Diretrizes do Trabalho Social em Rede. Maria do Carmo Brant Carvalho

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1 Diretrizes do Trabalho Social em Rede Maria do Carmo Brant Carvalho Abril

2 Mobilizar e articular redes sociais Trabalho social integrado em programas habitacionais Maria do Carmo Brant de Carvalho 1. Concepção - trabalho social integrado na condução de empreendimentos habitacionais O termo trabalho social foi utilizado tradicionalmente para referir-se à ação social realizada diretamente no território, intervenção no terreno quando da implantação de programas sociais. Constitui-se em mediação necessária à implementação territorializada de projetos da política social, instalando canais de comunicação e participação entre os moradores do território e a política pública em implementação. O trabalho social é hoje re-valorizado porque tornou-se cada vez mais claro que a baixa efetividade de programas sociais - na sociedade complexa em que vivemos - tem a ver com descuidos na articulação dos serviços no território assim como negligências na busca de adesão e participação das populações a que se destinam. Mais que isso, o trabalho social é reivindicado a implantar processos produtores de mudanças substantivas, que se deseja junto à população em situação de pobreza e vulnerabilidade social. Em outras palavras, quer-se o desenvolvimento de capacidades dos cidadãos usuários da política assim como fortalecimento da coesão social. Como exemplo, citamos trechos do edital de concorrência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), para a contratação de gerenciadora de trabalho social, de 2010: Compreende-se como seus componentes o trabalho social na implantação de empreendimentos habitacionais, urbanização de assentamentos precários, erradicação e reassentamento de famílias de áreas de ocupações inadequadas, irregulares e em situação de risco e com alto grau de degradação ambiental, até o término do processo de regularização fundiária. Objetiva, também, ações de fomento ao desenvolvimento local, organização sócio-comunitária, sócio-educativa e de geração de trabalho e renda, com vistas à sustentabilidade sócio-ambiental e econômica, o incremento da qualidade de vida dos moradores. 2

3 Os serviços compreendem: (i) a elaboração de um Plano de Trabalho Técnico Social (PTTS); (ii) a elaboração de um Diagnóstico Social; (iii) o suporte à intervenção física; (iv) o fomento ao desenvolvimento local e organização sócio-comunitária incluindo a implantação de projetos socioambientais (setores de urbanização, conjuntos habitacionais e setores com características rurais); (v) a promoção da inclusão social/geração de renda (setores de urbanização, conjuntos habitacionais e setores com características rurais) e a gestão condominial (conjuntos habitacionais); e (vi) o monitoramento e avaliação. 2. Alguns conceitos na gestão e ação pública contemporânea São novos os valores sociopolíticos que pressionam gestores públicos a inovar arranjos e desenhos da política e programas sociais. Orientam estas inovações propostas de: políticas fundamentadas na lógica da cidadania, mas com clara direção em favor de ações integradas em torno do cidadão e do território como eixos de um desenvolvimento sustentável. foco no território e em suas populações como portadoras de identidades, saberes, experiências e projetos de futuro que precisam ser reconhecidos no fazer dos serviços. Os cidadãos querem dos serviços públicos abertura para sua participação. rompimento com a ênfase nas vulnerabilidades e carências da população, apostando-se, ao contrário, no reconhecimento e destaque de suas potencialidades e fortalezas. novas relações entre estado e sociedade civil para recuperar a confiança social perdida 1 1 Uma das atribuições inerentes ao papel do Estado é desenvolver a confiança social pública. Os agentes dos serviços públicos têm uma atribuição nobre que é a de gerar confiança social pública. Quando a confiança social está perdida, o serviço perde igualmente seu atributo principal que é o de qualificar a cidadania, processando uma atenção emancipadora. A confiança é a própria potência, a própria força ou o trampolim que nos impulsiona mais adiante.( Teixeira, 2006) 3

