CUSTO DO FRETE SOBE MAIS QUE INFLAÇÃO. Setcepar entrevista: Roseli Isidoro, Secretária Municipal da Mulher

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1 A n o N ú m e r o 6 9 J U N H O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná. CUSTO DO FRETE SOBE MAIS QUE INFLAÇÃO Setcepar entrevista: Roseli Isidoro, Secretária Municipal da Mulher

2 EDITORIAL INCT Índice Nacional de Custos do Transporte Reflete a variação de custos fixos e variáveis das empresas, sem levar em conta perdas e falta de reposição anterior. Médias Distâncias Variação Abril (%) Variação últimos 12 meses (%) Carga Lotação + 0,38 + 6,10 Não poderia deixar essa edição passar sem falar de algumas coisas: a primeira é o aumento dos custos do frete, a segunda é a convenção coletiva de trabalho e a terceira é a repercussão que a contratação de mão de obra estrangeira continua atraindo. Carga Fracionada Carga Frigorificada + 0,28 + 0,03 + 4,72 + 4,42 A matéria principal desta edição fala sobre o quanto as transportadoras estão sendo prejudicadas com o aumento do custo do frete rodoviário. Além de termos somente a Petrobras como fornecedora de diesel, a concorrência também não é grande quando se trata de empresas que fabricam caminhões, peças e equipamentos necessários para os veículos, além de pneus e outros acessórios. Por isso baratear o valor fica quase impossível para o transportador, sendo que este custo, posteriormente, é repassado ao consumidor. Combustíveis FIQUE ATENTO + 0,34 + 4,77 Fonte: NTC&Logística - Abril/2014 A convenção coletiva de trabalho para os anos de 2014 e 2015 também é abordada nesta edição. No texto da página 9 falamos do reajuste, índice de aumento, pisos fixados na CCT, ticket refeição, horários flexíveis, diárias para viagem e banco de horas. Outra boa novidade é que, além da contratação de motoristas colombianos estar dando certo, ela ainda continua repercutindo junto à opinião pública por meio da imprensa. Desta vez foi feita uma matéria no maior jornal noticioso do país, o Jornal Nacional, da TV Globo. A reportagem não abordou somente a falta aqui no Paraná, mas em vários estados do país. Já temos diversos profissionais contratados e esperamos que ainda venham mais motoristas. Uma boa leitura, Gilberto Antonio Cantú, Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Setcepar). Sest Senat garantirá mudança de categoria da habilitação a 50 mil motoristas O senador Clésio Andrade assinou e autorizou um projeto do Sest Senat lançando mais uma medida para suprir a falta de profissionais no mercado de trabalho do setor de transportes. O projeto Habilitação Profissional para o Transporte Inserção de Novos Motoristas, vai fornecer de forma gratuita a mudança de categoria de habilitação para 50 mil motoristas, da categoria B para C e da categoria C para D ou E. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sest Senat. Outros detalhes estarão disponíveis na página da instituição na Internet ou pelo telefone EXPEDIENTE Presidente: Gilberto Antonio Cantú 1.º Vice-Presidente: Marcos Egidio Battistella 2.º Vice-Presidente: Aldo Fernando Klein Nunes 1.º Diretora Financeira: Rosana Machiavelli 2.º Diretor Financeiro: Silvio Kasnodzei Diretores Efetivos: Altair Vailati / Cecílio Gonçalves / Geraldo Fernandes Junior / Leonir Antonio Melnik / Wagner de Oliveira Minato Diretores Suplentes: Orlando Zem / Osvaldo Haroldo Brehm Membros Efetivos do Conselho Fiscal: Amadeu Clóvis Greca / Armindo José Bencke / Francisco Bezerra de Vasconcelos Neto Membros Suplentes do Conselho Fiscal: Flórido Antonio Kowalski / Gilberto Crivellaro Conselho Superior: Valmor Weiss / Rui Cichella / Gilberto Frâncio / Roberto Sergio Merolli / Eloy Lazaro Fabbri / Waldomiro Koialanskas Filho Diretores Nomeados: Italo Lonni Junior / Nestor Ferens / Pedro Luiz Capilé / Glênio Marcelo Cogo / Deborah Christiane Cardoso Corrêa I Superintendente: Luiz Carlos Podzwato. Redação: Talk Assessoria de Comunicação Ltda. Karin Villatore - DRT: 2815 Fabíola Cottet DRT: Projeto Gráfico e Diagramação: Direção de Arte design / Agência Zero Fotografias: Agência Zero Enéas Gomes Arquivo Setcepar Tiragem: exemplares Gráfica: Gráfica Malires Setcepar - Rua Almirante Gonçalves, 1966 Rebouças Curitiba PR/ Telefone: (41) setcepar@setcepar.com.br 02

