VALIDAÇÃO DO MODELO DE SATISFAÇÃO ACSI EM UM CURSO DE INGLÊS NUMA ESCOLA DE IDIOMAS EM BELO HORIZONTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VALIDAÇÃO DO MODELO DE SATISFAÇÃO ACSI EM UM CURSO DE INGLÊS NUMA ESCOLA DE IDIOMAS EM BELO HORIZONTE"

Transcrição

1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação VALIDAÇÃO DO MODELO DE SATISFAÇÃO ACSI EM UM CURSO DE INGLÊS NUMA ESCOLA DE IDIOMAS EM BELO HORIZONTE Julius César Siqueira Othero Fernandes Belo Horizonte 2007

2 Julius César Siqueira Othero Fernandes VALIDAÇÃO DO MODELO DE SATISFAÇÃO ACSI EM UM CURSO DE INGLÊS NUMA ESCOLA DE IDIOMAS EM BELO HORIZONTE Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Professor Dr. Dalton Jorge Teixeira. Belo Horizonte 2007

3 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais F363v Fernandes, Julius César Siqueira Othero. Validação do modelo de satisfação ACSI em um curso de inglês numa escola de idiomas em Belo Horizonte / Julius César Siqueira Othero Fernandes. Belo Horizonte, f. Orientador: Dalton Jorge Teixeira Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Administração Bibliografia. 1. Satisfação do consumidor. 2. Serviços ao cliente. 3. Fornell, Claes. 4. American Customer Satisfaction Index. 5. Modelagem de equações estruturais. I. Teixeira, Dalton Jorge. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Administração. III. Título. CDU:

4 A todos aqueles que acreditam no sucesso da empresa a partir da satisfação de clientes!

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, Senhor e Criador. Ao co-autor desse trabalho, o amigo, Prof. Dr. Dalton Jorge Teixeira, a quem dirijo meu especial agradecimento, pela forma como conduziu sua orientação com maestria e paciência, mesmo nos momentos críticos de mudança de rumo; A todos aqueles que, de alguma forma, mesmo sem a consciência plena, contribuíram de forma direta ou indireta para a conclusão deste trabalho; A meus pais, Rosa Alda e Darcy Othero, por seu incondicional e, muitas vezes, involuntário apoio nessa grande jornada; À amada Luciana Logrado, que me apoiou desde o início, por ter feito com que eu acreditasse no sucesso e mantivesse a esperança e a fé; A todos os meus amigos, Ramon Leite, Paulo Isnard e Marcos Areas, em especial, ao Jefferson, pelo apoio e companheirismo nos momentos mais difíceis dessa caminhada; A meus irmãos e demais pares, pela tolerância e compreensão de minha ausência momentânea em ocasiões de encontro familiar; A meus sobrinhos, Felipe Fernandes e Carolina Othero, pela valiosa colaboração na transcrição e conferência dos dados da pesquisa deste trabalho; Aos professores e colegas da quarta turma do MPA PUC Minas; Às irmãs Mariluce e Alcione Mendes, pela total disponibilidade e abertura para a realização da pesquisa em sua empresa.

6 Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Hippolyte Léon Denizard Rivail Allan Kardec (1857)

7 RESUMO A competitividade das empresas e dos países tem sido alvo de estudos em quase todo o mundo, em especial no tocante à influência da satisfação de clientes nos resultados dessas organizações. O modelo proposto por Fornell et al (1996), o ACSI_ American Customer Satisfaction Index, vem sendo aplicado em trabalhos na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Visando testar a validade da medição da satisfação e de sua cadeia nomológica de construtos, expectativas, valor e qualidade percebida, reclamações e lealdade em cursos de inglês em escolas de idiomas, foi elaborado este trabalho de pesquisa. Com a aplicação da técnica de modelagem de equações estruturais é feita a análise de plausibilidade dos achados a partir da interpretação dos resultados obtidos com dados de duzentos e sessenta respondentes. O estudo verifica o significativo impacto da satisfação na propensão à lealdade nessas escolas, bem como ressalta importantes aspectos das relações entre os antecedentes e conseqüentes do construto satisfação geral. Palavras-chave: Satisfação do cliente; Modelo de Fornell; ACSI; Equações estruturais.

8 ABSTRACT Competitiveness of companies and countries has been aimed at studies almost the world over, especially concerning the influence of customers' satisfaction on those organizations results. The model proposed by Fornell et al (1996), ACSI_ American Customer Satisfaction Index, has been applied to works at Europe, United States and Brazil. This research work has been elaborated in order to test the validity of satisfaction measurement and of its construct natural phenomenological laws chain, expectations, value and noticed quality, complaints and loyalty, in English courses at language schools. By the application of the technique of structural equations modelling, it is made the analysis of discoveries plausibility, based upon the interpretation of results obtained from 260 respondents' data. The study verifies the meaningful impact of satisfaction on the propensity for loyalty in those schools, as well as emphasizes important features of relationships among antecedents and consequences of the general satisfaction construct. Key Words: Customer's satisfaction; Model of Fornell; ACSI; Structural equations.

9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 O Modelo Hipotético de Pesquisa...23 FIGURA 2 American National Satisfaction Index...32 FIGURA 3 Zona de tolerância e os níveis de expectativas...50 FIGURA 4 Homoscedasticidade com uma variável de cada construto...90 FIGURA 5 Homoscedasticidade com duas variáveis de cada construto...91 FIGURA 6 Homoscedasticidade com três variáveis de cada construto...92 FIGURA 7 Modelo modificado ACSI do curso de inglês de uma escola de idiomas (com resultados padronizados)...100

10 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Outliers...79 TABELA 2 Variância total explicada...80 TABELA 3 Comunalidades...82 TABELA 4 Matriz rotacionada dos componentes...83 TABELA 5 Normalidade univariada...85 TABELA 6 Normalidade multivariada...87 TABELA 7 Correlações entre o construto Satisfação e suas variáveis...95 TABELA 8 Correlações entre o construto Qualidade e suas variáveis...95 TABELA 9 Correlações entre o construto Reclamação e suas variáveis...96 TABELA 10 Correlações entre o construto Lealdade e suas variáveis...96 TABELA 11 Correlações entre o construto Expectativa e suas variáveis...96 TABELA 12 Correlações entre o construto Valor e suas variáveis...96 TABELA 13 Validade discriminante...98 TABELA 14 Confiabilidade dos dados...99 TABELA 15 Composição dos Construtos do modelo TABELA 16 Resultados de medidas de ajuste TABELA 17 Linearidade das variáveis TABELA 18 Resultados padronizados do modelo modificado...137

11 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - Avaliação dos relacionamentos hipotéticos...107

12 LISTA DE SIGLAS ABF - Associação Brasileira de Franquias ABT - Associação Brasileira de Tecnologia Educacional ACSI American Customer Satisfaction Index AFC - Análise Fatorial Confirmatória AFE - Análise Fatorial Exploratória AGFI - Índice de qualidade de ajuste calibrado ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações ANPAD - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração ANUP - Associação Nacional das Universidades Particulares AT&T American Technologie & Telecommunication CATHO - Consulting Admission, Training, Hunting and Outplacement CFI - Índice de ajuste comparativo CMIN qui-quadrado CSI Customer Satisfaction Index DETRAN- MG - Departamento de Trânsito de Minas Gerais DF grau de liberdade DK Deustsch Kunderbarometer ECSI European Customer Satisfaction Index EFQM - European Foundation for Quality Management EOQ - European Organization for Quality FACE Faculdade de Ciências Econômicas FAURGS - Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIA-USP - Fundação Instituto de Administração Universidade de São Paulo FUMEC - Fundação Mineira de Educação e Cultura GFI - Índice de qualidade de ajuste MEC Ministério da Educação e Cultura MFQ - Movement Français pour la Qualité NFI - Índice de ajuste normado NQRC - National Quality Research Center PBH - Prefeitura de Belo Horizonte PIB Produto Interno Bruto

