Troca de Farpas INICIAL ÚLTIMAS. EDITORIAS Capa Opinião Cidades Política Economia Mundo Esporte Magazine. CLASSIFICADOS Veículos Imóveis

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1 Página 1 de 2 Troca de Farpas No lançamento do 7º Goiânia Mostra Curtas, promotora critica Conselho Estadual de Cultura Rogério Borges Os jardins da nova sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Goiás, chamada de Casa do Iphan, no antigo imóvel da família Abrão, perto da Praça Cívica, foram o cenário escolhido pelo Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icuman), na manhã de ontem, para lançar oficialmente a 7ª edição do Goiânia Mostra Curtas, evento que já é o terceiro maior do País dedicado à produção de curtasmetragens. O café da manhã, que marcou o início para as inscrições do festival, que será Diomício Gomes Maria Abdalla: indignação com a nãoaprovação do projeto do festival na Lei Goyazes realizado entre os dias 9 e 14 de outubro, no Teatro Goiânia, serviu também de oportunidade para que Maria Abdalla, criadora e coordenadora do projeto, atacasse o Conselho Estadual de Cultura que este ano, diferentemente das seis edições anteriores, vetou incentivos à mostra. Uma decisão que fez o festival perder patrocínios locais e irritou profundamente seus organizadores. Vou fazer um desabafo, avisou Abadalla antes de iniciar seu pronunciamento, dirigido a artistas convidados e também a representantes da Prefeitura de Goiânia e do governo estadual. Foi com surpresa que recebemos a notícia de que a 7ª Goiânia Mostra Curtas não foi aprovada pelo Conselho Estadual de Cultura para que recebesse os benefícios da Lei Goyazes de incentivo à cultura, disse. Segundo ela, uma atitude que gerou frustração e indignação. Vivemos uma situação estranha, em que um patrocinador ficou aguardando o projeto ser aprovado para investir, o que não aconteceu, disse. Segundo Abdalla, a avaliação do conselho se baseou em desinformação. Ela também disse que começa a duvidar dos reais interesses do conselho e que já não acredita que ele esteja preocupado em fomentar e projetar as manifestações culturais do Estado. O festival leva o nome do Estado lá fora, forma público, capacita mão-de-obra para o cinema. Ataque e defesa Além disso, outro projeto do Icuman, que buscava apoio na Lei Goyazes, foi barrado pelo Conselho Estadual de Cultura. Trata-se do Popular, que promove exibições de filmes em praças públicas de cidades do interior de Goiás. Esta é uma proposta que existe há três anos e que conseguiu patrocínios até agora graças ao apoio da Lei Goyazes, assinalou. Por fim, a presidente do instituto anunciou que vai formalizar, junto ao governador Alcides Rodrigues, um pedido para que ocorra o mais rápido possível a renovação dos integrantes do conselho, algo que deveria ter ocorrido desde o início do ano, com a posse do novo governo.