3 ESPECIAL Custo do frete sobe mais que inflação A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou que, somente no ano passado, os custos operacionais do transporte rodoviário de cargas subiram 7,9%. Os aumentos de 17,3% no gasto com diesel e de 10,2% nas despesas com salários de motoristas foram os fatores de maior peso, segundo Gilberto Cantú, presidente do Setcepar. O custo do frete quase dobrou nos últimos cinco anos. A alta foi muito maior que a inflação oficial do período, que ficou em 31% no índice acumulado de 2009 até o final de O setor de transporte rodoviário de cargas é responsável por 65% de todas as mercadorias transportadas no país. O aumento, além de prejudicar as transportadoras, acaba pesando no bolso do consumidor final, afirma Cantú. Outro fator que encarece o valor é a Lei do Motorista. O custo que as empresas têm de pagar para os caminhoneiros quando estão parados praticamente dobrou nos últimos anos. Uma esperança são as mudanças que devem ser aprovadas na Lei dos Motoristas, comenta. Para piorar temos as estradas precárias e planos de concessões parados, ou seja, os gastos mais altos não vieram acompanhados de um retorno na produtividade, complementa o presidente do sindicato. Cantú diz que outro fator preocupante é o valor que as transportadoras podem repassar ao cliente. Segundo ele, ao longo do ano de 2013, a maioria das empresas repassou um aumento de cerca de 5%, o que acabou sendo um valor um pouco abaixo da inflação do período. A maior parte das empresas consegue pouca rentabilidade com as vendas, o que acaba deixando as transportadoras com um alto endividamento, que chega a comprometer até 60% do capital, quando o ideal seria reter apenas 35%, no máximo, explica. Além disso, Cantú afirma que o setor enfrenta uma dificuldade muito grande se quiser tentar reduzir os custos. Os fornecedores de insumos são monopólios ou oligopólios, o que complica a negociação. Somente a Petrobras fornece o diesel, e são poucas empresas de caminhões e de pneus, por exemplo. Não tem como escapar, informa. Lei do Motorista A proposta que flexibiliza o horário de trabalho dos motoristas profissionais deve ser votada no plenário do Senado e, depois, ir para a sansão da presidente Dilma. O Projeto de Lei da Câmara 41/2014 altera a chamada Lei do Descanso (Lei /2012), permitindo que a jornada de trabalho do motorista, atualmente de 8 horas mais duas extras, possa ser estendida em mais duas horas, a depender do acordo coletivo da categoria. Além disso, a cada seis horas ao volante o motorista deverá descansar 30 minutos, e o intervalo intrajornada de 11 horas poderá ser fracionado em dois períodos diários, sendo um ininterrupto de 8 horas. Estão fazendo um grande alarde com pequenos ajustes que irão viabilizar a aplicação da lei, comentou o presidente Gilberto Cantú. 03

4 CURTAS Tarifa do pedágio da PR-323 será de R$ 3,90 por praça Porto de Paranaguá (PR) registra aumento de 20% na movimentação de graneis no 1.º trimestre de 2014 FMI reduz estimativa de crescimento do Brasil para 1,8% Governo de SP receberá US$ 480 mi do BID para 28 trechos de rodovias

5 OPINIÃO SETCEPAR Final feliz No fim do ano passado os transportadores rodoviários foram surpreendidos com o que podemos considerar um desfecho feliz para 2013, pelo menos no que se diz respeito ao roubo de cargas. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, no dia 20 de dezembro, dois Projetos de Lei que trarão mais segurança para o transporte de cargas e para o mercado de veículos em terras paulistas. O Projeto de Lei 885/2009, de autoria coletiva, traz no texto punições severas contra os estabelecimentos que forem flagrados com produtos que sejam fruto do roubo de cargas. Já o segundo projeto aprovado é o PL 380/13, que visa restringir o comércio de autopeças de veículos sinistrados ou apreendidos, por ato administrativo ou judicialmente, revertendo o quadro atual em que o Estado não consegue promover uma fiscalização mais efetiva. Você deve estar se perguntando o motivo pelo qual estamos celebrando