4 A gestão pública modificou-se nos últimos 20 anos. Costumamos dizer que a gestão da política pública tornou-se complexa, obedece às consignas gestoras de descentralização, territorialização da política, autonomia dos serviços e participação deliberativa da sociedade (prescritas na Constituição Federal de 1988 e leis infraconstitucionais) e outras, como a intersetorialidade, derivadas das pressões mais recentes na busca da efetividade da política. Tanto a intersetorialidade na condução da ação pública, quanto o principio de compartilhar ações com organizações da sociedade civil são uma conseqüência das demandas colocadas ao Estado na gestão da ação pública. Na trajetória recente da política social constata-se que nenhuma política de per si ganha efetividade social. Nenhum serviço pode tudo! Carece de complementaridades multisetoriais. Da mesma forma carece da participação das redes sociais; já não é possível trabalhar sem o consórcio de várias redes sociais presentes no território. Os serviços estão no território, pertencem à comunidade e, portanto devem operar de forma integrada e articulada aos vários sujeitos e espaços de convivência, interlocução e aprendizagem existentes no território com o propósito de ampliar e otimizar as oportunidades de pertencimento e inclusão social de seus habitantes. Nesta nova compreensão, a gestão da política pública é chamada a imprimir sistemas abertos de coordenação e conduzir ações articuladas em redes multiinstitucionais e intersetoriais, com vistas a mobilizar vontades, induzir, pactuar e fazer acontecer processos e ações de maior densidade e maior impacto na vida do cidadão. Em síntese, houve uma redefinição conceitual e operativa das políticas sociais: Integralidade na formulação das políticas, e transversalidade como lógica de implementação, abertura à participação; redefinição da dimensão substantiva das políticas voltada a reduzir desigualdades sociais e a promover a inserção social em suas múltiplas dimensões. (Gomà, 2004) Estas são as consignas para o desenvolvimento da política pública no século 21. O trabalho social converge, então, para propostas hoje consideradas estratégicas no enfrentamento das desigualdades sociais: Agir no território e com o território Agir com um conceito integrador e articulador do conjunto de programas, serviços e benefícios das diversas políticas setoriais; agir em redes; 4

5 Agir potencializando os aportes culturais que podem mover mudanças. Agir fortemente no fortalecimento de vínculos sociorelacionais, competência comunicativa e participação Agir no território e com o território significa partir das identidades locais, das vocações e contexto local e com a máxima participação e autoria dos grupos locais. As populações de um território conformam vínculos relacionais de proximidade, tecidos em redes sociais. Tais redes sociais ocorrem no território de moradia, mas igualmente podem ocorrer em territórios que extrapolam o da moradia. Essa é a diferença num mundo de alta mobilidade e de conexões virtuais, não só presenciais. Solidariedade, vizinhança e parentesco são apenas alguns dentre os muitos padrões possíveis das redes sociais que mobilizam o fluxo de recursos entre inúmeros indivíduos. (Costa, 2000) 3. Transversalidade: Ação inter institucional, inter setorial e interdisciplinar Em vez de uma inteligência que separa o complexo do mundo em pedaços isolados, fraciona os problemas e unidimensionaliza o multidimensional, como afirma Edgar Morin, precisamos de uma perspectiva que integre, organize e totalize. Só assim teremos como aproveitar de modo pleno as inúmeras possibilidades de compreensão e reflexão propiciadas pela evolução geral dos conhecimentos (Nogueira: 2001:35). Intersetorialidade e transvesalidade na condução da política social exigem a adoção de metodologias de ação em rede para agregar diversos serviços, projetos, sujeitos e organizações no âmbito do território. A gestão assentada em redes altera o modo de atuação dos profissionais da ação pública. Há novas habilidades e competências em discussão - competência comunicativa e relacional, competência articuladora - assentadas em um olhar multidimensional. Comunicação e articulação são indispensáveis ao trabalho social em rede, costura a oferta de oportunidades e de relações no território; conjuga e integra a população-alvo a uma cadeia de programas e serviços ligados entre si. 5

6 Exige forte investimento no planejamento de ações conjuntas, além de requerer um esforço por parte de cada um dos parceiros em compartilhar princípios e objetivos comuns, agregando valor às diversas ações desenvolvidas num programa movido em rede. Não basta sermos bons pedagogos, assistenciais sociais, engenheiros: precisamos ganhar competências comunicativas, relacionais, articuladoras e saber somar competências e habilidades. As equipes interdisciplinares são hoje valorizadas não mais por atuarem na particularidade e expertise disciplinar, mas para compartilhar e integrar uma perspectiva multidimensional. Ou seja, não se quer mais um profissional unidimensional e incapaz de fazer as conexões entre diversas expertises disciplinares; é preciso integrar e misturar conhecimentos e habilidades para produzir a recuperação da totalidade. 4. O trabalho social incorpora uma agenda de desenvolvimento local, integrado e sustentável. Atualmente, não se focaliza apenas a moradia sob pena de não se garantir sua plena apropriação com inserção das familias na malha socioeconômica territorial. A equação trabalho social e desenvolvimento local articula ações e protagonismos locais de forma a gerar impactos na circulação da economia, na geração de trabalho e renda, na valorização do meio ambiente, na melhor qualidade de vida de sua população, no adensamento da esfera pública e no exercício do controle social e democratização da coisa pública. Transforma comunidades demandantes em comunidades empreendedoras. Promove alternativa para geração de oportunidades culturais e de trabalho aproveitando vantagens competitivas locais e as energias endógenas da comunidade. Desenvolve parcerias estreitas entre os diversos grupos de interesse (organizações comunitárias, produtores locais...), governo, sociedade e mercado. Instaura novos valores e padrões de comportamento sócio político: transparência, controle social, ética e participação Assim, os objetivos do trabalho social são: 1. fortalecer a autoria das comunidades; 6

