Guia para combater a. obesidade (. ) ).(R. Fique Saudável

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1 Guia para combater a obesidade (. ) ).(R Fique Saudável

2 O problema da obesidade A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura no organismo e já está sendo tratada como o mal do século por médicos e especialistas no Brasil e no mundo. Estudos recentes apontam o Brasil como o 5º no ranking mundial, com 60 milhões de pessoas acima do peso e 22 milhões de brasileiros considerados obesos. No entanto, cerca de 250 milhões de pessoas no mundo apresentam sobrepeso ou obesidade, sendo que quase todos os países sofrem dessa epidemia, inclusive o Brasil. Es ma-se que hoje uma em cada três crianças brasileiras apresentem sobrepeso. A organização Mundial de Saúde (OMS) já disparou o alerta vermelho da obesidade infan l ao redor do mundo, principalmente em países emergentes, como o Brasil. Segundo a organização, a obesidade infan l a ngiu nos úl mos anos níveis preocupantes, ameaçando a saúde das crianças e reduzindo a es ma va de vida. O que preocupa ainda mais é o crescimento da obesidade infan l - considerada atualmente um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil, superando a desnutrição. Pela primeira vez na história es ma-se que os filhos poderão ter uma longevidade menor do que seus pais. E um dos principais fatores para isso pode estar na alimentação inadequada e no excesso de peso.

3 Mudança dos hábitos Nos úl mos anos houve um aumento do consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, sal e açúcar, mas pobres em vitaminas, minerais, fibras e outros micronutrientes. Ao mesmo tempo, ocorreu uma queda na a vidade sica por causa do aumento de a vidades de natureza sedentária, mudança nos meios de transporte e aumento da urbanização. Para reverter este quadro, e contribuir dida camente com a melhoria da qualidade de vida das famílias brasileiras, o médico, cirurgião bariátrico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) Caetano Marchesini, traz aqui algumas dicas que podem contribuir com o dia a dia das pessoas no sen do de promover a pra ca de a vidade sica, alimentação saudável e saúde como forma de combater e evitar a obesidade.

4 Confira #21 recomendações #1 Manter o equilíbrio energé co e o peso saudável. Lembre que a matemá ca das calorias nem sempre funciona, caloria que entra e caloria que sai. Nutricionalmente é importante saber a origem ou o po de alimento que foi consumido. Alguns pos de alimentos tem uma concentração calórica elevada e - conforme sua idade o volume de exercício a ser realizado para compensar - estará fora do seu alcance. A dica é ser coerente com sua dieta; #2 Limitar a ingestão energé ca procedente de gorduras, subs tuir as gorduras saturadas por insaturadas e eliminar as gorduras trans (hidrogenadas). Não esqueça que o azeite de oliva que está na moda é muito saudável, mas em quan dades controladas. Azeite de oliva em excesso ou usado para fritar algo já perde seu valor na dieta balanceada; #3 Aumentar e priorizar o consumo de alimentos nas formas mais naturais como, por exemplo, frutas, legumes e verd u ra s, c e re a i s i ntegra i s e leguminosas (feijões). As fibras, vitaminas e micronutrientes provenientes destas fontes são muito saudáveis; #4 Limitar a ingestão de açúcar refinado ou açúcar puro. Consumir carboidratos complexos associado a fibra vegetal ou proveniente de frutas. Não esqueça que as frutas tem frutose, um açúcar que pode levar ao ganho de peso quando consumido em grande quan dade;

5 #5 #6 #8 #9 #10 Confira #21 recomendações Limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência e consumir sal iodado. Aprender a saborear os alimentos em sua forma mais natural evitando ao máximo o uso de sal é a regra do momento. O uso crônico e descontrolado do sal leva à hipertensão arterial, doença grave associada a inúmeros eventos que podem levar a morte ou diminuir a expecta va de vida; Evitar o consumo de álcool e não consumir drogas. Além dos efeitos deletérios do álcool como cirrose, pancrea te, atrofia cerebral, problemas de estômago e muitas outras doenças associadas ao seu consumo, o álcool é altamente calórico e leva ao ganho de peso; #7 Limitar o consumo de alimentos por porções (os famosos pratos prontos). Geralmente eles vêm em porções maiores do que necessários, induzindo você a comer tudo que vem na porção. Lembre que tudo que é consumido em excesso pode contribuir para o ganho de peso, inclusive as frutas; Evitar ao máximo alimentos industrializados; Priorizar alimentos produzidos localmente e valorizar os alimentos regionais e da produção familiar, sem o uso de agrotóxicos. Na hora de comer monte um prato bem colorido; Evite as dietas da moda, principalmente as restri vas. Ninguém é capaz de fazer dieta a vida toda. Tenha uma dieta balanceada. Procure orientação de um nutrólogo ou nutricionista;