se as legislações aqui citadas se referem apenas para São Paulo. A verdade é que temos a esperança de que este seja apenas o primeiro passo que determinará um novo rumo para este tipo de crime em todo o território nacional. Isso porque, com esta nova lei, é possível atingir a raiz de todo o problema do crime nas rodovias: o receptador da carga roubada. Com isto funcionando em São Paulo, acreditamos que poderá ser aplicada em todo o Brasil em questão de pouco tempo. Até porque, apesar das estatísticas mostrarem que as ocorrências para este tipo de crime só vêm aumentando em todo o país ao longo dos anos, nada é feito de fato para diminuir estes dados. Basta nos lembrarmos de uma lei nacional de 2006, chamada Lei Negromonte, que criaria mecanismos para reprimir esses crimes. Infelizmente ela segue sem efeitos, porque ainda não foi regulamentada. Aqui no Paraná, uma lei estadual permanece na gaveta pasmem, desde pelo mesmo motivo. Então, fico feliz com esta atitude positiva de São Paulo. Que eles sejam o exemplo de que o Brasil tanto precisa contra este crime que contabilizou um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para os empresários do segmento somente em *Resumo de artigo assinado por Gilberto Cantú, publicado no jornal Gazeta do Povo. SÓCIOS MANTENEDORES MASTER PREMIUM 05

6 SETCEPAR NA MÍDIA Faltam motoristas de caminhão no mercado; salário chega a R$ 3 mil Pouca gente se interessa por um trabalho conhecido pelas jornadas longas e por perigos. Tem transportadora que contrata até mulher de caminhoneiro. 06 Existe uma profissão no Brasil que tem, atualmente, cem mil vagas abertas. E o salário pode chegar a R$ 3 mil, segundo os empregadores. Mas faltam motoristas de caminhão no mercado. Pouca gente se interessa por um trabalho conhecido pelas jornadas longas e por perigos. E o esforço das empresas é para acabar com essa imagem. Para atrair os motoristas, os patrões alegam que investiram em segurança contra o roubo de carga. Os caminhões mais modernos exigem menos esforço. Tem também a lei que determina limite de horas para rodar. O Serviço Nacional do Transporte pretende formar 50 mil novos motoristas em todo o país. Além de contribuir com a questão do primeiro emprego, é também atrair novos profissionais para o setor do transporte, afirma a diretora do Sest-Senat, Joabete Xavier de Sousa. Mas eles só devem entrar no mercado de trabalho daqui a dois anos. E isso não resolve todo o problema. Segundo as empresas, faltam 100 mil motoristas no país. O pátio de uma transportadora nunca esteve tão cheio. Nós estamos com 40 caminhões parados por falta de mão de obra. Um prejuízo no faturamento de mais de R$ 2 milhões, revela o gerente de transportes Reiner Rodrigues Nery. Em Curitiba, a solução foi trazer motoristas da Colômbia, onde existe excesso de mão de obra no setor. Vinte já foram contratados e outros 24 devem começar a trabalhar em breve. Não é complicado rodar, é muito parecido com a Colômbia, afirma o motorista Sandro Blanco. A desvantagem é o tempo na documentação e no treinamento. Este processo demora uma, duas, até três semanas, onde as empresas têm que assimilar essa contratação sem ter o profissional, comenta Luiz Podzwato, superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná. Em Goiás, as empresas estão formando caminhoneiros por conta própria. Na sala de aula de uma transportadora de combustível, um equipamento, que lembra a frente de um caminhão, é um simulador usado para treinar os motoristas e candidatos que chegam sem nenhuma experiência. Salário não é problema. Salário de motorista é um bom salário. Tem motorista que chega a ganhar R$ 3 mil por mês, conta um homem. O motorista Edmar Dionízio da Silva, que hoje dirige uma ambulância, está se preparando para voltar a ser caminhoneiro. O ganho vai ser um pouquinho mais e vou estar fazendo o que eu gosto e o que eu quero, diz. Em outra transportadora, vale contratar até mulher de caminhoneiro. Cida viaja com o marido, mas cada um na sua carreta. Onde eu carrego, meu esposo carrega. Onde ele carrega, eu carrego. Onde ele descarrega, eu descarrego. E nisso nós dois estamos aí juntos sempre, conta ela.