7 2. priorizar a sustentabilidade, isto é, mobilizar vontades e desenvolver a confiança de todos na mudança coletiva; 3. construir uma governança local competente para ouvir e atender as demandas, definir prioridades, estimular a ação cívica comunitária e o empreendedorismo econômico e social. 4. revitalizar o acesso aos serviços e oportunidades locais assim como maior inserção na economia local 5. Para saber mais: o que são redes? O conceito de rede traduz na atualidade um conceito que propõe inovação radical no modo de gestão social pública. Introduz novos valores, habilidades, processos necessários à condução do trabalho social numa realidade que é complexa, pois não basta mais atuarmos num ponto sem abrir outros pontos e nós, somando e integrando competências e intervenções. (Isa Guará, 2009) As redes conformam uma teia de vínculos, relações e ações entre indivíduos e organizações. As redes se tecem e se dissolvem continuamente em todos os campos da vida societária. Elas estão presentes na vida cotidiana - nas relações de parentesco, nas relações de vizinhança, nas relações comunitárias -, no mundo dos negócios, na vida pública e entre elas. As redes podem assumir características mais duradouras ou efêmeras, vínculos mais densos ou mais tênues, simples ou complexos. No passado, o conceito de rede já era utilizado na gestão dos serviços sociais públicos. Acompanhava o modelo da época, de gestão centralizada, setorial e caracterizada pela hierarquização e padronização na oferta de serviços. Falávamos em rede escolar, rede de unidades básicas de saúde, rede hospitalar, todas elas, no geral, subordinadas a uma organização mãe. A rede era então percebida como uma cadeia de serviços similares tal qual na gestão empresarial. Assim, o termo rede não é novo, mas na vida contemporânea expressa um novo conceito. Democracia e novos valores e comportamentos societários enfraqueceram as estruturas hierárquicas verticais, e as substituíram por uma estrutura flexível e horizontal; antes uma ligação entre iguais, hoje uma relação entre diferentes. 7

8 Atualmente, a utilização do conceito de rede ajuda a caracterizar a sociedade contemporânea e os novos modelos de gestão dos negócios privados ou públicos, em escala local ou global. Para alguns estudiosos, a sociedade contemporânea conformase como sociedade em rede (Manuel Castells, 1998; Ruth Cardoso, 2001; G.Dupas, 2003). Redes são um modo de representação das inter-relações e conexões de como se expressa a complexidade. Não vivemos mais uma sociedade simples. Não enfrentamos mais variáveis simples. Os fatos são multicausais e multidependentes entre si. A própria sociedade civil se comporta como uma sociedade rede. As redes no tempo contemporâneo usufruem, em sua formulação, dos avanços tecnológicos, digitais e de linguagens multimídias que agilizam e ampliam os fluxos de informação e comunicação entre seus integrantes. 6. Trabalho social: três dimensões interdependentes de ação Gestão, fortalecimento das redes sociais locais, ação sócio informacional (educativa) direta com os moradores e comunidades são as três dimensões interdependentes do trabalho social Gestão A gestão assegura os fluxos de ação inerentes ao trabalho social; percorre todo o trabalho social agregando suporte às intervenções físico-habitacionais e as de fortalecimento socioeconômico dos moradores e do território. Implica em gestão e relações de proximidade para fincá-lo no território e nos seus grupos de pertença. Nas intervenções de caráter social há que se considerar contextos de implementação de programas em um território já habitado que possui identidade, histórias, relações, necessidades e demandas; portanto, exige o reconhecimento de identidades e trajetórias; exige interlocução com ações simultâneas desenvolvidas por vários outros setores e sujeitos sociais no mesmo território. (Gatti, 2004) O trabalho social oxigena seus processos de ação no contexto e conjuntura das comunidades e nas próprias demandas e potências de seu público-alvo. Uma boa gestão assenta-se em diagnóstico social, em planejamento e implantação do projeto habitacional. 8

