatinibe (tumor do estroma gastrointestinal (GIST), leucemia mieloide crônica, leucemia mieloide aguda, leucemia aguda cromossoma Philadelphia positivo); Dasatinibe (20mg, 50mg e 100 mg) e Nilotinibe (200mg) para o tratamento de Leucemia Mieloide Crônica do Adulto Trastuzumabe (câncer de mama HER-2+ inicial ou localmente avançado); L-asparaginase (linfoma linfoblástico, leucemia linfocítica linfoblástica aguda); Rituximabe (linfoma difuso de grandes células B e linfoma folicular) SES/SP => responsável pela programação, armazenamento e distribuição a Rede de Atenção Oncológica de Alta Complexidade (15 CACON s e 50 UNACON s)
18 5. VAZIOS DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Principais vazios estão relacionados aos medicamentos da chamada Média Complexidade Há oferta de consultas e exames especializados, mas não garantimos a respectiva Assistência Farmacêutica. Necessidade de discutir a Regionalização da AF (quem será responsável por disponibilizar os medicamentos prescritos, o município que atendeu ou o de origem do paciente?)
19 6. PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR DO BRASIL Elenco do programa é composto de medicamentos do Componente Básico da AF Desde sua implantação, em meados de 2005, não houve revisão do elenco a partir das revisões da RENAME O Programa Aqui Tem Farmácia Popular realizado por convênios com drogarias privadas compete em abastecimento dos fornecedores, dado que o elenco é o mesmo disponível no SUS e nas unidades próprias do Programa. O programa é complementar e não substitutivo
20 COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS - CONITEC Instituída pela Lei nº , 28/04/2011 Composição: Representantes de todas as Secretarias do MS, CONASEMS, CONASS, CNS,ANS, ANVISA e CFM. Elabora pareceres quanto à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias (técnico x custo de incorporação) A CONITEC é responsável por recomendar a incorporação de medicamentos para o SUS (MS, SES e SMS), porém quem decide pela incorporação é o gestor (Secretário da SCTIE)
21 COMISSÃO DE FARMACOLOGIA CF-SES/SP Instituída pela Resolução SS nº 54, 11/05/2012 Composição: Gabinete do Secretário, CSS, CRS, CCTIES, CCD, AF, Comunidade Acadêmica, Hospitais universitários, COREN/SP, CRF/SP, CREMESP Assessora o Secretário de Saúde nas ações: Política Estadual de Medicamentos; Guia Farmacoterapêutico do Estado de São Paulo; Incorporação de novos medicamentos; Diretrizes para o uso racional de medicamentos; Boas práticas de prescrição, dispensação, ministração e seguimento farmacoterapêutico; Atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento da SES/SP Avalia as solicitações administrativas de medicamentos e de nutrição enteral não padronizados no SUS
22 OBRIGADA SUSANA YASKARA BORCHES HERRERA
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