13 PMMG - Polícia Militar do Estado de Minas Gerais PUCMINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais RAC - Revista de Administração Contemporânea RAE Revista de Administração de Empresas RFI - Índice de ajuste relativo RH Recursos Humanos RMSEA - Raiz do erro quadrático médio de aproximação SCSB Sweden Customer Satisfaction Barometer SEM - Structural Equations Modeling (Modelagem de Equações Estruturais) SPSS - Statistical Package for Social Science SRF - Secretaria da Receita Federal TLI - Índice de Tucker-Lewis UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Introdução Problema de pesquisa Justificativa Hipóteses do estudo Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Satisfação de clientes Índices nacionais e setoriais de mensuração de satisfação de clientes: histórico e visão nos Estados Unidos e na Europa O modelo de satisfação ACSI American Customer Satisfaction Index Contribuições da utilização do Modelo de Fornell (ACSI) para a medição de satisfação de clientes Propriedades dos índices de satisfação de clientes Precisão Capacidade de previsão de resultados financeiros Capacidade de diagnóstico Comparabilidade Possibilidade de agregação Propriedades do modelo de satisfação ACSI Condicionantes dos modelos de mensuração da satisfação de clientes Determinantes do índice de satisfação de clientes Qualidade Qualidade dos serviços Valor percebido Expectativa Reclamação Lealdade A franqueadora Number One perfil e histórico A metodologia exclusiva Number One Os pilares dos Métodos Dynamic e Wave Evolução com qualidade Inovações e conquistas Filosofia Number One Solutions Diferenciais competitivos A franqueada Number One Gutierrez O curso de inglês da escola-alvo da pesquisa Ensino de língua estrangeira no Brasil: crescimento e competitividade METODOLOGIA DA PESQUISA Estratégia Tipo de pesquisa O universo da pesquisa e a amostra Técnica de coleta de dados... 67

15 3.5 Instrumento de coleta de dados Tratamento, interpretação e análise dos dados Modelagem de equações estruturais (SEM) DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA Primeira fase pré-teste Segunda fase abordagem descritiva quantitativa TRATAMENTO DOS DADOS Análise descritiva dos dados coletados Análise estatística dos dados coletados Preparação dos dados Dados ausentes Questões reversas Outliers Análise fatorial exploratória Normalidade univariada Normalidade multivariada Linearidade Homoscedasticidade Validade de face Validade convergente Validade discriminante Confiabilidade O modelo RESULTADOS DA PESQUISA Resultados finais Resultados de medidas de ajuste Teste das hipóteses da pesquisa CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES DA PESQUISA E SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS Conclusões Limitações da pesquisa Sugestões para futuros trabalhos REFERÊNCIAS APÊNDICES

16 14 1 INTRODUÇÃO 1.1 Introdução A sociedade moderna enfrenta mudanças profundas com impactos nas esferas política, social e econômica. Essas mudanças começaram no século passado, conforme Berkowitz et al. (2003, p.48): As grandes mudanças e transformações que influenciaram poderosamente as organizações, a sua administração e o seu comportamento, ocorreram a partir do século XX. Observa-se, nesse ambiente, a competição de várias tendências destacando-se: concorrência mais acirrada, consumidores mais exigentes, qualidade aliada a custos baixos, informações sobre concorrentes amplamente disponíveis e mudança tecnológica muito intensa. Diante desses desafios, as empresas visionárias procuram munir-se de ferramentas capazes de potencializar sua capacidade de geração de valor para o público-cliente, colaboradores e sociedade. Torna-se evidente a necessidade de implementação de processo de gestão compatível com o que há de mais avançado na teoria das organizações, com foco no capital humano, comenta Berkowitz et al. (2003, p.55): No mundo contemporâneo o capital financeiro deixou de ser o recurso mais importante, cedendo lugar ao conhecimento... É a vez do conhecimento, do capital humano e do capital intelectual. Na onda do conhecimento (movimento de incremento do ensino no país), vê-se atualmente um crescimento, sem precedentes, do número de instituições de ensino de línguas estrangeiras. Segundo dados do MEC (2006), esse mercado registrou uma ampliação aproximada de 45% nos últimos 5 anos. São escolas que, em seu papel de empresa, também vivem as transformações da nova era, a era da informação, comentam Berkowitz et al. (2003). Um dos aspectos importantes para o sucesso de uma escola de línguas estrangeiras é a sua capacidade de atender de forma ágil e dinâmica às necessidades de seus alunos e de certa maneira encantá-los. Afinal, eles são os clientes, comenta o Sr. Márcio Mascarenhas, presidente do Number One (NUMBER ONE, 2006). Na linha das mudanças de grande amplitude que envolvem toda a sociedade, Berkowitz et al. (2003, p.45) afirmam que o mundo virou uma aldeia global: A aplicação da tecnologia da informação integrando a televisão, o telefone e o computador trouxe desdobramentos imprevisíveis e transformou o mundo em uma verdadeira aldeia global.

17 15 A globalização é um processo típico da segunda metade do século XX que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no tocante à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros e à difusão de informações. A partir dela, o estudo de língua estrangeira torna-se fator de diferenciação pessoal no competitivo mercado de trabalho nacional, afirmam Kotler e Armstrong (2004). Em consonância com esses autores, Thomas Amos Case, presidente do grupo Catho (CATHO, 2006), também defende essa idéia. O atual ambiente empresarial, era da informação, conforme Berkowitz et al. (2003), exige profissionais cada vez mais bem preparados e com um cabedal de conhecimentos abrangente que inclua, necessariamente, o domínio de uma ou mais línguas estrangeiras, em que concorda com os autores Helena Arthur Salviano Mello, diretora geral da Manager (MANAGER, 2006). O estudo de línguas é fator de manutenção da empregabilidade, acrescentam os autores. O ambiente organizacional é hoje caracterizado por uma alta competitividade, elevada turbulência ambiental e mudanças rápidas e descontínuas no macroambiente das empresas. A globalização da economia acrescenta mais complexidade às organizações, fazendo com que os mercados percam fronteiras e fiquem ainda mais competitivos, conforme Filho (2001). Essa nova realidade está contribuindo para que cada vez se torne mais caro obter novos clientes, o que faz com que manter clientes antigos seja mais atraente. Estima-se que, atualmente, custe de três a cinco vezes menos manter um cliente do que obter um cliente novo, afirmam Bateson e Hoffman (2002). Até do ponto de vista financeiro, é mais interessante manter clientes satisfeitos e leais do que em outras circunstâncias. Bateson e Hoffman (2000) afirmam que maiores índices de satisfação do cliente tornam a organização mais resistente à concorrência e aumenta sua participação no mercado, apesar de que, segundo os autores, altos índices de satisfação não significam necessariamente fidelidade eterna do cliente, pois as necessidades dos clientes mudam com o tempo e com o atendimento das necessidades atuais. Nesse contexto, os clientes irão procurar por empresas que melhor satisfaçam o novo conjunto de necessidades. Diversos estudos de Fornell (1992), Anderson, Fornell e Lehmann (1994), Edvardsson et al. (2000) e Martensen, Gronholdt e Kristensen (2000) verificaram uma relação positiva entre satisfação e propensão do cliente à lealdade. Porém, embora a satisfação dos clientes seja primordial para qualquer empresa bem-sucedida, constata-se que a satisfação isolada não é suficiente para a manutenção de clientes leais, segundo Griffin (1998).

