DEBATE SOBRE A POSIÇÃO COMUM AFRICANA EM RELAÇÃO À AGENDA PÓS 2015, PÓS-ODM

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1 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Adis Abeba, ETIÓPIA C. P Tel: Fax: COMISSÃO DO TRABALHO E ASSUNTOS SOCIAIS DA UNIÃO AFRICANA Nona Sessão Ordinária 8-12 de Abril de 2013 Adis Abeba, ETIÓPIA LSC/EXP/12 (IX) Original: Inglês TEMA: Reforço das Capacidades das Instituições do Mercado de Trabalho em África para que possam fazer face aos Desafios Actuais e Futuros DEBATE SOBRE A POSIÇÃO COMUM AFRICANA EM RELAÇÃO À AGENDA PÓS 2015, PÓS-ODM

2 Pág Contexto da Agenda de Desenvolvimento Pós A Resolução-Declaração do Milénio 1 foi ratificada pela Cimeira do Milénio da ONU, em Setembro de 2000, por cento e oitenta e nove países. A Declaração foi dividida em objectivos globais de desenvolvimento quantificáveis, realizáveis e com prazos fixos, destinados a fazer face ao flagelo da fome e sofrimento de uma considerável maioria de pessoas, especialmente nos países em desenvolvimento. Estes objectivos foram divididos em 8 objectivos, 18 metas e 48 indicadores que abordam uma infinidade de questões de desenvolvimento social que passaram a ser conhecidos como ODM (Objectivos do Desenvolvimento do Milénio). 2. Decorridos treze anos e dois anos antes de 2015, fim do prazo para a realização dos ODM, os relatórios de actividades demonstram progressos sustentados nalguns dos ODM. Os ODM que estão particularmente bem posicionados incluem ensino primário universal, paridade do género ao nível do ensino, redução da prevalência do VIH/SIDA nas idades de 15 aos 24 anos, aumento da população com acesso aos anti-retrovirais e aumento da proporção de assentos conquistados pelas mulheres nos Parlamentos nacionais. Contudo é reconhecido pelo último Relatório (2012) que muito mais precisa ser feito para tratar das desigualdades mesmo entre os homens e as mulheres, desigual distribuição dos serviços sociais (que, em todo o caso, se diz ser do sub-padrão) entre as áreas rurais e urbanas. 3. Embora o Relatório registe um crescimento económico estável em África e alguma melhoria na redução da pobreza, ele reconhece a lacuna entre o crescimento económico e a criação de emprego, especialmente para os Jovens. Assim, ele apela para maiores esforços para se certificar que o crescimento económico se traduza em postos de trabalho. O Relatório sugere que África deveria investir nos seus Povos, especialmente na Juventude e virar o alto crescimento da população para um dividendo demográfico para conduzir o crescimento originalmente e acelerar os progressos nos ODM. 4. O Relatório de actividades de 2012 é importante na medida que influenciou as negociações do Rio+20, bem como a Agenda de Desenvolvimento Pós Agenda de Desenvolvimento Pós Os actuais esforços para antever o período pós-2015 visam precisamente abordar a questão da necessidade de acelerar a realização dos ODM até 2015, e estudar ao mesmo tempo o melhor mecanismo para situar os esforços futuros para o desenvolvimento. Assim, a CEA encomendou estudos sobre três cenários: manutenção dos ODM na sua actual configuração, reformulação dos ODM e desenvolvimento de um mecanismo alternativo. 1 Assembleia-geral das Nações Unidas A/RES55/2

