PROJETO DE ESTRADAS Pr P of o. D r D. An A d n e d r e so s n o n Man a zo n l zo i
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- Alexandre Soares Paiva
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1 PROJETO DE ESTRADAS Prof. Dr. Anderson Manzoli
2 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: É o principal parâmetro no estudo do tráfego. Por definiçãoéonúmerodeveículosquepassaporuma determinada seção de uma estrada, num determinado intervalo de tempo. O tráfego permite o estabelecimento da Classe de Projeto da Estrada e o adequado dimensionamento de todos os seus elementos. Assim, um dos principais aspectos a considerar na Classificação Técnica das Estradas é, certamente, o aspecto operacional, o qual depende, basicamente, da demanda de tráfego, ou seja, o seu volume de 2 tráfego.
3 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: 3
4 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: Classe 0 (zero) ou Especial: Corresponde ao melhor padrão técnico, com características técnicas mais exigentes, sendo sua adoção feita por critérios de ordem administrativa; trata-se de projeto de rodovia em pista dupla, com separação física entre as pistas, interseções em níveis distintos e controle total de acessos, com características de Via Expressa; 4
5 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: Classe I (um): Subdividida nas classes IA e IB; Classe IA corresponde a projeto de rodovia com pista dupla, admitindo interseções no mesmo nível e com controle parcial de acessos, sendo a definição por esta classe feita com base em estudos de capacidade de rodovias; Classe IB corresponde a projeto de rodovia em pista simples, sendo indicada para os casos em que a demanda deve atender seja superior a 200 vph ou superior a vpd, mas não suficiente para justificar a adoção de classes de projeto superiores; 5
6 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: Classe II (dois), que corresponde a projeto de rodovia em pista simples, cuja adoção é recomendadaquandoademandaaatenderéde700 vpda1.400vpd; Classe III (três), que corresponde a projeto de rodovia em pista simples, sendo recomendada para o projeto de rodovias com demanda entre 300 vpd e 700 vpd; 6
7 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: Classe IV (quatro), que é a classe de projeto mais pobre, correspondendo a projeto de rodovia em pista simples, sendo subdividida nas classes IVA e IVB; Classe IVA tem sua adoção recomendada para os casos em que a demanda, na data de abertura da rodoviaaotráfego,situa-seentre50vpde200vpd; Classe IVB reservada aos casos em que essa demanda resulte inferior a 50 vpd. 7
8 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Volume de tráfego: a) Volume Anual: quantidade total de veículos que passa numa estrada durante o período de um ano. (estimar a receita - implantação de pedágios; determinar índice de acidentes; estudar as tendências de crescimento do volume. b) Volume Médio Diário (VMD): quantidade média deveículosnumaseçãodaestrada,duranteumdia.( Uma forma:volume Anual dividido 365). Avaliar a distribuição do tráfego; medir a demanda atual de uma estrada; programação de melhorias, etc. É muito empregada, na linguagem corrente, a expressão 8 equivalente Tráfego Médio Diário.
9 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Variação do Volume de tráfego: Os fluxos de tráfego apresentam variações contínuas nos seus volumes. As variações de volume mais importantes ocorrem em função do tempo e de uma maneira cíclica. As principais variações são: a) Variações Horárias (variação durante 24h). Apresenta picos pela manhã e ao fim da tarde, coincidindo com os horários do início e fim de expediente administrativo, nas áreas urbanas. O intervalo das 12 às 14 horas também apresenta um volume relativamente alto, embora inferior aos de pico. 9
10 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Variação do Volume de tráfego: b) Variações Diárias e Semanais (ocorrem durante cada semana, conforme os dias da semana). Nas vias urbanas, os volumes diários variam pouco no curso dos dias úteis da semana, com segunda-feira e sexta-feira apresentando valores um pouco acima da média e, os mínimos volumes ocorrem nos domingos e feriados. Em vias rurais, geralmente, observa-se um comportamento inverso àquele das vias urbanas. Normalmente, os maiores volumes ocorrem nos fins de semana e feriados. 10
11 NOÇÕES DE TRÁFEGO: Variação do Volume de tráfego: c) Variações Mensais (ocorrem durante diversos meses do ano, observados mensalmente). As variações são mais sensíveis nas vias rurais do que nas urbanas, sofrendo influências da estação, período, temporada. São decorrentes, por exemplo, dos períodos de colheita, das férias escolares, etc. d) Variações Anuais (ocorrem de ano para ano). Decorrência, do desenvolvimento econômico da região, resultando no crescimento da demanda de tráfego. Poderão ser utilizadas nos estudos de projeções de tráfego para obtenção da demanda no 11 ano-horizonte de projeto.
