Direito Concorrencial e Regulação do Setor Financeiro
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- Sebastião Leal Vasques
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1 Direito Concorrencial e Regulação do Setor Financeiro Juliano Souza de Albuquerque Maranhão Universidade de São Paulo Sampaio Ferraz Advogados (jm@sampaioferraz.com.br)
2 Agenda 1. Momento institucional: disputa e insegurança Itaú/Unibanco e Banco do Brasil/Nossa Caixa BB: crédito consignado 2. Competência CADE vs BACEN Teses Versões da regra da razão Risco Sistêmico? Mercados correlatos 3. Mundo ideal Análise prévia pelo CADE Ônus de argumentação para BACEN
3 Momento institucional A Disputa e Seus reflexos sobre a segurança jurídica Itaú/Unibanco e Banco do Brasil/Nossa Caixa - Incongruência entre práticas (tempo e sigilo) - Incongruência entre critérios - BACEN vs CADE (mercado relevante e recomendação) - No próprio CADE BB: crédito consignado - Discordância no SBDC (SDE vs CADE) - Disputa pela condenação (BACEN extingue, CADE pune) - Despacho CADE, Circular BACEN 3522/2001, TCC CADE Circular BCB 3590/2012 (análise de atos de concentração)
4 Lei 4595/64 Competência Art. 18 2º -O Banco Central do Brasil, no exercício da (i)fiscalização que lhe compete, regulará as (ii)condições de concorrência (iii) entre instituições financeiras, (iv) coibindo-lhes os abusos com a aplicação da pena nos termos desta Lei. Teses: 1. Competência privativa do BACEN (parecer GM-20 AGU-2001) 2. Competência complementar(trf, Protocolo CADE/BACEN de 2008, PL2005/2007 ) - CADE a posteriori e BACEN a priori - CADE condições de concorrência/bacen regulação - Separação por Risco Sistêmico" 3. Competência suplementar - CADE atua diante da inação do BACEN 4. Competência concorrente - CADE e BACEN com mesmo objeto (autorizar a operação/punir a conduta)
5 Versões da Regra da Razão Competência 1. Intervenção: Propriedade e livre iniciativa vs Concorrência (interesse coletivo) 2. Eficiência: Efeitos sobre a concorrência vs eficiência econômica Consolidação de agências Oferta integrada de serviços Aumento solidez financeira/recuperação de instituições em crise Integração de sistemas 3. Política Setorial: Efeitos sobre a concorrência vs interesses públicos setoriais
6 Risco sistêmico Competência BACEN - Assegurar normalidade da economia - Proteger Interesses dos investidores e depositantes - Zelar pela liquidez e solvência Outros - Aperfeiçoamento dos instrumentos financeiros: eficiência pagamentos e mobilização de recursos - Disciplinar crédito (garantias) - Estimular desenvolvimento econômico: regional e setorial Questões - Problemas e consequências de se assumir risco sistêmico. - É uma questão de grau? Operações que impedem a quebra ou que reduzem o risco de quebra (proximidade de failing company defense) - Deliberação urgente e confidencial.
7 Competência: mercados correlatos não regulados - Cartões de crédito Atividades Financeiras e Acessórias Reguladas (4.595/64 e /01) Compensação e liquidação Crédito rotativo para o cliente Desconto de recebíveis e concessão de crédito para o estabelecimento Atividades Não Financeiras (não reguladas) Emissão dos cartões Credenciamento Prestação de serviços de rede Provimento de serviços de comunicação Processamento das informações das transações Aluguel de equipamentos - Correspondentes /portabilidade - Seguros: Caso BB/Mapfre e o seguro rural/crédito rural
8 Conteúdo: Sugestão (mundo ideal) - CADE: regra da razão de eficiência - BACEN: regra da razão de política setorial - P.Judiciário: motivação e regra da razão de intervenção Procedimento: BACEN antes, CADE final Complementaridade? BACEN pode excluir análise do CADE Inversão: CADE antes BACEN final - Análise do CADE é insumo para boa política setorial - Ônus de argumentação para o BACEN - Análise prévia Lei 12529/ Exceções em caso de urgência (BACEN antes, porém sem excluir CADE que pode recomendar alienação de ativos)
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