UMA ROTA REPLETA DE RECORDES

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1 Mãe... Natureza no Cascaishopping de 10 a 19 de Outubro Preço 1.25 e (IVA incluido) Ano XXII Nº 270 SETEMBRO 2011 OEIRAS: OEIRAS 2: (M. Antas) Paço d Arcos: Aberto Sábado todo o dia BARRAGENS SECAS QUANDO? Director: Paulo Pimenta COTE D OR II UMA ROTA REPLETA DE RECORDES 1 de Outubro - Dia Nacional da Água Entrevistas ORLANDO BORGES BAPTISTA ALVES NUNO CAMPILHO INAG SMAS SINTRA SMAS OEIRAS/AMADORA

2 ENSINO O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Oeiras Internacional School inaugura em Barcarena Texto: helena moreira Fotos: j.r. No passado dia 20 de Setembro foi inaugurada, em Barcarena, a Oeiras Internacional School (OIS), a primeira escola internacional do Concelho de Oeiras. Esta inauguração contou com a presença do Presidente da Câmara, Isaltino Morais; do Embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Allan Katz; do Presidente da Associação da OIS, João Paulo Girbal e da Diretora da Escola, Maria do Rosário Empis. Após ter funcionado provisoriamente, durante o ano passado, nas instala- Uma Quinta convertida em Escola ções da Fundição de Oeiras, a OIS iniciou este ano letivo de 2011/2012 já no local em que tinha sido projetada (as conversações para este projeto iniciaram-se em 2009), na Quinta da Nossa Senhora da Conceição. Esta é uma Quinta datada do século XVII, mandada edificar por cavaleiros flamengos no reinado de Filipe II, e é propriedade da Câmara de Oeiras desde O edifício principal da Quinta sofreu o mínimo de alterações possíveis, de modo a se poder manter o seu aspeto medieval, e é lá que se encontra a biblioteca, sala de música, sala de artes, laboratórios direção e serviços administrativos desta escola. No discurso de inauguração, que decorreu por volta das 11horas, e que foi presenciado por alunos, convidados e amigos, para além dos habituais discursos teve também direito à leitura de dois poemas por parte de duas alunas, um em inglês, outro em português. Na hora das palavras, todas elas foram direcionadas no sentido de presentear os envolvidos no projeto desta escola pelo seu trabalho. Todos os intervenientes se dirigiram à escola como uma escola de elite, tal como referiu o Dr. Isaltino Morais, Esta é uma escola de elite, a educação de privilégio que aqui se recebe não pode servir apenas aquele que a recebe, deve servir à comunidade, e é isso que corresponde ao que é ser uma elite. E realmente esta é uma escola de elite, todo o seu envolvimento é privilegiado, as salas de aulas são de grande qualidade com elevado sistema de audiovisual, os alunos dispõem de um campo de futebol com terreno em volta para poderem correr, e muitos Uma sala de aulas O descerramento da placa inaugural são os espaços verdes. Um outro aspeto que sobressai nesta escola é o fato de existir apenas uma turma por ano com um máximo de dezasseis alunos cada (as turmas vão desde o 5º ao 12º anos). Isto permite um trabalho muito mais direcionado para o aluno e que assimile de forma mais eficaz toda a aprendizagem. Apesar de ainda não estar terminada, neste momento existe uma sala para cada ano, mas isto foi só numa primeira fase, pois numa segunda fase irá crescer, existirá uma sala multiusos e um grande refeitório, que atualmente está a funcionar no que era antigamente o lagar. Para o Dr. João Paulo Girbal, o objectivo é que esta seja a melhor escola internacional em Portugal, e garante que os esforços vão ser feitos nesse sentido, para que se torne um modelo de ensino no país, continua o Presidente da Associação da OIS, que atua como voluntário nesta Associação sem fins lucrativos, conjuntamente com mais 29 fundadores. Finda a cerimónia, todos os que dela fizeram parte, mostraram-se satisfeitos com o projeto e para Fernando Vítor Alves, presidente da Junta de Freguesia de Barcarena, a localidade ficou mais rica em património e em cultura; estamos a falar de um ensino especial, os alunos que aqui estudam são os futuros líderes de amanhã, mostrando mais uma vez que esta é uma escola que vai dar que falar. A Directora da Escola no uso da palavra O Presidente junto da placa dos fundadores Cupão de Assinatura Nome: Torne-se assinante de O Correio da Linha por 13 euros/ano (12 edições) e receba o Livro dos Avós de Jorge Gabriel Morada: Cod. Postal Tel. Profissão Data Nascimento Junto cheque nº do banco Contribuinte A partir de Rua Prof. Mota Pinto, loja Oeiras Tel.: / 96 geral@ocorreiodalinha.pt

3 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA Sintra entrega selo de qualidade aos artesãos Como forma de promover o artesanato local, a Câmara Municipal de Sintra atribui o prémio Selo de Qualidade a artesãos do concelho. A cerimónia de entrega, bem como os diplomas a todos os participantes, realizou-se dia 10 de Setembro na Casa de Cultura de Mira Sintra. Foi inaugurada uma exposição com todas as peças artesanais concorrentes ao Selo de Qualidade 2011, que estará patente ao público até ao dia 16 de Outubro. Este certificado é uma forma de dignificar e prestigiar os ofícios artesanais, com um atestado de qualidade e excelência, que promove a revitalização, valorização e divulgação do que melhor se faz em Sintra a este nível. O artesanato consiste numa forma de expressão artística popular que tem perdurado através dos tempos e que se traduz num legado histórico, transmitido de geração em geração, constituindo um testemunho histórico valioso que retrata a cultura de um povo. Este ano de 2011 candidataram-se 24 artesãos, com 63 peças, tendo sido distinguidos com o Selo de Qualidade 16, certificadas 28 peças de artesanato e concedidos 2000 Selos de Qualidade tendo sido o júri constituído por representantes das entidades: Pela AESINTRA Associação Empresarial de Sintra Maria Florinda Xavier; Pelo IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional Elsa Mano; Pelo CEARTE Centro de Formação Profissional do Artesanato João Pedro Amaral; Pela Fundação INATEL Sofia Tomás; Pela Câmara Municipal de Sintra Rosário Miranda. ESPAN inicia ano lectivo Q uando, em 14 de Setembro, as férias terminaram, as portas da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, o ex liceu, davam acesso a uma nova escola. Agora que as obras estão concluídas e chegam os últimos móveis e se migra para a nova rede informática, o ambiente é de facto novo. Parece que a escola ficou maior. As salas são acolhedoras, há muitos espaços para convívio, a Biblioteca é ampla e agradável, o pavilhão das ciências é moderno. O alcatrão da avenida principal é compensado pelo verde e pelas novas árvores que crescem lentamente. É agradável estar no novo Poli (sala de alunos), com o bar ao lado. A sessão de boas vindas aos novos alunos (7º e 10º anos) decorreu no novo auditório. Os seus 207 lugares ficaram cheios em várias sessões com alunos e encarregados de educação. Depois das boas vindas, os alunos distribuíramse por salas com os seus Professores Diretores de Turma e os Encarregados de Educação tiveram a sua primeira sessão de informação com a Associação de Pais (apespan@gmail.com), que lhes ofereceu a oportunidade de participarem em sessões de formação a iniciar nas semanas seguintes. Uma sessão sobre métodos de estudo e como acompanhar os filhos em casa no processo de aprendizagem, bem como uma série de sessões Pai a Pais em colaboração com a APPIP (associação.appip@gmail. com), para começar em 6 de Outubro. Quando uma hora depois todos se passeavam no parque da Escola, de volta a casa... os filhos falavam da impressão do novo DT e os pais confessavam que afinal entraram encarregados de educação e tinham saído como formandos. Assim se pretende dar corpo ao desejo expresso no site da Escola, de que, na Padre Alberto, no novo ano letivo, toda a comunidade educativa seja uma comunidade aprendente. ACTUAL Mãe... Natureza expõe no Cascaishopping Pelo segundo ano consecutivo o Cascaishopping associa-se ao jornal O Correio da Linha ao ceder um espaço para expor 280 fotografias enviadas por 88 fotógrafos amadores e profissionais do V Concurso de Fotografia subordinado ao tema Mãe Natureza. O evento vai estar patente entre os dias 10 a 18 de Outubro nos expositores cedidos gentilmente pelos SMAS de Sintra. O V Concurso de Fotografia só foi possível com o apoio de 22 empresas amigas: Câmara Municipal de Sintra, Junta de Freguesia de Queluz, SMAS de Sintra, Oeirasparque, Tratolixo, SANEST, Grupo Apametal, MX3 Artes Gráficas, HPEM, Delta Cafés, Irmãos Casalinho, Pronucase, A. Santo SA, Azeite Vale Grande, Energia. Pt, Hama, Viborel, Edicais, Museu do Ar, Cascaishopping, Elvina Confeitaria e Museu do Bonsai e da Árvore. Mas o VI Concurso já está a ser preparado Perspetivas da Natureza sempre divulgando o maravilhoso mundo que nos rodeia e que temos de defender e proteger pois se não for o humano a limpar o ambiente e a natureza quem o vai salvar?

4 ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Texto: igor pires Fotos: j.r. As Festas de São Miguel Arcanjo vão trazer muita música e animação a Queijas de 23 de Setembro a 16 de Outubro. Com um cartaz musical que conta com nomes, como Nuno da Câmara Pereira, os Compacto e os Nova Banda, as festividades irão incluir uma Missa Solene com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Em exclusivo para o jornal O Correio da Linha, Luís Lopes, Presidente da Junta de Freguesia de Queijas, apresenta os destaques do programa das Festas, analisa os dois anos de mandato e explica as várias iniciativas desenvolvidas pela Junta para melhorar a qualidade de vida da população. O Correio da Linha (C.L.) Quais são os principais destaques do programa das Festas de São Miguel Arcanjo? Luís Lopes (L.L.) Antes de mais, é bom esclarecer que as Festas deste ano estão um pouco diferentes, embora tentem manter a qualidade de sempre. Normalmente, havia as festas do Dia da Freguesia, que tinham lugar entre Maio e Julho, e depois as Festas de São Miguel Arcanjo, que eram organizadas apenas pela paróquia, apesar de ter havido sempre o apoio da Junta. No entanto, este ano decidimos apostar unicamente nas Festas de São Miguel Arcanjo por razões orçamentais e por entendermos que as festas da freguesia de Queijas são as Festas de São Miguel. A nível profano, o destaque é a noite de fados, que dá o arranque às festividades no dia 23 de Setembro. Já na parte religiosa, destaco, no dia 25 de Setembro, a Procissão, que este ano é acompanhada pela Congregação de S. Miguel da As festas atraem milhares de visitantes Queijas está em festa Ala, cujo padroeiro é precisamente o S. Miguel e o patrono é o fadista Nuno da Câmara Pereira, que vai actuar na noite de fados. A referir ainda, no dia 16 de Outubro, a Missa Solene com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, a propósito do 25º Aniversário da Dedicação da Igreja de Queijas (Crismas). De resto, os visitantes podem contar com todas as diversões habituais neste tipo de festividades: os carrinhos de choque, os bailes, as zonas das comidas e das bebidas... Todas estas actividades estão localizadas no Mercado. C.L. Está satisfeito com o programa das Festas? L.L. Sim, nós esforçámo-nos por fazer o melhor programa, dentro das nossas possibilidades. Trata-se de um programa equilibrado e mantém a qualidade dos anos anteriores. Por exemplo, logo no primeiro dia, se a camada mais jovem não gostar de fados, pode sempre divertir-se com o Karaoke. C.L. Faz agora dois anos que assumiu o cargo de Presidente da Junta de Freguesia de Queijas. Como tem corrido o mandato? L.L. Bom, acho que tem corrido bem, mas a população é que vai julgar se correu bem ou não nas próximas eleições autárquicas. Esta Junta de Freguesia é equilibrada, não tem grandes problemas e não há qualquer razão de queixa. Tem havido sempre uma cooperação entre as várias forças políticas para trabalharem para o bem comum, apesar de o Executivo ser unicolor. A Câmara Municipal de Oeiras também tem sempre apoiado a Junta de uma Trata-se de um concelho dinâmico e com muita vida forma extraordinária. Essa cooperação é muito importante: afinal, muito do que acontece em apenas uma freguesia reflecte-se em todo o concelho. Logo, independentemente dos partidos políticos, estamos todos unidos. C.L. O apoio social tem sido uma das prioridades do seu mandato L.L. Claro que sim. Para a Junta, o mais importante são as pessoas. Numa época tão problemática como aquela em que vivemos, esse apoio é extremamente importante. Logo, a aposta orçamental da freguesia é orientada para as pessoas, contribuindo para que estas se sintam mais confortadas. Isso é um aspecto que já era fundamental no mandato anterior e que nós continuámos a desenvolver. Portanto, nós concretizámos, recentemente, algumas iniciativas que têm esse mesmo objectivo. Uma delas é o Gabinete de Psicologia, um espaço integrado no projecto «Queijas a Viver» e que já está a surtir efeito junto da população. Afinal, cada vez mais as pessoas necessitam deste tipo de ajuda, nem que seja para desabafar. Além disso, alargámos a disponibilidade do Centro de Enfermagem, que foi inaugurado este ano. Por essa razão, este serviço agora dá assistência aos utentes de Segunda a Sexta-Feira, no horário das 14 às 16 horas. Para além de Queijas, o Centro abrange zonas, como Linda-a- Velha e Carnaxide. Alterámos também a filosofia do «Queijas a Viver», que tem como fim apoiar os carenciados e a terceira idade. Por exemplo, graças a este projecto, os reformados podiam manter-se activos na sociedade, ajudando a população mais carenciada. Contudo, devido a questões orçamentais, tentámos direccionar a ajuda dos reformados mais para o apoio às escolas e para o Centro de Enfermagem, embora a Junta auxilie sempre a faixa mais carenciada da população. C.L. A preocupação com a Natureza também é constante. Afinal, Queijas é uma ecofreguesia L.L. É verdade. Queijas é uma ecofreguesia já desde o mandato anterior e manteve essa denominação e essa característica. Nós preocupamo-nos em manter as ruas limpas, devido, precisamente, ao cuidado que temos com as pessoas. É importante para alguém que esteja psicologicamente em baixo sair à rua e ver como tudo está limpo. Há iniciativas recentes que visam esse mesmo objectivo, como a complementaridade entre os cantoneiros da freguesia e os cantoneiros da Câmara Municipal. Esta acção é muito importante, visto que há zonas que devem ser limpas com bastante regularidade, como os parques