18 16 Assim, surgem as seguintes questões: O que leva à satisfação e à lealdade? Que fatores exercem mais influência na satisfação e na lealdade? As respostas a essas questões são de grande importância para as empresas, conforme Fornell (1999). Satisfação de clientes não deve ser simplesmente uma meta, mas sim uma forma de as empresas melhorarem seu desempenho. Diversos estudos têm demonstrado as relações entre satisfação, lealdade e desempenho econômico, medido de diversas formas, como, por exemplo, retorno sobre investimento, preço das ações e valor agregado, conforme Anderson, Fornell e Lehmann (1994) e Fornell Um profundo conhecimento sobre os fatores que levam à satisfação e à lealdade pode ajudar as empresas na alocação de recursos escassos, buscando a otimização de sua performance, comentam Martensen, Gronholdt e Kristensen (2000). Atentos a isso, surgiram os Índices Nacionais de Satisfação, que procuraram medir a satisfação dos clientes e a propensão destes à lealdade. O primeiro desses índices surgiu em 1989, na Suécia, o Barômetro Sueco de Satisfação de Cliente, conhecido como Sweden Customer Satisfaction Barometer (SCSB). Posteriormente, na Alemanha, em 1992, com o Deustsch Kunderbarometer (DK), e nos Estados Unidos, em 1994, com o American Customer Satisfaction Index (ACSI), Israel e Taiwan, em 1995, e Nova Zelândia, em 1996, também desenvolveram seus índices nacionais. Em 1998 foi lançado o Índice Europeu de Satisfação de Cliente, designado como European Customer Satisfaction Index (ECSI). Dessa forma, o presente trabalho pretende testar o modelo estrutural utilizado pelo Índice de Satisfação de Clientes Americano (ACSI - American Customer Satisfaction Index) no Brasil, em um curso de inglês de uma escola de línguas estrangeiras no bairro Gutierrez, em Belo Horizonte. Com isso, objetiva-se verificar as relações entre os construtos: expectativa, qualidade percebida pelo cliente, valor percebido, satisfação, Reclamação e lealdade de clientes, tendo também como referência os trabalhos realizados por Zeithaml, Berry e Parasuraman (1996), Fornell et al. (1996), Dodds, Monroe, Grewal (1991) e Oliver (1997), além de adaptar escalas utilizadas na modelagem de equações estruturais para escolas de ensino de idiomas. Este trabalho inicia-se, portanto, por essa introdução, e posteriormente o problema de pesquisa e a justificativa são vistos em detalhes. As hipóteses do trabalho são apresentadas em seguida. Os objetivos, tanto geral como específicos, são expostos no próximo capítulo, de forma a direcionar os trabalhos deste estudo. A fundamentação teórica deste trabalho vem a seguir e inicia-se com o posicionamento e a relevância do construto satisfação na disciplina de Marketing, uma introdução aos Índices Nacionais de Satisfação (SCSB, DK, ECSI, entre outros), assim como

19 17 do ACSI, que é o modelo proposto nesta pesquisa. Neste referencial ainda são estudados os principais antecedentes (expectativas, qualidade e valor percebidos pelo cliente) do construto base deste trabalho (satisfação) e seus conseqüentes (reclamação e lealdade do cliente). O construto satisfação mereceu especial atenção. Para tanto, são apresentados os estudos de diversos autores a respeito desse tema. Logo após, são apresentados o perfil e o histórico da franqueadora Number One Solutions, da escola franqueada Number One do bairro Gutierrez, em Belo Horizonte, e o curso de inglês da escola-alvo desta pesquisa (Number One Gutierrez). Na seqüência é tratado um panorama do mercado de ensino de língua estrangeira no Brasil. Já a metodologia que foi utilizada na pesquisa é vista na parte seguinte, em que são detalhadas as características gerais do estudo, a estratégia a ser adotada, o tipo de pesquisa, o universo e a amostra, a técnica e o instrumento de coleta de dados e a explanação sobre a interpretação dos dados com a aplicação da técnica de equações estruturais na análise dos achados. No desenvolvimento do trabalho são abordadas duas fases, a de pré-teste e a fase de caráter quantitativa da pesquisa. Em seguida, no tratamento dos dados, são apresentadas as análises descritiva e estatística dos dados coletados. Finalmente, são apresentados os resultados, englobando resultados finais e de medida de ajuste e o teste das hipóteses da pesquisa. Completam o trabalho as conclusões, as limitações da pesquisa, as sugestões para futuros trabalhos, as referências e os apêndices. 1.2 Problema de pesquisa Com base nos estudos teóricos e empíricos sobre satisfação e seus modelos, deseja-se proceder a testes de validação do Modelo de Fornell (ACSI) para o curso de inglês de uma escola de línguas. Assim, os esforços de pesquisa serão convergidos em torno da seguinte questão de pesquisa: até que ponto o modelo de satisfação de Fornell (ACSI) é válido para um curso de inglês em uma escola de idiomas em Belo Horizonte? Existem várias justificativas para se realizarem estudos dessa natureza. Uma primeira se alimenta na importância e no alcance social dos serviços de ensino de línguas no país, conforme Thomas Amos Case, presidente do grupo Catho (CATHO, 2006). Outros aspectos que se somam de forma corroboradora dizem respeito à verificação de o modelo de Fornell

20 18 (ACSI), de avaliação da satisfação de clientes, poder ser considerado válido para ser aplicado no setor de cursos de inglês em escolas de ensino de idiomas. No que se refere à aplicação do modelo ACSI no Brasil, podem-se enumerar vários benefícios e vantagens, tanto para clientes quanto fornecedores e governo. Em especial, o uso do modelo de Fornell, num contexto brasileiro, vai gradativamente permitir avançar na compreensão das relações entre entes fundamentais, como qualidade percebida, valor percebido, satisfação global e lealdade do cliente, conforme Gonçalves et al. (2002). Fornell (1992) enumera uma série de vantagens da alta satisfação do cliente com a empresa, tais como aumento da lealdade do cliente, menor elasticidade do preço, quedas dos custos de atração de novos clientes e privilegiada reputação no mercado (comentários favoráveis do cliente). Além disso, em outros países, despontam fundadas evidências de que a satisfação do cliente é um indicador proeminente de desempenho financeiro, tanto pelo lado dos lucros contábeis quanto do valor para o acionista, apontam Ittner e Larcker (1996); Anderson, Fornell e Lehmann (1994); Fornell, Ittner e Larcker (1996). A lealdade do cliente também é um indicador muito provável de lucratividade, como apontam Reichheld e Sasser (1990). Dessa forma, a satisfação e a lealdade do cliente são temas importantes para a Administração, dado seu impacto direto ou indireto sobre os lucros da organização. Conforme Moura (2004), no Brasil há uma carência de estudos verificando as relações entre esses construtos e não se tem claro o efeito da satisfação sobre o desempenho financeiro. Evidências empíricas no sentido de comprovar o relacionamento entre esses construtos poderiam refletir na gestão dos prestadores de serviço, que dariam maior atenção às avaliações dos clientes quanto ao serviço. Na perspectiva dos prestadores de serviços, um indicador uniforme e comparável de satisfação do cliente permitiria benchmarking contínuo entre empresas, de modo que um baixo índice de satisfação revelaria um ponto fraco da empresa e abriria espaço para outras concorrentes, aponta Moura (2004). Um indicador de satisfação do cliente poderia também auxiliar os próprios clientes em suas decisões de compra, podendo comparar as múltiplas ofertas de produtos e serviços e escolher as de melhor qualidade e valor, lembra Moura (2004). É previsível que a existência de um índice de satisfação do cliente encoraje a competição pela qualidade e pelo preço, levando à maior satisfação do cliente, segundo Fornell et al. (1996). A pretensão deste trabalho será fazer um exame inicial de um setor relevante para a realidade brasileira, conforme Reggiane Alvim, diretora da Reggiane Hunting (REGGIANE, 2006) e ensejar estudos futuros que venham a ampliar o escopo de pesquisa na validação do

