O projeto de Ser Sartreano

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O projeto de Ser Sartreano"

Transcrição

1 O projeto de Ser Sartreano Diego Rodstein Rodrigues RESUMO Esse projeto visa uma analise conceitual da obra O ser e o nada, tendo como foco a construção do projeto existencial Sartreano. Entender por qual via a construção dos seres se faz importante, é crucial no contexto da teoria de Jean-Paul Sartre e encontrar a cerne de tais conceitos faz com que se tenha uma melhor compreensão sobre o projeto existencial. Para tal, é necessário conhecer de maneira pelo menos sucinta, o trajeto feito pelo autor em sua principal obra, O Ser e o Nada, que ele diz ser uma Fenomenologia Ontológica. Nessa empreitada, Sartre vai se ater principalmente a conceitos prévios de Husserl, Heidegger e Hegel e também introduzirá ideias para validar a sua tese, tais conceitos como o ser-em-si, o ser-para-si, fazendo a distinção entre fenômeno e coisa em si herdadas até certo ponto da teoria hegeliana. O projeto pode ser visto como a tentativa principal da consciência em se tornar Deus de sua própria vontade, se livrar das intemperanças da liberdade, evitar o outro e não agir de má-fé, porém tal busca se mostra um tanto quanto platônica ao ver do autor, podendo ser dita até como meta inalcançável para nosso ser, mas ao mesmo tempo em que se dá como inalcançável, também é o motor propulsor para que a consciência possa viver o mundo a sua maneira. PALAVRAS-CHAVE: Ser. Fenomenologia. Existencialismo. Sartre. Para-si. Sartre divide de forma bem categórica os caminhos do ser para cumprir com o seu projeto, mas primeiramente deve ser questionado: o que é o projeto de ser sartreano? É bom começarmos nos perguntando quem busca tal projeto. A consciência, chamada por Sartre de ser-para-si. O para-si é um ser meramente interpretante e existencial, cujo interior sofre constantes mutações de acordo com sua experiência no mundo. Essas constantes mutações de seu interior o tornam um ser ausente de fenômenos, ou seja, o para-si não se mostra e não existem interpretantes do mesmo, nem o próprio para-si possui ciência de si, em outras palavras o para-si não consegue tomar ciência de si próprio como objeto de Faculdade Federal de Santa Catarina, Estudante de Mestrado em Filosofia, di_rodstein@hotmail.com. 142

2 investigação. O para-si escapa do próprio conhecimento e para ele não há possibilidades de se autoconhecer, pois ao tentar fazer isso, ele cai no Nada. Mediante a noção de nada, Sartre descreve a atividade da consciência, isto é, do homem enquanto homem. O para-si é a superação de nadificação, pois não possui nada a priori, nenhuma caracterização prévia, nenhum sentido dado anteriormente à sua criação, não há espaço nessa consciência para indagações metafísicas, ela nunca vai chegar ao ponto de se conhecer, pois ela é composta do Nada, ela simplesmente existe. Sendo o para-si formado pelo Nada, paradoxalmente pode-se afirmar que a consciência é o que não é, e não é o que é. Nesse sentido: [...] o nada se manifesta no mundo através daquele ser que se pergunta sobre o seu próprio ser, ou que deve ser o seu próprio nada. Esse ser bizarro é o homem. (BORNHEIM, 1971, p. 43). Porém Sartre afirma que o nada não é um conceito vazio e sem sentido. Então passemos a pergunta: do que consiste o Nada? O nada é pura negatividade. Tal negatividade gera o paradoxo da realidade humana, o paradoxo entre o ser e o nada habitando a consciência. Essa negatividade possui a força de enfraquecimento da estrutura de ser do ser e essa estrutura que o ser enfraquece é na verdade a nadificação. Porém esse Nada não se nadifica, pois apenas um ser pode ter algo para nadificar-se e o Nada não é. O homem, primeiramente é o Nada de sua consciência. Essa consciência se direciona ao mundo buscando completar sua essência e ao buscar tal essência para-si se exterioriza, transcendendo-se. Pode-se dizer que o Nada consiste numa força propulsora para a consciência buscar sua essência. A tentativa do projeto de ser se da em função do Nada que abriga o para-si. Essa tentativa é a construção de seu projeto de ser, frisando novamente que o para-si existe previamente à sua própria essência. Quando se fala do nada, pode-se afirmar que é ele que possibilita a constante mutação do ser. O Nada é a ferramenta investigatória do ser, porém é também algo que está dentro do ser e não se exterioriza. O nada que Sartre afirma como algo intrínseco é parasitário da consciência. Esse Nada é o que torna a consciência uma constante mutante da própria essência, pois por ter o Nada como algo constante dentro dela, ela se torna permanentemente 143

3 negação de si própria. Ou seja, [...] a consciência é revelação-revelada dos existentes, e estes comparecem a ela fundamentados pelo ser que lhes é próprio. (SARTRE 1997, p. 35). Pode-se dizer que a consciência é um ser dado como um experienciador do mundo, perguntando-se por si mesma, buscando seu próprio consciente devido sua capacidade de nadificação e ao se perguntar por si, ela encontra o próprio Nada que a constitui. Tal constituição a torna um ser de abrangência total para receber o mundo em seu ser, porém essa consciência não cria mundo, ela simplesmente apreende os fenômenos. Essa apreensão se dá pela consciência lançada ao mundo como uma interrogação de seu próprio ser. Sartre afirma que tal processo é a resposta dada como negatividade do para-si, pois sua busca é impulsionada pelo processo de nadificação dela mesma. [...] Assim, com a interrogação, certa dose de negatividade é introduzida no mundo: vemos o Nada irisar o mundo, cintilar sobre as coisas. Mas, ao mesmo tempo, a interrogação emana de um interrogador que se motiva em seu ser como aquele que pergunta, desgarrando se do ser. (SARTRE 1984, p. 66) O para-si é um ser que caracteriza sua realidade, na própria falta de conhecimento de si mesmo. Sendo assim, a falta é o que gera a possibilidade ao parasi de tentar se conhecer e conhecer o mundo. Dessa forma todo esforço do para-si para se conhecer é um esforço interrogativo, essas interrogações sobre si mesmo são o esforço do ser para tentar cumprir com seu projeto de ser. O projeto existencial que Sartre busca parte da ideia de que somos seres que existimos préviamente a qualquer tipo de designação a nosso ser. Não somos moldados por nada anterior a nossa existência, somos seres preenchidos de Nada e por ser essse Nada temos a possibilidade de buscar a nossa essência. A essência se dá por via de nossas escolhas, sendo tais escolhas cumpridas de acordo com nossa vontade, porém aí entra uma das grandes questões do 144