5 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA ENTREVISTA infantis e as áreas caninas. Tem também havido alterações no método da recolha do lixo, o que tem originado uma melhoria nessa actividade. Aliás, firmámos recentemente um protocolo que possibilitará a colocação de pontos de recolha de artigos electrodomésticos em toda a freguesia. C.L. Para além dessas, que outras iniciativas é que destaca? L.L. Houve um protocolo que foi iniciado pelo anterior Executivo e que se mantém no actual: trata-se de um acordo entre as freguesias de Queijas e de Barcarena para alargar o cemitério de Barcarena. Estamos ainda numa primeira fase, na qual vamos construir e explorar o forno crematório, que será o primeiro existente no concelho de Oeiras. Trata-se de um complemento ao cemitério tradicional. Este protocolo também demonstra a importância da ajuda mútua que deve prevalecer entre as freguesias. Por outro lado, a Feira de Artesanato de Queijas vai sofrer algumas modificações: além de ser complementado por uma Feira do Livro, o evento irá ocorrer, a partir de agora, A actuação de diversos ranchos folclóricos A imagem de São Miguel Arcanjo sempre no último fim-de-semana de cada mês. Quando estiver mau tempo, a Feira do Artesanato terá lugar no Mercado. Caso contrário, o evento decorrerá no espaço exterior. Este tipo de iniciativas é importante para movimentar a freguesia. Além disso, temos também duas ou três grandes obras que esperamos concretizar até ao final do mandato. C.L. Que obras são essas? L.L. Fundamentalmente as grandes obras são da Câmara. Por exemplo, temos as obras do Mercado, que devem arrancar no próximo ano, e a problemática da unidade de saúde familiar que continua na ordem do dia e que passa também pela Administração Central. Como sabemos, esse organismo, actualmente, está num período de contenção orçamental e, por essa razão, penso que não haverá novidades em breve. C.L. A freguesia de Queijas abrange a zona da Linda-a-Pastora. Como é que se encontra essa área actualmente? L.L. A Junta tem tentado valorizar a zona da Linda-a-Pastora, embora não seja fácil, visto que esta é uma área de pequenas dimensões. No entanto, temos de reconhecer que a Linda-a-Pastora conta com entidades importantes, como os Bombeiros Voluntários da Linda-a-Pastora e o Linda-a-Pastora Sporting Clube. O último, inclusive, tem feito um percurso extraordinário, principalmente no atletismo. C.L. Podemos considerar que Queijas é uma freguesia com uma boa qualidade de vida? L.L. Queijas é um bom sítio para se viver tal como todo o concelho de Oeiras. Este é sem dúvida um dos melhores municípios do país graças à qualidade que o actual Presidente da Câmara Municipal, Dr. Isaltino Morais, tem imprimido há já alguns anos. Realmente, o concelho mudou muito de há 30 anos para cá. Antigamente, Oeiras era um dormitório que ficava entre a capital e Cascais, que era um município com fortes qualidades turísticas. Hoje em dia, Oeiras tem as melhores escolas do país, aposta intensamente em áreas, como a ajuda social, e tem garantido boas condições de trabalho a certas entidades, como os Bombeiros Voluntários e a PSP. Trata-se de um concelho dinâmico e com muita vida. Oeiras está lá está de volta Mudar uma lâmpada, desempenar uma porta, pintar uma parede ou simplesmente sair de casa para comprar um produto são tarefas banais para a maioria das pessoas, mas que para algumas de mais idade e com problemas de mobilidade podem ser bastante complicadas ou até impossíveis de realizar. Este Serviço consiste na prestação gratuita de serviços de reparações domésticas e de entrega e colaboração domiciliária a todos os cidadãos residentes no concelho de Oeiras, com idade igual ou superior a 65 anos e que se enquadrem no conceito de carência económica ou que sejam portadores de deficiência. Os interessados neste Serviço deverão comunicar através do número de telefone ALGÉS - Segunda a Sábado das 10h às 14h e 15h às 20h Av. Bombeiros Voluntários, 76-B Algés T.: / coord. GPS 38:42:27 Norte 9:13:31 Oeste alges@clinicaveterinariajoaoxxi.pt LISBOA - Segunda a Sábado das 8h30 às 21h30 Domingos e Feriados das 10h às 20h Av. João XXI, 18 c/v Lisboa T.: / coord. GPS 38:44:34 Norte 9:08:12 Oeste lisboa@clinicaveterinariajoaoxxi.pt w w w. c l i n i c a v e t e r i n a r i a. c o m. p t joão carvalho morgado (10º aniversário) cascais A familia informa todos os amigos que manda rezar missa em memória do ente querido no próximo dia 18 de Outubro às 19h15, na Igreja Paroquial de Cascais.

6 ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Texto: cláudia silveira Fotos: j.r. A propósito do Dia Nacional da Água, que entre nós se assinala a 1 de Outubro, propomos aos nossos leitores uma reflexão sobre a forma como é gerido este recurso por cada um de nós e sobre o papel desempenhado pelas entidades que têm atribuições específicas na sua gestão. Nesse sentido, o Jornal O Correio da Linha entrevistou o Presidente do Instituto da Água, I.P., Orlando Borges, que sistematizou as principais atribuições e competências que actualmente regem a actividade deste organismo tutelado pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. O Correio da Linha (C.L.) Quais são as principais atribuições do Instituto da Água? Orlando Borges (O.B.) O Instituto da Água (INAG) é a Autoridade Nacional da Água, assegurando o cumprimento das obrigações assumidas por Portugal no quadro da União Europeia, sendo igualmente a entidade com competência normativa e orientadora para efectuar a gestão da água no País. A nível regional, existem Administrações de Região Hidrográfica, cabendo ao instituto a coordenação das linhas de orientação quanto à gestão dos recursos hídricos. A actividade do INAG exerce-se quer sobre as águas interiores, assumindo responsabilidades sobre as barragens e na regularização fluvial, quer sobre o litoral, sendo a autoridade com competência para garantir a protecção e defesa costeira e assegurar jurisdição do domínio público marítimo. Recentemente, o INAG também absorveu responsabilidades na área do meio marinho, sendo a autoridade responsável pela coordenação em Portugal da Directiva Quadro do Meio Marinho. C.L. Atendendo a este vasto conjunto de atribuições e competências, o que está previsto vir a suceder ao INAG no âmbito das reformas administrativas tendentes a concentrar meios e recursos da administração central do Estado preconizadas através do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (PREMAC) implementado pelo actual Governo? O.B. Está prevista uma reorganização de todo o sector, mas o modelo ainda não se encontra definido. No entanto, de acordo com a boa lógica da racionalidade e da criação de sinergias em torno dos organismos do Estado, as competências actualmente atribuídas ao INAG irão ser enquadradas no actual Ministério, que agrega igualmente a Agricultura e o Mar. Isto significa que se perspectiva que algumas das competências até agora atribuídas ao INAG, nomeadamente no âmbito da Directiva Quadro do Meio Marinho, possam vir a ser encontradas noutros organismos, uma vez que hoje existe uma Secretaria de Estado dos Assuntos do Mar, entidade que poderá vir a exercer algumas dessas responsabilidades. Haverá, com certeza, uma reorganização das competências e atribuições do INAG, sendo que terá sempre que existir, a nível nacional, por exemplo, uma autoridade para a segurança de barragens. Contudo, as respectivas funções poderão vir a estar agregadas no mesmo organismo, ou poderão vir a ficar dispersas ou agregadas a outro organismo. C.L. A Directiva Quadro da Água, bem como a Directiva Quadro do Meio Marinho, foram transpostas para a legislação nacional e introduzem diversas exigências designadamente em relação à gestão dos recursos hídricos. Qual é a situação portuguesa quanto ao cumprimento das directrizes comunitárias emanadas das respectivas directivas? O.B. A transposição para a legislação nacional da Directiva Quadro do Meio Marinho ocorreu há muito pouco tempo, uma vez que é mais recente do que a Directiva Quadro da Água. Assim sen- Presidente do INAG, afirma: Temos água de excelente do, encontra-se actualmente em curso a elaboração de relatórios diversos, os quais terão que estar concluídos até Quanto à Directiva Quadro da Água, apresenta implicações a vários níveis, sendo a mais central a necessidade de dispormos de Planos de Região Hidrográfica aprovados, os quais terão que estar necessariamente concluídos até ao final do corrente ano. Esse trabalho está a ser elaborado conjuntamente pelo Instituto da Água e pelas Administrações Regionais respectivas. Alguns deles já entraram na fase de discussão pública, como é o caso do Plano de Região Hidrográfica do Guadiana, enquanto que outros serão brevemente apresentados para esse efeito, designadamente o Plano da Região Hidrográfica do Tejo e o Plano da Região Hidrográfica do Douro. Embora exista algum desfasamento relativamente aos termos da Directiva, uma vez que os Planos de Região Hidrográfica já deveriam estar concluídos, encontramo-nos igualmente a desenvolver este trabalho em articulação com Espanha, que se encontra igualmente a ultimar os seus próprios Planos de Região Hidrográfica, sendo necessário definir um modelo relativo à gestão coordenada das bacias hidrográficas luso-espanholas, existindo uma interdependência entre os dois países no que se refere aos recursos hídricos. C.L. Para além dos Planos de Região Hidrográfica, encontram-se igualmente em fase de elaboração os Planos de Ordenamento de Estuários, dos quais o mais adiantado é neste momento o que respeita ao estuário do Tejo. Como se conciliam estes diferentes instrumentos de gestão? O.B. Necessariamente terão pontos coincidentes, mas enquanto que os Planos de Ordenamento de Estuários, e em concreto o Plano de Ordenamento do Estuário do Tejo, que se encontra actualmente em fase final da sua elaboração, constituem instrumentos de natureza regulamentar e de aplicação directa aos particulares, sendo planos de carácter normativo para a utilização do solo ou da água, os Planos de Região Hidrográfica constituem instrumentos macro de natureza sectorial, que identificam as principais medidas e linhas de acção para atingir a boa qualidade das águas. Isto significa que o Plano de Região Hidrográfica irá identificar as medidas que é necessário levar à prática para que o bom estado das águas se possa atingir, ao passo que o Plano de Ordenamento do Estuário procurará racionalizar e adaptar as utilizações existentes, tanto do ponto de vista da náutica como no que respeita à valorização do território. No entanto, é preciso ter em conta que o bom estado da água no estuário do Tejo pode estar dependente de factores que ocorrem noutros pontos da sua bacia hidrográfica, pelo que é fundamental que exista uma visão integrada do Plano de Região Hidrográfica. Assim, os Planos de Ordenamento de Estuário têm uma dimensão especial no que respeita à requalificação, valorização e uso do solo, ao contrário dos Planos de Região Hidrográfica, de natureza sectorial, mas ambos se cruzam por terem que ser coincidentes, nas suas grandes linhas, de forma a promoverem a qualidade das águas. C.L. A gestão integrada das zonas costeiras constitui outro dos domínios de intervenção do INAG. Tratando-se de espaços altamente sensíveis por se encontrarem sujeitos a elevadas pressões, quer de ordem natural, quer de origem antrópica, quais são os princípios orientadores da política desenvolvida pelo INAG relativamente a estes espaços? O.B. A gestão integrada das zonas costeiras foi objecto de um amplo processo de discussão pública, que resultou na definição de uma estratégia nacional aprovada pelo poder político e que se designou Estratégia Nacional para a Gestão Integrada das Zonas Costeiras. Tem três componentes, designadamente a do conhecimento, isto é, a necessidade de existir uma articulação entre as várias entidades e com a investigação, a do planeamento e do uso do solo, na qual os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) assumem um papel determinante uma vez que constituem o instrumento de gestão territorial que permite assegurar a articulação de políticas de intervenção, e uma terceira componente que é a governança, inicialmente de acordo com o modelo da governança por articulação, que pressupunha a coordenação entre diferentes entidades, nomeadamente as autoridades marítimas, as municipais, as portuárias e os distintos utilizadores, as quais convergiam nos instrumentos de gestão territorial, como era o caso dos POOC. Contudo, esse modelo encontra-se actualmente a ser ponderado pela Secretaria de Estado dos Assuntos do Mar, no âmbito da reorganização que está em curso dos serviços sob sua dependência. C.L. Ainda no que diz respeito às zonas costeiras, qual será o impacto da aplicação da Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos, que pressupõe que até 2014 os proprietários de prédios rústicos que confinem com o mar ou com os rios onde se façam sentir os efeitos das marés façam prova de que os mesmos já eram propriedade privada em 1864? Poderá isto representar uma ameaça à preservação da paisagem tradicional de alguns pontos do nosso litoral, designadamente as salinas da ria de Aveiro ou do sapal de Castro Marim? O.B. A Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos foi aprovada pela Assembleia da República e incide sobre a questão da dominialidade, que pres-