6 #11 #12 #14 #15 #16 Confira #21 recomendações Não se sabote, por exemplo, deixando as regras de lado. Lembre-se que só um pedacinho engorda e crie regras para as sobremesas e os doces. Um docinho todo dia engorda ; Pra que pelo menos 30 minutos de a vidade sica regular intensa ou moderada, no mínimo 3 dias da semana, a fim de prevenir as enfermidades cardiovasculares, diabetes e melhorar o estado funcional nas diferentes fases do ciclo de vida. Inúmeros trabalhos cien ficos demonstram que para o exercício fazer efeito é necessário fazê-lo 3 vezes por semana. #13 Estabelece um limite de tempo para o uso de tablets e vídeo games para as crianças e para você; Incen ve e adquira você também o hábito de fazer coisas ao ar livre; Dispense o uso do carro para tarefas próximas a sua casa; Não obrigue a criança a comer. Esvaziar o prato não é obrigação. Se sobrou, na próxima refeição sirva menos.

7 Confira #21 recomendações #17 Crie um ambiente favorável para as refeições sem televisão e sem barulho. #18 Faça o que gosta, pois, a depressão anda junto da obesidade; #19 Coma devagar e mas gue bem os alimentos; #20 Coma alimentos integrais; #21 Dormir mal e estresse também ajudam a ganhar peso. Pessoas que dormem mal tem uma tendência a procurar mais carboidratos no dia seguinte pela constante sensação de cansaço.

8 QUANDO A CIRURGIA BARIÁTRICA PODE SER UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO Além da reeducação alimentar e da prá ca de a vidade sica, a cirurgia bariátrica também tem sido um dos tratamentos procurado por pessoas que estão acima do peso. As regras para realização de cirurgia bariátrica acabam de mudar no Brasil. O Conselho Federal de Medicina, ampliou de seis para 21 o número de doenças associadas à obesidade e que podem levar a indicação da cirurgia bariátrica (veja lista na próxima página). Outra mudança está relacionada a realização de cirurgia bariátrica em jovens entre 16 e 18. Antes, eles poderiam fazer a cirurgia, desde que fosse analisada a relação custo/bene cio. Agora, além das regras anteriores, é obrigatória a presença de um pediatra na equipe mul disciplinar e a consolidação das car lagens das epífises de crescimento dos punhos. Pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 kg/m² e afetados por doenças como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças osteoar culares E DOENÇAS como hérnias de disco, artroses, osteoartrites e inúmeras outras doenças mencionadas com a nova medida agora poderão fazer a cirurgia para redução de estômago. Antes de operar, o paciente com IMC entre 35 kg/m² e 40 kg/m²- que comprove qualquer doença mencionada na lista do Conselho Federal de Medicina - precisa ter passado por tratamento clínico com equipe mul disciplinar. A cirurgia bariátrica apresenta índices superiores a 90% de melhora em quadros de diabetes, asma e incon nência urinária, hipertensão, doenças do refluxo gástrico e a apneia do sono.

9 CONFIRA A LISTA DAS DOENÇAS QUE JUSTIFICAM A CIRURGIA BARIÁTRICA Ÿ Diabetes po 2 Ÿ Apneia do sono Ÿ Hipertensão arterial Ÿ Dislipidemia Ÿ Doença coronária Ÿ Osteo-artrites Ÿ Doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca conges va, acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopa a dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoven lação) Ÿ Asma grave não controlada Ÿ Osteoartroses Ÿ Hérnias discais Ÿ Refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica Ÿ Colecistopa a calculosa Ÿ Pancrea tes agudas de repe ção Ÿ Esteatose hepá ca Ÿ Incon nência urinária de esforço na mulher Ÿ Infer lidade masculina e feminina Ÿ Disfunção eré l Ÿ Síndrome dos ovários policís cos Ÿ Veias varicosas e doença hemorroidária Ÿ Hipertensão intracraniana idiopá ca Ÿ Es gma zação social Ÿ Depressão

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