4 existencialismo sartreano, somos livres para escolher de acordo com nossa vontade, porém jamais temos um momento de ausência de tal liberdade, pois mesmo quando escolhemos por não escolher algo, isso cumpre como uma escolha. A liberdade em Sartre é dada, de certa forma, de um ponto de vista negativo, pois para o autor nossas escolhas são intencionais e sendo intecionais temos responsabilidade sobre tais escolhas, essas mesmas escolhas são também formas de moldar o mundo de acordo com nosso projeto, logo somos responsáveis pelo mundo inteiro sob nossas costas ao escolher, mas, como já foi dito anteriormente, não podemos nunca nos abster de escolher. Assim, somos, durante toda nossa existência, responsáveis pelo mundo inteiro. Sartre aponta também alguns impedimentos que nosso ser passa para tentar cumprir com tal projeto. A angústia em Sartre, por exemplo, entra como um aspecto definitivo para a montagem de sua fenomenologia ontológica, partindo do ponto que nosso ser, ao se deparar com a própria angustia, depara-se com uma característica intrinsica do seu ser. Em outras palavras, o existencialista é aquele que se apóia na questão da própria existência e vê que seu ser é aquele que busca se tornar algo, pois percebe que é incompleto. Ao buscar isso, ele influencia todo o mundo com suas escolhas e tais responsabilidades geram a angústia em seu ser. O homem é angustia. É assim que Sartre afirma que o ser humano, as influências e responsabilidades que geramos ao agir, não possuem uma forma de serem cessadas, pois o homem não consegue optar por não optar. Ao optar por não optar, temos a opção, ou seja, a responsabilidade sobre nossos atos nos é colocada independente de nossa vontade de assumir tal responsabilidade. É na angústia que o homem toma consciência de sua liberdade, ou, se se preferir, a angústia é o modo de ser da liberdade como consciência de ser, é na angustia que a liberdade está em seu ser colocando-se a si mesma a questão. (SARTRE 1997, p. 72) 145

5 Para Sartre, agir de acordo com a liberdade é agir tendo em mente que as responsabilidades de seu ato são suas e estar em paz com essas responsabilidades é a forma de seguir o plano do para-si de tornar-se Deus, mas são exatamente essas ações que geram a angústia de nosso ser, pois não há como evitar a responsabilidade que cai sobre o nosso ser. Alguns poderiam afirmar que seria mais fácil para a consciência não agir, porém não há a possibilidade da inação. O ser humano não tem a possibilidade da inação, a própria inação se tornaria uma ação, tendo em vista o contexto da falta de ação. Quando não agimos sobre um determinado aspecto, essa falta de ação é uma escolha que criou uma conseqüência e uma responsabilidade pela falta de ação. Tomemos como exemplo a inação da limpeza de uma casa. Caso não se arrume, ou seja, não faça nada em relação à limpeza, ela com o tempo ficará suja e a responsabilidade dessa casa suja é do ser. São exemplos desse tipo que Sartre quer colocar, tornando sua tese bem terrena e palpável. De que forma o ser age para se livrar de tal responsabilidade? Sartre responde essa pergunta introduzindo a idéia de má-fé, sendo a má-fé a ação contra o projeto da consciência. A má-fé é para Sartre a mentira íntima, quando o próprio ser tenta se persuadir de que não carrega o fardo da angústia. Mas, ao fazer isso, estamos agindo contra nossa própria vontade e ao se enganar o ser tenta negar sua responsabilidade sobre seus atos e abdica de seu projeto de ser, já que a ação de ma-fé é em seu âmago uma ação que visa livrar-se da angustia que o fado da liberdade causa, e ao tentar se desviar dos atos de liberdade o ser não age de acordo com a vontade do projeto de ser. Iisso para Sartre é não estar em paz com a própria consciência. A má-fé age como uma defesa contra a angústia de nosso ser, mas defenderse disso é um equívoco. A má-fé é um dos agentes que nos faz renunciar a liberdade e consequentemente o nosso projeto de ser. Não deve-se confundir má-fé e mentira. A mentira é na verdade uma ação dada para fora de seu ser, uma ação sobre outro ser, 146

6 já a má-fé é algo contra o próprio ser, como mentir para si próprio, agir contra a própria vontade, contra a própria liberdade. Mais um ponto interessante de se destacar é a questão do outro. Sartre parte de um ponto de vista que podemos colocar como um aspecto neutro, porém neutro de uma forma que possui prós e contras. Até aqui, deu-se ênfase à consciência individual e sua relação consigo mesma, mas consciencia interage com outros que também interpretam o mundo durante seu trajeto para cumprir com seu projeto essencial. Essa interação gera alguns problemas, ao ver de Sartre. Os outros no mundo são permanentemente contingências para nosso ser. Cada escolha acarreta conseqüências para todas os outros. Tais transformações se dão como uma adaptação do mundo ao nosso projeto de ser, porém, como cada pessoa possui um projeto diferente, muitas vezes as influências não agradam a todos. Criando assim um conflito de seres, que influência negativamente nosso ser. A questão é que nossa liberdade se restringe a liberdade do outro, colocando certas limitações para nosso projeto. De forma que o para-si é o ser que é o que não é e não é o que é, sendo um ser que está fora de si mesmo, que por via da transcendência busca se conhecer. Ai entra o outro, um ser que tem as vistas externas a nossa, ele age como um olho externo para nossos seres, tendo assim um outro ponto de vista do mundo que pode cooperar com nosso projeto de ser. Sem essa convivência seríamos limitados e não conseguiríamos ver certas nuances do mundo. Há uma identificação entre o para-si e o outro, mesmo que esses seres não possuam ligação entre eles. Temos uma associação natural de que aquele ser possui características parecidas com as nossas e essa identificação de outros seres nos ajuda na busca de nosso projeto de ser, pois para se reconhecer com o Ser é necessário haver os olhos de outro nos identificando como tal e colocando nosso projeto como algo mais palpável, mesmo que esse palpável dure apenas os instantes do olhar do outro. E pela via da interação com o outro é que se desenvolve a concepção de não 147