7 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA ENTREVISTA qualidade supõe que os terrenos que distam menos de 50 metros da margem dos rios integram o domínio público do Estado. Nesse sentido, torna-se necessário fazer prova, por apresentação sucessiva de documentação, que os terrenos constituíam propriedade privada desde Diz a referida lei que quando essa situação não é provada, se considera que os terrenos situados nessa faixa até 50 metros da margem do rio pertencem ao Estado. Trata-se de uma lei centenária em Portugal, a qual existe em poucos países no mundo, e que constitui uma enorme riqueza, ao considerar que o domínio público, ou seja a margem das águas do mar e as praias são de usufruto e de domínio do Estado. Nem em todo o lado é assim, uma vez que existem países onde as praias e as margens dos rios sujeitos à influência das marés são privadas. No entanto, esta tradição jurídica não pode colidir com direitos de propriedade dos particulares, uma vez que estes podem de facto possuir a propriedade de algumas dessas parcelas. O facto de a propriedade poder vir a ser reconhecida como particular não implica que possa ter uma ocupação que colida com os objectivos do usufruto, que pode não ser apenas de passagem, mas também de contemplação. Assim, desde que o INAG herdou essa competência, que inicialmente se encontrava sob a alçada das administrações portuárias, esse princípio da protecção da margem tornou-se sagrado, pelo que a faixa de terreno correspondente aos 50 metros de distância da margem não são susceptíveis de terem uma ocupação privativa, a não ser para a instalação de infra-estruturas para as quais não exista outra forma ou condições de poderem ser feitas, como é o caso de infra-estruturas portuárias, marinas ou apoios de praia. Assim, caso até 2014 os proprietários não façam prova da titularidade sobre os referidos bens, os mesmos serão considerados como pertencentes ao domínio público. Reconheço que este é um tempo de enorme trabalho, até porque a lei pressupõe que a decisão final sobre a posse dos bens seja tomada pelos tribunais, e que o prazo será extremamente curto para concluir os processos, sendo que as pessoas não estão suficientemente alertadas para esta situação e deverão procurar dar início ao processo de delimitação de forma a não serem surpreendidas com decisões administrativas, tendo em conta que a pesquisa de provas documentais pode ser demorada. Admito que algumas situações possam implicar uma derrogação no tempo, mas será um assunto de enorme complexidade que exigirá grande esforço, do ponto de vista técnico, não só para os tribunais e para as comissões de delimitação, mas também para os particulares, que deverão em devido tempo reunir a informação exigida para que possam ver reconhecidas as suas propriedades como privadas. Existe ainda a agravante de que, no que se reporta a terrenos do domínio público marítimo, o princípio de usucapião não se aplicar. C.L. Isso significa que, caso as pessoas não apresentem as provas requeridas, o Estado poderá vir a integrar no domínio público marítimo propriedades que hoje são consideradas particulares. Qual será a capacidade, por parte dos organismos públicos, de gerir todo esse vasto património? O.B. Poderá ser mais difícil para os particulares reunir toda a documentação dentro deste prazo do que a administração dar resposta aos requerimentos, até porque para os privados estes processos podem ser complicados do ponto de vista da junção da informação. Por esse motivo, torna-se importante que as pessoas se informem acerca desta matéria. C.L. - Não existirá o risco de virmos a assistir a grandes modificações da paisagem nalguns desses territórios, até agora ocupados por salinas, estaleiros de construção naval e outros equipamentos de carácter tradicional e à emergência de grandes empreendimentos mais vocacionados para o turismo e o lazer? O.B. Para o INAG, do ponto de vista da ocupação do território, é indiferente se as ocupações são públicas ou se são privadas. A única implicação que poderá vir a ter para os privados que não vejam reconhecida a posse da parcela de terreno localizada na margem é que a mesma venha a ser integrada no domínio público e, automaticamente, passará a ser obrigado a pagar uma taxa de utilização à administração pública, que nalguns casos é substancial, o que não sucede se a propriedade for reconhecida como privada. C.L. Actualmente assiste-se a um aumento generalizado dos custos de bens e serviços essenciais, o que levanta alguma preocupação junto da opinião pública. Neste contexto, existe alguma previsão de aumento de tarifas relativas ao consumo de água? O.B. A competência para a definição dos valores da tarifa da água pertence à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, aos operadores e às entidades que gerem os Serviços Municipais de Abastecimento de Águas, e não ao Instituto da Água. Não existe nenhuma norma que obrigue à uniformidade de tarifas no nosso País, mas estas são estabelecidas pelas entidades responsáveis pela sua gestão, designadamente os municípios, de acordo com circunstâncias várias. De resto, a Associação Nacional de Municípios tem desenvolvido esforços para aproximar os tarifários de forma a minimizar as disparidades dos custos da água de região para região. C.L. Contudo, a Directiva Quadro da Água introduz o princípio do utilizador-pagador no sentido de adequar o custo da água aos impactos ambientais que a sua utilização possa ter. Qual a situação portuguesa relativamente ao cumprimento desta determinação? O.B. De facto, a Directiva Quadro da Água não só prevê a introdução do princípio do utilizador-pagador, como também preconiza objectivos de recuperação de custos. Ao nível do ciclo urbano da água e do seu abastecimento, as orientações emanadas pelas entidades gestoras vão no sentido de aferir em contabilidade analítica todos os custos associados à captação, ao tratamento e ao fornecimento de água e, dentro de uma lógica de sustentabilidade desses sistemas, defendem que a recuperação desses custos se faça por via da receita, isto é, através das tarifas cobradas aos consumidores. Cada vez mais, as entidades gestoras procuram caminhar no sentido da recuperação desses custos. Por outro lado, a referida Directiva também preconiza a aplicação do princípio do poluidor-pagador e, nesse sentido, consideramos que, mais importante do que a aplicação da multa a quem prevarica, é dispor de mecanismos que, do ponto de vista económico, possam contribuir para inibir as descargas poluentes. No entanto, sobre a recuperação de custos, importa dizer que a directiva é de certo modo injusta para os países do sul da Europa, sendo necessário aplicar alguma flexibilidade, uma vez que os nossos agricultores ficariam claramente penalizados relativamente aos do norte da Europa se lhes fossem imputados custos de utilização de água em função dos consumos de que têm necessidade, pois teriam que integrar na recuperação total de custos os investimentos, por exemplo, associados à construção e manutenção de uma barragem. C.L. O Dia Nacional da Água, que se assinala a 1 de Outubro, constitui uma oportunidade para reflectir sobre medidas que promovam o uso sustentável deste recurso. Enquanto autoridade nacional da água, o INAG desenvolveu o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água. Em que consiste? O.B. O programa que refere foi desenhado por uma equipa técnica identificando medidas de carácter genérico que eram susceptíveis, se implementadas, de poderem contribuir para utilizar a água de forma mais eficiente, designadamente em três sectores específicos: a agricultura, a indústria e o meio urbano. O principal factor identificado como responsável pelo grande desperdício de água no nosso país é a falta de atribuição a este bem de um valor e um preço. Consideramos que a melhor forma de garantir a utilização eficiente da água consiste em atribuir-lhe um valor. Este programa integra diversas medidas de carácter voluntarioso visando a necessidade de preservar este recurso e a consequente adopção de boas práticas. Em Portugal, temos uma água de excepcional qualidade, sendo praticamente isentas as situações existentes na rede pública de não conformidade, o que significa que se investe muito no seu tratamento. C.L. Agora que nos encontramos no início de um novo ano escolar, gostaria que nos falasse do programa Operação Escola Eficiente desenvolvido pelo INAG. O.B. Trata-se de um concurso escolar a desenvolver ao longo de dois anos lectivos, que se inicia com o preenchimento de um formulário por parte das escolas interessadas, seguindo-se uma auditoria interna ao uso da água realizada pelos alunos, identificando problemas e definindo um plano de acção para os solucionar. Ao longo do projecto, o INAG vai dando apoio através da realização de acções e atribuindo certificados e premiando os melhores projectos. Temos de construir esta mentalidade de que o nosso planeta tem limites. Faço o apelo para que consultem no site do INAG toda a documentação relativa a este programa, bem como o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos/ Jovem, onde se encontram disponíveis muitas informações apresentadas de forma apelativa, que permitem desenvolver trabalhos relacionados com a água. C.L. Que mensagem deixa aos nossos leitores a propósito do Dia Nacional da Água? O.B. Gostaria de sublinhar a importância de utilizar a água de forma eficiente e, sobretudo, lembrar que cabe a cada um de nós contribuir com uma atitude positiva, colaborando para que se corrijam as más práticas.

8 ENTREVISTA O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Dia Nacional da Água celebrado em Sintra, Texto: cláudia silveira Fotos: j.r. O Dia Nacional da Água será assinalado nos concelhos da Amadora, de Oeiras e de Sintra através da realização de diversas iniciativas visando a sensibilização da população, e em particular dos mais jovens, para a necessidade de preservar este recurso. Constituindo o abastecimento de água um serviço público essencial prestado à população, O Correio da Linha procurou junto das entidades responsáveis pela sua gestão nestes concelhos, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Oeiras e da Amadora e os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra, inteirar-se dos principais projectos em curso e dos desafios com que actualmente se defrontam. Cardoso Martins, Conselho de Administração dos SMAS de Sintra C.L. - De que forma será assinalado o Dia Nacional da Água por parte dos SMAS de Sintra? C.M. - Com o objectivo de comemorar o Dia Nacional da Água, os SMAS- SINTRA vão promover, de 1 a 9 de Outubro, no Cascaishopping, uma exposição de cartoons. Esta mostra, subordinada ao tema «O Humor e a Água», abordará, com muito humor, entre outros temas, o abastecimento de água, Legenda o saneamento, a poupança de água, a seca, os custos e os recursos hídricos. A inauguração, no dia 1 de Outubro, às 15 horas, vai contar com a presença de alguns dos cartoonistas que ali vão expor os seus trabalhos. No Fórum Sintra, na mesma data, terá lugar uma exposição lúdica, direccionada para crianças, da autoria das artistas plásticas Elisa Paulino e Joana Ratão e promovida por estes Serviços Municipalizados. No primeiro dia de Outubro, às 15 horas, será distribuído o livro infantil «Margot e Ondina», com ilustrações das mesmas autoras. C.L. - Quais são os principais desafios que, na conjuntura actual, se colocam a um serviço municipalizado que tem a seu cargo a gestão da distribuição de água e o saneamento básico? C.M. Um desafio importante é a melhoria da qualidade do serviço que prestamos, através de investimentos programados na nossa rede de abastecimento e da rede de tratamento das águas residuais (esgotos), sem sobrecarregar a factura dos nossos clientes. Por outro lado, temos a consciência de que nos períodos de grande crise, o nosso papel social deve ser acentuado dando a mão às pessoas e famílias mais necessitadas. É o que procuramos fazer. C.L. - Que investimentos se encontram previstos na rede de distribuição de água e saneamento gerida pelos SMAS de Sintra? C.M. - O maior investimento dos SMAS para 2011 e 2012 é o da continuação da substituição da conduta adutora em betão armado,, que traz a Sintra a água desde a barragem de Castelo do Bode, por uma de ferro fundido dúctil, a efectuar em duas fases, que custará cerca de 8 milhões de euros. É um investimento que garante o consumo de água por mais de meio século ao concelho de Sintra. Estão também em curso duas outras obras de grande dimensão: as empreitadas de remodelação das redes de abastecimento nas freguesias de Monte Abraão e de Massamá, substituindo as velhas condutas, prevendo-se ainda o início, em breve, de outra obra, também de grande vulto, na freguesia de Algueirão - Mem Martins. Saliento igualmente a obra já iniciada, no âmbito do saneamento básico, na zona Norte da Base Aérea nº 1 (Cortegaça, Coutinho Afonso e Raposeiras). C.L. - Vivemos numa conjuntura em que os custos de bens essenciais têm vindo a ser agravados. Também se prevê o aumento das tarifas de água e de saneamento em Sintra? C.M. - Não está previsto qualquer aumento. Aliás aproveito para referir que, no tarifário que entrou em vigor em Janeiro de 2011, só houve agravamento do preço da água para quem consome mais de 25m³ mensais e porque foi criado um 4.º escalão, por obrigação legal. Também se verificou um agravamento na factura mensal da água em relação ao saneamento. Porém, quanto à tarifa de saneamento importa esclarecer que o cálculo da tarifa de ligação e da tarifa de conservação de esgotos anual, extintas com a entrada em vigor do novo modelo tarifário, incidia sobre o valor patrimonial dos imóveis ligados à rede pública de saneamento, sendo facturadas aos respectivos proprietários, sendo que as tarifas de saneamento, fixa e variável, passaram a ser debitadas na facturação mensal do cliente. Talvez seja importante referir aqui que, para tratamento das águas residuais do sul do Concelho de Sintra, os SMAS de Sintra pagaram à SANEST, em 2010, cerca de 9 milhões de euros. Ainda quanto ao saneamento, é de salientar que passou a haver a possibilidade de instalação de um segundo contador (para rega) cujo consumo fica, logicamente, isento da tarifa de saneamento. C.L. - Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores a propósito do Dia Nacional da Água? C.M. - Sendo a água um bem precioso porque é cada vez mais raro e sem ela não há vida, cabe-nos a todos contribuir para o seu bom uso. Por isso, pode ser importante no Dia Nacional da Água reflectirmos sobre a forma de, em nossa casa, contribuir para a sua preservação e utilização racional. Com isso, estamos também a melhorar o nosso orçamento familiar.