7 COLUNA RH Preparação das empresas de transportes para processos trabalhistas O curso se destina aos gestores das empresas de transportes e abordará temas como: esocial, modalidades de rescisão e extinção contratual, tipos de aviso prévio, homolognet, implicações da nova lei, acidentes de trabalho, normas jurídicas, jornada de trabalho, registrador eletrônico de ponto, início da vigência, preparação das empresas, convenção e acordo coletivo de trabalho, dentre outros temas. Instrutora: Christina Pila Data: 19 de julho Horário: 08h15 às 12h15 Local: Setcepar - Rua Almirante Gonçalves, Rebouças Investimento: Associados: R$ 195,00 Não Associados: R$ 390,00 Incluso no Valor: Material didático, certificado, coffe-break, estacionamento próprio. Jornada de trabalho do motorista - Aplicação e reflexos após a nova lei O curso se destina a discutir a nova lei do motorista, suas implicações e reflexos. Os conteúdos envolvem a aplicação da lei: a diferença entre empregados, agregados, autônomos, ajudantes, terceirizados e pessoa jurídica; formas de controlar a jornada de trabalho; tempo de direção e tempo de espera; direitos e deveres do motorista; e muitos outros assuntos. Instrutora: Christina Pila Data: 23 de agosto Horário: 08h15 às 12h Local: Setcepar - Rua Almirante Gonçalves, Rebouças Investimento: Associados: R$ 195,00 Não Associados: R$ 390,00 Incluso no Valor: Material didático, certificado, coffe-break, estacionamento próprio. Direção consciente O treinamento que desperta excelência em seu motorista Este treinamento destina-se às empresas transportadoras de cargas e passageiros que visam diminuir o envolvimento de seus motoristas em acidentes de trânsito, bem como reduzir o custo operacional de seus veículos. Entre os conteúdos destacam-se: relacionamento interpessoal, painel de instrumentos, cuidados na operação do veículo e direção econômica. Instrutora: Mário Cannan Data: 09 de agosto Horário: 08h às 13h Local: Setcepar - Rua Almirante Gonçalves, Rebouças Investimento: Associados: R$ 160,00 Não Associados: R$ 320,00 Incluso no Valor: Material didático, certificado, coffe-break, estacionamento próprio. Como emitir o manifesto de cargas eletrônico (MDF-E) O treinamento pretende, por meio de uma abordagem prática e objetiva, formar e atualizar profissionais de diversas áreas do conhecimento para o desempenho de suas funções em nível operacional e estratégico levando em conta a importante questão fiscal e tributária. Instrutora: José Ricardo Fernandes Data: 26 de agosto Horário: 13h30 às 17h30 Local: Setcepar - Rua Almirante Gonçalves, Rebouças Investimento: Associados: R$ 330,00 Não Associados: R$ 660,00 Incluso no Valor: Material didático, certificado, coffe-break, estacionamento próprio. Informações: Setor RH & TD - As inscrições poderão ser feitas pelo treinamento@setcepar.com.br, fones (41) / ou fax (41) Observação: as empresas que necessitarem de cancelamento da inscrição deverão comunicar o setor RH&TD com 48 horas de antecedência, enviando para o setor uma solicitação de cancelamento. Não sendo respeitada esta observação, não será dispensada a cobrança da fatura. Assessoria de Segurança do Setcepar disponibiliza palestra in company A Assessoria de Segurança do Setcepar está disponibilizando palestras de treinamento in company com o tema Medidas Preventivas Contra Crimes Praticados: antes, durante e após o deslocamento de veículos de carga. A palestra, ministrada pelo Assessor de Segurança, José Carlos de Oliveira, é efetuada na empresa do associado, terá duração aproximada de duas horas e será isenta de custos. O agendamento poderá ser feito pelo treinamento@setcepar.com.br ou telefone (41) , com o número mínimo de 10 participantes. 07

8 SETCEPAR ENTREVISTA ROSELI ISIDORO SECRETÁRIA MUNICIPAL DA MULHER 08 Roseli Isidoro é a atual secretária da Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher, mas já foi vereadora por dois mandatos e já presidiu, por quatro anos, a Comissão de Urbanismo e Obras Públicas, sendo relatora do Plano Diretor de Curitiba aprovado e sancionado em Nesta entrevista exclusiva, a secretária fala a respeito das ações em prol das mulheres. Confira: Setcepar: Quais são os principais objetivos da Secretaria? Roseli Isidoro - A Secretaria da Mulher de Curitiba surgiu há pouco mais de um ano para ser uma articuladora de políticas públicas para as mulheres. Neste primeiro ano, a nossa prioridade foi a humanização do atendimento à mulher vítima de violência, com forte atuação junto à Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência. Atuamos na capacitação de