9 Estas tarefas não se fazem apenas no escritório; ao contrário, envolvem embeber-se da conjuntura local. Estar com e no terreno da ação. Também é importante destacar que estas fases ocorrem de forma interdependente e, não, totalmente seqüencial. As situações são complexas e, nelas, se ganha conhecimento por aproximações cumulativas em forte diálogo com moradores e grupos locais. O diagnóstico não é apenas uma síntese dos indicadores sociais que a realidade local revela. Tais indicadores são imprescindíveis, mas não suficientes. É preciso simultaneamente um conhecimento vivo do local: seus bens intangíveis, vínculos, saberes e ativos culturais, econômicos e sociais. Recomenda-se: 1. Conhecer in loco as populações que serão afetadas pela intervenção habitacional e urbanística; 2. apresentar o projeto habitacional que se pretende realizar como mediação necessária à produção do diagnóstico social estimulando a população na revelação de suas condições de vida. Só nessa medida um diagnóstico social ganha cor e identidade local. 3. Identificar as redes existentes. A cartografia permite reconhecer os vínculos sócio relacionais no território, as redes sócio comunitárias já existentes, a rede de serviços públicos já instalados e utilizados pela população local. Estamos chamando de redes os diversos grupos constituídos no local, isto é, grupos com vínculos sócio relacionais no território. Integram esta rede os grupos de moradores ou de representação de moradores (associações de moradores), grupos de militância local religiosa de várias igrejas, militância política, APMs das escolas do território, jovens, organizações comunitárias de proteção ou desenvolvimento social; rede de agentes de serviços alocados no território (educação, saúde, assistência social, esporte...); agentes comunitários de saúde, rede de empreendedores local (desde as grandes empresas industriais ou de serviços até os pequenos empreendedores instalados nas vias locais). As redes sociais expressam o grau de coesão e confiança social de seus habitantes. Significam o capital social acumulado pelos mesmos. Redes e vínculos de proximidade presentes no território produzem o que chamamos de potência da comunidade: coesão e confiança social. Por isso mesmo precisamos conhecer e avaliar o grau de coesão intra-rede e entre redes que se movimentam no território. 9

10 Moradores são vulneráveis quando possuem poucos vínculos e conexões no micro território que habita, na cidade e mesmo fora da cidade. Moradores com um número maior de vínculos, independente de sua baixa renda e condições precárias de moradia, estão mais potentes para caminhar com autonomia. Condições de eficácia na produção de um diagnóstico participativo: Revelar, na condução do processo, ao menos três dimensões: o social com seus usos; o sensível com suas ambiências; o construído e sua funcionalidade Os habitantes e usuários do território precisam ser estimulados, pois no geral, possuem dificuldade de expressão das qualidades latentes de seu lugar, das competências e do savoir faire local; tampouco possuem canais adequados para a expressão de idéias que devem ser apropriadas pelo coletivo; Buscar o olhar não da queixa ou da carência, mas da produção de um projeto; Produzir sínteses diagnósticas para os moradores e redes sociais do território. O próprio diagnóstico precisa ser legitimado pelos habitantes do território; Disponibilidade e uso de meios de comunicação com os habitantes: cartas de informação do governo municipal, jornal local; uso de locais públicos diversos para realização de oficinas/reuniões de troca e de exposição de fotos e depoimentos; fixação de cartazes; uso de sites web, entre outros; Identificar e envolver os grupos de interesse (stakeholders) da sociedade civil, do governo, da iniciativa empresarial - endógenos ao local ou exógenos envolvidos com o local; Gestão na implantação do empreendimento habitacional O cadastro Nesta fase, realizamos o cadastramento das famílias a serem atingidas pelo empreendimento habitacional e o usamos para igualmente veicular informações. O cadastro é fundamental, mas se não é acompanhado da troca de informações 10