9 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA Oeiras e Amadora Nuno Campilho, Conselho de Administração dos SMAS de Oeiras e da Amadora O Correio da Linha (C.L.) - De que forma será assinalado o Dia Nacional da Água por parte dos SMAS de Oeiras e da Amadora? Nuno Campilho (N.C.) - Para assinalar o Dia Nacional da Água, estamos a preparar uma exposição que irá mostrar os vários projectos apresentados para o edifício ÁguaVida, que será construído no Parque dos Poetas. Esta exposição será inaugurada no dia 30 de Setembro e vai ter lugar no Palácio dos Aciprestes Fundação Marquês de Pombal, em Linda-a-Velha, com o objectivo de mostrar as várias propostas e de grande qualidade que recebemos para a construção deste edifício, que queremos que seja um importante instrumento de sensibilização e de promoção de uma cultura de poupança e racionalização da água, tendo sempre em vista uma dimensão lúdica, pois será possível viver e sentir todo o ciclo de vida da água. C.L. - Quais são os principais desafios que, na conjuntura actual, se colocam a um serviço municipalizado que tem a seu cargo a gestão da distribuição de água e o saneamento básico? N.C. - Quase que apetece dizer que o principal desafio é de sobrevivência, considerando as sucessivas notícias que dão conta de inúmeras medidas de contenção e de reorganização que poderão pôr em causa o serviço público de primeira necessidade que prestamos. Mas não vou dizer. Vou antes dizer que o nosso grande desafio é, exactamente, o oposto, é o de enfrentar esses constrangimentos e pugnar por manter o serviço de excelência que temos assegurado, cujos índices de satisfação globais andam na ordem dos 85%. Manter a elevada qualidade da água e prosseguir os investimentos de remodelação das redes, por forma a garantir um abastecimento sem falhas e sem flutuações de pressão, reduzindo as perdas de água e o seu impacto económico e ambiental. Pretendemos também prosseguir os programas que, pedagogicamente, preparam as gerações vindouras para a gestão deste bem tão precioso e acautelar, socialmente, as carências de que padece a população mais exposta ao risco dos dois concelhos. C.L. - Que investimentos se encontram previstos na rede de distribuição de água e saneamento gerida pelos SMAS de Oeiras e da Amadora? N.C. - Os investimentos centramse, sobretudo, na remodelação das redes e em 4 projectos de carácter plurianual, que são transversais ao mandato que assumimos, nom e a d a m e n t e, os Arranjos Exteriores do edifício da Brandoa, a remodelação da Central Elevatória da Fonte dos Passarinhos, o Edifício dos Serviços Técnicos em Leceia e o edifício ÁguaVida no Parque dos Poetas. C.L. - Vivemos numa conjuntura em que os custos de bens essenciais têm vindo a ser agravados. Também se prevê o aumento das tarifas de água e de saneamento? N.C. - Voltamos à questão da sobrevivência. Durante dois anos consecutivos os SMAS de Oeiras e Amadora não aumentaram as tarifas de água. Mas não é possível continuar a assumir, sem proveitos, os custos de estrutura associados aos serviços que prestamos e absorver, no nosso orçamento, mormente no capítulo da despesa, os valores de aumento que nos são impostos pelos nossos fornecedores (EPAL, SANEST e SIMTEJO). Logo, teremos de considerar aumentos para o próximo ano, que, ainda assim, e considerando os problemas sociais e de carências diversas que é latente em algumas faixas da nossa população, esperamos que tenham um impacto residual no orçamento familiar. C.L. - Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores a propósito do Dia Nacional da Água? N.C. - Ame a água! Pois, como canta Caetano Veloso, quando a gente gosta, é claro que a gente cuida. ENTREVISTA

10 10 ACTUAL O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Texto e Fotos: RAQUEL DIAS Desde Junho, todas as quartas-feiras, das 16h00 às 20h00, o Parque Delfim Guimarães, na Amadora, recebe o Mercado Agrobio, um local onde se vendem alimentos biológicos cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais e que possuem assim um maior teor de vitaminas, hidratos de carbono e proteínas, contribuindo para uma alimentação saudável. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora (CMA) em parceria com a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica Agrobio. Criada em 1985, a Agrobio surge da preocupação de um conjunto de médicos, professores e outros técnicos relativamente à alimentação sobretudo no que respeita à crescente industrialização dos produtos. Com o objectivo de promover e divulgar a agricultura biológica a associação desenvolve uma série de mercados biológicos no distrito de Lisboa Um mercado biológico com procura O Pequeno Mar Produtos congelados de alta qualidade Peixe Marisco Salgados e Legumes Fornecedor de Cantinas Restaurantes e Peixarias Junto à Escola Secundária da Amadora Av. Alexandre Salles, n.º 14 B Reboleira Tel.: Amadora tem mercado biológico Cascais, Oeiras, Algés, Carcavelos, Loures, Amadora, Av. de Roma mas também em locais como Almeirim e Aveiro. Considerando importante a divulgação deste tipo de produtos, a Câmara Municipal da Amadora enviou um convite à Agrobio para a realização de um mercado biológico no concelho. Um dos nossos objectivos com esta iniciativa é chamar a atenção das pessoas para um sector do consumo que a Amadora desconhecia, promovendo estilos de vida saudáveis, explicou o vereador da Câmara, António Carixas. Sendo um concelho onde existem várias hortas domésticas, é também objectivo da CMA dar formação aos vários produtores que estão espalhados pela Amadora pois eles precisam de mais informação e conhecimentos técnicos sobre a agricultura, especialmente sobre esta produção biológica. Queremos também regulamentar a situação destas hortas que muitas vezes estão localizadas em locais impróprios. É nosso objectivo ter no concelho terrenos destinados unicamente a fins agrícolas, adiantou o vereador. Ao contrário do que se pensa não é só nas zonas periféricas e suburbanas que se pode fazer agricultura. Com este mercado pretendemos estimular a produção local porque embora estejamos numa zona urbana, a agricultura biológica também se pode desenvolver aqui, basta para tal que os solos não fiquem junto às estradas ou a algum curso de água contaminada, explicou o responsável da Agrobio, Nélson Silva. Com cenouras a 1.30 euros e tomates a 1.50 euros o quilo, Maria de Lurdes Pires, embora cliente habitual do mercado, queixa-se dos preços elevados. A minha reforma não dá para estar sempre a comprar estes produtos, mas como são melhores venho aqui comprar algumas coisas, como hoje que levo pêras, figos e tomates. Para comprar ou apenas por curiosidade, as pessoas vão-se chegando para ver o mercado e mesmo os que não compram reconhecem as vantagens destes produtos e lamentam não ter capacidade financeira para os adquirir. Este é precisamente outro dos objetivos da Agrobio com este mercado: desmistificar a ideia de que os produtos de agricultura biológica são mais caros do que os de agricultura intensiva. Os produtos biológicos têm por base o solo que é alimentado com várias matérias orgânicas, sem recurso a produtos químicos como adubos ou pesticidas. Com efeito, o cultivo destes produtos exige mais trabalho, mais mão-de-obra, mais mecanismo, o que acaba por encarecê-los, tal como o facto de todos os alimentos terem de ser fiscalizados para garantir que aquele é um produto de agricultura biológica. Desta forma a pessoa sabe exactamente o que está a comer. Neste sentido os ganhos para o ambiente e para a saúde são inúmeros. Além disso, muitas vezes as pessoas acabam por desperdiçar alguns produtos porque entretanto se estragaram, enquanto os produtos biológicos têm uma maior durabilidade. Assim, embora estes alimentos sejam ligeiramente mais caros acabam por compensar em termos ambientais, de saúde e de desperdícios e aqui como se trata de uma venda directa produtor / consumidor os produtos acabam por ser mais baratos do que nos hipermercados, explicou Nélson Silva. Em funcionamento desde o passado mês de Junho, Patrícia Serôdio, uma das produtoras no local, diz ter verificado um crescimento da afluência ao mercado, sendo que já há clientes que regressam todas as quartas-feiras. A maior parte dos clientes vêm todas as semanas, até porque sabendo o que é bom não se volta aos produtos de agricultura intensiva. Não interessa a diferença do dinheiro que se paga porque se se gasta dinheiro num alimento que não dá prazer nenhum a comer, No âmbito do apoio ao desenvolvimento desportivo, a Câmara Municipal da Amadora vai apoiar financeiramente a inscrição de atletas do concelho nas mais diversas competições. O acréscimo do IVA para a taxa normal em diversos serviços desportivos e a redução em 15% da comparticipação do Estado nos encargos de funcionamento regular das federações desportivas, originou um acréscimo significativo das taxas e despesas administrativas no processo de inscrições, o que constituiu um esforço adicional na gestão corrente dos clubes e colectividades da Amadora, uma vez que este tipo de despesa assume um peso relevante nos seus orçamentos. Sensível a este constrangimento, a Câmara da Amadora encetou um conjunto de diligências junto das Bolos biológicos então é dinheiro deitado fora. Já para não falar da durabilidade destes alimentos, explicou. Na sua banca encontramos produtos que vão desde os chás, passando pelos doces, as broas de figo e noz, o pão de centeio, até às mais consumidas frutas e vegetais. Dos três produtores presentes no Parque Delfim Guimarães nenhum pertencia ao concelho Amadora. É nosso desejo que alguns produtores do concelho se venham a associar à Agrobio que posteriormente certificará os seus produtos podendo então vir vendê-los para este mercado. De qualquer forma, para essas pessoas realizamos no primeiro domingo de cada mês, a Feira das Hortas no Dolce Vita Tejo, onde temos vários produtores da Amadora, especialmente da freguesia de São Brás, disse António Carixas. Quanto à possibilidade de se vir a realizar um outro mercado biológico no concelho o vereador da CMA mostra interesse em ter um mercado destes em todas as freguesias mas que para tal é necessário haver mais produtores e, neste momento, a procura ainda não é suficiente para tal. Câmara apoia atletas federações e associações desportivas em cujas modalidades existem clubes da Amadora inscritos, no sentido de apurar o custo total das inscrições e o número de atletas envolvidos. A Autarquia, privilegiando o apoio à formação desportiva, vai custear a inscrição e o seguro desportivo de 20 atletas por escalão, com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos, nas modalidades de futebol, basquetebol, atletismo e andebol. Prevê-se que o alcance desta medida possa abranger os 800 atletas. Com este apoio dirigido aos escalões jovens, a Câmara Municipal da Amadora vai ainda diligenciar no sentido de suportar a realização dos respectivos exames médico-desportivos, enquanto requisito legal para a prática desportiva federada. Congresso Metafísica Cósmica A 22 de Outubro, irá realizar-se o 3º Congresso Internacional de Metafísica Cósmica, no Hotel Altis Park, nas Olaias (Lisboa). O congresso, contará com oradores vindos de Espanha, México e vários pontos de Portugal, pretende ser um evento de reflexão sobre várias temáticas referentes ao ser humano enquanto ser cósmico. A Metafísica Cósmica pretende ajudar o ser humano nos campos do Ser e do Saber e apresenta-se como uma escola que transmite os ensinamentos de grandes homens e mulheres que passaram pelo planeta Terra. O único objetivo é libertar o indivíduo das teias de sofrimento e dor em que se encontra preso e dar-lhe as ferramentas para ele próprio traçar o seu caminho rumo à auto-realização e à melhoria do mundo. Mais informações no site Informações e inscrições através do metafisicacosmica@ gmail.com, do Telm ou na Associação Metafísica Cósmica Saint Germain (Av. Conde de Valbom, n.º 72, 2º Esq., Lisboa).

11 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA Texto: davide pinheiro Fotos: c.m.o e D.P. Comemorou 250 anos em 2009 e desde então não se tem cansado de ganhar prémios. O Vinho de Carcavelos foi recuperado é uma aposta da Câmara Municipal de Oeiras na recuperação da tradição. A curto prazo, passará também a ser produzida aguardente. Conhecido e reconhecido, o Vinho de Carcavelos vive um período de regresso à boa forma que lhe valeu quatro prémios num passado recente. Dois no exterior: Prémio Aurum Vinho com Tradição Em breve do vinho... água ardente Provas do saboroso nectar pela CEUCO Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas, em Bordéus e no X Concurso Internacional do Vinho La Selezione del Sindaco, em Roma. E dois em Portugal, equivalentes a medalhas de prata na categoria de vinhos licorosos na quinta edição do Concurso Nacional de Vinhos e no Concurso de Vinhos de Lisboa Na prática, este é o resultado de um investimento de dois milhões euros da Câmara Municipal de Oeiras na preservação, manutenção da vinha já existente na Quinta de Cima do Marquês, mas também na plantação de nova área e na recuperação do edificado, particularmente no Casal da Manteiga, cuja estrutura remontava ao século XVIII. Foram ainda adquiridas pipas, garrafas e melhorados todos os aspetos administrativos de normalização do processo de produção. De acordo com o enólogo Tiago Correia, responsável pela visita guiada aos bastidores do Conde de Oeiras - assim foi denominado o vinho - no último sábado de Agosto, o Vinho de Carcavelos concorre na mesma categoria de generosos que o Vinho do Porto, o Vinho da Madeira e o Moscatel. Reconhecido e confirmado pela Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908, na qual foi definida a região demarcada, então formada pelas freguesias de S. Domingos de Rana e Carcavelos, do concelho de Cascais, e pela parte da freguesia de Oeiras que é reconhecida por produzir vinho generoso, este cálice de prazer era, já no século XVIII, bebido pelas elites europeias. A produção chegou a atingir três mil pipas, nos primeiros anos do século seguinte, verificando-se intensa exportação, através de Inglaterra, para mercados como a América do Norte, Índia e Austrália. Conta a história que a adega foi palco de festas e guerraiadas. Reveses provocados pelas pragas vinhateiras que assolaram o país e pela necessidade ACTUAL 11 Conde de Oeiras aposta na preservação Ficha Técnica A fama do vinho já atingiu além fronteiras de urbanizar terrenos, alimentada pela especulação imobiliária da segunda metade do séc. XX, quase resultaram na sua extinção. Na década de 80, as Quintas da Ribeira, dos Pesos e da Samarra, em Caparide, arriscaram reiniciar nos seus terrenos a prática entretanto interrompida. A partir de 2001, a produção de vinho generoso foi transferida para a adega do Casal da Manteiga, sendo repartida em partes iguais, pela autarquia e o Instituto Nacional de Investigação Agrária. A Confraria do Vinho de Carcavelos surgiu em 2009, lançando a marca Conde de Oeiras e iniciando a respetiva comercialização. Neste momento, é o único vinho no mercado a um preço médio de 35 euros. Em processo de envelhecimento está a colheita de 97/98. Já a colheita deste ano, sofreu uma perda de 50% devido a doenças. Um estágio de dois anos incluíndo seis meses em garrafa é obrigatório, revelou Tiago Correia. A partir daí, o envelhecimento do vinho é opcional. No caso do Conde de Oeiras, não estão a ser engarrafados vinhos com menos de cinco anos, explicou também durante a visita. O enólogo adiantou ainda que a partir de 2013, a rentabilidade será procurada através da produção de 30 mil garrafas. Isto apesar de a câmara não apostar no lucro mas sim na preservação, explicou. Nos planos da autarquia Visita à adega está também a colocação de um alambique na Quinta do Marquês com o intuito de produzir aguardente, até agora adquirida em Espanha. No discurso que se seguiu ao tradicional almoço oferecido a todos os que participaram na Festa das Vindimas, realizada a 15 de Setembro na Estação Agronómica, o presidente Isaltino Morais confirmou que o Ministério da Agricultura autorizou a produção de aguardente. Bem humorado, o autarca confessou a todos os presentes preferir aguardente e não whisky, recordando ainda o percurso recente do Vinho de Carcavelos: estava para se extinguir, fezse um acordo com a estação, plantou-se vinho e recuperaram-se os edifícios. No final da breve comunicação, outra novidade. A 11 de Novembro, será inaugurada a sede da Confraria na Rua Cândido dos Reis. A loja servirá como ponto de venda da Rota dos Vinhos, definida por garrafas de Carcavelos, Colares e Bucelas. Quanto às visitas guiadas à Adega e Vinha do Casal da Manteiga, decorrem no último sábado de cada mês, têm um custo de 5 euros e necessitam de dez participantes para se efectivarem. Os interessados devem fazer a sua inscrição na Loja Municipal do Centro Comercial Oeiras Parque, através do loja.cmo@cm-oeiras.pt ou pelo telefone No final, é dada a oportunidade de provar três vinhos. A par da visita, no local há um ponto de venda do Conde de Oeiras e de doçaria regional variada, como Queijadas de Oeiras, Carcaveló, Palitos do Marquês e Cacetes. jornal mensal de actualidade Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja Oeiras Tel /6 Tlm geral@ocorreiodalinha.pt Director: Paulo Pimenta Secretariado: Betania Paulo Redacção: Claúdia Silveira, Raquel Dias, Igor Pires, Davide Vasconcelos, Inês Correia, Verónica Ferreira, Tomás Tim-Tim, Helena Moreira Marketing e Publicidade: Sofia Antunes Fotografias: J. Rodrigues e Diogo Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park - Fracção Q - Armazém Rio de Mouro - Tel.: Administração: Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Propriedade/Editor: Vaga Litoral Publicações e Edições, Lda. Matr. Nº Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: N. C Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na I.C.S. N.º Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual 12 edições: 13 euros