12 NOÇÕES DE TRÁFEGO: 12
13 NOÇÕES DE TRÁFEGO: 13
14 Veículo de projeto: Uma rodovia é projetada e construída, de forma segura e eficiente, por qualquer tipo de veículo automotor que seja autorizado a circular em vias públicas, obedecendo às disposições legais vigentes. Em função dos variados tipos de veículos autorizados a circular, e de suas diferentes características geométricas, mecânicas e de desempenho operacional, é necessário escolher um tipo de veículo que sirva de referência para a determinação dos valores máximos ou mínimos de parâmetros a serem observados para o projeto da rodovia. 14
15 Veículo de projeto: O Código de Trânsito Brasileiro remeteu ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) a competência para fixar as características, especificações básicas, configurações e condições para o registro, para o licenciamento e para a circulação de veículos nas vias públicas, tendo este órgão estabelecido os seguintes limites referentes às dimensões e aos pesos para os veículos em trânsito livre: 15
16 Veículo de projeto: DIMENSÕES: - larguramáxima=2,60m; - alturamáxima=4,40m; - comprimento total: veículossimples=14,00m; veículos articulados = 18,15 m; veículoscomreboque=19,80m; 16
17 Veículo de projeto: PESOBRUTO: - total,porunidadeouporcombinaçãodeveículos= 45t; - poreixoisolado=10t; - porconjuntode2eixosemtandem=17t; - porconjuntode2eixosnãoemtandem=15t. 17
18 Veículo de projeto: 18
19 Veículo de projeto: VP: veículos de passeio, incluindo utilitários, pick-ups, furgões e similares; CO: veículos comerciais rígidos, incluem os caminhões eônibusconvencionais(de2eixose6rodas); O: veículos comerciais rígidos de dimensões maiores queoco,incluindooscaminhõeslongoseosônibus de turismo; SR: veículo comercial articulado, incluindo o semireborque. 19
20 20
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24 Velocidade: Depende das condições e características do veículo; Capacidade e vontade do motorista e qualidade da estrada(superfície de rolamento); Condições climáticas do momento; Volume e condições de escoamento de tráfego do momento; Características geométricas do traçado; Restrições relativas a velocidades máximas e mínimas da estrada, policiamento e sistema de controle de velocidade dos veículos. 24
25 Distância de visibilidade nas rodovias a) Fornecer dados para o cálculo do comprimento da curva de concordância vertical convexa das rodovias; b) Fornecer elementos para marcação de banquetas de visibilidade dos cortes em curva; c) Fornecer elementos para sinalização das rodovias. 25
26 Distância de visibilidade de parada (D f ) É a distância mínima necessária para que um veículo que percorre uma estrada possa parar antes de atingir um obstáculo na sua trajetória. D 1 : distância percorrida pelo veículo entre o instante em queomotoristavêoobstáculoeoinstanteemqueiniciaa frenagem(tempo de percepção e reação). D 2 = parcela relativa à distância percorrida pelo veículo 26 durante a frenagem.
27 Distância de visibilidade de parada (D f ) A AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials), baseada em várias experiências, aconselha o uso do valor de 1,5 segundos para esse tempo de percepção. Adicionando-se a esse valor o tempo necessário à reaçãodefrenagem(1,0s),teremosotempototalde percepçãoereaçãoigualat=2,5s. OndeD 1 estáemmetrosevestáemm/s 27
28 Cálculo de D 1 Parafacilitar: Assim: Velocidadeemkm/h,D 1 saiemmetros. 28
29 Cálculo de D 2 A energia cinética do veículo no início do processo de frenagem deve ser anulada pelo trabalho da força de atrito ao longo da distância de frenagem. 29
30 Cálculo de D f 30
31 Coeficiente de atrito f Ocoeficientedeatrito(f)nãoéomesmoparatodas as velocidades, diminuindo a medida que a velocidade aumenta. DNER(1975). 31
32 32
33 Coeficiente de atrito 33
34 Distância de visibilidade de ultrapassagem (Du) Comprimento de estrada necessário para que um veículo possa executar a manobra de ultrapassagem de outro veículo com segurança. 34
35 35
36 36
37 Distância de visibilidade de ultrapassagem (Du) d 1 =distância percorrida durante o tempo de percepção, reação e aceleração inicial; d 2 =distânciapercorridapeloveículo1enquantoocupaafaixaoposta; d 3 =distânciadesegurançaentreosveículos1e3,nofinaldamanobra; d 4 =distânciapercorridapeloveículo3,quetrafeganosentidooposto. 37
38 Distância de visibilidade de ultrapassagem (Du) em metros: 38
39 Distância de Segurança entre Dois Veículos (Ds) Sempre que dois veículos estiverem percorrendo a mesma faixa de tráfego no mesmo sentido deverá existir entre eles uma distância mínima, de forma que se o veículo da frente frear haja espaço suficiente paraqueooutroveículopossatambémfreareparar semperigodecolisãocomoveículodafrente. Ovalordotempodepercepçãoereaçãoédaordem de0,75s. 39
40 Distância de Segurança entre Dois Veículos (Ds) 40
41 Exercício: Você foi contratado por uma empresa que fará reforma em uma rodovia. Em um trecho, devido a movimentação de máquinas, os veículos devem para totalmente. Qual a distância mínima que você deve posicionar a sinalização de modo que os veículos consigam parar antes do local indicado? Considere pista molhada e velocidade de projeto 110km/h em uma declividade de-3%. 41
42 Exercício: Calcule a distância de visibilidade de ultrapassagem (Du) em uma estrada de pista simples. Considere a velocidade de projeto 100km/h. (Considere a velocidade de ultrapassagem 115km/h) 42
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