21 19 Modelo de Fornell (ACSI) para avaliar a satisfação de alunos de cursos de inglês em escolas de idiomas no país. Por outro lado, vê-se atualmente um crescimento do número de escolas de ensino de idiomas, conforme dados do MEC (2006). Imersas nesse ambiente altamente competitivo, as escolas procuram estratégias mais sólidas e para isso lançam mão de sistemas de gestão mais eficientes e capazes de contribuir efetivamente para obtenção de vantagem competitiva, aponta a ANUP (2006). É também notório o papel da satisfação de consumidores como fator determinante não só de retornos crescentes, como também da lealdade por parte de clientes (alunos) através de geração de valor para os mesmos, comentam Fornell et al., Aaker, Kumar e Day, e Gale citados por Filho, Guerra e Moura (2003, p.13). Porém, no cenário brasileiro, são escassos os estudos científicos que pesquisam a medição de expectativa, valor, satisfação, reclamação, propensão à lealdade e qualidade, bem como seus impactos mútuos nesse ramo de negócios. Em torno dessas observações, assim como de reflexões propostas pelos estudos feitos pelos autores citados até aqui, surgiu uma indagação fundamental: O modelo de satisfação ACSI é válido para analisar a cadeia nomológica de satisfação dos clientes de um curso de inglês de uma escola de idiomas em Belo Horizonte? 1.3 Justificativa da pesquisa Segundo Kotler (2000), a filosofia do marketing deve se modificar para se adequar e responder às demandas e expectativas de um mundo em transição, de uma Economia Industrial para uma Economia da Informação. Nesse esforço de adaptação, o marketing passou a priorizar e valorizar os relacionamentos e não somente as transações com os clientes, a se esforçar em conquistá-los, conhecê-los e retê-los nas empresas, investindo altas somas em promoção, segmentação e fidelização de clientes, o que demonstra a presente preocupação com a satisfação dos clientes. Anderson, Fornell e Lehmann (1994) verificaram que um dos principais fatores que levam à lealdade dos clientes seria a satisfação desses com o produto ou serviço de seus fornecedores. Esses autores apontaram ainda outros benefícios com relação a clientes satisfeitos e leais: redução da sensibilidade ao preço, imunização dos clientes em relação aos

22 20 esforços da concorrência, custos de transação mais baixos, redução dos custos decorrentes de falhas, custos mais baixos para atrair novos clientes e melhor reputação da empresa. Entretanto uma correta compreensão da relação entre satisfação e intenção torna-se fundamental, pois é dela que, em parte, supõe-se a lealdade como resultado, ressalta Reichheld (1996). É com o objetivo de medir a satisfação dos clientes com relação a produtos e serviços e a propensão dos mesmos à lealdade que surgiram os Índices Nacionais de Satisfação. Estes utilizam uma metodologia de indicadores múltiplos para avaliar a satisfação e a propensão à lealdade dos clientes. Esse tipo de metodologia mostrou-se adequado, através de vários estudos de Fornell et al. (1992), Martensen, Gronholdt e Kristensen (2000), Anderson e Fornell (2000) e Fornell et al. (1996). Os índices nacionais de satisfação representam ainda um novo tipo de sistema de medição, conforme salienta Fornell et al. (1996), baseados em clientes para avaliação do desempenho de empresas, setores econômicos da indústria e economias nacionais. O setor de serviços (cursos de idiomas) destaca-se como um desses importantes setores econômicos, já que, conforme João Roberto Moreira Alves, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT, 2006), entre 1995 e 2005, a participação desse segmento na economia brasileira aumentou aproximadamente 60%, salto este registrado nos últimos três anos, devido ao processo de globalização da economia nacional decorrente da abertura de mercado, aliada ao incremento do turismo internacional em nosso país. Entretanto o setor de serviços (cursos de idiomas) no Brasil ainda tem muito espaço para o crescimento. Conforme uma pesquisa realizada pela consultoria A. T. Kearney e publicada na revista The Economist, em 2003 o Brasil ocupava o quinto lugar no ranking de países mais atraentes para o desenvolvimento de escolas de línguas, perdendo apenas para a Rússia, China, México e o Canadá, afirma João Roberto Moreira Alves, presidente da ABT (ABT, 2006). Segundo essa reportagem, enquanto o México, um país em desenvolvimento como o Brasil, tem uma parcela significativa da população (21,5%) de estudantes de língua estrangeira, o Brasil tem menos de 5% da população envolvida com o estudo de idiomas, conforme o presidente da ABT (ABT, 2006). Segundo o presidente da ABT (ABT, 2006), a aprendizagem de línguas estrangeiras é hoje um pré-requisito essencial para o acesso ao conhecimento e um fator de favorecimento da mobilidade pessoal e profissional. Para Leffa (2000) é óbvio que, no momento em que se valoriza o conhecimento, cria-se um contexto favorável para a aprendizagem da língua estrangeira, veículo importante para a divulgação do conhecimento. Desde tempos

23 21 imemoriais, a humanidade tem-se preocupado com a questão da incomunicabilidade resultante do desconhecimento da língua do outro, simbolizada através do Mito de Babel, destaca João Roberto Moreira Alves, presidente da ABT (ABT, 2006). Afirma Case que: Mais de 62% dos executivos contratados para o cargo de diretor, ou acima, falam inglês. Escalões menores estão mais abertos para quem não domina essa ou outra língua, mas é muito difícil o ingresso de candidatos que não possuam tal habilidade. (CASE, 2004, p.29) Case (2004) comenta ainda que o sucesso de qualquer profissional depende, cada vez mais, de seu domínio de uma ou mais línguas, com destaque para o inglês, espanhol e o mandarim. O conhecimento de outros idiomas melhora a empregabilidade em pelo menos 70% e garante um diferencial muito valorizado atualmente no mercado de trabalho. A avaliação de qualquer profissional, independentemente do nível hierárquico, é extremamente influenciada por esse quesito, garante o autor. O autor destaca o inglês como a língua predominante nesse setor, o que conseqüentemente direciona as escolas de idiomas no país a adotarem essa língua como a de maior abrangência e disponibilidade em seu quadro de cursos, chegando a aproximadamente 90% das turmas. Reggiane Alvim, diretora da Reggiane Hunting (REGGIANE, 2006), salienta que o setor de escolas de línguas estrangeiras é muito importante para diversos setores de atividades profissionais. O domínio de uma ou mais línguas estrangeiras aparece como elo vital em processos seletivos, como fator de competitividade para a colocação, a recolocação ou a manutenção de profissionais em seus postos de atividade no mercado trabalho. Ainda segundo a diretora da Reggiane Hunting (REGGIANE, 2006), a concorrência vem aumentando a cada ano e os alunos dos cursos de inglês precisam se aperfeiçoar para manterem-se competitivos e com bom nível de empregabilidade no mercado de trabalho. O ensino de línguas estrangeiras, principalmente o inglês, é de fundamental importância para a formação dos jovens no país. Atualmente, trata-se de um serviço prestado predominantemente por franquias de empresas conceituadas no mercado nacional e internacional. Segundo o último levantamento realizado por nossa associação, mais de 70% do mercado nacional é atendido dessa forma, destaca João Roberto Moreira Alves, presidente da ABT (ABT, 2006).