12 12 DESPORTO O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Miguel Subtil orgulhoso do seu trimaran Cote d Or II Uma rota repleta de recordes e aventuras Texto: igor pires Fotos: J.R. e GILLES KLEIN Espírito de aventura, prestígio e liderança são algumas das qualidades que definem Miguel Subtil, proprietário e comandante do trimaran Côte d Or II, distinguido como o mais rápido veleiro português e actualmente fundeado em Paço de Arcos junto ao ISN. Numa entrevista exclusiva ao jornal O Correio da Linha, Miguel Subtil recordou o passado desta embarcação, a sua importância para a História Mundial da Vela e o seu percurso pleno de recordes e de vitórias. Residente em Paço de Arcos há mais de 15 anos, Miguel Subtil cresceu nas antigas colónias portuguesas de África onde o seu pai exercia a função de oficial da marinha e transmitiu-lhe o prazer de trabalhar e de viajar em alto mar: O meu pai trabalhava na marinha de guerra e, por isso, tive sempre a oportunidade de estar em contacto com variadas embarcações e consequentemente ganhei gosto por elas. Sem dúvida que a profissão do meu pai influenciou-me muito para fazer a minha vida na náutica. No entanto, a rota de Miguel Subtil nem sempre teve o mar como destino: Tirei um curso em Telecomunicações, depois especializei-me em Informática e já desenvolvi alguns projectos nessa área, mas há mais de 20 anos que praticamente só me dedico à navegação. Esta mudança de rumo aconteceu quando o comandante adquiriu uma das embarcações mais importantes da História Mundial da Vela: o Côte d Or II. Este trimaran foi a nona e a última embarcação concebida por Éric Tabarly, um dos velejadores mais importantes da História deste desporto e vencedor de muitas regatas oceânicas. Baptizado em 1986 pela Rainha Fabiola da Bélgica, o veleiro destaca-se pela sua potência e rapidez. Em 1988, Miguel Subtil conseguiu adquirir este barco histórico: Durante a 2ª edição da regata La Baule- Dakar, em Outubro de 1987, o Côte d Or II virou-se ao largo da ilha da Madeira. O barco ficou em destroços e foi a leilão. Dessa forma, consegui arrematá-lo no Verão de De outra maneira, seria impossível. Passados mais de 20 anos e depois de o ter reparado em todas as vertentes, o orgulho por ter adquirido esta embar- Para manubrar é necessário uma equipa experiente e treinada Características Técnicas Deslocamento Vazio: 9 T Máximo: 10.5 T Velocidade Máxima: 35 nós Média Máx: 25 nós Dimensões Linha-de-água: 75 pés/ m Comprimento fora-a-fora: 25 m Envergadura: 19.9 m Calado: 1.8 a 3.5 m Pontal: 2.5 m Armação Mastro de carbono tri-fraccionário Armação 15/16: Cutter Marconi Guinda do Mastro: 30 m Altura do Galope: 33 m Área Vélica à Bolina: 325 m² Área Vélica à popa: 750 m² Capacidades de Armazenamento Água: 175 L Gasóleo (Gerador): 100 L Gasolina(Motor): 80 L Baterias 12 V: 4 x 165 Ah Carga = ao peso tripulação: 750 Kg Tripulação 1 a 10: Lotação 12 Acomodações: 4 Equipamento Gerador Diesel Marítimo 220V KW Central de Navegação com Interface para PC 2 Agulhas de Governo, 1 Agulha Electrónica PC para Navegação com Cartas Digitais GPS com Interface PC Transceptores VHF GMDSS e HF-BLU Rádio Goniómetro LF-MF-HF Receptor Navtex automático Receptor Facsimile de cartas meteorológicas Piloto Automático Jangadas salva-vidas auto-insufláveis Baliza de emergência EPIRB GMDSS 121.5, 406 Mhz Painéis Solares 12V 2x20 W Limitação de Avarias 5 Bombas de escoamento manuais fixas l /hora 5 Bombas de escoamento eléctricas autom l/h 3 extintores de pó químico ABC de 6 Kg Propulsão Motorizada Inboard NaniDiesel 38HP, Fora-de-borda Mercury Profissional 25 H.P. Hidráulica Comando dos 2 Hidrofóis, Estai-Volante e Esteira da Vela Grande todos actuados por macacos Hidráulicos. Patilhão escamoteável com 4.6 m Leme em espada, suspenso. Porto de Registo: Funchal I. Madeira Categoria de Navegação: A Alto-mar cação mantém-se: Trata-se de um barco que está em excelentes condições e que é perfeitamente capaz de competir com veleiros mais recentes. Na altura, quando adquiri a embarcação, eu pensei exactamente no valor que essa aquisição teria para o nosso país. Afinal de contas, apesar de em Portugal haver muita gente com gosto pelo mar e pela vela, nós não temos meios, nem orçamentos, para construir embarcações deste porte, pois este barco é único no nosso país. Era uma oportunidade muito rara para o nosso país adquirir um barco que pertence à elite dos velejadores de Fórmula 1. Em termos de competição, só existem mais seis embarcações com as mesmas características do Côte d Or II, em todo o Mundo. A rota deste veleiro é marcada por muitas vitórias e recordes: O barco ganhou todas as rega- Em Paço de Arcos mais uma beleza para admirar quem passa na Marginal

13 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA DESPORTO 13 Éric Tabarly e Miguel Subtil de documentos, e com o valor do seguro de perda total, caso a embarcação se perdesse no mar. E isso quase aconteceu, quando o comandante do veleiro sentiu-se mal durante o segundo dia da regata e o barco ficou abandonado em alto mar. Mas, felizmente, consegui recuperar a embarcação, graças ao excelente serviço da equipa de salvamento espanhola. O Côte d Or II também tem funcionalidades paralelas à vertente competitiva: O barco foi construído para o lançamento de marcas e de publicidade em larga escala tal como acontece em outras modalidades desportivas de topo. Creio que devíamos utilizar mais a embarcação para essa finalidade e estou sempre a chamar a atenção de empresários para descobrirem que o veleiro é uma mais-valia. Para gerir todas as actividades que envolvem este barco, foi criada recentemente a Associação Trimaran Côte d Or II (ATCO), localizada em Paço de Arcos, na Rua Costa Pinto: A ATCO conta, neste momento, com 15 colaboradores e tem como objectivo a viabilização e a manutenção do veleiro, que, como já referi, é um património extraordinário. Aliás, ele é muito valorizado no seu país de origem, a França, e os franceses queriam até tê-lo de volta Mas eu tenho uma espécie de motivo patriótico e orgulhome por manter e preservar o veleiro no nosso país, agora com a ajuda da ATCO. Afinal, estamos a falar de uma embarcação com capacidades que nunca foram vistas em outra embarcação portuguesa. À margem do trabalho técnico que exerce no Côte d Or II, Miguel Subtil quer aproveitar as suas habilitações na Informática para criar brevemente um software português de navegação que seja digno desse nome, projecto ao qual já se dedica há vários anos. Para além da rapidez e da potência, Miguel Subtil considera que o Côte d Or II é um veleiro carismático : Sempre que tinha problemas com o barco em Portugal, todas essas dificuldades foram superadas devido à ajuda de instituições, como a Marinha de Guerra, Oceantsteel. pt, Marina de Tróia, Porto de Recreio de Oeiras, Marina de Cascais e DND e de muitos amigos que são profundos apreciadores deste veleiro. Realmente, mal as pessoas entram em contacto com o barco, encantam-se imediatamente. Acho que isso acontece porque, além de ser uma máquina extraordinária, o Côte d Or II tem também uma decoração interessante e cativante Por isso, é muito, muito raro alguém não gostar desta embarcação. PERFIL Nome: Miguel Subtil Idade: 45 anos Signo: Balança Prato Favorito: Gaspacho Alentejano Pedra Preciosa: Diamante Cor: Vermelho Destino ideal de férias: São Tomé e Príncipe Um livro: Memórias de Alto- -mar, por Éric Tabarly Um filme: O Rochedo, de Michael Bay Uma música: Time, dos Pink Floyd Virtude: Perfeccionista Defeito: Autoritário O que mais admira? Bons profissionais O que mais odeia? Incompetência Clube Desportivo: Belenenses tas que terminou. Destaco, por exemplo, o Grande Prémio de Brest e o Grande Prémio de La Trinité sur Mer, as duas primeiras regatas em que esta embarcação participou, em 1987, conquistando o primeiro lugar em ambas. Apesar dos sucessos do passado, o barco mantém a sua carreira desportiva ao ter participado na Rota do Rum, em Outubro de 2010, tendo esta sido a primeira vez que o nosso país foi representado na competição: Essa participação teve algumas peripécias O que aconteceu foi que as pessoas a quem aluguei o trimaran em troca de um novo mastro não resistiram à inveja de verem um dos melhores veleiros franceses a competir com a bandeira portuguesa. Para minha surpresa, eles prepararam-me uma emboscada para ficarem com o barco, através da falsificação Velocidade, elegância e recordes são atributos do trimaran Cote d Or II Voando sobre as águas Loja 1: Rua João Teixeira Simões, n.º 3, OEIRAS Tel: Loja 2: Rua Costa Pinto, n.º 95-97, PAÇO DE ARCOS Tel: Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM - SAMS Quadros Loja 3: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 5 A (Moinho das Antas), OEIRAS Tel: Aberto Sábado todo o dia