7 termos sido criados por nada e de que não existem determinações prévias ao nosso ser. A dualidade frente ao outro gerou, para Sartre a célebre frase o inferno são os outros, porque ao mesmo tempo em que o outro é um agente impossibilitador de nosso projeto, modificando o mundo, muitas vezes de forma a não seguir com o projeto de nosso ser, ele também nos cria uma relação de interdependência para o conhecimento da própria essência, sendo que sem o outro, o projeto de ser seria quase impraticável. Podemos ver a interação do ser com o outro se utilizando do exemplo de Sartre: Tenho vergonha do que sou. A vergonha, portanto, realiza uma relação intima de mim comigo mesmo: Pela vergonha descobri um aspecto de meu ser. (SARTRE 1997, p. 275). Essa passagem mostra de que forma pode-se afirmar que o olhar do outro colabora para o projeto de ser, para o autoconhecimento do ser. Quando sentimos vergonha de algo, é porque sabemos que aos olhos do outro nossos atos não foram bons, nosso ser não se mostrou como deve ser. Logo, podemos nos conhecer melhor ao ver que o outro se sente constrangido ou incomodado com o nosso ser da maneira que ele se mostra e dessa forma sentimos vergonha do nosso ser, ajustando assim nossos atos para melhor nos adequarmos ao projeto de ser. Por mais que tal projeto seja o que nos move, nos torna seres possíveis de ver o mundo, interagir com ele e viver, Sartre não deixa claro que um dia possamos alcançar plenamente tal projeto, na verdade ele nos passa a sensação de que é uma mera tentativa que nunca chegará a ser cumprida plenamente, mas por não se cumprir é que ainda podemos experiênciar, questionar e nos adaptar de acordo com as situações nas quais nos colocamos em nosso dia-a-dia. 148

8 Referências Bibliográficas BORNHEIM, Gérard. Sartre: Metafísica e existencialismo. São Paulo: Perspectiva. 4/5 BURDZINSKI, Júlio César. Má-fé e autenticidade. Ijuí: Editora UNIJUÌ, SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Petrópolis: Vozes, 1997., Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Abril Cultural, BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. São Paulo: Editora Herder, 1962 HUSSERL, E. (s/d). Meditações Cartesianas. Porto: Rés., E. (1986). A Idéia da Fenomenologia, Lisboa: Edições 70. PERDIGÃO, P. Existência & liberdade: uma introdução à filosofia de Sartre. Porto Alegre: L&PM, SILVA, L. D. Notas à ontologia fenomenológica sartriana A relação Sartre, Husserl e Heidegger na introdução e na primeira parte de O Ser e o Nada. Cadernos Pet Filosofia, Curitiba, s.d. Disponível em: Acesso em: 1 de fevereiro de

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo 39 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 40 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo 1 mouratolledo@bol.com.br Resumo A Má-Fé foi escolhida como tema, por se tratar de um

Leia mais

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN:

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN: II SEMINÁRIO ESTADUAL PIBID DO PARANÁ Anais do Evento PIBID/PR Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN: 2316-8285 unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO Universidade

Leia mais

A FENOMENOLOGIA E A LIBERDADE EM SARTRE

A FENOMENOLOGIA E A LIBERDADE EM SARTRE 1- Anais - Congresso de Fenomenologia da Região Centro-Oeste A FENOMENOLOGIA E A LIBERDADE EM SARTRE Joao Victor Albuquerque 1 Aluno graduando do Curso de Filosofia-UFG joão.victorcbjr@hotmail.com Eixo

Leia mais

O PARA-OUTRO ENQUANTO DESCOBERTA DO PARA-SI NO PENSAMENTO DE JEAN-PAUL SARTRE

O PARA-OUTRO ENQUANTO DESCOBERTA DO PARA-SI NO PENSAMENTO DE JEAN-PAUL SARTRE 1 O PARA-OUTRO ENQUANTO DESCOBERTA DO PARA-SI NO PENSAMENTO DE JEAN-PAUL SARTRE Polyelton de Oliveira LIMA 1 polyelton@gmail.com Autor Mestrando em filosofia UFG Martina KORELC 2 Orientadora Palavras-chave:

Leia mais

Sartre, liberdade & existencialismo. Julian Dutra Filosofia 2017

Sartre, liberdade & existencialismo. Julian Dutra Filosofia 2017 Sartre, liberdade & existencialismo Julian Dutra Filosofia 2017 EXISTENCIALISMO O QUE É O EXISTENCIALISMO? ORIGENS INTELECTUAIS FRIEDRICH NIETZSCHE (1844 1900) SOREN KIERKEGAARD (1813 1855) Outros filósofos

Leia mais

EXISTENCIALISMO. A existência precede a essência

EXISTENCIALISMO. A existência precede a essência EXISTENCIALISMO A existência precede a essência 1 Existencialismo Contexto histórico Importante corrente francesa pós guerra (50-60). Exerceu grande influência na filosofia, literatura, teatro e cinema.