24 22 As franquias se preocupam muito com a satisfação de seus clientes finais (alunos das escolas franqueadas), segundo Márcio Mascarenhas, presidente do Number One (NUMBER ONE, 2006), pois alunos satisfeitos garantem a continuidade de todo o sistema de franquias. Diante desse cenário, surge a necessidade de se entender melhor a percepção dos clientes finais (alunos) em relação aos serviços prestados pelos cursos de inglês das escolas de línguas estrangeiras (franquias), assim como avaliar o grau de satisfação desses alunos e a propensão dos mesmos à lealdade. A satisfação global do cliente, como o construto central do modelo de Fornell (ACSI), é situada dentro de uma cadeia de relacionamentos que vão de seus antecedentes (expectativas, qualidade e valor percebidos pelo cliente) a seus conseqüentes (reclamação e lealdade do cliente), conforme Gonçalves et al. (2002). Com essa estrutura, o modelo bem permite que o índice de satisfação global do cliente seja testado sob o ponto de vista nomológico. Validade nomológica é o grau em que um construto se comporta como predito dentro de um sistema de construtos relacionados, a chamada rede nomológica, de acordo com Cronbach e Meehl (1955). O modelo ACSI já foi aplicado em algumas organizações no Brasil e no mundo. No Brasil, ele foi aplicado em instituições acadêmicas e corporativas. Na área de ensino, o modelo ACSI foi pesquisado na Escola de Administração da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC) de Belo Horizonte. Pelo fato de o modelo ACSI basear-se na satisfação para estruturar sua rede de construtos (cadeia nomológica), conforme Fornell et al. (1996), ele se posicionou como o modelo adequado para ser aplicado nesta pesquisa, já que satisfação é o construto base do tema central deste estudo. Foi estudada, neste trabalho, a cadeia de relações de construtos na prestação de serviço disponibilizada por um curso de inglês. As referências cognitivas, que constituem a rede atitudinal dessa cadeia de relações de construtos, ou seja, o modo de proceder ou agir, o comportamento e o procedimento foram definidos por Ferreira (2002). Aliado a isso, a preocupação foi verificar/testar a satisfação do aluno do curso de inglês, da escola-alvo da pesquisa, utilizando-se esse modelo na condução do trabalho. A adoção desse modelo na presente pesquisa, assim se justifica. A questão é saber se esse tipo de serviço (curso de inglês) atende aos objetivos propostos, ou seja, se os alunos desse curso estão satisfeitos com o serviço prestado pelo curso de inglês ministrado por essa escola, de outra forma, como é que essas pessoas avaliam esse serviço. Além disso, a idéia é verificar se o modelo ACSI serve para medir satisfação em

25 23 escolas de idiomas, ou seja, a verificação do ajustamento de um modelo de satisfação baseado no modelo ACSI para o setor de cursos de inglês em escolas de idiomas. Na tentativa de entender melhor essas questões, foi elaborado este projeto de pesquisa, que visa testar o modelo ACSI em uma escola de ensino da língua inglesa para avaliar a satisfação dos alunos com o curso ministrado nessa instituição. 1.4 Hipóteses do estudo Observando-se a revisão dos autores pertinentes, como Fornell et al. (1996), Oliver (1980), Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), Zeithaml (1988), Anderson e Fornell (2000), dentre outros, e com o objetivo de verificar as relações do modelo ACSI no setor de escolas de língua estrangeira no Brasil, o modelo de pesquisa testado seguiu o modelo original ACSI. Desse modo, o modelo proposto apresentou as seguintes relações hipotéticas, conforme a Figura 1: Qualidade Percebida pelo Cliente H1 + H3 + H4 + H2 + Valor Percebido pelo Cliente H5 + Satisfação Geral do Cliente H7 - H8 + Reclamação H9 - Expectativa do Cliente H6 + Lealdade Figura 1 - Modelo Hipotético de Pesquisa. Fonte: Fornell et al. (1996, p.8). As seguintes hipóteses serão verificadas: a) H1: há um impacto positivo das expectativas do cliente na qualidade percebida pelo cliente; b) H2: há um impacto positivo da qualidade percebida pelo cliente na satisfação geral do cliente;

26 24 c) H3: há um impacto positivo da qualidade percebida no valor percebido pelo cliente; d) H4: há um impacto positivo das expectativas do cliente no valor percebido pelo cliente; e) H5: há um impacto positivo do valor percebido pelo cliente na satisfação geral do cliente; f) H6: há um impacto positivo das expectativas do cliente na satisfação geral do cliente; g) H7: há um impacto negativo das reclamações na satisfação geral do cliente; h) H8: há um impacto positivo da satisfação geral do cliente na propensão à lealdade do cliente; i) H9: há um impacto negativo das reclamações na propensão à lealdade do cliente. 1.5 Objetivos Objetivo geral Este estudo teve por objetivo verificar e analisar a validade do modelo de Fornell (ACSI) quando aplicado em um curso de inglês de uma escola de idiomas em Belo Horizonte Objetivos específicos a) Verificar as relações entre os seis construtos da cadeia nomológica (qualidade percebida, expectativa do cliente, valor percebido, satisfação global do cliente, reclamação do cliente e lealdade do cliente), conforme as hipóteses do modelo; b) Calcular o índice de satisfação global dos alunos em relação ao serviço prestado pelo curso de inglês da escola-alvo da pesquisa;

27 25 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Satisfação de clientes Para entender a satisfação de clientes numa transação de mercado, inicialmente é necessário distinguir os principais papéis desempenhados pelos clientes. Conforme Sheth, Mittal e Newman (1999), uma transação de mercado requer pelo menos três papéis desempenhados pelos clientes: (1) comprar (ou seja, selecionar) um produto ou serviço; (2) pagar por ele; e (3) usá-lo ou consumí-lo. Assim, um cliente pode ser: (1) um comprador, (2) um pagante ou (3) um usuário/consumidor. O usuário é a pessoa que efetivamente consome ou utiliza o produto ou recebe os benefícios do serviço. O pagante é a pessoa que financia a compra. Finalmente, o comprador é aquele que participa da obtenção do produto no mercado. Cada um desses papéis pode ser desempenhado pela mesma pessoa ou unidade organizacional (por exemplo, um departamento) ou por diferentes pessoas ou departamentos. Moura (2004) afirma que, na década de 50, surgiram os primeiros trabalhos sobre o comportamento do consumidor. Porém, somente a partir da década de 60, é que a Escola do Comportamento do Consumidor começou a crescer e a se fortalecer. Segundo a autora: A satisfação do consumidor pode ser contextualizada como integrante da teoria do Comportamento do Consumidor. Essa é considerada uma área do conhecimento de Marketing, mas também vinculada a outras disciplinas do conhecimento como a Psicologia, Sociologia e Antropologia. (MOURA, 2004, p. 21) Sheth, Gardner e Garret (1988) destacam a Escola do Comportamento do Consumidor por seu intenso impacto na disciplina de Marketing, com inúmeros trabalhos e livros desenvolvidos nessa área do comportamento. Os autores destacam que o campo de pesquisa sobre a satisfação do consumidor ganhou corpo a partir do trabalho de Cardozo (1965), evolução que ocorreu tendo em vista sua grande relevância sob o ponto de vista de Marketing. Churchill e Suprenant (1982) destacam os primeiros estudos de pesquisa sobre a satisfação do consumidor que despontaram no início da década de 70. De acordo com os autores, desde então, o volume de pesquisa em satisfação do consumidor tem sido impressionante. Diversas teorias foram propostas para examinar os antecedentes da satisfação