14 14 ACTUAL O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Inaugurado Centro Comunitário de Carcavelos Texto e Fotos: igor pires Há 30 anos que o Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos é um modelo de intervenção social para os residentes no concelho de Cascais. O compromisso de transformar vidas e de criar oportunidades revitaliza-se agora com a ampliação das instalações do Centro. A inauguração das novas infra-estruturas teve lugar no passado dia 10 de Setembro e contou com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, do Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Dr. Luís Pedro da Mota Soares, da Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos, Zilda Costa da Silva, da Vereadora da Câmara Municipal de Cascais nas áreas da Habitação e da Ação Social, Mariana Ribeiro Ferreira, e do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, entre muitas outras diversas personalidades. Para Conceição Fernando, diretora técnica do Centro Comunitário, estas novas instalações permitem responder ao crescimento da comunidade, que vai tendo cada vez mais necessidades. Desta maneira, o novo edifício garante uma resposta eficiente à população, conseguindo auxiliar, em estimativa, duas mil pessoas por ano, e é uma mais-valia para a concretização de novas atividades. Apesar da satisfação pela conclusão da obra, a Diretora sublinha que muitas dificuldades tiveram de ser ultrapassadas ao longo do processo de ampliação do Centro: As obras começaram em finais de 2009, ou seja, fomos atingidos, em pleno, pela crise económica e social que se vive neste momento. É óbvio que não foi nada fácil... Contudo, conseguimos concluir este projeto, graças à colaboração de várias entidades, como a O Presidente da Câmara Municipal de Cascais no uso da palavra A Delegação Distrital de Lisboa da Associação Nacional de Freguesias (DL Anafre) organizou durante o mês de Setembro alguns encontros com as freguesias do distrito de Lisboa para promover uma reflexão e debate sobre a reorganização administrativa do território. A primeira reunião aconteceu no passado dia 10 de Setembro, na Junta de Freguesia de Carcavelos. O Coordenador da DL Anafre, José Fidalgo, a Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos, Zilda Costa da Silva, António Leitão Amaro, deputado do PSD, Luís Castro, representante da Distrital de Lisboa do Bloco de Esquerda, e Adolfo Mesquita Nunes, deputado do CDS-PP, foram algumas das diversas personalidades que participaram neste encontro. Logo no começo do debate, Zilda Costa da Silva defendeu que a reforma administrativa deve ter em conta a forte identificação que as populações têm com o seu território habitacional. Por essa razão, para a Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos, embora nas áreas urbanas seja muito mais fácil fazer uma agregação das freguesias, nas zonas do interior deverá haver mais dificuldades. Além disso, a Presidente considera que a reorganização administrativa não se deve basear exclusivamente em critérios economicistas: Esta reestruturação deve ter como base as competências das freguesias. As juntas de freguesia precisam de ter as suas competências próprias e de contar com recursos financeiros suficientes para as conseguir pôr em prática. Esta opinião é partilhada por Paulo Quaresma, vice-presidente da Anafre, que se opõe à redução de custos nas freguesias: Estamos a falar de organismos que pesam apenas 0.1% no Orçamento de Estado e cujos eleitos, maioritariamente, exercem as suas actividades de forma voluntária. Não se compreende por que as freguesias têm de ser sempre atingidas pela contenção de custos. Luís Castro teme as Câmara Municipal de Cascais, o Rotary Club de Parede-Carcavelos e a Associação Dom Pedro, para além de outras parcerias. A nova construção, orçada em cerca de 2.1 milhões de euros, conta com três pisos, que incluem berçário, salas de convívio e salas de ateliês, entre outras infra-estruturas. Através dos novos equipamentos, o Centro ainda disponibilizará 400 refeições por dia, um serviço que será alargado também ao domicílio. No entanto, o principal destaque do edifício recém-inaugurado é a creche, que, atualmente, tem capacidade para acolher cerca de 50 crianças: Esta creche é dirigida às crianças dos quatro meses aos três anos, uma faixa etária que, até agora, não era abrangida pelos serviços do Centro. Apesar de acolhermos, numa primeira fase, 54 crianças, esperamos ter mais recursos para equipar todas as salas e poder receber até 80 meninos, afirma Conceição Fernando. Da Segurança Social, Pedro Soares, salientou a importância social desta infra-estrutura: É preciso estarmos sempre atentos e fazer de tudo para conciliar o sucesso profissional com a realização familiar de cada cidadão. Logo, as soluções complementares para os cuidados das crianças fora do espaço tradicional da família são cada vez mais necessárias. Esta creche é um exemplo dessas mesmas soluções. Quem hoje procura emprego sabe que é extremamente importante ter uma instituição onde possa confiar as suas crianças. Quem tem emprego sabe que é extremamente importante ter uma resposta de qualidade e de segurança para a educação dos seus filhos. Além disso, a grande maioria dos pais trabalha em simultâneo, não tendo outra alternativa a não ser recorrer a uma creche. Para responder a estas necessidades, a creche do Centro irá funcionar durante todo o ano, inclusive no mês de Agosto, das 7.45 às 19.00, o que permitirá ainda criar 12 novos postos de trabalho. Carlos Carreiras, sublinhou que o novo edifício demonstra que o sentido de comunidade deve prevalecer em tempos tão conturbados como os que vivemos actualmente. Para o Presidente da Autarquia, é obrigatório não deixar ninguém para trás, muito especialmente aqueles que vivem em situações de maior exclusão e de maior dificuldade. O autarca elogiou ainda a capacidade de empreendedorismo da equipa do Centro Comunitário: Sem dúvida que este foi um caminho com muitas dificuldades. Diria até mesmo que foi um caminho percorrido com muito sofrimento. Por isso, quero agradecer a todos aqueles que colaboram com o Centro Comunitário Em Carcavelos Anafre discute reforma administrativa consequências de uma reforma administrativa puramente economicista: Receio que esse tipo de política retire competências aos órgãos de poder local e que afaste ainda mais os cidadãos desses organismos. Por outro lado, as necessidades específicas de cada região e de cada freguesia foram destacadas pelo deputado da bancada parlamentar do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes: O país é diferente de Norte a Sul, do litoral ao interior, das zonas urbanas às rurais. São realidades distintas e é por essa razão que os critérios de extinção ou de junção das freguesias devem ter em conta essas mesmas diferenças. O deputado do PSD António Leitão de Amaro expôs a opinião do partido em relação à reforma administrativa: Esta reforma vai ser muito mais do que mexer no mapa, o objectivo não é cortar a direito, não é simplesmente alterar o mapa, mas sim fortalecer o papel das juntas, a nível das competências que têm e do seu financiamento. No final do encontro, António Leitão Amaro ainda assegurou que vai ser apresentado um Livro Verde que marcará o início de uma ronda de conversas com todos os parceiros envolvidos neste processo. O documento permitirá uma melhor formação de opinião e uma melhor definição da reforma administrativa, que deverá estar concluída em A mesa que presidiu o debate da Paróquia de Carcavelos, porque nunca deixaram de acreditar que seria possível concluir esta obra. Julgo que todos nós precisamos urgentemente de um movimento de esperança. É por essa razão que o pessoal do Centro é um exemplo para a comunidade de Carcavelos, para o concelho de Cascais e até mesmo para todo o país. Já Zilda Costa da Silva afirma que as novas instalações reforçam o papel de intervenção social que o Centro Comunitário exerce na freguesia: Este equipamento irá dar uma resposta mais ampla às necessidades da população e vai melhorar a qualidade do serviço, algo que a instituição já vem mantendo há 30 anos. Essas três décadas de dedicação ao próximo foram relembradas pelo Padre Manuel Marques Gonçalves, o Presidente do Centro Comunitário: A conclusão das obras deste novo edifício representa mais uma etapa importante na história desta organização, que sempre se pautou por valores cristãos, como a solidariedade social. Ao longo destes 30 anos, sempre estivemos disponíveis para ajudar aqueles que mais precisavam, desde os idosos até às crianças, sem esquecer os projectos de apoio a toxicodependentes em situação de sem abrigo, entre muitos outros exemplos. Com os novos equipamentos, esperamos continuar a cumprir esta nossa missão. Ao recordar também o passado do Centro, D. José Policarpo homenageou o seu fundador, o Padre Aleixo Cordeiro: Quando estava a chegar ao Centro, lembrei-me que, há mais de 30 anos, passei por aqui com o Padre Aleixo, ele olhou para este local, que na altura não era mais do que um conjunto de casebres, e disse-me que queria fazer aqui uma instalação para ajudar os outros. Era o sonho dele. Ao confirmar agora os resultados que esse sonho tem dado nestas últimas três décadas, não posso deixar de homenagear o Padre Aleixo que, para além de ser um grande pastor, era também um grande amigo. O Correio da Linha associa-se aos fisioterapeutas Os fisioterapeutas têm a capacidade de o fazer, examinando a pessoa, recomendando exercícios apropriados e seguros e educando sobre a forma de procurar os sinais de eventuais problemas. Isto faz dos fisioterapeutas os profissionais ideais para prescrever programas de exercício. Com conhecimentos avançados sobre o corpo, como ele se move e o que o impede de se mover bem, os fisioterapeutas promovem o bem-estar, mobilidade e independência. Tratam e previnem muitos problemas causados pela dor, invalidez, incapacidade e doença, lesões relacionadas com o desporto e trabalho, envelhecimento e longos períodos de inatividade, por isso comemora-se a 8 de Setembro o dia do fisioterapeuta. CENTRO DE FISIOTERAPIA DR. RASGADO RODRIGUES ALGÉS CENTRO DE REABILITAÇÃO DE S. JORGE QUELUZ ORTOPEDIA DE ALGÉS ALGÉS ORTOPEDIA DE CASCAIS CASCAIS FISIOBODY ALGÉS FISIOPIRAMIDE - COMPANHIA DA FISIOTERAPIA LINDA A VELHA OSTEOPATA ANTENOR MOREIRA LINDA-A-VELHA REABILITATUS - CENTRO DE MED. FÍSICA E REABILIT QUELUZ CLARIS - MEDICINA FISICA E REABILITAÇÃO SINTRA CLINICA DA FIDALGA CACÉM OSTEOPATIA DANIELA LOPES CARCAVELOS FISIOSEVEN CARCAVELOS

15 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA ENTREVISTA 15 Texto: igor pires Fotos: j.r. Carcavelos está prestes a celebrar o Dia da Freguesia a 15 e a 16 de Outubro. Numa entrevista exclusiva ao jornal O Correio da Linha, a Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos, Zilda Costa da Silva, apresentou algumas das actividades do programa festivo, fez um balanço de uma década à frente da Junta e analisou as principais qualidades e defeitos da localidade. O Correio da Linha (C.L.) De que forma vai ser celebrado o Dia da Freguesia de Carcavelos? Zilda Costa da Silva (Z.C.S.) O programa religioso ainda não está fechado até porque vamos receber o novo pároco apenas no dia 1 de Outubro. Mas já temos confirmado um concerto de Rão Kyao para dia 15, na Capela, e teremos também nesse dia o lançamento de um livro de toponímia com as ruas de Carcavelos. Além disso, o Grupo Desportivo de Carcavelos vai promover um Rally Paper. C.L. No começo de 2012, vai fazer dez anos que é Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos. Qual é o balanço que faz desta década? Z.C.S. Bom, eu não tenho feito grandes balanços. Normalmente as pessoas Na inauguração do Centro Comunitário de Carcavelos Zilda Costa Silva É mais fácil tomar boas decisões quando temos os cidadãos do nosso lado fazem balanços quando se vão embora e acho que ainda falta muito tempo até isso acontecer comigo. Na verdade, vou vendo aquilo que vai sendo feito e acho que até houve um certo desenvolvimento, apesar de querer fazer mais. Porém, tendo em conta todo a conjectura actual, não era realmente possível fazer tudo aquilo que estava previsto. Alguns projectos ficarão por executar, mas espero que nunca sejam abandonados. No entanto, há outros projectos que serão concluídos, como a Requalificação do Mercado e da Feira de Carcavelos, o que me deixa muito feliz. Além disso, considero que a freguesia evoluiu a nível da educação e dos equipamentos escolares, que, aliás, foram sempre uma aposta forte da Junta. Por exemplo, as escolas de nível básico foram todas melhoradas e inaugurámos dois jardins-de-infância. Também evoluímos imenso na área do desporto. Hoje temos dois pavilhões com todos os equipamentos necessários, temos relvados e contamos ainda com equipas desportivas a representarem a freguesia. C.L. Ao longo desta década, tem sentido sempre o apoio da Câmara Municipal de Cascais? Z.C.S. Sempre. A Junta de Freguesia e a Câmara têm sempre andado de mãos dadas. Não pode ser doutra maneira. Temos tido sempre uma colaboração intensa, embora haja, por vezes, pontos de vista diferentes. Mas isso faz parte. Como é óbvio, a Câmara tem uma perspectiva de conjunto, enquanto a Junta tem uma visão mais local, mais próxima. Mas temos sido sempre óptimos parceiros. C.L. O trabalho que exerce na Junta não é o trabalho de uma mulher só. Por isso, também conta certamente com o apoio do Executivo Z.C.S. Sem dúvida. Não há nada que seja feito por uma mulher só ou por um homem só. Trata-se de um trabalho de equipa. Se não houvesse união, o trabalho não correria bem. Os outros elementos também são importantes. Por isso, fazemos reuniões semanais e contactamos uns com os outros quase diariamente para falarmos sobre diversos assuntos da freguesia. C.L. O que a motiva para continuar a dedicar-se aos habitantes de Carcavelos? Z.C.S. A proximidade com as pessoas e o desafio. Há sempre coisas novas por fazer e gosto de saber que posso ajudar os cidadãos a chegarem mais perto dos órgãos autárquicos. É mais fácil tomar boas decisões quando temos os cidadãos ao nosso lado. Por isso, continua a ser altamente estimulante estar à frente da Junta de Freguesia. Carcavelos é um bom lugar para se viver C.L. Já fez uma referência à Requalificação do Mercado e da Feira de Carcavelos Qual é o objectivo desse projecto? Z.C.S. A requalificação pretende dinamizar o Mercado, cujo edifício já estava bastante degradado, e aproveitar melhor o espaço para acolher mais pessoas. Com esta requalificação, a Santini irá trazer a Carcavelos uma fábrica e uma nova loja. Espero que este projecto estimule o comércio da freguesia, o que é tão necessário nestes tempos C.L. Realmente, vivemos uma época difícil Como é que a crise económica e social tem afectado a freguesia? Z.C.S. Penso que a crise ainda reside muito no seio das próprias famílias. Pelo que se sabe, as instituições não estão a viver uma situação muito drástica. Contudo, nós detectamos muito, sobretudo através das escolas, várias situações de crianças cujos pais estão desempregados, o que é extremamente preocupante. Em termos comerciais, verificamos também algumas transformações: há lojas que mudam de ramo, outras acabam por encerrar Já se começam a sentir os sinais da crise. C.L. Quais são as queixas mais comuns que são feitas pelos moradores de Carcavelos? Z.C.S. A maioria das queixas está ligada à falta de civismo. Os moradores queixam-se de condutores que desrespeitam a sinalização ou que excedem a velocidade permitida. Também há queixas relativas a buracos na estrada (que prontamente vamos arranjar) e a pessoas que não recolhem os dejectos dos seus animais domésticos, apesar das campanhas de sensibilização que a Junta tem desenvolvido. C.L. E também recebem elogios Z.C.S. Claro. Principalmente quando arranjamos algum jardim ou somos muito rápidos a tratar de um buraco na estrada. Já se começa a notar que os cidadãos também reconhecem o nosso empenho, o que aumenta a nossa autoestima. C.L. Em termos de segurança, a freguesia é, actualmente, um local pacato? Z.C.S. Reuni recentemente com o chefe das nossas forças policiais e concluímos facilmente que a freguesia é pacata. Há incidentes, como em todo o lado, mas não é nada de especial. Também pretendemos investir mais na área da segurança, reforçando o número de polícias na rua. C.L. Carcavelos tem também um forte potencial turístico Z.C.S. É verdade. E isso acontece devido a vários factores, como as praias, os hotéis e a boa gama de restauração. Contudo, penso que faz falta uma ciclovia para as pessoas desfrutarem da paisagem da freguesia, o que iria estimular também o turismo. Já falámos com o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, para construirmos uma via idêntica à de Cascais. Afinal de contas, só com um passeio de bicicleta é que podemos aproveitar as maravilhas da freguesia. Carcavelos, por exemplo, tem uma flora muito diversificada, o que é muito raro nos meios urbanos C.L. Na vertente cultural, a freguesia acolhe frequentemente exposições, concertos e outras actividades desse género? Z.C.S. Nós vamos recebendo alguns concertos e não recebemos mais devido à falta de infra-estruturas. No entanto, temos uma boa actividade cultural, através de certas entidades, como a Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos, que organizam muitas iniciativas. C.L. O que significa para si a freguesia de Carcavelos? Z.C.S. Carcavelos é um bom lugar para se viver, com uma população pacífica mas ao mesmo tempo activa. Além disso, a freguesia tem óptimas condições meteorológicas, com um mar e um Sol muito bonitos. É um local com muitas qualidades e é por isso que já elegi há algum tempo Carcavelos como a minha terra. Rostos sorridentes satisfeitos com o apoio da população

