A ANM E AS DEMAIS AGÊNCIAS REGULADORAS

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1 A ANM E AS DEMAIS AGÊNCIAS REGULADORAS AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA MINERAL BRASILEIRA-ADIMB VII ENCONTRO DE EXECUTIVOS DE EXPLORAÇÃO MINERAL JOÃO SANTOS COELHO NETO

2 FUNÇÃO REGULADORA DO ESTADO Art.174 (CF). Como agente normativo e regulador da atividade ecpnômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento... O QUE SE ENTENDE POR REGULAÇÃO? Controle contínuo e focado por uma agência pública sobre atividades consideradas relevantes para uma determinada comunidade. Pode incluir, igualmente, toda influência deliberada do Estado, como por exemplo, os subsídios, a taxação e quaisquer formas de controle ou influência social. A ideia não é totalmente nova no direito brasileiro: já na primeira metade do século XX, órgãos como o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), o Instituto Brasileiro de Defesa Permanente do Café (IBC), o Instituto Nacional do Mate (INM) já faziam regulação dos setores que lhe eram afetos. NÃO DEVE SER CONFUNDIDA COM REGULAMENTAÇÃO = Na conceituação do Direito Administrativo, é a atividade proveniente do Poder Regulamentar atribuído com exclusividade ao Chefe do Poder Executivo para instituir regras práticas para a execução da lei regulamentada, não podendo inovar a ordem jurídica. Regulamento, assim, é o ato administrativo normativo, veiculado geralmente sob a forma de decreto, expedido no exercício da função regulamentar, disciplinando o modo de aplicação das leis. Na prática, atualmente, esse poder vem sendo transferido às agências reguladoras, que podem regulamentar o conteúdo da própria lei que as instituiu. Em síntese, regular é fixar regras; regulamentar é observar as regras fixadas ( na lei) para estabelecer novas regras (no regulamento)

3 AGENCIA REGULADORA: Em sentido amplo, é qualquer órgão da Administração Direta ou entidade da Administração Indireta com função de regular as matérias específicas que lhe estão afetas. A partir de meados da década de 1990, foram criadas no Brasil, por influênci do direito estrangeiro, especialmente do direito norte-americano, as chamadas agências setoriais de regulação, dotadas de autonomia e especialização técnica, e com a natureza jurídica de autarquia especial. Atualmente, existem no País, dez agências reguladoras federais: (AR s), a saber: ANEEL (1996); ANATEL (1997); ANP (1997); ANVISA (1999); ANS (2000); ANA (2000); ANTT e ANTAQ (2001); ANCINE (2001) e ANAC (2005). Apenas duas dessas agências têm base constitucional; a ANP e a ANATEL. A Carta Política de 1988 fala em órgãos reguladores para os setores de telecomunicações (art.21, inc.xi) e de petróleo e gás (art.177, 2º, inc.iii, redação dada pela Emenda nº5, de 1995). # ANEEL: O projeto de lei enviado ao Congresso Nacional em 1995 propunha a criação da agência sob o modelo de autarquia convencional, sem autonomia decisória nem os demais requisitos que assinalam as agências reguladoras. A transformação operou-se por ação dos legisladores. ## ANCINE: Única agência dentre as atualmente existentes criada por intermédio de Medida Provisória, suas atribuições, mais de fomento do que de regulação da atividade, não parecem justificar, sob este aspecto, o formato de agência reguladora.

4 No nível federal, há autarquias cujas funções são típicas de agências reguladoras, mas que não foram instituídas como tal (e.g. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Paralelamente, existem autarquias que não possuem as características de agências, mas foram criadas com essa denominação: é o caso da Agência Espacial Brasileira (AEB), da Agência para o Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e da Agência para o Desenvolvimento do Nordeste (ADENE). E até a um órgão da administração direta conferiuse, esdruxulamente, esse nome: a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Têm-se multiplicado no País agências reguladoras estaduais e municipais: algumas, para a regulação do conjunto de serviços públicos delegados; outras, para setores específicos, mormente energia elétrica, água e saneamento básico.