11 perdemos uma grande oportunidade de conhecimento diagnóstico cumulativo e, sobretudo, de ganhos de adesão à intervenção habitacional. É imprescindível a disseminação de informações indutoras de adesão e participação da comunidade no alcance dos objetivos propostos. Na implantação de qualquer projeto social é necessário fornecer informações pela via de canais acessáveis pela população e pelas redes sociais; muitas vezes esta informação se produz no boca a boca entre moradores e instituições locais. O cadastro pode se servir a fornecer informações não apenas junto aos moradores, como também junto aos serviços das demais políticas e redes de organizações da sociedade civil que devem dominar as informações para poderem socializá-las no território. Não é tarefa simples informar: as informações precisam ser decodificadas e ganhar sentido para serem apropriadas. Quando apropriadas as informações pelos moradores, a participação ocorre quase naturalmente. Por isso a insistência no desenvolvimento da fluência comunicativa. Uma informação é decodificada quando é argumentada e expressa pelos próprios públicos alvo da informação. A escuta Na implantação estamos igualmente atentos à escuta e ao envolvimento das redes vinculadas ao território e ao projeto urbanístico habitacional. As redes É importante acionar diferentes redes. São múltiplas as redes existentes num mesmo território. Algumas são importantes nas fases iniciais de implementação de novo programa habitacional; outras na consolidação do programa; outras ainda durante todo o programa. Porém, para a mobilização de redes ser eficaz é necessário apresentar nosso plano de ação no perímetro a um vasto conjunto de serviços, organizações e lideranças locais. E é importante contar com a presença de autoridades que estimulem a confiança no comprometimento do trabalho social em rede. É importante ainda introduzir micro intervenções que fortaleçam o cuidado com o território, a fruição e o prazer em lá viver. Este talvez seja um bom caminho para conquistar a maior coesão social e qualidade de vida. No território encontramos dois tipos de redes: redes sociais de proximidade, que integram tantos os serviços públicos (escolas, unidade básicas de saúde, centros 11

12 esportivos, CRAs...) quantos os de iniciativa privada (centros culturais, esportivos, lanhouses...), quanto as organizações comunitárias, grupos informais, pastorais e associações de bairro, os próprios moradores, etc. E as chamadas redes de poder compostas por gestores públicos, agentes empresários com intervenção local, e alguns mais variados stakeholders com capacidade de financiamento, apoio a intervenções locais, animação comunitária, insumos... São estes que simultaneamente temos que mobilizar e buscar adesão para ações no âmbito do perímetro ampliando o capital social e cultural e ganhos de qualidade de vida junto à população local. As redes de proximidade são trabalhadas por micro territórios (e não por categorias); as redes de poder são trabalhadas no seu conjunto no perímetro. Com quaisquer das redes, a perspectiva é ativar suas potencias e produzir metas comuns de ação no local. Ações de advocacy e de emancipação social junto aos moradores e comunidades territoriais são requeridas em empreendimentos habitacionais. Designamos por muito tempo estas ações como sócio educativas junto a população no processo de intervenção habitacional. Esta designação não é suficientemente clara; não corresponde exatamente ao fazer social implicado na produção habitação conjugada a melhoria na qualidade de vida da população Como já dito anteriormente, o trabalho social em empreendimentos habitacionais promove um conjunto diversificado de ações que visam assegurar informações e participação; acionar múltiplas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de capacidades substantivas dos moradores do território condição necessária para que grupos da população em situação de vulnerabilidade possam se apropriar dos novos bens habitacionais -, dinamizar e promover maior organização comunitária para fortalecer a coesão social e desenvolver autonomias para manter e gerir as melhorias habitacionais, urbanísticas e ambientais produzidas. As ações diretas junto aos moradores destinam-se a conhecer, cadastrar, informar, criar empatias, sinergias, confiança, assim como mediar o desenvolvimento de capacidades substantivas desta população pela via do consórcio de serviços instalados no território. As ações dos profissionais dos programas de habitação não substituem as ações dos demais programas ou serviços do território (não fazem o esporte, ou a educação, a capacitação de trabalhadores,ou a geração de renda...). Mas agem na mediação entre os serviços e os moradores para assegurar um efetivo acesso e 12