16 16 ACTUAL O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 RAAA1 relembra os seus mortos Teve lugar no dia 07 de Setembro de 2011, pelas 15 horas, no Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1, em Queluz, a cerimónia evocativa da morte de 25 militares do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF), falecidos há 45 anos, num incêndio de gigantescas proporções na serra de Sintra. Presidiu à cerimónia o Exmo Major-General José Carlos Filipe Antunes Calçada, Comandante da Brigada de Intervenção à qual assistiram o Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Prof. Dr. Fernando Jorge Loureiro Reboredo Seara, o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, o 2º Comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil, os presidentes das Juntas de Freguesia de Queluz, Monte Abraão e Colares e os Comandantes de algumas das corporações de bombeiros voluntários que combateram aquele incêndio em 1966, nomeadamente Sintra, S. Pedro de Sintra, Carnaxide, Colares, Linda-a-Pastora, Algés, Agualva Cacém, Queluz, Parede, e Algueirão-Mem Martins. A cerimónia iniciou-se com uma missa de sufrágio, celebrada na capela do Regimento de Antiaérea nº 1, a que se seguiu uma romagem ao Pico do Monge, na Serra de Sintra, onde está localizada uma lápide com a identificação de cada um dos militares falecidos, junto à qual decorreu a homenagem aos 25 militares falecidos, que compreendeu uma alocução do Comandante do Regimento, honras militares e a deposição de coroas de flores. A cerimónia compreendeu ainda uma deslocação ao local onde foram encontrados os corpos dos militares falecidos, representados por 25 ciprestes. Neste local, o capelão do Regimento proferiu uma prece em Diversas personalidades presentes no evento que salientou a importância da dádiva destes jovens militares na defesa de um património que é de todos e da necessidade de recordar este facto para que o sacrifício das suas vidas não tenha sido em vão. O coronel de artelharia José Domingos Dias afirmou As Unidades da região de Lisboa destacaram centenas de militares que, imbuídos da mesma generosidade sentido do dever daqueles que ainda hoje servem esta instituição, auxiliavam os bombeiros a salvar um património de extremo valor para o País e que, então, tal como hoje, importa preservar. Do então RAAF, saíram 135 homens no qual se integrava um grupo de 25, comandado pelo Aspirante Raolino Tavares que abordou a Serra pelo lado Oeste e começou a subir em direção aos Capuchos. Levados pela ânsia de dar luta e de vencer o incêndio, estes destemidos militares saltaram das viaturas e iniciaram com ardor um combate desigual. Inesperadamente as labaredas cercaram-nos e suplantaram a vontade, a bravura, o altruísmo e o espírito de sacrifício deste pequeno grupo de soldados que tudo tentou para sair com vida daquele pandemónio de fumo e de fogo. Neste apocalipse e nesta luta contra as chamas, vinte e cinco jovens pereceram unidos, escrevendo na vertente da Serra, uma saga de heroísmo e de camaradagem.. Sintra tem de continuar a perpetuar a memória destes heroicos soldados e criar um novo monumento, as memorias destes homens não podem ser esquecidas e deixadas ao abandono durante o ano, para tal basta manter o local, onde estão plantados os 25 cipestres, limpo e desmatado para quem passa na estrada tenha uma visão, um memorial, um espaço de reflecção que ali morreram homens para salvar a Serra de Sintra num combate desigual e serem sempre recordados e não só no dia fatídico 7 de Setembro de 1966 e citando o Arcebispo de Mitilene: Mortos de Sintra. A Serra vos deu a morte, que ela vos dê a imortalidade merecida. Feira Setecentista em Texto: raquel dias Fotos: J.R. De 16 a 18 de Setembro, o largo do Palácio de Queluz, junto à Pousada D.Maria I, recebeu mais uma edição da Feira Setecentista. Promovida pelo Departamento de Turismo da Câmara Municipal de Sintra e produzida pela Câmara dos Ofícios, esta Feira recria o mercado característico do reinado de D.Maria I, época em que o Palácio de Queluz era a residência oficial da corte portuguesa. Milhares foram as pessoas que não perderam a oportunidade de viajar no tempo e descobrir como era a vida no séc. XVII. Esta é uma forma de dinamizar o centro histórico da Freguesia de Queluz, ao mesmo tempo que damos a conhecer a História daquela época, disse o responsável da Câmara dos Ofícios, Carlos Coxo. Quem por ali passou, encontrou vários expositores de artesanato, animações, zonas de alimentação tudo típico da época. De forma a garantirmos que somos fiéis às características do séc. XVII, efectuamos de antemão um trabalho de pesquisa em relação aos trajes, às cores, às artes e ofícios, etc., para que cada actor que animou o evento possa criar de forma adequada o personagem que lhe foi atribuído. Como não existe texto, cada actor deve estar bem enquadrado na época, conhecendo não só a História de Portugal e da Europa, mas também as pequenas histórias da vida do século, de forma a poder interagir com o Um espaço harmonioso e agradável público com determinado registo, que pretendemos que seja histórico. No que respeita aos artesãos, obviamente que é muito difícil fazer peças próprias daquela época, mas tentamos que se assemelhem o mais possível, explicou o responsável do evento. Peças Os Presidentes cumprimentam os feirantes de barro e de madeira, panos bordados, sapatos e roupa feitos à mão, pássaros de água, eram apenas algumas das peças que se podiam encontrar nos expositores dos artesãos, também eles vestidos a rigor. Esta é também uma oportunidade das pessoas verem os artesãos a trabalharem ao vivo e dos próprios mostrarem a sua arte, disse. Na alimentação não faltaram os tradicionais enchidos, o mel, o pão e a típica ginja de Óbidos servida em copos de chocolate. A animação do espaço esteve ao cargo de várias perso A animação foi sempre uma constante

17 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA Queluz nagens características da época, como é o caso dos aguadeiros, do moço de fretes, das costureiras e dos saltimbancos que iam percorrendo o espaço e interagindo com as pessoas, levando-as a participar em diferentes actividades características do séc. XVII. Tu é que és a minha mãe?, perguntava um personagem do povo a um dos visitantes, enquanto os outros riam e fotografavam a cena. Também os passeios de cadeirinha fizeram a delícia dos que por ali passaram. Sempre com música própria da época como banda sonora, o mestre peruqueiro fazia penteados próprios da época enquanto contava as tendências da moda de então relativamente aos toucados. Esta é uma personagem que tem feito grande sucesso ao longo dos anos chamando a atenção de muita gente, se ele não estivesse cá este ano as pessoas certamente iriam perguntar por ele. Ao seu lado o alfaiate, devidamente equipado com um provador, chamava as senhoras marquesas para experimentarem peças típicas da época, como o espartilho, e os senhores marqueses para se aprumarem colocando um jabô ao pescoço. A Oficina dos Infantes foi o espaço de eleição dos mais novos. Ali aprendiam a construir moinhos de vento, cata-ventos, leques e a encadernar livros. As noites eram marcadas pela chegada de mais pessoas. A área de restauração foi pequena para tanta gente. Sentados nas mesas ou nos fardos de palha que ali se encontravam, muitos eram os que se deliciavam com os tão apreciados pães com chouriço, as sopas, o porco no espeto ou as sandes de leitão. Carlos Coxo, o responsável pela animação Os artistas recriaram textos da época Uma feira que agradou aos autarcas Milhares de pessoas encheram o recinto da feira Os serões de sexta-feira e de domingo contaram com espectáculos de marionetas que agradaram a miúdos e graúdos. No sábado, a noite foi dedicada às luminárias, acontecimentos públicos que se realizavam no séc. XVII / XVIII com o pretexto de celebrar algum acontecimento de grande importância. Leitura de poemas de autores do séc. XVII / XVIII, dança, quartetos de cordas e quintetos de música e canto foram os pontos altos do espectáculo. Este ano a área da feira aumentou, mas mesmo assim o espaço foi pequeno para tanta gente. Estávamos com algum receio porque é um fim-de-semana de regresso às aulas e as pessoas andam sempre numa azáfama a comprar as últimas coisas, mas a verdade é que recebemos muitas pessoas, inclusive de fora do concelho, sendo que a divulgação do evento através da televisão acabou por ser um forte chamariz. Queremos que esta feira se torne um evento de referência no país até porque, que eu tenha conhecimento, só há mais duas feiras setecentistas no país, uma em Vila Real de Santo António e outra em São João da Pesqueira, ao passo que feiras medievais há em quase todos os concelhos, explicou Carlos Coxo. Também o presidente da Junta de Freguesia de Queluz, António Barbosa de Oliveira, marcou a presença nesta feira da qual é anfitrião. Este é o quarto ano que este evento se realiza e todos os anos vou aprendendo alguma coisa sobre o que era a corte setecentista. Ainda na sexta me ri bastante com três membros do povo deitados no chão junto a um fardo de palha, a terem uma conversa na linguagem típica da época, mas actualizada ao nosso tempo: falaram da Troika e dos problemas económicos do país, toda a gente parava e se ria daquilo. Já para não falar dos penteados volumosos feitos pelo mestre peruqueiro. Estou certo de que vale a pena visitar esta Feira e de que todos os que por aqui passam conseguem sentir o espírito do séc. XVII. António Barbosa salienta ainda a importância da Feira para a Freguesia de Queluz. É uma forma de divulgar a nossa freguesia até porque muitos foram os queluzenses que já me vieram dizer que desconheciam a existência deste largo nas traseiras da pousada. Carlos Coxo agradeceu ainda o apoio do Departamento de Turismo da Câmara Municipal de Sintra, da Junta de Freguesia de Queluz, da Junta de Freguesia de Odivelas, C. M. de Loures e J.F. de São Pedro de Penaferim que em ACTUAL 17 O Presidente da Junta satisfeito com o evento que trouxe visitantes à Freguesia prestou tendas, do Palácio de Queluz, que teve os seus jardins abertos das 18h00 às 21h00, da Pousada D. Maria I, do Regimento de Artilharia Antiaérea nº1 de Queluz que lhes cedeu espaço de apoio para os camarins e para guardar materiais que tinham de ser recolhidos à noite, da PSP, dos bombeiros de Queluz, da Policia Municipal de Sintra e dos vizinhos do Bairro do Chinelo que durante a montagem da Feira lhes forneciam electricidade. Com 132 expositores e cerca de 60 animadores por dia, a Câmara dos Ofícios demorou apenas um mês a preparar este evento que assegurou aos vários milhares de visitantes um fim-de-semana diferente a todos os que por ali passaram. Festas de Queijas S. MIGUEL ARCANJO 23 de Setembro a 2 de Outubro de 2011 Sexta-feira, 23 Setembro 18:30 Missa em Honra de S. Miguel 21:30 Grande Noite do FADO com presença de NUNO DA CÂMARA PEREIRA, Maria de Fátima, Raul Costa, António Silva Cândida Saldanha, Ricardo Lino, Sandra Marisa. Guitarras: Humberto Vicente; Pedro Henriques Viola-baixo: Armando Soares 21:30 Karaoke Sábado, 24 Setembro Música e Som ao longo do dia 16:00 Rancho Folclórico Danças e Cantares do BESCLORE 17:00 Rancho Folclórico Danças e Cantares dos Arcos de Valdevez 18:30 Missa Vespertina 21:30 Baile com a Banda Musical COMPACTO Domingo, 25 Setembro 10:30 Missa Solene com pregação (Pe. José Gonçalves) 12:00 Serviço de Almoço 15:00 Descida de Pára-quedistas - junto ao Mercado 16:00 Procissão animada pelas Bandas Filarmónicas da Cruz-Quebrada e do CCD de Oeiras; Irmandade da Ordem de S. Miguel de Ala e pelo Rancho Folclórico Danças e Cantares do Verde Minho 17:00 Concerto da Banda Filarmónica da Cruz-Quebrada 17:30 Actuação do Rancho: Danças e Cantares do Verde Minho 18:00 Evocação ao Arcanjo S. Miguel pela Ordem de S. Miguel de Ala (Investiduras) 21:00 Baile com a Banda Musical NOVA BANDA Quarta-feira, 29 Setembro: Dia de S. Miguel 19:30 Missa Solene em Acção de Graças Sábado, 1 Outubro 16:00 Ginástica ao Ar livre - junto ao Mercado de Queijas Domingo, 16 Outubro 16:00 Missa Solene. Presença do Sr. Cardeal-Patriarca, no 25.º Aniversário da Dedicação da Igreja de Queijas (Crismas) Paróquia de S. Miguel Arcanjo de Queijas