servidores, palestras de sensibilização sobre o tema junto às comunidades, campanhas informativas de conscientização e divulgação da Lei Maria da Penha. Setcepar: Quais são os projetos mais relevantes feitos em prol das mulheres? Roseli Isidoro - A primeira ação da secretaria foi construir um plano emergencial de enfrentamento da violência contra a mulher, fortalecendo o trabalho integrado com a Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência, que congrega representantes de diversos setores de atendimento à mulher. Estamos, há mais de um ano, ocupando todos os espaços de divulgação, inclusive nas mídias sociais, para tirar o problema da invisibilidade. E como resultado prático de nosso trabalho, implantamos no último dia 8 de março, a Patrulha Maria da Penha - ação integrada da Secretaria da Mulher e da Guarda Municipal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A Patrulha atende mulheres que já possuem medidas judiciais de afastamento do agressor. Setcepar: Como é o trabalho da Patrulha Maria da Penha? Roseli Isidoro - As equipes da Guarda Municipal recebem semanalmente um relatório do Juizado da Violência Doméstica e Familiar, sobre as medidas protetivas concedidas. Nesse comunicado há uma avaliação de risco dos casos, para que a Patrulha estabeleça uma escala de prioridade no roteiro de visitas às vítimas, conforme o grau de vulnerabilidade delas. Em duplas de agentes formadas por um homem e uma mulher, a Guarda Municipal realiza visitas periódicas e acompanha, de perto, a situação dessas mulheres, verificando o cumprimento das medidas, orientando e, quando necessário, fazendo o encaminhamento para a rede de atendimento e a emissão de relatórios sobre os casos. Esse trabalho é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. No período noturno e aos finais de semana, a Patrulha atua em escala de plantão para atendimentos emergenciais. Setcepar: Um fato recorrente é a prostituição de mulheres em estradas brasileiras (muitas vezes menores de idade). Há alguma iniciativa da Secretaria para que caminhoneiros não sejam os principais financiadores destes atos? Roseli Isidoro - O trabalho da Secretaria da Mulher será sempre pelo combate à exploração da prostituição. Especificamente em relação à prostituição nas estradas ainda não temos nenhuma campanha desenvolvida, mas certamente é um tema que nos interessa muito. Temos conhecimento de que a Confederação Nacional do Transporte (CNT), por meio do Sest Senat, já vem promovendo campanhas de combate ao crime nas estradas por meio do seu Programa de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Curitiba e Região Metropolitana pretendemos estabelecer uma parceria com o Setcepar para trabalharmos neste sentido. Setcepar: Como a Secretaria trabalha com relação à Lei Maria da Penha? Há alguma ação específica de conscientização e incentivo de denúncias? Roseli Isidoro - Desde o ano passado temos feito palestras sobre a Lei Maria da Penha em diversos lugares da cidade. E nossa principal ação é a Patrulha Maria da Penha, que trabalha no cumprimento efetivo da lei. Divulgamos também, através de nossos canais de informação, o Ligue 180 canal de denúncia para as mulheres -, que presta atendimento com foco no acolhimento, orientação e encaminhamento para os diversos serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em todo o Brasil. Setcepar: Temos dados da violência contra a mulher em Curitiba? Roseli Isidoro - Encomendamos, em novembro do ano passado, uma pesquisa que apurou a percepção da sociedade sobre violência e assassinatos de mulheres. A pesquisa foi feita pelo Instituto Bonilha e revelou que, dos crimes que mais acontecem em Curitiba, as agressões contra mulheres e o abuso sexual aparecem seguidas do crime de tráfico de drogas. Dos entrevistados, 77% acreditam que a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos. Para mostrar apenas alguns dados, entre os entrevistados, 68% afirmam conhecer uma mulher que já sofreu agressão por parte do marido, namorado, companheiro, seja atual ou ex. Eles avaliaram que a mulher vítima de violência corre perigo extremo de ser assassinada, quando decide romper a relação e quando denuncia o agressor para a Polícia. O estudo mostrou que há uma preocupação da sociedade em relação à violência doméstica ao apontar que 81% dos entrevistados concordam em denunciar o crime mesmo sem o consentimento da vítima. Trabalhamos também com dados da Delegacia da Mulher, que mensalmente nos envia relatório com o número de boletins de ocorrência. Somente de janeiro a março deste ano, já tivemos casos.