13 desenvolvimento de oportunidades formativas e emancipadoras. Fazem advocacy social. Tem a perspectiva de criar junto aos moradores fluxos comunicativos de natureza sociocultural e educativa necessários ao menos por dois grandes motivos: conquistar a confiança social pública sobre as intervenções habitacionais e, agir na redução das enormes e persistentes desigualdades sociais. Aportes sócio-educativos e culturais incorporaram-se à agenda da política e dos serviços para se obter aproximação, diálogo e engajamento de comunidades e beneficiários da política pública. Nenhuma política social escapa da adoção de processos de mediação consubstanciados em práticas sócio-educativas e socioculturais, - desde empreendimentos de habitação de interesse social, qualificação para o trabalho, educação, saúde, lazer, sustentabilidade ambiental, entre outras. As ações diretas junto às famílias e moradores são múltiplas: desde as referentes ao cadastro, a informação, adesão e participação das famílias até aquelas que compõem o que aqui chamamos de defesa social - acesso e fruição de oportunidades referidas ao desenvolvimento de capacidades, fluência comunicativa, geração de emprego e renda, sustentabilidade ambiental. Há aqui uma dupla e convergente ação: junto às famílias/moradores e junto ao território/comunidade visando sua dinamização e organização. Nos territórios de intervenção habitacional de interesse social (favelas, cortiços, casas precárias...) os maiores desafios advêm das vulnerabilidades sociais, de vínculos relacionais restritos e guetificados. Nas grandes cidades, como São Paulo, os pobres habitam as periferias, sofrem todo tipo de desqualificação e experimentam todas as formas de diminuição de sua potência enquanto indivíduos e coletivos (Teixeira, 2008). Moram quase sempre em bairros marcados pela escassez de infra-estrutura econômica, urbana e de serviços; não possuem um tecido social forte capaz de induzir seu próprio desenvolvimento. Os vínculos de pertencimento e de relações sócio-familiares sofrem de instabilidade pela ausência de um suporte de políticas públicas de proteção social e são fragilizados pela violência, pelo medo, maus tratos decorrentes da própria condição de guetificação a que estão sujeitos. 13

14 Vivendo quase sempre fora da legalidade da cidade e da cidadania, habitam territórios clandestinos (ocupações irregulares/invasões), valem-se de gatos para usufruir da luz, trabalham no mercado informal, praticam escambo como forma de aquisição de bens de sobrevivência, não pagam impostos nem possuem seguros os pobres dependem da assistência social. Por isso mesmo, é condição necessária trabalhar os moradores e seu território como um duplo dialético. Qualquer projeto que pretenda produzir inclusão social exige uma intervenção social que alie, no processo, o binômio família-território. O território não é apenas o local de moradia e convivência, mas é o lugar onde a família tem possibilidade de fazer sua vida, e esta se realiza pelo que o território oferece ou não, como sua condição social. (IEE/ PUC-SP; Trabalho com Famílias 2004) Já é consenso de que a defesa social e emancipação destes moradores para além da escuta e participação - inclui o acesso a uma oferta básica, porém não padronizada 2, de: Serviços e processos de fortalecimento da convivência social e desenvolvimento do sentido de pertencimento às redes existentes ou a serem recriadas no território; Inclusão nos serviços das políticas públicas; Desenvolvimento de competências substantivas (ampliação de oportunidades de fluência comunicativa; ampliação do universo informacional e cultural); inclusão no circuito de relações da comunidade e da cidade de pertença; Inclusão no mundo de trabalho e renda; formações que possibilitem aumento da empregabilidade e geração de renda; implementação de arranjos produtivos locais. 2 A gestão da política na cidade é ainda fortemente centralizada e setorial restando pouco espaço para invenção de novos arranjos entre serviços nos distritos. As subprefeituras se comportam mais como zeladorias urbanas do que como promotoras de projetos urbanísticos sociais no âmbito de seu território. Não há igualmente canais consolidados de participação de seus habitantes. 14

15 Para tal vale insistir: Articular e fortalecer redes comunitárias na oferta e produção de serviços e programas sociais complementares de capacitação, entretenimento, convivência sócio-comunitária; apoio de proximidade, desenvolvimento de capacidades, empreendimentos produtivos geradores de trabalho e renda. 7. Considerações finais O trabalho social objetiva, por todo o exposto, o desenvolvimento urbanístico/habitacional, socioeconômico, cultural e ambiental como um conjunto interdependente de propósitos e ações a serem acionadas na sua totalidade. Produzir impactos efetivos e duradouros na população e território; na moradia e qualidade de conforto sócio ambiental; no aumento da renda; na inclusão de pequenos produtores nas redes e cadeias de produção e consumo; na melhoria da qualidade de vida da população local em decorrência do acesso e usufruto de serviços básicos das políticas públicas e no estabelecimento de relações mais horizontais e de cooperação entre os setores do serviço público, visando a socialização do poder. 8. Bibliografia Carvalho, M.C.B. (org. )- Teorias da ação em Debate. São Paulo, Cortez editora, 1993 GATTI, Bernadete. Avaliação de programas sociais - artigo não publicado, Dupas, G. Ética e Poder na Sociedade de Informação, São Paulo, UNESP editora, 2000 Teixeira RR As redes de trabalho afetivo e a contribuição da saúde para a emergência de uma outra concepção de público. Rogério da Costa, Noção de comunidade antes e depois da Internet, texto internet,

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