3 Pág Uma das principais críticas aos ODM tem a ver com o facto de eles terem uma abordagem descendente. De forma a tratar esta preocupação, um certo número de eventos para consultas está sendo desenvolvido em África para responder as iniciativas de nível global. Na sequência de um Painel de Alto Nível organizado pelo Secretário-geral da ONU para fiscalizar o desenvolvimento do mecanismo de seguimento dos ODM pós 2015, África está desenvolver acções de consultas ao nível nacional em 24 Países. Isto é cerca de 60 2i Países ao nível mundial. As consultas nacionais são complementadas por consultas sub-regionais e regionais. Até agora, CEA, UA, BAD e PNUD estão liderando as consultas em África e organizaram uma em Acra, Gana, em 2011, Mombaça em Outubro de 2012 para as Regiões da África Oriental e Austral, Dacar em Dezembro de 2012 para África Ocidental e em Túnis para todo o Continente em Março de A reunião conjunta dos Ministros das Finanças e Planificação sob os auspícios da CUA e da CEA que terá lugar em Abidjan, em Abril de 2013, discutirá o Documento Final da ampla consulta Africana eventualmente concluída em Túnis. O Documento Final será também partilhados e apresentados na reunião da Comissão do Trabalho e dos Assuntos Sociais em Adis Abeba, em Abril de Ouagadougou+10 e a Agenda de Desenvolvimento Pós Embora os ODM tenham sido lançados em 2000 em Nova Iorque, a Declaração de Ouagadougou, Plano de Acção e o Mecanismo para implementação foram aprovados em Ouagadougou em Numa forma muito similar aos dos objectivos dos ODM, a Declaração de Ouagadougou respondeu à necessidade de colocar o emprego no centro do processo de desenvolvimento económico e social do continente africano para aliviar a pobreza. Isso é uma forte convergência demonstrada pela meta 1b dos ODM apesar de ter sido incluída mais tarde. A maioria das 11 áreas prioritárias chave responde aos ODM. 9. O princípio de Ouagadougou e a premissa de colocar o trabalho decente e o emprego no centro do desenvolvimento e, particularmente, como a única via segura para tirar África da pobreza foram ratificados pelos Chefes de Estado e de Governo quando se reuniram em Cimeira Extraordinária em Ouagadougou em Decorridos dez anos, o continente está revendo a implementação do Plano de Acção e mostrando alguns esforços consentidos pelos Países para implementar o PoA aos níveis nacional e regional nas 11 áreas prioritárias chave. Por exemplo, mais EM estão incorporando os objectivos e metas do emprego nos seus PRS e estão formulando uma grande gama de políticas de emprego e preparando a afectação de rubricas orçamentais para sua efectiva implementação. Esforços significativos estão sendo consentidos na implementação de iniciativas sobre o emprego nas áreas rurais. Os EM estão a promover reformas da política social para reforçar e ampliar os seus esquemas de protecção social e mais esforços são registados para envolvimento no emprego para os Jovens. Contudo, a gestão do Mercado de trabalho permanece fraca na maioria dos EM e alguns aspectos da Declaração ainda não foram atingidos. 2 Este número deverá provavelmente atingir cerca de 100.

4 Pág A questão é saber se já chegamos onde queremos estar em matéria de redução da pobreza no continente. FALTA? Existirão aspectos da nossa Declaração ou do PoA que deveríamos rever? Tal como a LASC se sente pronta para receber o seu Relatório de dez anos de implementação no próximo ano, é importante que a LASC comece a olhar para os vários cenários do PoA. É bom tempo para a LASC obter informações baseadas nos factos para ver se simplesmente prorroga o PoA no actual formato para os próximos dez anos, reformula o PoA ou prepara um novo mecanismo de combate a pobreza. Existirão muitos elementos para aprender que a LASC pode tirar dos ODM e do processo para olhar para o futuro além de 2015? 11. Talvez um dos ângulos importantes a ser tido em conta no processo de Ouagadougou além de 2014 seja a fixação de metas bem como de indicadores e metas nas áreas prioritárias chaves. Isso dará ao mecanismo perspectivas baseada nos resultados que fará mais fácil para monitorizar e apresentar Relatório sobre os progressos. 4. Documento Final sobre o período Pós No seu estado actual, o Documento Final sobre o período Pós 2015 tem três resultados abrangentes de desenvolvimento: i) Transformação económica estrutural e crescimento inclusivo; ii) Inovação e transferência de tecnologias; e iii) Desenvolvimento humano. 13. O conteúdo de cada um dos três principais resultados preocupa muito a LASC e constam no PoA de Ouagadougou. Emprego e trabalho decente é o primeiro pacote da transformação económica estrutural e do crescimento inclusivo. De acordo com o 1.º Relatório Abrangente de Avaliação e Acompanhamento do Plano de Acção de Ouagadougou 2004, o emprego para as mulheres e os jovens, as fracas instituições do mercado de trabalho, a falta de ligações entre crescimento e criação de postos de trabalho continuarão a estar entre os desafios. Além disso, tal como mostra a experiência do Sudeste da Ásia, a produtividade será muito instrumental para atingir a transformação económica estrutural e o crescimento inclusivo. Outras áreas de convergência incluem o desenvolvimento rural e crescimento verde inclusivo, acesso a formação profissional e instituições de orientação laboral reforçadas, paridade do género e acesso a protecção social, em particular para as largas categorias da economia informal e trabalhadores rurais pobres. Há por isso uma grande oportunidade para a LASC inspirar-se no processo pós e tirar vantagens do efeito recíproco para deliberar e formular um mecanismo de seguimento. Por exemplo, os Parceiros tripartidos podem desenvolver e partilhar histórias de sucesso em relação ao pós 2014 e nessa via enriquecer a Agenda de Desenvolvimento 2015.

5 Pág. 4 Questões que poderiam ser consideradas para discussão: 1. Como podemos assegurar o alinhamento entre os objectivos nacionais, regionais e globais e os planos de acção para redução da pobreza e desenvolvimento económico e humano sustentado? 2. Quais seriam as contribuições da Declaração de Ouagadougou Pós-2015 para realizar os objectivos da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015? 3. Que papéis têm jogado os Ministérios do Trabalho, Trabalhadores e organizações dos Empregadores na realização dos ODM? Que papel eles jogarão no novo quadro de desenvolvimento Pós-2015? 4. Como podemos aproveitar os domínios mais fortes que ligam a economia, emprego, protecção social e desenvolvimento sustentado através da capacidade proporcional, particularmente para a Agenda de Desenvolvimento Pós 2015?