28 26 e desenvolver importantes mensurações do construto. A satisfação é o resultado mais importante da atividade mercadológica e serve para fazer a ligação entre processos que culminam em compra e consumo com fenômenos de pós-compra, como atitude de troca, repetição da compra e lealdade à marca, conforme esses autores. Segundo Churchill e Suprenant (1982), a importância da satisfação está na geração de lucros por meio da realização das necessidades e desejos dos consumidores. De acordo com Moura (2004), com relação a modelos teóricos e teorias concebidas dentro da corrente de pensamento da Escola do Comportamento do Consumidor, podem-se ressaltar os desenvolvidos por Engel, Kollat e Blackwell (1968) e Howard e Sheth citados por Sheth, Gardner e Garret (1988, p.17). É importante frisar que esses modelos contemplam a satisfação do consumidor, como um conceito pertencente ao framework (estrutura, esquema) geral do comportamento do consumidor. Moura (2004) acrescenta que os testes empíricos desses modelos foram auferidos por diversos autores para fins de validação. A verificação da literatura referente a pesquisas sobre a satisfação dos consumidores mostra uma forte heterogeneidade nas definições e nos modos de mensuração, o que torna difícil a integração e a síntese dos resultados de pesquisa, uma vez que não há uma definição universalmente aceita, afirma Cougo (2001). Um desses estudos sobre satisfação foi proposto por Howard e Sheth (1969, p.57), em que a definição de satisfação teria estreita ligação com o estado psicológico do indivíduo: O estado de ser adequadamente recompensado em uma situação de compra pelos sacrifícios realizados. Uma outra definição de satisfação é atribuída a Hunt (1977, p.44): A avaliação feita de que a experiência foi, pelo menos, tão boa como se esperava que fosse. Essas definições incluem três elementos característicos do conceito de satisfação: trata-se de um estado psicológico, posterior à compra e de um caráter de relatividade, do ponto de vista de Evrard (1995). A satisfação também foi definida por Oliver (1997) como a resposta ou reação do consumidor à sua realização, no sentido de avaliar se as características do bem ou serviço atendem a suas necessidades, proporcionando um nível prazeroso de consumo. Essa avaliação ocorre quando o consumidor compara os benefícios recebidos através do bem ou serviço com suas expectativas. A satisfação do cliente possui dois conceitos essenciais: satisfação específica em uma transação e satisfação acumulada, de acordo com Boulding et al. (1993). Os pesquisadores de marketing e do consumidor concordam no que tange à dimensão da transação específica, que

29 27 ela envolve o julgamento individual da experiência com um produto ou serviço, sendo uma visão particular e de curto prazo com certo produto ou serviço. Sob a abordagem cumulativa, a satisfação é caracterizada como um construto abstrato que descreve a experiência total de consumo com um produto ou serviço. A visão de Johnson, Anderson e Fornell (1994) é de que a satisfação é cumulativa. A adoção desse conceito de satisfação é mais consistente com as visões existentes na psicologia econômica, segundo Van Raaij (1981) e Wärneryd (1988): A adoção desse conceito de satisfação é mais consistente com as visões existentes na psicologia econômica, em que a satisfação é igualada com a noção subjetiva de bem-estar e na economia, onde a satisfação vai além da utilidade econômica esperada e encampa a utilidade do consumo pós-compra. (VAN RAAIJ, 1981, p.19) Conforme Johnson, Anderson e Fornell (1994), sob um ponto de vista mais aplicado ou gerencial, a satisfação acumulada é mais atraente porque fornece uma indicação clara (e fundamental) da performance atual e de longo prazo de uma empresa ou mercado. Conceitualmente, a satisfação é uma conseqüência da compra e do uso, resultante da comparação feita pelos consumidores das recompensas e custos da transação em relação às conseqüências antecipadas, afirmam Churchill e Suprenant (1982). Harvey (1998, p.48) concorda com essa definição, salientando que a satisfação mede o quanto os resultados produzidos para o cliente e o processo ao qual ele atravessou para obter esses resultados atendem às suas expectativas. Oliver (1980) reconhece o papel das expectativas como padrões de comparação, sem os quais a satisfação, como resposta humana, não pode existir. Mas difere do paradigma básico ao considerar a comparação entre expectativas e desempenho como um dos vários processos de comparação que o consumidor realiza ao avaliar um bem ou serviço. Segundo esse ponto de vista, o consumidor pode realizar dois tipos de processos cognitivos (comparações) e psicológicos. O desempenho, afirma esse autor, pode afetar a satisfação diretamente ou, em outras palavras, sem o auxílio de outras influências ou moderadores da satisfação. Mas também é o ponto de partida dos processos de comparação e dos processos psicológicos realizados pelo consumidor. Oliver (1980) descreve os processos psicológicos como intervenientes na formação de julgamentos de satisfação. Esses processos são menos observáveis, mas são essenciais para compreender o processo de satisfação por estarem baseados em dissonância cognitiva. Essa dissonância consiste em manifestações de medo e

30 28 ansiedade que o consumidor pode experimentar no momento de fazer a compra, como resultado de previsões de que o produto não terá o desempenho desejado ou esperado, ou seja, que ele não atenderá a suas expectativas. Segundo o autor, esse temor continua depois da compra, antes do uso e, provavelmente, permanecerá durante o uso do produto. Além de Oliver citado por Gonçalves et al. (2002, p.20), que direcionou seus trabalhos para a análise de relações entre os antecedentes da satisfação (expectativas e desconfirmação) com seus conseqüentes (atitudes e intenções após a compra), outras pesquisas nesse campo mudaram um pouco o foco para a verificação de relações entre construtos. Olson e Dover citados por Curchill e Suprenant (1982, p.30) analisaram os efeitos das expectativas, do desempenho e da desconfirmação nas opiniões dos consumidores. Posteriormente, Oliver (1997) validou um modelo de satisfação do consumidor em que a satisfação é influenciada basicamente por respostas afetivas positivas e negativas (emocionais) e desconfirmação cognitiva. As literaturas sobre qualidade de serviço e satisfação ressaltam que os consumidores fazem uma comparação entre o desempenho do produto ou serviço com algum padrão, apontam Spreng e Mackoy (1996), embora esse padrão não seja o mesmo nos dois casos, comentam Bitner (1990), Parasuraman, Zeithaml e Berry (1994), Zeithaml, Berry e Parasuraman (1993). Esses autores argumentam que o padrão de comparação na determinação da satisfação são as expectativas preditivas, ou seja, o que os consumidores acreditam que irão receber, enquanto a qualidade de serviço percebida resulta da comparação do desempenho com o que os consumidores acham que o fornecedor deveria prover ou o que eles, consumidores, estariam dispostos a aceitar. Oliver citado por Spreng e Mackoy (1996, p.210) defende semelhante ponto de vista ao descrever um modelo conceitual que visa integrar qualidade de serviço e satisfação. Ele argumenta que, enquanto os antecedentes da percepção de qualidade são as desconfirmações de ideais, os antecedentes da satisfação são as desconfirmações de expectativas preditivas (referentes tanto a dimensões de qualidade de serviço quanto a dimensões não relacionadas com a qualidade) e também a qualidade percebida. Dessa forma, alguém pode ficar satisfeito com uma baixa qualidade se o desempenho percebido for superior ao que essa pessoa previa, afirma Oliver (1993). A visão de satisfação adotada por esta pesquisa é a de Fornell et al. (1996), em que a satisfação global do cliente, como o construto central do modelo, é situada dentro de uma cadeia de relacionamentos que vão de seus antecedentes (expectativas, qualidade e valor percebidos pelo cliente) a seus conseqüentes (reclamação e lealdade do cliente). Do ponto de vista de Fornell et al. (1996), a abordagem de satisfação mais aplicável é a abordagem