Leia mais

Sartre. Filosofia Monitora: Leidiane Oliveira 17 /11/2015. Material de Apoio para Monitoria

Sartre. Filosofia Monitora: Leidiane Oliveira 17 /11/2015. Material de Apoio para Monitoria Sartre 1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. I. Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural,

Leia mais

SARTRE E LIBERDADE: uma crítica à psicanálise

SARTRE E LIBERDADE: uma crítica à psicanálise SARTRE E LIBERDADE: uma crítica à psicanálise Carolina Casarin Paes * Marco Antônio Marco Faccione Berbel.** Bruno Eduardo Procopiuk Walter *** JUSTIFICATIVA No início do século, a humanidade vivia um

Leia mais

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA Greyce Kelly de Souza greycehp@gmail.com Jéferson Luís de Azeredo jeferson@unesc.net Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a relação ontológica entre

Leia mais

A QUESTÃO DO NADA EM HEIDEGGER E SARTRE THE QUESTION OF NOTHING IN HEIDEGGER AND SARTRE

A QUESTÃO DO NADA EM HEIDEGGER E SARTRE THE QUESTION OF NOTHING IN HEIDEGGER AND SARTRE A QUESTÃO DO NADA EM HEIDEGGER E SARTRE THE QUESTION OF NOTHING IN HEIDEGGER AND SARTRE Raimundo Wagner Gonçalves de Medeiros Gomes * Resumo: Na contemporaneidade, o nada aparece na obra de alguns pensadores,

Leia mais

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências Jean Paul Sartre Jean-Paul Sartre - Paris, 1905 1980.

Leia mais

O CONCEITO DE LIBERDADE EM O SER E O NADA DE SARTRE: UM RECORTE A PARTIR DO FAZER, DO TER E DO SER

O CONCEITO DE LIBERDADE EM O SER E O NADA DE SARTRE: UM RECORTE A PARTIR DO FAZER, DO TER E DO SER O CONCEITO DE LIBERDADE EM O SER E O NADA DE SARTRE: UM RECORTE A PARTIR DO FAZER, DO TER E DO SER THE CONCEPT OF FREEDOM IN BEING AND NOTHINGNESS BY SARTRE: A PICTURE SET FROM DOING, HAVING AND BEING

Leia mais

Essa tal liberdade - SPC

Essa tal liberdade - SPC JEAN PAUL SARTRE 1 Essa tal liberdade - SPC O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade? Se estou na solidão pensando em você Eu nunca imaginei sentir tanta saudade Meu coração não sabe como te esquecer

Leia mais

Filosofia da existência: Existencialismo

Filosofia da existência: Existencialismo Filosofia da existência: Existencialismo No século XX, o pensamento sobre o ser humano assumiu novas perspectivas, com a visão de Martin Heidegger e Jean Paul Sartre. As raízes dessas ideias surgiram um

Leia mais

Husserl, Heidegger e a

Husserl, Heidegger e a Husserl, Heidegger e a fenomenologia Mariângela Areal Guimarães, professora de Filosofia do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ, Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

A psicologia humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70; Reação às ideias psicológicas pré-existentes: o behaviorismo e a

A psicologia humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70; Reação às ideias psicológicas pré-existentes: o behaviorismo e a Humanismo A psicologia humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70; Reação às ideias psicológicas pré-existentes: o behaviorismo e a psicanálise Os principais constituintes deste

Leia mais

Preocupações do pensamento. kantiano

Preocupações do pensamento. kantiano Kant Preocupações do pensamento Correntes filosóficas Racionalismo cartesiano Empirismo humeano kantiano Como é possível conhecer? Crítica da Razão Pura Como o Homem deve agir? Problema ético Crítica da

Leia mais

UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL

UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL Christian de Sousa Ribeiro Graduando em Filosofia da UFRJ Resumo: O presente trabalho consiste em apresentar sucintamente

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

A negatividade na concepção sartreana de realidade humana

A negatividade na concepção sartreana de realidade humana ISSN 1808-5253 A negatividade na concepção sartreana de realidade humana Negativity on the Sartrean conception of human reality Adriana Belmonte Moreira adribelmonte@usp.br Doutoranda em Filosofia pelo

Leia mais

Quais são as quatro perguntas?

Quais são as quatro perguntas? Quais são as quatro perguntas? O que é? Ao que se refere? Como é? Como se refere? Por que é? Por que deste e não de outro modo? Para que é? Em que ajuda e em que implica? Das respostas às perguntas O quê

Leia mais

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA?

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Matheus Silva Freire IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Introdução Em resumo, todos têm costumes e coisas que são passadas de geração para geração, que são inquestionáveis. Temos na nossa sociedade

Leia mais

O Humanismo Existencialista e a Questão da Má-fé Segundo o Pensamento de Jean-Paul Sartre.

O Humanismo Existencialista e a Questão da Má-fé Segundo o Pensamento de Jean-Paul Sartre. O Humanismo Existencialista e a Questão da Má-fé Segundo o Pensamento de Jean-Paul Sartre. O existencialismo sartreano apresenta-nos uma radicalização do humanismo em oposição às concepções tradicionais

Leia mais

DA ONTOLOGIA À PRÁTICA

DA ONTOLOGIA À PRÁTICA 1- Anais - Congresso de Fenomenologia da Região Centro-Oeste DA ONTOLOGIA À PRÁTICA Ana Gabriela Colantoni 1 doutoranda UNICAMP, professora UFG anacolantoni@gmail.com RESUMO Em Sartre, destacamos dois

Leia mais

Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735

Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735 Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735 Pensada principalmente por Edmund Husserl, Martin Heidegger, Jean Paul- Sartre, Kiekegaard. Busca encontrar sentido da existência humana na sua totalidade

Leia mais

LISTA - SARTRE. 1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo.