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19 26 Setembro 2011 O CORREIO DA LINHA Festas de Paço de Arcos foram um sucesso Texto: igor pires Fotos: J.R. De 26 de Agosto a 4 de Setembro, a freguesia de Paço de Arcos voltou a encher-se de cor e animação com as Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes. A edição deste ano contou com 100 mil visitantes que puderam desfrutar de um programa variado. Numa entrevista exclusiva ao jornal O Correio da Linha, Alexandra Cruz, Secretária do Executivo da Junta de Freguesia de Paço de Arcos e Presidente da Comissão das Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes, faz um balanço das festividades deste ano e revela quais foram os destaques do cartaz. O balanço final é muito positivo. Houve uma grande afluência às Festas, principalmente nos últimos dias com a melhoria das condições meteorológicas. Sublinho, por exemplo, a forte Alguns dos vencedores das regatas adesão à Rua Costa Pinto, que esteve fechada ao trânsito durante as Festas para se promover uma zona pedonal com comércio, artesanato, áreas de restauração Mesmo em dias de chuva, a Rua esteve sempre muito movimentada, assegurou Alexandra Cruz. No entanto, a crise fez-se sentir durante a organização das festividades: Realmente, este ano as Festas foram um pouco mais trabalhosas Tivemos, inicialmente, problemas financeiros que originaram a alteração do cartaz dos espectáculos e algumas dificuldades na contratação de novos artistas. Isto tudo apenas 15 dias antes de as Festas começarem. Porém, felizmente, conseguimos ultrapassar esses obstáculos. O destaque do programa musical é o concerto de Tony Carreira, que reuniu 20 mil espectadores e contribuiu, na opinião de Alexandra Cruz, para elevar a 100 mil o número de visitantes da edição deste ano. Contudo, os restantes espectáculos também foram bem sucedidos: A noite das arábias foi um imenso sucesso. Destacou-se por ter sido algo diferente e muito místico. Havia faquires, danças do ventre, lançadores de fogo As pessoas adoraram. Depois tivemos outras noites temáticas nas quais houve sempre muita afluência, como as noites de música africana e de música popular portuguesa, sem esquecer o baile, que tem sempre sucesso. Infelizmente, só o espectáculo de salsa latina é que não correu tão bem, porque nesse dia chovia torrencialmente. Mas quero ressalvar que, apesar de haver pouco público, o grupo foi muito profissional e terminou a sua actuação, independentemente da quantidade de pessoas que estavam a assistir. Como é habitual, o programa religioso também teve uma forte adesão. A Procissão do Senhor Jesus dos Navegantes contou com a participação de centenas de pessoas: Tudo correu muitíssimo bem. A montagem do estrado aconteceu na Rua Costa Pinto e havia até algumas vozes discordantes que diziam que a procissão não passava, mas, felizmente, não houve qualquer tipo de incidentes. É claro que exigiu um esforço maior às pessoas que carregavam os andores, visto que a Rua não é recta Mas o balanço é positivo. Alexandra Cruz destaca ainda a bênção dos barcos e do mar: Foi um momento muito bonito, visto que este ano a Junta de Freguesia de Paço de Arcos promoveu a presença das embarcações na bênção e as pessoas corresponderam. Ao contrário da edição de 2010, em que apareceram apenas três ou quatro barcos, este ano marcaram presença cerca de 20 embarcações. Por essa razão, até o padre, que fez a bênção, estava mais emotivo. Organizadas pelo Clube Desportivo de Paço de Arcos (CDPA), as Regatas Patrão Lopes foram o destaque do cartaz de desporto. No total, participaram 32 barcos (3 na Classe Optimist, 3 em Catamarans e 26 noutras classes), que realizaram oito competições. No recinto da Feira, foram os novos stands que fizeram mais sucesso: A Feira esteve completamente cheia de feirantes e não havia mesmo mais espaço para mais ninguém. Tal como aconteceu na edição passada, contámos com novas participações que correram muito bem, nomeadamente a venda de gelados artesanais e de pedras e gemas semipreciosas. Também houve um stand só com artesanato marroquino autêntico, o que atraiu as pessoas. O regresso da Cestaria Melo foi igualmente bem sucedido e o stand das tatuagens também se destacou por ser diferente. De resto, os visitantes aderiram à área da restauração, que engloba, para além dos restaurantes, guloseimas, como as farturas do Fugas e da Noémia, o torrão de Alicante da Família Guia, as pipocas e o algodão doce. Alexandra Cruz explicou ainda que, nesta edição, teve lugar uma iniciativa inédita entre os feirantes: Em todas as edições, há sempre um almoço entre homens, ou seja, só os feirantes do sexo masculino podem participar nesse evento. Tal como eles dizem, «a mulher não entra nem sequer para lavar a louça»! Então, eu resolvi criar um almoço só entre mulheres e correu muito bem! Nem eu imaginava que ia aparecer tanta gente! (risos). Os mais pequenos também não foram esquecidos nas Festas e participaram em várias diversões, desde a interacção com animais até a insufláveis, sem esquecer as pinturas faciais e os carrosséis do Senhor Reis. O fogo-deartifício, que encerrou mais uma vez as festividades, foi outro ponto alto: O fogo correu muito bem. O espectáculo pirotécnico foi sempre acompanhado por várias peças musicais e, assim, destacou-se pela sua sincronização, pela sua elegância ACTUAL 19 e pelo seu cuidado Foi magnífico, quis ainda sublinhar, com evidente orgulho, que este ano, logo após o término das Festas, a Comissão recebeu louvores de alguns dos moradores de Paço de Arcos: Graças ao encerramento ao trânsito da Rua Costa Pinto e da Rua Cândido dos Reis, os residentes aqui da zona já não tiveram os mesmos problemas dos anos anteriores. Desta maneira, os moradores puderam estacionar as suas viaturas à vontade e não houve qualquer tipo de incidentes, o que nos valeu alguns elogios. Com o fim da edição de 2011 das Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes, a Comissão encontra-se já a trabalhar nas festividades do próximo ano: Além de alguns feirantes já terem enviado inscrições para as Festas de 2012, nós também estamos a pensar em novas condições para o evento do próximo ano e em novos nomes para compor o cartaz. Por exemplo, já podemos confirmar que vamos manter o número de feirantes e reformular o Jardim de Paço de Arcos. Quanto aos artistas musicais, ainda está tudo no segredo dos deuses Na dança a graciosidade e elegância

20 20 DESPORTO O CORREIO DA LINHA 26 Setembro 2011 Texto: raquel dias Fotos: j.r. Conhecido sobretudo pelo seu futebol, o Real Sport Clube, formou jogadores como Nani, Ricardo Vaz Tê e Jorge Andrade. Porém, hoje em dia o clube apresenta uma panóplia de modalidades que fazem dele uma referência a nível regional. O Correio da Linha esteve à conversa com José Manuel Libório, que sucedeu ao seu pai, José Pereira Libório, na presidência do clube. 1.º Equipa de Iniciados do Grupo Desportivo de Queluz - Época 92/93 José Libório, presidente do Real Sport Club O Real é um clube de referência Correio da Linha (C.L.) Como nasceu o Real Sport Clube? José Manuel Libório (J.M.L.) O Real, com este nome e com esta configuração, nasceu a 1 de Agosto de 1995, da fusão de dois clubes já existentes na cidade de Queluz: o Desportivo de Queluz e o Desportivo de Massamá. Porém, adotámos o ano de 1951 como data da nossa fundação, por ser a data de nascimento do clube que na altura da fusão estava legalmente constituído há mais tempo o Desportivo de Queluz. C.L. Porquê esta fusão? J.M.L. Este processo não foi nada fácil. Eu fui um dos defensores da fusão mas na altura não haviam muitos mais. Se tivermos em conta o crescimento acentuado que o Real teve nestes 16 anos, facilmente se confirma que a fusão foi o melhor para os dois clubes. C.L. Com que infra-estruturas contam? J.M.L. Em Massamá temos a sede do clube, onde se praticam 17 modalidades, entre as quais contamos com mais de 700 pessoas inscritas. Ainda no espaço da sede temos uma piscina e respetivos balneários e um complexo de ténis. Em Queluz contamos com uma delegação do clube e em Monte Abraão temos o complexo desportivo dedicado exclusivamente ao futebol - que tem três campos de futebol relvados: dois sintéticos - um de futebol de 11 e outro de futebol de 7 - e um de relva natural. Este último é o principal, contanto com uma pista de atletismo e um edifício de balneários. C.L. A vossa grande aposta é o futebol mas como referiu, na sede praticam-se outras atividades. Quais? J.M.L. Efetivamente o futebol é a génese do clube e é a modalidade que atrai mais gente mas temos outras atividades como a capoeira, o karaté, o ballet, o kickboxing, a dança, a natação, a ginástica rítmica, o tiro com arco, etc. C.L. Outrora tiveram modalidades como o basquetebol e o futsal que entretanto foram desativadas. Porquê? J.M.L. Não temos instalações próprias para a prática dessas atividades. Quando parámos com estas modalidades estávamos a passar por algumas dificuldades financeiras e tivemos de optar por desativá-las, pois eram as que tinham menos apoio das pessoas e não podíamos estar a gastar dinheiro a pagar instalações para treinos e jogos. C.L. Entre as vossas modalidades têm equipas femininas? J.M.L. No futebol não contamos com nenhuma equipa de competição feminina. De resto temos mulheres a competir em modalidades como o kickboxing, os trampolins, a acrobática, etc. No tiro com arco temos inclusive uma atleta que se sagrou campeã europeia. C.L. Como é composto o palmarés do clube? J.M.L. Em modalidades como o kickboxing, a capoeira e o tiro com arco, temos tido alguns atletas que têm ganho títulos a nível nacional, e até europeu e mundial. O futebol é, realmente, a nossa maior bandeira e a nossa maior aposta, sendo que neste momento temos todas as nossas equipas a disputar o Campeonato Nacional, o que é um facto inédito para um clube do concelho de Sintra. C.L. No que respeita ao futebol a equipa sénior do Real esteve seis anos na II Divisão do Campeonato Nacional sendo que na época de 2010/2011 foi despromovida para a III Divisão. Como encarou esta derrota? J.M.L. Na altura eu era vice-presidente do clube e assessor da presidência, estando bastante ligado ao futebol e assumo que eventualmente a culpa tenha sido minha. Houve uma má gestão, apostámos em jogadores que não tiveram a rentabilidade que estávamos à espera o facto do orçamento disponível ter sido reduzido para metade também foi um fator importante. Mas se descemos é porque já lá estivemos o que já é uma vitória. C.L. O que é a Escola de Futebol? J.M.L. A Escola de Futebol nasceu há 12 anos e se não fomos a primeira, fomos uma das primeiras escolas de formação de futebol a aparecer. Na altura, a ideia de aprender o futebol não estava muito enraizada. Os miúdos aprendiam karaté e judo e pagavam por isso o futebol não tinha essa imagem. Este foi um projeto que se desenvolveu e que atualmente é uma das nossas principais fontes de rendimento e de visibilidade. Com a crise que se vive no país tivemos de reduzir o número de atletas inscritos mas continua a ser uma das nossas grandes apostas e uma referência a nível da qualidade dos serviços prestados. C.L. Como se sente ao ver clubes nacionais e internacionais interessados nos vossos jogadores? J.M.L. - Temos apostado bastante na formação competitiva e nos últimos anos conseguimos aumentar a nossa qualidade ao ponto de termos todas as equipas a disputar o Campeonato Nacional de Futebol. Isto é uma forma de tentar rentabilizar o investimento que estamos a fazer a nível de infra-estruturas e de despesas do dia-a-dia porque atualmente o futebol é um negócio e cada vez mais cedo as grandes equipas começam a captar jogadores. Nos últimos 15 anos temos conseguido encaminhar vários dos nossos atletas para grandes clubes nacionais e internacionais. O expoente máximo, foi obviamente a venda do Nani ao Sporting e posteriormente a sua venda ao Manchester United. Até aos 32 anos, o Nani será sempre um potencial foco de receita para o Real pois o clube recebe uma percentagem do chamado mecanismo de solidariedade. O Nani acabou por trazer mais visibilidade ao clube, mas o Real formou também outros grandes jogadores como o Ricardo Vaz Tê, o Jorge Andrade, o João Gonçalves e o Fábio Fortes. C.L. Já falou anteriormente numa redução do vosso orçamento para metade, o Real debate-se atualmente com problemas financeiros? J.M.L. Sim, estamos a passar por muitas dificuldades financeiras. Nos últimos três anos houve uma redução de cerca de 150 mil euros nas nossas receitas. A receita da escola de futebol baixou cerca de 30 por cento e o mesmo valor aplica-se à receita da piscina e estas são duas das nossas principais fontes de rendimento. Neste momento estamos a fazer uma série de cortes. Por exemplo, tivemos de acabar com o contrato de manutenção da relva que custava ao Real cerca de 30 mil euros anos. Nós temos receitas, mas criámos uma máquina tão grande que neste momento estamos a tentar reorganizar-nos para fazermos face a esta conjuntura esperando melhores dias. C.L. E contam com apoios das Juntas de Freguesia da cidade de Queluz e da Câmara Municipal de Sintra? J.M.L. A Câmara sempre nos ajudou bastante, não só em termos financeiros, mas também a nível das infra-estruturas. Porém, nos últimos anos também não tem tido grandes verbas, portanto vai-nos ajudando naquilo que pode, sobretudo no que respeita ao futebol de formação. As Juntas de Freguesia de Queluz, Massamá e Monte Abraão também nos vão apoiando dentro das suas parcas possibilidades, principalmente no que respeita a eventos e atividades pontuais. A Junta de Queluz é a que nos tem ajudado mais a nível financeiro. A Junta de Massamá apoia-nos no desenvolvimento de uma atividade chamada de Coração Jovem, pautada pela promoção de passeios, caminhadas, etc., para pessoas da terceira idade. A Junta de Monte Abraão tem apoiado sobretudo o tiro ao arco. C.L. E têm algum patrocínio? J.M.L. Neste momento os patrocínios são praticamente inexistentes até o patrocínio que tínhamos nas camisolas da equipa sénior de futebol acabou há dois anos. Tenho feito vários contactos e não tenho conseguido nada, o que acaba por se tornar desmotivante. Estivemos em negociações com dois bancos mas eles só se interessam pelos grandes clubes e pelo que aparece na televisão. Clubes como o Real não interessam às grandes instituições. Mas esta é a imagem do país: há uma má distribuição da riqueza. E em Portugal ainda há outro problema: 99 por cento do país é do Benfica, do Sporting e, agora, do Porto enquanto nos outros países as pessoas são do clube da sua terra e as instituições locais apoiam o seu clube. É uma luta inglória empenharmo-nos a vida inteira nisto e ninguém nos ajudar. Apesar de nunca ter dado a cara, eu estou aqui há 30 anos: vivi sempre este clube, as suas dificuldades, os problemas, as vitórias fui eu que negociei tudo o que está aqui e vejo que as pessoas só se preocupam em criticar e arranjar problemas. O espírito de associativismo perdeu-se antigamente as pessoas davam o seu tempo ao clube e ajudavam havia um maior convívio. C.L. Os sócios também são uma fonte de rendimento? J.M.L. Para a envergadura do clube o rendimento que vem dos sócios não tem grande peso. Temos cerca de 2000 sócios pagantes e num orçamento de 1 milhão de euros só 25 mil euros são de receitas dos sócios. C.L. Assumiu o mandato há pouco tempo. O que deseja atingir à frente do Real? J.M.L. O meu pai foi o único presidente que o Real conheceu e já era presidente do Desportivo de Massamá há muito tempo. Desde que me formei, há quase 30 anos, fui o seu braço direito em termos de infra-estruturas. Fui eu que liderei quase todos os projetos deste clube e o que desejo é dar seguimento à obra que ele conseguiu implementar. Clubes como o Real não interessam às grandes instituições...

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