9 COLUNA EVENTOS Seminário Parceria Público Privada No dia 30 de abril o superintendente do Setcepar Luiz Podzwato participou, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, do seminário sobre Parceria Público Privada (PPPs) que buscava esclarecer como, por que e para quem funcionam as PPPs. Reunião Ney Leprevost e secretário de segurança O presidente do Setcepar, Gilberto Cantú, e o presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli, estiveram reunidos, no dia 5 de maio, com o deputado Ney Leprevost e com o secretário de segurança do Paraná, Leon Grupenmacher, para discutir sobre a lei de perdimento da Inscrição Estadual por empresas receptadoras de mercadorias furtadas e a criação da Delegacia de Roubo de Cargas, entre outros assuntos. Reunião no Detran sobre nacionalização de carteiras de colombianos No dia 7 de maio o superintendente do sindicato, Luiz Podzwato, e o diretor, Glênio Cogo, estiveram reunidos com o diretor geral do Detran, Marcos Traad, e com o coordenador de habilitação, Larson Orlando, discutindo ajustes na nacionalização da carteira de motorista dos colombianos que estão chegando ao Brasil. Seminário Setcepar Responsabilidade civil, seguro, gerenciamento de risco e suas implicações No dia 22 de maio, durante a tarde, muitas empresas assistiram às palestras de José Lúcio da Silva (WGRA-Gerenciamento de riscos ambientais), Fernando Agnani (GPAX-Seguros) e Márcio Luiz Lira (Angellira), que trouxeram novos conhecimentos e muitos alertas aos transportadores. Reunião SEBRAE sobre apoio às pequenas e microempresas de transporte No dia 5 de maio o superintendente do sindicato, Luiz Podzwato, esteve reunido com representantes do SEBRAE-PR para discutir sobre capacitação de empresas de transporte e logística. Reunião com Roseli Isidoro O presidente do Setcepar, Gilberto Cantu, e o vice, Fernando Klein Nunes, estiveram reunidos, no dia 5 de maio, com a secretária municipal da mulher, Roseli Isidoro, discutindo assuntos de interesse e cooperação mútua. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Os reajustes referentes a Convenção Coletiva de Trabalho para ano base maio/2014 a abril /2015 foram acordados conforme abaixo: Pisos fixados na CCT: reajuste de 8% sobre os pisos, à exceção dos pisos de carreteiro, ajudante de motorista e auxiliar de escritório (ver tabela abaixo). Em relação aos motoristas carreteiros, ajustamos que para o bi-trem continua valendo o adicional de 10% e para os motoristas do rodo-trem (9 eixos) se aplica o adicional de 15% sobre o piso do carreteiro. FUNÇÃO PISOS Motorista carreteiro R$ 1.665,00 Motorista truck Motorista de toco Motorista de malote Demais motoristas Operador de empilhadeira Conferente de carga Vigia ou guardião Auxiliar de escritório Ajudante de motoristas (auxiliares de transportes, coletador, entregador, carregador e movimentador de mercadorias) R$ 1.321,00 R$ 1.230,00 R$ 1.400,00 R$ 1.165,00 R$ 1.114,00 R$ 1.114,00 R$ 1.050,00 R$ 1.021,00 R$ 1.021,00 Índice de aumento geral: 8% (oito por cento) para todos os empregados que não tem pisos fixados na CCT. Ticket refeição: R$ 13,20 (treze reais e vinte centavos). Horário flexível: Fica ajustado entre as partes que os motoristas de viagem adotarão jornadas de horários flexíveis, de maneira que os horários de início e término do trabalho poderão variar de um dia para outro, a critério do motorista e/ou da necessidade do serviço. Entretanto, fica ajustado que o motorista deverá observar o limite máximo da jornada diária e semanal, previsto na Constituição Federal e Lei /12. Quando o motorista trabalhar em regime