LISTA - SARTRE. 1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. 1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. I. Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural,

Leia mais

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES Guilherme Devequi Quintilhano Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Nesta comunicação será apresentada uma crítica de Martin Heidegger, filósofo contemporâneo,

Leia mais

O EXISTENCIALISMO ATEU DE SARTRE COMO CRÍTICA À METAFÍSICA CLÁSSICA

O EXISTENCIALISMO ATEU DE SARTRE COMO CRÍTICA À METAFÍSICA CLÁSSICA O EXISTENCIALISMO ATEU DE SARTRE COMO CRÍTICA À METAFÍSICA CLÁSSICA Kátia Alves Santos Resumo: O objetivo desse estudo é apresentar o caráter mais importante do existencialismo ateu de Jean-Paul Sartre,

Leia mais

A SUBJETIVIDADE EM SARTRE: afirmação e superação do cogito cartesiano

A SUBJETIVIDADE EM SARTRE: afirmação e superação do cogito cartesiano A SUBJETIVIDADE EM SARTRE: afirmação e superação do cogito cartesiano Diego Ecker 1 O intento deste breve ensaio é mostrar a influência e a relação da metafísica cartesiana da subjetividade e a crítica

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social A PERSPECTIVA SARTREANA NO CONCEITO DE LIBERDADE PARA PENSAR O HOMEM

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social A PERSPECTIVA SARTREANA NO CONCEITO DE LIBERDADE PARA PENSAR O HOMEM A PERSPECTIVA SARTREANA NO CONCEITO DE LIBERDADE PARA PENSAR O HOMEM Nilson Gabriel (Curso de Psicologia, Centro de Estudo e Pesquisa em Psicologia do Amazonas, Manaus-AM, Brasil) Palavras-chave: Fenomenologia-existencial.

Leia mais

O olhar segundo Jean-Paul Sartre

O olhar segundo Jean-Paul Sartre O olhar segundo Jean-Paul Sartre Celuy Roberta Hundzinski Damásio - celuy.roberta@gmail.com Revista Espaço Acadêmico http://www.espacoacademico.com.br Influenciado por Hegel, Husserl, Heidegger, Marx e

Leia mais

CONSCIÊNCIA EM SARTRE

CONSCIÊNCIA EM SARTRE CONSCIÊNCIA EM SARTRE Aluno: Marcelo da Silva Norberto Orientador: Sergio L. C. Fernandes Introdução Jean-Paul Sartre foi, sem dúvida alguma, o filósofo mais celebrado no século XX. Sua filosofia influenciou

Leia mais

FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE?

FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE? FILOSOFIA QUEM É JEAN-PAUL SARTRE? ESSE É O EXISTENCIALISTA SARTRE SARTRE NASCEU EM 21 JUNHO DE 1905 NA FRANÇA. A. ORFÃO DE PAI DESDE 2 ANOS. FEZ SEUS ESTUDOS SECUNDÁRIO EM PARÍS, LYCEE HENRI IV, EM 1924

Leia mais

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO Kaio Bruno Alves Rabelo (Universidade Federal de Goiás) No quinto capítulo da segunda seção de Ser e Tempo Heidegger discute os fundamentos ontológicos

Leia mais

RESENHA. Márcio Danelon *

RESENHA. Márcio Danelon * Educação e Filosofia Uberlândia, v. 26, n. 52, p. 683-688, jul./dez. 2012. ISSN 0102-6801 683 RESENHA FAYAD, Marilda Martins. A condição humana: uma reflexão sobre a ontologia fenomenológica sartriana.

Leia mais

A CONCEPÇÃO DE CONSCIÊNCIA EM SARTRE: A RELAÇÃO ENTRE ONTOLOGIA E FENOMENOLOGIA

A CONCEPÇÃO DE CONSCIÊNCIA EM SARTRE: A RELAÇÃO ENTRE ONTOLOGIA E FENOMENOLOGIA 70 A CONCEPÇÃO DE CONSCIÊNCIA EM SARTRE: A RELAÇÃO ENTRE ONTOLOGIA E FENOMENOLOGIA Sartre s conception of consciousness: the relationship between ontology and phenomenology Alexander Almeida Morais 1 Resumo:

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 20 Se tomarmos o pensar na sua representação mais próxima, aparece, α) antes

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

ONTOLOGIA DO INCONSCIENTE

ONTOLOGIA DO INCONSCIENTE ONTOLOGIA DO INCONSCIENTE Geraldino Alves Ferreira Netto* Resumo: Descoberto o inconsciente recalcado, surge espontaneamente a questão de seu estatuto ontológico. A ontologia sempre foi tema candente na

Leia mais

A LIBERDADE EM O SER E O NADA DE J. P. SARTRE: POSSIBILIDADES PARA FORMULAÇÃO DE UMA ANTROPOLOGIA EXISTENCIAL

A LIBERDADE EM O SER E O NADA DE J. P. SARTRE: POSSIBILIDADES PARA FORMULAÇÃO DE UMA ANTROPOLOGIA EXISTENCIAL A LIBERDADE EM O SER E O NADA DE J. P. SARTRE: POSSIBILIDADES PARA FORMULAÇÃO DE UMA ANTROPOLOGIA EXISTENCIAL THE FREEDOM IN BEING AND NOTHINGNESS OF J.-P. SARTRE: POSSIBILITIES FOR THE FORMULATION OF

Leia mais

HEGEL E SARTRE: APORTES ONTOLÓGICO- EXISTENCIAIS ÀS EMERGÊNCIAS DA VIDA CONCRETA

HEGEL E SARTRE: APORTES ONTOLÓGICO- EXISTENCIAIS ÀS EMERGÊNCIAS DA VIDA CONCRETA 100 Nunes, M. V. de S. & Rodrigues, D. R. HEGEL E SARTRE: APORTES ONTOLÓGICO- EXISTENCIAIS ÀS EMERGÊNCIAS DA VIDA CONCRETA Hegel and Sartre: ontological-existential contributions to the urgencies of concrete

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFº DANILO BORGES SARTRE (UFU) Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida: A) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando

Leia mais

ISSN Vol 7 Nº ª edição

ISSN Vol 7 Nº ª edição 224 A LIBERDADE HUMANA PARA SARTRE Vinicius Telles De Sá Vago 1 RESUMO: O artigo e uma explanaçao sobre o conceito de Liberdade para Sartre. Este tema e um dos temas mais discutidos na Filosofia em todos

Leia mais

AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR

AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR 00866 AÇÃO DOCENTE DO REGENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A INCLUSÃO: MODOS DE SER E DE SE RELACIONAR NO COTIDIANO ESCOLAR MIRANDA, R. A. W. R. Universidade Federal do Espírito Santo RESUMO Este trabalho teve

Leia mais

O drama da existência

O drama da existência O drama da existência O termo existencialismo designa o conjunto de tendências filosóficas que, embora divergentes em vários aspectos, têm na existência o ponto de partida e o objeto fundamental de reflexões.