31 29 cumulativa que permite, entre outros aspectos, o monitoramento do desempenho atual e de longo prazo da empresa, de acordo com a avaliação dos clientes. Sendo assim, neste estudo a satisfação foi tratada sob a perspectiva cumulativa em consonância com os autores do modelo ACSI. 2.2 Índices nacionais e setoriais de mensuração de satisfação de clientes: histórico e visão nos Estados Unidos e na Europa Os Índices Nacionais de Satisfação de Clientes procuram medir a satisfação dos clientes e a propensão destes à lealdade, além disso contribuem para estabelecer uma imagem mais precisa dos resultados de uma economia, setor de atividade, região ou empresa, ao mesmo tempo em que podem ajudar a estabelecer abordagens uniformes de medição. A Suécia foi o primeiro país a desenvolver, em 1989, um indicador desse tipo chamado Barômetro Sueco de Satisfação de Cliente, conhecido como Sweden Customer Satisfaction Barometer (SCSB), seguindo-se a Alemanha em 1992, com o (DK - Deustsch Kunderbarometer), e os Estados Unidos da América em 1994, com o Índice Americano de Satisfação do Cliente (American Customer Satisfaction Index - ACSI), Israel e Taiwan em 1995, e Nova Zelândia em 1996, além de Formosa, que também desenvolveram seus índices nacionais. Testes pilotos têm sido também implementados na Coréia e no Brasil, de acordo com Anderson e Fornell (2000). Em 1996 a Comissão Européia, a pedido da European Organization for Quality (EOQ), encomendou ao Movement Français pour la Qualité (MFQ) um estudo de viabilidade no sentido de desenvolver um índice nacional e um índice europeu de satisfação do cliente, tomando como base a experiência já conseguida nos diferentes países, afirmam Fornell et al. (1996). Esse índice teria o objetivo de fornecer indicadores para as empresas se compararem entre si, posicionarem-se nos respectivos setores de negócio, identificarem melhores desempenhos, etc. Por outro lado, em níveis mais macroeconômicos, proporcionaria uma bateria de indicadores que permitiria às autoridades públicas avaliar os desempenhos de sistemas econômicos, os diferentes setores de atividade ou regiões, validar outros parâmetros e completar (ou até antecipar) a análise que geralmente se faz com base em indicadores de outra índole (inflação, desemprego, PIB, etc.), apoiando a competitividade e o desenvolvimento da Europa, seus países e regiões, conforme Mendes e Saraiva (2002).

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Preparando sua empresa para o forecasting:

Preparando sua empresa para o forecasting: Preparando sua empresa para o forecasting: Critérios para escolha de indicadores. Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Embora o forecasting seja uma realidade, muitas

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA SILVA, Paulo Henrique Rodrigues da Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerencias E-mail: ph.rs@hotmail.com SILVA, Thiago Ferreira da Docente da Faculdade

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Capítulo 2 Conceitos de Gestão de Pessoas - Conceitos de Gestão de Pessoas e seus objetivos Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos sobre a Gestão

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

FLUXOGRAMA DA PESQUISA FLUXOGRAMA DA PESQUISA Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização DISCIPLINA: Introdução à Administração FONTE: BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração - Construindo Vantagem Competitiva. Atlas. São

Leia mais

GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO

GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO PMI PULSO DA PROFISSÃO RELATÓRIO DETALHADO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO Destaques do Estudo As organizações mais bem-sucedidas serão aquelas que encontrarão formas de se diferenciar. As organizações estão

Leia mais

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing Plano de Marketing Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing 1 Plano de Marketing É o resultado de um processo de planejamento. Define o quevai ser vendido, por quanto,

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

COLETA DE INFORMAÇÕES E PREVISÃO DE DEMANDA

COLETA DE INFORMAÇÕES E PREVISÃO DE DEMANDA COLETA DE INFORMAÇÕES E PREVISÃO DE DEMANDA 1) Quais são os componentes de um moderno sistema de informações de marketing? 2) Como as empresas podem coletar informações de marketing? 3) O que constitui

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Marketing de Serviços e de Relacionamento. MBA em Gestão de Marketing Prof.: Alice Selles

Marketing de Serviços e de Relacionamento. MBA em Gestão de Marketing Prof.: Alice Selles Marketing de Serviços e de Relacionamento MBA em Gestão de Marketing Prof.: Alice Selles AS EXPECTATIVAS DO CLIENTE COM O SERVIÇO Expectativas dos clientes São crenças acerca da execução do serviço que

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Utilização dos processos de RH em algumas empresas da cidade de Bambuí: um estudo multi-caso

Utilização dos processos de RH em algumas empresas da cidade de Bambuí: um estudo multi-caso III Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí II Jornada Científica 9 a 23 de Outubro de 200 Utilização dos processos de RH em algumas empresas da cidade de Bambuí: um estudo multi-caso Sablina

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar

Leia mais

6 Conclusão. 6.1. Conclusão. 6.1.1. Resultados finais. 6.1.1.1. Resultados diretos

6 Conclusão. 6.1. Conclusão. 6.1.1. Resultados finais. 6.1.1.1. Resultados diretos 6 Conclusão Neste capitulo será feita conclusão do trabalho descrevendo os resultados diretos e indiretos da pesquisa. Adicionalmente, serão feitas sugestões para o aprofundamento no presente texto e a

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE ESTUDO DE BENCHMARKING EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 2009 Brasil Uma realização dos Chapters Brasileiros do PMI - Project Management Institute PMI-SP PMI-RJ PMI-AM PMI-SC PMI-BA ANEXO 1 PMI-RS PMI PMI-CE

Leia mais

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ Acadêmica de Administração Geral na Faculdade Metropolitana de Maringá /PR - 2005 RESUMO: A atividade comercial

Leia mais

RETORNO EM EDUCAÇÃO CORPORATIVA DEVE SER MENSURADO

RETORNO EM EDUCAÇÃO CORPORATIVA DEVE SER MENSURADO RETORNO EM EDUCAÇÃO CORPORATIVA DEVE SER MENSURADO Apesar de as empresas brasileiras estarem despertando para o valor das ações de educação corporativa em prol dos seus negócios, muitos gestores ainda

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 5.1 Conclusão

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 5.1 Conclusão 97 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 Conclusão Este estudo teve como objetivo final elaborar um modelo que explique a fidelidade de empresas aos seus fornecedores de serviços de consultoria em informática. A

Leia mais

4 Análise dos Resultados

4 Análise dos Resultados 55 4 Análise dos Resultados Este capítulo apresenta os resultados obtidos a partir de survey realizada com jovens universitários chilenos. Para compor a base de dados, foram utilizadas as respostas de