de horas suplementares, será devido o adicional na forma neste instrumento. Parágrafo único: Diante da jornada flexível prevista no caput, independentemente das variações que possam ocorrer de uma jornada para outra, fica ajustado entre as partes que o limite da jornada semanal será sempre de 44 (quarenta e quatro) horas, não se aplicando aos motoristas a jornada reduzida prevista no Art. 7, inciso XIV da Constituição Federal. Diárias para viagem: ALMOÇO JANTAR PERNOITE R$ 17,60 R$ 17,60 CAFÉ DA MANHÃ R$ 8,80 TOTAL R$ 8,80 R$ 52,80 Banco de horas: Continua autorizado, com anuência e homologação junto ao sindicato profissional, e válido para os setores administrativos, comercias e de manutenção. 09

10 Modernização, qualificação e valorização são os lemas da Paraná Transportes A Paraná Transportes, empresa que atua há quase 11 anos no mercado, tem como lema a modernização dos administradores do setor de transportes e a qualificação e valorização dos seus colaboradores. É o que afirma Bernardo Marques, diretor da empresa que tem sede em Curitiba. Após um longo caminho percorrido desde julho de 1993, data em que fundei a empresa, hoje posso afirmar que somos uma empresa especializada no atendimento aos governos municipais, estaduais ou federal e suas autarquias, conta Marques, que também desenvolve equipamentos com a finalidade específica para aplicação nos contratos. Segundo o diretor, outro segmento diferenciado do setor em que a empresa atua é a logística reversa de embalagens químicas pós-uso, possuindo uma equipe dedicada ao atendimento das indústrias, com software desenvolvido especificamente para a gestão. Atualmente a Paraná Transportes possui aproximadamente 50 frotas que dão suporte aos contratos dedicados com os órgãos de governo e com as indústrias químicas, e conta com 71 colaboradores. Marques tem diversos planos para o futuro. Vamos investir no desenvolvimento de novos negócios com diferencias e personalização do atendimento às necessidades de nossos clientes, além de identificar e explorar novos modais de transporte, ressalta. Ele conta que a empresa é associada praticamente desde a sua criação ao Setcepar e, ao longo destes anos, sempre teve um apoio incondicional. Um dos exemplos durante a regulamentação do setor foi o fato de que, para cadastrar uma empresa na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), não era necessário ter qualquer frota e, através de uma reclamação formal do Setcepar, a ANTT revisou o item. E nós obtivemos uma primeira vitória, pois com esta decisão conseguimos obstar que empresas fora do setor realizassem o transporte de cargas, finaliza.... Que existem diversas placas de trânsito que não se vêem muito por aí e que dificilmente o motorista sabe o significado? Um exemplo é a placa de vento lateral, como mostra a figura. Ela adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de trecho de via ao longo do qual ocorre frequentemente vento lateral forte que possa comprometer a estabilidade do veículo, representando risco à segurança dos usuários da via.... Que entre as curiosidades sobre sinalização de trânsito uma diz respeito à primeira regra, ao menos, que se tem notícia. Ela foi criada na Inglaterra e era chamada de Lei da Bandeira Vermelha, na qual o motorista, para transitar com seu veículo, deveria manter na frente do mesmo um homem a pé, que deveria carregar uma bandeira vermelha avisando aos pedestres que o veículo vinha se deslocando pela estrada. Essa lei é de 1836 e também limitava em 10 km/h a velocidade máxima. 10

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