Leia mais

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea A concepção do ser humano no Idealismo alemão Pré Romantismo - séc. XVIII Resistência à Ilustração: mecanicismo de newtoniamo e empirismo de Locke

Leia mais

Aprendendo o dinamismo do mundo vivido

Aprendendo o dinamismo do mundo vivido Aprendendo o dinamismo do mundo vivido Anne Buttimer In.: CHRISTOFOLETTI, A. Perspectivas da Geografia. São Paulo: DIFEL, 1985. Habitação na Floresta Negra, Sudoeste da Alemanha Habitação, arquitetura

Leia mais

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER Guilherme Pires Ferreira (Bolsista PET Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora - Tutora do Grupo PET Filosofia) Agência financiadora: MEC/SESu Resumo: A indagação

Leia mais

Antropologia existencial no pensamento de Jean-Paul Sartre Existential anthropology in the thought of Jean-Paul Sartre

Antropologia existencial no pensamento de Jean-Paul Sartre Existential anthropology in the thought of Jean-Paul Sartre Existential anthropology in the thought of Jean-Paul Sartre LUCIANO OLIVEIRA PAULO FILHO 1 Resumo: O trabalho, a seguir, aborda a filosofia de Jean-Paul Sartre sobre uma perspectiva antropológica existencial.

Leia mais

Palavras-Chave: Heidegger, culpa, angústia, nada, decadência.

Palavras-Chave: Heidegger, culpa, angústia, nada, decadência. CULPA E ANGÚSTIA EM HEIDEGGER * Acylene Maria Cabral Ferreira ** Resumo Heidegger considera o homem como um ser-no-mundo, que se caracteriza mais propriamente como um ser-para-a-morte. Para fugir de si

Leia mais

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidade e textos introdutórios de lisboa) antónio de castro

Leia mais

NEGATIVIDADE E TRANSCENDÊNCIA O SER E O NADA NA FILOSOFIA DE SARTRE 1

NEGATIVIDADE E TRANSCENDÊNCIA O SER E O NADA NA FILOSOFIA DE SARTRE 1 NEGATIVIDADE E TRANSCENDÊNCIA O SER E O NADA NA FILOSOFIA DE SARTRE 1 Luciano Donizetti da Silva Centro de Educação e Ciências Humanas UFSCAR, São Carlos - SP Resumo: Esse artigo tem como objetivo analisar

Leia mais

A concepção de liberdade em Sartre

A concepção de liberdade em Sartre The concept f liberty in Sartre Aline Maria Vilas Bôas da Silva 1 Resumo: A liberdade constitui um dos problemas da sociedade contemporânea porque, entre outros temas, trata dos limites da vida coletiva,

Leia mais

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. RUBENS Todo RAMIRO exemplo JR (TODOS citado

Leia mais

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Deu início a um novo modelo de hermenêutica Utilizou o método histórico-crítico e o conceito de razão histórica Trouxe para a hermenêutica o caráter científico,

Leia mais

CORPOREIDADE E SUBJETIVIDADE EM MERLEAU-PONTY

CORPOREIDADE E SUBJETIVIDADE EM MERLEAU-PONTY 1- Anais - Congresso de Fenomenologia da Região Centro-Oeste CORPOREIDADE E SUBJETIVIDADE EM MERLEAU-PONTY Luana Lopes Xavier Universidade Federal de Goiás luanafilosofia@gmail.com 6. Fenomenologia e Corporeidade

Leia mais

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas

Leia mais

Organizadores: Daiane Cristina Faust, Isabel Cristina Dalmoro, Márcia Luísa Tomazzoni e Mateus Rocha da Silva.

Organizadores: Daiane Cristina Faust, Isabel Cristina Dalmoro, Márcia Luísa Tomazzoni e Mateus Rocha da Silva. DECISÃO E RESPONSABILIDADE (II) Isabel Cristina Dalmoro Organizadores: Daiane Cristina Faust, Isabel Cristina Dalmoro, Márcia Luísa Tomazzoni e Mateus Rocha da Silva. 1. Duração: 01hora e 30 minutos. 2.

Leia mais

AUTORIDADE E ALTERIDADE NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PAPEL ATRAVÉS DA IMAGINAÇÃO DO ATOR

AUTORIDADE E ALTERIDADE NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PAPEL ATRAVÉS DA IMAGINAÇÃO DO ATOR AUTORIDADE E ALTERIDADE NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PAPEL ATRAVÉS DA IMAGINAÇÃO DO ATOR Luciana Mitkiewicz de Souza Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO Imaginação, autoridade, alteridade.

Leia mais

138

138 http://www.cchla.ufrn.br/saberes 138 HEIDEGGER, M. A preleção (1929): que é Metafísica? In:. Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 35-44 (Os Pensadores).

Leia mais

Palavras-chave: Descartes. Sartre. Liberdade. Subjetividade. Deus

Palavras-chave: Descartes. Sartre. Liberdade. Subjetividade. Deus 304 Descartes e Sartre: reflexões acerca da liberdade Roberta do Carmo * Resumo Compreender e descobrir o mundo é criar o próprio mundo, lançar seus fundamentos, a partir de uma liberdade que é menos poder

Leia mais

NOSSO PRINCÍPIO: O PLANO ORIGINAL DE DEUS PARA O CORPO E A SEXUALIDADE.