2 Página 2 de 2 LEIA MAIS: Presidente diz que projeto era inconsistente Otimismo para o festival Números

3 Página 1 de 2 Presidente diz que projeto era inconsistente Luís Fernando Valadares, presidente do Conselho Estadual de Cultura, rebateu as críticas de Maria Abdalla, coordenadora do Goiânia Mostra Curtas. Nós não vetamos a idéia do festival, que é uma das melhores reuniões para se discutir cinema que temos em Goiás. Vetamos o projeto apresentado, que estava inconsistente. Luís Fernando diz que a proposta que chegou ao conselho, na verdade, era uma mera carta de intenções. O projeto dizia que haveria o convite a palestrantes, pedia dinheiro para passagens aéreas, mas não continha maiores especificações a respeito. Não havia detalhes sobre os workshops propostos, a relação completa de gastos. Havia muitas falhas, enfatiza. Ele menciona diversas informações ausentes que precisariam constar da proposta. O projeto não apresenta o programa do evento, sua metodologia, a carga horária, não confirma a disponibilidade dos locais para sua realização e nem a concordância das pessoas convidadas a participar. Falta ainda nomear a comissão de seleção e a composição do júri, além de justificar gastos com viagens, lista. O projeto foi indeferido sem análise de mérito, o que quer dizer que ele poderá ser reapresentado. O valor total da proposta é de R$ ,00. É um valor alto e também constatamos que há previsão de salários elevados para membros da coordenação do evento, que giram em torno de R$ 25 mil. Para completar, a proposta não menciona que o Goiânia Mostra Curtas conta com outra fonte de recursos, que é a Lei Rouanet, prossegue Luís Fernando. O presidente do conselho acrescenta que os mesmos problemas foram constatados no projeto do Popular. As duas propostas estavam vagas e superdimensionadas. Nós devolvemos os projetos em diligência, para que os proponentes fizessem as complementações necessárias, mas isso não aconteceu. Acredito que isso seja até didático para que as futuras propostas estejam melhor elaboradas. A respeito da mudança dos membros do conselho, Luís Fernando assegura que apóia a iniciativa de Maria Abadalla em pedir ao governador mais pressa no processo. Eu mesmo já encaminhei dois ofícios ao governador Alcides, um fevereiro outro em março, solicitando a nomeação dos novos membros São da cota do governador seis membros titulares e outros seis suplentes.. Quem sabe com a carta dela essa decisão enfim saia. Patrocínios Mesmo não contando com a ajuda suplementar da Lei Goyazes, o festival de curtas-metragens garantiu sua realização com os patrocínios da Petrobras, via Lei Rouanet, e do Fundo Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura, além do apoio da Unimed. Ainda temos dificuldades em conseguir parceiros regionais, mesmo com a grande repercussão nacional do evento. Falta um comprometimento maior dos empresários daqui com a idéia, observa Maria Abdalla. Mas ela admite que, em comparação com as primeiras mostras, o cenário melhorou em vários aspectos. Já conseguimos muitos avanços, como a formação de platéia e dos produtores, todos com um novo olhar para o curta-metragem. Isso se deu por conta das oficinas e pelo fato de termos democratizado o audiovisual, explica. Em sua avaliação, a participação de produtos filmados em Goiás, que ainda é minoritária em relação a obras

4 Página 2 de 2 vindas de outros Estados brasileiros, é sinal de que ainda há um caminho a percorrer. Mas o número de inscritos aumentou e a qualidade dos trabalhos também, considera.

5 Página 1 de 1 Otimismo para o festival A julgar pelo otimismo dos organizadores da 7ª edição do Goiânia Mostra Curtas, o evento deve mobilizar mais produtores de curtas-metragens e um público maior. As inscrições foram abertas ontem e vão até o dia 24 de agosto pelo site mas as primeiras projeções estimam que o número de participantes deve ser superior ao alcançado no ano passado. Em 2006, mais de 600 trabalhos foram submetidos à seleção, com mais de 100 filmes aprovados. Neste ano, serão aceitos curtas-metragens nos formatos 35mm, 16mm e Betacan ou produções digitais finalizadas nestas três bitolas. Os filmes devem ter duração máxima de 30 minutos. Concorrentes que não foram selecionados na edição passada podem ser inscritos novamente, desde que os trabalhos tenham sido finalizados em O resultado da seleção será divulgado no dia 4 de setembro. Os escolhidos serão distribuídos em cinco mostras competitivas e em uma mostra especial. As competições serão realizadas nas mostras Curta Mostra Brasil, com participantes de todo o território nacional; na Curta Mostra Municípios, que terá trabalhos feitos em cidades que não sejam capitais; na Curta Mostra Goiás, que vai privilegiar a produção local; na Mostrinha, dedicada a filmes que possam ser vistos pelo público infantil; e na Curta Mostra Bairros, que terá a avaliação de um júri popular. Já a Mostra Especial abrigará apenas documentários, gênero que será contemplado nesta edição do festival com debates e oficinas. A produção de documentários tem crescido muito no Brasil, pontua Maria Abdalla. Os números do próprio Goiânia Mostra Curtas atestam a ocorrência deste movimento. Nas três últimas edições do evento, 32% dos concorrentes inscritos eram documentários. Na programação deste ano estão previstos também lançamentos literários, encontros de entidades ligadas ao cinema e um seminário de roteiristas, a ser realizado nos dias 12 e 13 de outubro. Como já é de praxe, depois da exibição dos filmes no Teatro Goiânia, haverá o Curta Mostra nos Bairros, com exibição do material na periferia de Goiânia. As sessões estão marcadas para 19, 20 e 21 de outubro. Os principais objetivos do evento são a formação de público, a capacitação de mão-de-obra na área e a democratização do audiovisual. Tudo isso estamos conseguindo realizar comemora Abadalla. COMO SE INSCREVER: Até o dia 24 de agosto pelo site Mais informações: