DIRETOR-GERAL: BERTHOLDINO APOLÔNIO TEIXEIRA JÚNIOR PORTARIA Nº 172 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014

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1 ANO O 122 Nº PÁG - BEL O HORIZONTE, TERÇA-FEIRA A, 23 DE DEZEMBRO DE 2014 DIRETOR-GERAL: BERTHOLDINO APOLÔNIO TEIXEIRA JÚNIOR PORTARIA Nº 172 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 Estabelece os procedimentos para Cadastro de plantios, Declaração de colheita e comercialização das florestas plantadas no Estado de Minas Gerais. O DIRETOR GERAL DO INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS - IEF, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto nº , de 22 de dezembro de 2011, com base na Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011, e Lei Federal nº , de 25 de maio de 2012, Lei estadual de 16 de outubro de 2013, Lei nº 4.747, de 09 de maio de 1968, Decreto Estadual nº , de 08 de janeiro de RESOLVE: Art. 1º - Estabelecer, por meio desta Portaria, os procedimentos e normas para o Cadastro de plantios e regulamentação de Declaração de colheita e comercialização de floresta plantada no do Estado de Minas Gerais. Seção I Do Cadastro Art. 2 - O plantio e o reflorestamento com espécies florestais nativas ou exóticas independem de autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas na legislação vigente, e deverá ser informada ao órgão ambiental competente, para fins de controle de origem. 1 - a informação que se refere o caput, deverá ser realizada por meio de cadastro no Sistema de Controle de atividades Florestais CAF/SISEMA NET acessando o link: Para realizar o cadastro de plantios no CAF/SISEMA NET é obrigatório realizar o cadastro de imóveis no Sistema de Cadastro de imóveis rurais SICAR-MG.

2 3 - Os empreendimentos passíveis de cadastro e registro junto à SEMAD deverão estar com cadastro atualizado no Sistema de Registro de Categoria - REC para utilização do CAF/SISEMA NET, conforme dispõe a Resolução Conjunta Semad/IEF n 1.661/ Os usuários que já possuem os dados cartográficos dos plantios poderão utilizar a função upload para inseri-los no sistema. 5 - Para os casos de venda da floresta antes da colheita, deve-se proceder a Transferência de base florestal no sistema para que o comprador possa emitir DCC na propriedade. 6 - Demais informações de acesso e cadastro de plantios no Sistema, estão dispostas no item seção 3 do manual de acesso e utilização do Sistema, disponibilizado no Site do IEF por meio do link: Seção II Plano de Suprimento Sustentável Art. 3 - A pessoa física ou jurídica que, no território do Estado, industrialize, comercialize, beneficie, utilize ou consuma produto ou subproduto da flora em volume anual igual ou superior a 8.000m³ (oito mil metros cúbicos) de madeira, m (doze mil metros) estéreos de lenha ou 4.000m (quatro mil metros) de carvão é obrigada a elaborar e implementar o Plano de Suprimento Sustentável - PSS, a ser submetido à aprovação do órgão ambiental competente. 1 - A apresentação do Plano de Suprimento Sustentável PSS será realizada por meio do CAF/SISEMA NET. I - No momento do cadastro das áreas de plantio poderá ser informado o vínculo da área cadastrada ao Plano de Suprimento Sustentável PSS próprio ou de terceiros. II - Quando o cadastro de plantio e vinculação ao PSS for efetuado por terceiros, a pessoa física ou jurídica, obrigado à apresentação do PSS, deverá validar a informação no próprio sistema que configurará como contrato firmado entre os envolvidos. III - Na hipótese de distrato de vinculação da floresta entre empresa e terceiros, deverá ser apresentada a comprovação de nova fonte de suprimento de matéria-prima florestal, em volume igual ou superior ao da vinculação anterior, com a mesma previsão de colheita.

3 IV - O cronograma de plantio informado no momento do cadastro será utilizado como cronograma de implantação de florestas do PSS quando este for vinculado ao mesmo. V - O cronograma de plantio deve atingir o suprimento mínimo de 90% para os anos de , sendo que o consumo de madeira nativa oriunda de plano de Plano de Manejo Florestal deverão ser informados por ofício contendo cópia do documento autorizativo. 2 - O IEF fará a análise do quantitativo de plantios cadastrados com vinculação ao PSS em função do consumo anual total da pessoa física ou jurídica obrigada à apresentação do PSS. 3 - O PSS deverá ser apresentado para o período mínimo de 1 ano, sendo o prazo final de declaração dos plantios, o último dia útil do ano anterior ao ano de consumo. I - Fica prorrogado para o mês de março de 2015 o prazo de cadastramento dos plantios em cumprimento do PSS deste mesmo ano. II - O PSS deverá ser retificado sempre que ocorrer alterações na estimativa de produção de matéria prima. III - A Comprovação Anual de Suprimento - CAS será extraída pelo IEF diretamente do Sistema no ano seguinte ao ano de consumo. 4 - Documentos complementares poderão ser solicitados para fins de cumprimento legal do PSS. Seção III Reposição florestal Art. 4 - A pessoa física ou jurídica que industrialize, beneficie, utilize ou consuma produtos e subprodutos florestais oriundos de florestas nativas, fica obrigada a cumprir a reposição de estoque de madeira de florestas nativas em compensação pelo consumo, observadas as diretrizes estabelecidas em políticas públicas estaduais relacionadas ao tema. 1º - As pessoas físicas ou jurídicas a que se refere o caput, a fim de cumprirem a obrigação prevista neste artigo, podem optar pelos seguintes mecanismos de reposição florestal: I - formação de florestas, próprias ou fomentadas;

4 II - participação em associações de reflorestadores ou outros sistemas, de acordo com as normas fixadas pelo órgão ambiental competente; III - recolhimento à conta de arrecadação da reposição florestal, nos casos definidos em regulamento. 2º - Os projetos de plantios para utilização dos mecanismos a que se referem os incisos I e II do 1º serão apresentados por meio do Sistema CAF/ SISEMA NET. I - A formação de florestas a título de reposição florestal se dará em área antropizada, exceto em APPs e em áreas de Reserva Legal. II- A reposição florestal será feita no território do Estado, preferencialmente em município onde ocorreu a supressão vegetal. 3º - No momento do cadastro das áreas de plantio poderá ser informado o vínculo da área cadastrada ao pagamento da Reposição florestal próprio ou de terceiros. 4º - Quando o cadastro de plantio e vinculação a reposição for efetuado por terceiros, a pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento da reposição florestal, deverá validar a informação no próprio sistema que configurará como contrato firmado entre os envolvidos. Seção IV Declaração de Colheita e Comercialização de Produtos e subproduto Florestal DCC Art. 5 - A colheita e comercialização de produtos ou subprodutos oriundos de florestas plantadas (nativas ou exóticas) dependerão de declaração ao órgão competente, assim como deve ser feito o recolhimento da taxa florestal. 1 - A Declaração que trata o caput deverá ser emitida pelo próprio declarante no Sistema de Controle de Atividades florestais CAF/SIAM, mediante cadastro de plantios conforme dispõe a Seção 1 desta Portaria e preenchimento das informações solicitadas pelo sistema conforme orientação disponível na seção 4 do manual de acesso e utilização do sistema. 2 - Para emissão da Declaração de Colheita e Comercialização de floresta plantada no sistema, o desenho ou upload dos plantios devem estar localizados dentro dos polígonos de uso consolidado declarado no CAR, sendo vedadas para plantios em área de Preservação Permanentes e Reserva legal.

5 3 - É livre de controle, a extração de lenha em regime individual ou familiar para consumo doméstico. 4 - Deverá ser apresentado diretamente no sistema, o Inventário florestal do maciço ou inventário florestal pré corte, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, para maciços acima de 50 (cinquenta) hectares. 5 - A área mínima de 50 (cinqüenta) hectares prevista nesta Portaria para a exigência de inventário florestal será computada considerando, cumulativamente, todas as explorações florestais realizadas pelo solicitante no período de 12 (doze) meses anteriores ao requerimento e na mesma propriedade. 6 - A destoca de floresta plantada, para fins de carvoejamento está sujeita aos procedimentos dispostos nesta Portaria, substituindo-se o inventário florestal por estudo técnico de mensuração da volumetria de tocos e raízes com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. 7 - Quando a finalidade da floresta se destinar a produção de carvão, deverá ser informada a capacidade produtiva da praça de fornos com número, tipo e dimensões de fornos para carbonização. 8 - O prazo de validade da Declaração de Colheita e Comercialização de floresta plantada, será de 02(dois) anos, não sendo concedida prorrogação, acréscimos ou revalidação depois de expirado o seu prazo de validade. 9 - O transporte do carvão vegetal e do produto florestal originado de floresta plantada com essência nativa, deverá ser acobertado por Guia de Controle Ambiental - GCA O saldo declarado no CAF/Sisema net será lançado pelo IEF no CAF-SIAM para fins de controle do transporte, sendo que o plantio ou a área de produção de carvão poderá ser vistoriada a qualquer tempo. 11º - Produtos in natura de floresta plantada com espécies exóticas ficam dispensados do documento de controle ambiental - GCA. Seção V Taxa Florestal Art. 6 - Sujeitam-se às incidências da Taxa Florestal os produtos e subprodutos de origem florestal. 1º - O Documento de Arrecadação Estadual - DAE referente ao recolhimento da taxa florestal será diretamente no sistema CAF/Sisema Net e deverá ser quitado para liberar a emissão da DCC

6 2º - Deverá ser emitido DAE por produto a ser comercializado, cujo pagamento poderá ser fracionado. 3º - Quando o recolhimento da Taxa Florestal recair na forma de substituição tributária, deverá o contribuinte se apresentar de forma presencial ao órgão ambiental e liberado no sistema mediante apresentação das seguintes informações: I - o Termo de regime especial de substituição Tributária; II - o número do CPF/CNPJ dos produtores que se beneficiarão da substituição; III - os respectivos volumes cujas taxas serão substituídas. 4º - Deverá constar no campo observações da nota fiscal que acompanha o transporte o número do DAE pago ou no caso de substituição tributária o número do Processo Tributário Administrativo - PTA e a Administração Fazendária que lhe deu origem. Seção VI Dispositivos Gerais Art.7 - Esta Portaria não isenta o produtor ou explorador da obrigatoriedade de obter cadastro, registro, licenças ambientais ou outros atos autorizativos previstos na legislação ambiental especifica. Art. 8 - O Inventário Florestal elaborado para maciços acima de 50 (cinqüenta) hectares, deve ser mantido em arquivo, assim como a ART correspondente. 1º - Para as áreas de exploração florestal com menos de 50 (cinquenta) hectares será adotado como parâmetro de rendimento volumétrico o Inventário Florestal do Estado de Minas Gerais. 2º - Para os casos de destoca de floresta plantada, para fins de carvoejamento, deverá ser elaborado o estudo técnico de mensuração da volumetria de tocos e raízes com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica - ART em substituição ao inventário florestal. 3º - No caso de comercialização de Tiço, resíduos provenientes de transformação de material lenhoso para terceiros, deverá o consumidor procurar o IEF de posse das DCCs e Notas fiscais para comprovação da origem e lançamento do saldo para emissão da GCA. 4º - As informações que compõe o processo de emissão da Declaração de Colheita e Comercialização de produtos e subprodutos florestal é de inteira responsabilidade do declarante, ficando passível de ações administrativas e penais.

7 5º - A emissão de DCC e os procedimentos para pagamento da Reposição Florestal funcionarão em conjunto com os regramentos atualmente realizados e dispostos na legislação vigente, até que se termine o prazo legal para cadastramento de propriedades no CAR. Art. 9 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, aos 22 de dezembro de 2014, 226 da Inconfidência Mineira e 193º da Independência do Brasil. Bertholdino Apolônio Teixeira Júnior - Diretor Geral