NOSSO PRINCÍPIO: O PLANO ORIGINAL DE DEUS PARA O CORPO E A SEXUALIDADE. NOSSO PRINCÍPIO: O PLANO ORIGINAL DE DEUS PARA O CORPO E A SEXUALIDADE. CRISTO NOS REMETE AO PRINCÍPIO Cristo revela o homem a si mesmo e descobrelhe a sua vocação sublime (Gaudium et Spes 22). MATEUS

Leia mais

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações Marcio Tadeu Girotti * RESUMO Nosso objetivo consiste em apresentar a interpretação de Michelle

Leia mais

SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO 1

SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO 1 SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO 1 Marcelo Vinicius Miranda Barros Graduando em Psicologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS marcelovmb@gmail.com

Leia mais

38. Passo 5: O Grande Ensinamento Ahaṁ Brahma smi, Eu Sou Ilimitado

38. Passo 5: O Grande Ensinamento Ahaṁ Brahma smi, Eu Sou Ilimitado Oṁ pūrṇamadaḥ pūrṇamidaṁ pūrṇat pūrṇamudacyate pūrṇasya pūrṇamādāya pūrṇamevāvaśiṣyate Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ Hariḥ Oṁ Olá. Hoje faremos a segunda meditação da série dos quatro mahāvākyas: Aham Brahma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA MARIA DO SOCORRO ALVES LIMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA MARIA DO SOCORRO ALVES LIMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA MARIA DO SOCORRO ALVES LIMA A LIBERDADE EM 'O SER E O NADA' DE JEAN PAUL SARTRE FORTALEZA 2005 MARIA DO SOCORRO ALVES

Leia mais

EXISTENCIALISMO E GESTALT-TERAPIA Resumido e adaptado para o Grupo XXIV do ITGT Profª Marisete Malaguth Mendonça 25 de Janeiro 2013

EXISTENCIALISMO E GESTALT-TERAPIA Resumido e adaptado para o Grupo XXIV do ITGT Profª Marisete Malaguth Mendonça 25 de Janeiro 2013 1 EXISTENCIALISMO E GESTALT-TERAPIA Resumido e adaptado para o Grupo XXIV do ITGT Profª Marisete Malaguth Mendonça 25 de Janeiro 2013 1. As três fontes filosóficas da Psicoterapia Gestáltica: HUMANISMO/

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcos Paulo A. de Jesus Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética CARGA HORÁRIA 36 h/a MATUTINO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE

Leia mais

O EXISTENCIALISMO DE SARTRE. Gerd Bornheim ( professor de Filosofia da UFRJ)

O EXISTENCIALISMO DE SARTRE. Gerd Bornheim ( professor de Filosofia da UFRJ) O EXISTENCIALISMO DE SARTRE Gerd Bornheim ( professor de Filosofia da UFRJ) (Do livro Curso de Filosofia, Ed. Jorge Zahar, 3ª edição, RJ, 1989, p. 195-203) Definição O existencialismo é das doutrinas mais

Leia mais

Liberdade, temor e decisões Como usar melhor nossa liberdade de ação

Liberdade, temor e decisões Como usar melhor nossa liberdade de ação Liberdade, temor e decisões Como usar melhor nossa liberdade de ação Palestrante: Dr. Augusto Castellano Autor: Thomas Köttner Mapas de decisões Poder, estrategia e decisão Liberdade, temor e decisões

Leia mais

Angústia em Heidegger, Saramago e Graciliano Ramos Heidegger in Anguish, and Saramago, Graciliano Ramos

Angústia em Heidegger, Saramago e Graciliano Ramos Heidegger in Anguish, and Saramago, Graciliano Ramos Angústia em Heidegger, Saramago e Graciliano Ramos Heidegger in Anguish, and Saramago, Graciliano Ramos Jailson Moreira dos Santos 1 Daniel Pansarelli 2 A angústia segundo Heidegger é, dentre todos os

Leia mais

Teoria do Conhecimento:

Teoria do Conhecimento: Teoria do Conhecimento: Investigando o Saber O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer,

Leia mais

EDUCAÇÃO LIBERTADORA E LIBERDADE EXISTENCIALISTA: UM ENCONTRO ENTRE PAULO FREIRE E JEAN-PAUL SARTRE

EDUCAÇÃO LIBERTADORA E LIBERDADE EXISTENCIALISTA: UM ENCONTRO ENTRE PAULO FREIRE E JEAN-PAUL SARTRE EDUCAÇÃO LIBERTADORA E LIBERDADE EXISTENCIALISTA: UM ENCONTRO ENTRE PAULO FREIRE E JEAN-PAUL SARTRE MOREIRA, Janine UNESC jmo@unesc.net ROSA, Marisa de S. Thiago FURB marisa@furb.br Resumo A teoria educativa

Leia mais

EDUCAÇÃO COM AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO: ELEMENTO SIGNIFICATIVO PARA A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO COM AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO: ELEMENTO SIGNIFICATIVO PARA A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO COM AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO: ELEMENTO SIGNIFICATIVO PARA A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL Rosemeire Chagas Matias de Oliveira (Autor) meirebeatriz@hotmail.com Patrícia Formiga

Leia mais

Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas

Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas Olá, aqui é Marina Carvalho e é um prazer para mim estar aqui de novo com você, nesse segundo vídeo dessa série especial: Como Conquistar suas Metas Pessoais e Profissionais ainda neste ano No vídeo de

Leia mais

Introdução À Ética e a Moral. A verdadeira Moral zomba da Moral Blaise Pascal( )

Introdução À Ética e a Moral. A verdadeira Moral zomba da Moral Blaise Pascal( ) Introdução À Ética e a Moral A verdadeira Moral zomba da Moral Blaise Pascal(1623-1662) Ética ou Filosofia Moral: Parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam

Leia mais

Psicologia da Religião. Conceitos e Reflexões Profa. Dra. Patrícia Pazinato

Psicologia da Religião. Conceitos e Reflexões Profa. Dra. Patrícia Pazinato Psicologia da Religião Conceitos e Reflexões Profa. Dra. Patrícia Pazinato Experiência Religiosa Termo experiência do grego empeiria significando empírico ou empirismo que passa ao português como experiência.

Leia mais

ÉTICA NO JOVEM SARTRE: A RELAÇÃO HOMEM E MUNDO.