Leia mais

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE PRIAD: COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE 1 Data de entrega até 16/09/2015 As questões objetivas só possuem uma alternativa correta: respostas a lápis ou rasuradas serão desconsideradas. Não use

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO:

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO: Fichamento / /2011 MOTIVAÇÃO Carga horária 2 HORAS CONCEITO: É o desejo de exercer um alto nível de esforço direcionado a objetivos organizacionais, condicionados pela habilidade do esforço em satisfazer

Leia mais

A ITIL e o Gerenciamento de Serviços de TI

A ITIL e o Gerenciamento de Serviços de TI A ITIL e o Gerenciamento de Serviços de TI A era da informação Informação, palavra derivada do verbo latim "informare", que significa "disciplinar", "ensinar", "instruir", juntamente com o seu significado

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx Araçatuba SP 2012 O Marketing Educacional aplicado às Instituições

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

Lean Seis Sigma e Benchmarking

Lean Seis Sigma e Benchmarking Lean Seis Sigma e Benchmarking Por David Vicentin e José Goldfreind O Benchmarking elimina o trabalho de adivinhação observando os processos por trás dos indicadores que conduzem às melhores práticas.

Leia mais

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia. XIV Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação - Região Sul - Florianópolis - 28 de abril a 01 de maio de 2012 RESUMO OBSERVATÓRIO DE

Leia mais

Planejamento de Marketing

Planejamento de Marketing PARTE II - Marketing Estratégico - Nessa fase é estudado o mercado, o ambiente em que o plano de marketing irá atuar. - É preciso descrever a segmentação de mercado, selecionar o mercado alvo adequado

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

Governança de T.I. Professor: Ernesto Junior Aula IV Unidade II E-mail: egpjunior@gmail.com

Governança de T.I. Professor: Ernesto Junior Aula IV Unidade II E-mail: egpjunior@gmail.com Governança de T.I Professor: Ernesto Junior Aula IV Unidade II E-mail: egpjunior@gmail.com Governança de TI Os modelos atuais para governança partem de processos empresariais serviços prestados, modelos

Leia mais

Como Selecionar Projetos Seis Sigma

Como Selecionar Projetos Seis Sigma Como Selecionar Projetos Seis Sigma Cristina Werkema Etapas do processo de seleção A definição dos projetos a serem desenvolvidos pelos Black Belts e Green Belts é uma das atividades mais importantes do

Leia mais

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking David Vicentin e José Goldfreind Benchmarking pode ser definido como o processo de medição e comparação de nossa empresa com as organizações mundiais best-in-class.

Leia mais

Processo de Negociação. Quem somos. Nossos Serviços. Clientes e Parceiros

Processo de Negociação. Quem somos. Nossos Serviços. Clientes e Parceiros Quem somos Nossos Serviços Processo de Negociação Clientes e Parceiros O NOSSO NEGÓCIO É AJUDAR EMPRESAS A RESOLVEREM PROBLEMAS DE GESTÃO Consultoria empresarial a menor custo Aumento da qualidade e da

Leia mais

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação O artigo fala sobre os vários aspectos e desafios que devem ser levados em consideração quando se deseja transformar ou fortalecer uma cultura organizacional, visando a implementação de uma cultura duradoura

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 Os primeiros passos do SAC 2.0 da TAM A trajetória da TAM sempre foi guiada pela disponibilidade de servir seus clientes; nas redes sociais, essa filosofia não poderia

Leia mais

Prof: Carlos Alberto

Prof: Carlos Alberto AULA 1 Marketing Prof: Carlos Alberto Bacharel em Administração Bacharel em Comunicação Social Jornalismo Tecnólogo em Gestão Financeira MBA em Gestão de Negócios Mestrado em Administração de Empresas

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN Paula Gurgel Dantas 1, Andréa Kaliany

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Revisitando os Desafios da Web: Como Avaliar Alunos Online

Revisitando os Desafios da Web: Como Avaliar Alunos Online Revisitando os Desafios da Web: Como Avaliar Alunos Online Neide Santos neide@ime.uerj.br 2º Seminário de Pesquisa em EAD Experiências e reflexões sobre as relações entre o ensino presencial e a distância

Leia mais

O que é? pode ser chamado de Recrutamento e Seleção.

O que é? pode ser chamado de Recrutamento e Seleção. Processo Seletivo O que é? O Processo Seletivo é um conjunto de técnicas e instrumentos, empregados para avaliação de materiais, técnicas ou candidatos visando identificar as habilidades, tendências e

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM

AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM MARÇO/ABRIL/2012 Considerações sobre as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Resolução CNE/CEB

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Turma de intercâmbio FAPPES na McGill University - Canadá

Turma de intercâmbio FAPPES na McGill University - Canadá Turma de intercâmbio FAPPES na McGill University - Canadá O Programa Futuro Executivo da FAPPES foi concebido para mudar sua vida Se você possui um perfil diferenciado e deseja estudar no exterior, esse

Leia mais

Controle ou Acompanhamento Estratégico

Controle ou Acompanhamento Estratégico 1 Universidade Paulista UNIP ICSC Instituto de Ciências Sociais e Comunicação Cursos de Administração Apostila 9 Controle ou Acompanhamento Estratégico A implementação bem sucedida da estratégia requer

Leia mais

Os desafios para a inovação no Brasil. Maximiliano Selistre Carlomagno

Os desafios para a inovação no Brasil. Maximiliano Selistre Carlomagno Os desafios para a inovação no Brasil Maximiliano Selistre Carlomagno Sobre a Pesquisa A pesquisa foi realizada em parceria pelo IEL/RS e empresa Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação durante

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

Ponto de vista. Metodologia para um índice de confiança. E expectativas das seguradoras no Brasil

Ponto de vista. Metodologia para um índice de confiança. E expectativas das seguradoras no Brasil Ponto de vista 40 Metodologia para um índice de confiança E expectativas das seguradoras no Brasil Francisco Galiza Em 2012, no Brasil, algumas previsões econômicas não fizeram muito sucesso. Por exemplo,

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Comunicação Digital Empresarial MANUAL DO CURSO

Comunicação Digital Empresarial MANUAL DO CURSO Comunicação Digital Empresarial MANUAL DO CURSO ESPM Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana São Paulo - SP Informações Central de Relacionamento: (11) 5081-8200 (opção 1) Segunda a sexta 9h às 20h45 Sábado

Leia mais

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes PROPOSTA TÉCNICA COMERCIAL Versão 2.0 Setembro de 2014 Agosto de 2008 Índice ÍNDICE...2 1. CONTEXTO...3 2. VISÃO, ESCOPO E ATIVIDADES DESTE PROJETO...5

Leia mais

A Satisfação do Cliente no Sector dos Seguros

A Satisfação do Cliente no Sector dos Seguros A Satisfação do Cliente no Sector dos Seguros Introdução Num contexto de uma economia de mercado em acelerada mudança, afigura-se fundamental que as empresas em geral, e em particular o sector segurador,

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo 1) Definições de Previsão de Demanda 2) Mercados 3) Modelo de Previsão 4) Gestão da Demanda 5) Previsão como Processo

Leia mais

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3.

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1 Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. 1 Pesquisa realizada no curso de Administração da Unijuí 2 Aluna

Leia mais

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra: MBA Pós - Graduação QUEM SOMOS Para pessoas que têm como objetivo de vida atuar local e globalmente, ser empreendedoras, conectadas e bem posicionadas no mercado, proporcionamos uma formação de excelência,

Leia mais