5 ALGUNS MARCOS DA EVOLUÇÃO AS AGÊNCIAS REGULADORAS NO BRASIL Criação das agências por leis esparsas que não seguiram um modelo comum no tocante à estrutura, competência e demais características. Inexistênca de uma lei geral que fixe as regras a serem seguidas na conformação das agências reguladoras Questionamentos sobre o desenho adotado, especialmente no que tange à autonomia das AR s, com impacto direto nas relações com os Ministérios formuladores das políticas setoriais. Relatório de avaliação produzido em 2003 pela Casa Civil da PR Identificação da necessidade de se propor ampla reforma sobre a modelagem das AR s Encaminhamento ao Congresso Nacional do PL nº 3.337, de 2004, retirado de tramitação em Apresentação de nova proposição legislativa em 2013 pelo Senador Eunício de Oliveira, já aprovada no Senado.

6 FEIÇÕES CARACTERÍSTICAS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Mandato fixo dos dirigentes, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal Dirigentes estáveis, protegidos contra o desligamento imotivado (perda do cargo apenas pelo encerramento do mandato, por renúncia e em razão de sentença judicial transitada em julgado) Autonomia político-administrativa, financeira, patrimonial e de gestão dos recursos humanos Especialização técnica Decisões adotadas em regime de colegiado Transparência de gestão

7 FEIÇÕES CARACTERÍSTICAS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS (II) Realização de audiências e consultas públicas Exercício de amplo poder normativo, fiscalizatório e sancionatório Razoável margem de independência em relação aos três Poderes do Estado : as AR s possuem poderes quase-legislativos, quase-judiciais e quase-regulamentares Valorização das atividades de mediação e arbitragem como forma de solução de conflitos entre os agentes do setor regulado e a Estado regulador.

8 PRINCIPAIS PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS NO MODELO DE AGÊNCIAS REGULADORAS Risco de captura pelos agentes de mercado Insuficiência dos instrumentos de controle social e de gestão Inadequação dos quadros de pessoal Nível de transparência insuficiente (ausência de mecanismos de prestação de contas mais efetivos ao Legislativo, ao Executivo e à própria sociedade)

9 PRINCIPAIS PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS NO MODELO DE AGÊNCIAS REGULADORAS Diversidade e heterogeneidade dos marcos legais Ingerência política exagerada, por meio de, dentre outras ações,: 1. contingenciamento de recursos financeiros 2. morosidade no processo de nomeação dos dirigentes, travando atuação das agências 3.nomeação de dirigentes sem observância dos necessários critérios técnicos.

10 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DO MODELO Imposição de padrões de maior neutralidade e profissionalismo na escolha e nomeação dos dirigentes, reduzindo-se seu grau de politização Definição clara dos limites da autonomia das AR s e alinhamento com a autoridade e a legitimidade política do Poder Executivo no exercício de suas funções de supervisão ministerial e de formulação de políticas

11 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DO MODELO Garantia de recursos financeiros adequados e estáveis, menos suscetíveis às medidas de contingenciamento Busca de mecanismos eficientes e sistemáticos de controle e prestação de contas que sejam capazes de aumentar a eficiência da regulação e de minimizar o risco de captura econômica (pelos agentes produtivos) ou política (pelo Governo) Aperfeiçoamento dos instrumentos de coordenação e supervisão na área pública e implementação, de forma ampla, do mecanismo de Análise de Impacto Regulatório, como ferramenta eficaz de elevação da qualidade da regulação.

12 BREVES COMENTÁRIOS SOBRE A AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO ANM O processo decisório de criação da ANM foi excessivamente longo por absoluta falta de vontade política do Executivo, provocando desgaste desnecessário para todos os envolvidos servidores, agentes públicos, entidades. ANM irá beneficiar-se da experiência vivida pelas outras agências Contornos modernos atribuídos à nova agência no ato de criação são prenúncio de que a ANM poderá desempenhar importante papel para o desenvolvimento do setor

13 BREVES COMENTÁRIOS SOBRE A AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO ANM Relacionamento com o minerador pautar-se-á pela absoluta transparência no processo de outorga da titulação minerária e de elaboração das normas legais especializadas, que afetam diretamente o setor. O instrumento da Análise do Impacto Regulatório desempenhará papel fundamental na elevação da qualidade da regulação ANM deverá ensejar a redução dos chamados front-end costs da atividade mineral, em função do novo modelo de gestão pública do setor de mineração

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