ÉTICA NO JOVEM SARTRE: A RELAÇÃO HOMEM E MUNDO. ÉTICA NO JOVEM SARTRE: A RELAÇÃO HOMEM E MUNDO. Pedro Nogueira Farias 1 Resumo: A intenção presente é explorar primeiramente a enfática concepção de consciência em germinação no jovem Sartre por intermédio

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular CICLO PROFISSIONAL OU TRONCO COMUM FL237 - ETICA OBRIGATÓRIO 3 60 0 60 4.0 PRESSUPOSTOS ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA. A ESTRUTURA DO AGIR MORAL: ESTRUTURA OBJETIVA E SUBJETIVA; A CONSISTÊNCIA MORAL; A LIBERDADE;

Leia mais

SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO

SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO 89 SARTRE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: A CRÍTICA AO CONCEITO DE NADA COMO UM VAZIO OU PLATONISMO SARTRE IN WONDERLAND: A CRITICAL TO THE CONCEPT OF NOTHING LIKE AN EMPTY OR PLATONISM BARROS, Marcelo Vinicius

Leia mais

A ONTOLOGIA FENOMENOLÓGICA SARTRIANA DA CONSCIÊNCIA: DAS OBRAS DO JOVEM SARTRE A O SER E O NADA

A ONTOLOGIA FENOMENOLÓGICA SARTRIANA DA CONSCIÊNCIA: DAS OBRAS DO JOVEM SARTRE A O SER E O NADA A ONTOLOGIA FENOMENOLÓGICA SARTRIANA DA CONSCIÊNCIA: DAS OBRAS DO JOVEM SARTRE A O SER E O NADA Luís Carlos Ribeiro Alves 1 RESUMO: Este artigo analisa o percurso da temática da consciência ao longo das

Leia mais

"O verdadeiro é o todo." Georg Hegel

O verdadeiro é o todo. Georg Hegel "O verdadeiro é o todo." Georg Hegel Hegel: o evangelista do absoluto By zéck Biografia Georg Wilhelm F. Hegel (1770-1831) 1831) Nasceu em Stuttgart. Foi colega de Schelling. Influências Spinoza, Kant

Leia mais

Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight

Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight Antigo sistema de escrita usado em Creta (por volta do século IV A.C.) Abraão Carvalho 1 O conceito do que se convencionou pela

Leia mais

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:.

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:. ARBLS PITAGORAS Nº 28 Fundação : 21 de Abril de 1965 Rua Júlio Cesar Ribeiro, 490 CEP 86001-970 LONDRINA PR JOSE MARIO TOMAL TRABALHO PARA O PERÍODO DE INSTRUÇÃO RENE DESCARTES LONDRINA 2015 JOSE MARIO

Leia mais

A fenomenologia existencial de Heidegger e a crítica às ciências positivas

A fenomenologia existencial de Heidegger e a crítica às ciências positivas Em curso, v. 2, 2015, ISSN 2359-5841 http://dx.doi.org/10.4322/201511241644 Artigo A fenomenologia existencial de Heidegger e a crítica às ciências positivas The existential phenomenology of Heidegger

Leia mais

Propósito João Machado Semana 4

Propósito João Machado Semana 4 Regressando então ao inicio desta nossa conversa... ao Grande Problema à comparação e ao jogo. Uma das melhores palestras que assisti na minha vida (online não fisicamente) foi do OSHO, onde ele fala sobre

Leia mais

Os Pilares do Sucesso

Os Pilares do Sucesso Pilares do Sucesso Os Pilares do Sucesso Esse livro digital é o resumo do primeiro capítulo do meu livro. Serão um total de seis capítulos, cada um foi apresentado, testado e concluído em encontros com

Leia mais

SEJA FELIZ E aumente seus ganhos

SEJA FELIZ E aumente seus ganhos SEJA FELIZ E aumente seus ganhos SEJA FELIZ E aumente seus ganhos Você já ouviu falar de: Ciência da Felicidade? Ciência da felicidade / Neurociência A Ciência da Felicidade / Neurofelicidade é processo

Leia mais

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria

Leia mais

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Caroline Martins de Sousa Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora

Leia mais

esboço para AplicAção da

esboço para AplicAção da esboço para AplicAção da FenomenologiA existencial como paradigma FiloSóFico dos direitos da personalidade Danilo Nascimento Cruz 1 que quando estou a ponto de perder o juízo, todo o tumulto interior se

Leia mais

Introdução a Filosofia

Introdução a Filosofia Introdução a Filosofia Baseado no texto de Ludwig Feuerbach, A essência do homem em geral, elaborem e respondam questões relacionadas a este tema. 1- Quem foi Feuerbach? PERGUNTAS 2- Qual é a diferença

Leia mais

QUESTÕES MOODLE - 2º ANO 3º BIMESTRE

QUESTÕES MOODLE - 2º ANO 3º BIMESTRE QUESTÕES MOODLE - 2º ANO 3º BIMESTRE 1. Quando nos referimos ao conceito de liberdade, podemos fazê-lo a partir de diversas perspectivas. Há os que descreem da possibilidade de escolha livre e outros para

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Hermenêutica jurídica Maria Luiza Quaresma Tonelli* Hermenêutica é um vocábulo derivado do grego hermeneuein, comumente tida como filosofia da interpretação. Muitos autores associam

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 1, Ano PASSADO É PRESENÇA A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 1, Ano PASSADO É PRESENÇA A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE 64 PASSADO É PRESENÇA A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE Raquel Silva de Brito kelsb10@hotmail.com Brasília-DF 2006 65 PASSADO É PRESENÇA A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética CARGA HORÁRIA 36 h/a MATUTINO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE 2 o /2018

Leia mais

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper.

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper. PROGRAMA DE CURSO Disciplina: Epistemologia/Teoria do conhecimento Prof: Priscila Rossinetti Rufinoni Período: diurno Ementa: Apresentar as questões e problemas epistemológicos impostos pela modernidade.

Leia mais

AÇÃO MORAL E SUBJETIVIDADE: APROXIMAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES ENTRE KANT E SARTRE

AÇÃO MORAL E SUBJETIVIDADE: APROXIMAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES ENTRE KANT E SARTRE AÇÃO MORAL E SUBJETIVIDADE: APROXIMAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES ENTRE KANT E SARTRE Fabiane Schneider Machado * RESUMO: O texto tem como objetivo contrastar as posições kantiana e sartriana acerca das condições

Leia mais