UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUI MARCIELI SIMON

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUI MARCIELI SIMON ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTO-BENEFÍCIO ENTRE ALVENARIAS NA CIDADE DE SANTA ROSA-RS Santa Rosa 2015

2 2 MARCIELI SIMON ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTO-BENEFÍCIO ENTRE ALVENARIAS NA CIDADE DE SANTA ROSA-RS Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil. Orientadora: Ma. Marcelle Engler Bridi Santa Rosa 2015

3 MARCIELI SIMON ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTO-BENEFÍCIO ENTRE ALVENARIAS NA CIDADE DE SANTA ROSA-RS Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora. Santa Rosa, 23 de Novembro de 2015 Prof ª. Marcelle Engler Bridi Mestra em Engenharia Civil pela UFRGS - Orientador Prof º. Eder Claro Pedrozo Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA Prof º. Eder Claro Pedrozo (UNIJUÍ) Mestre em Engenharia Civil pela UFSM

4 4 Dedico este trabalho aos meus pais, Valdir e Derci, por todo seu apoio e amor incondicional, e aos meus irmãos Mauro e Marcelo.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela força e coragem, e por iluminar meu caminho durante toda esta longa caminhada. Aos meus amados pais Valdir e Derci, que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Pai e mãe seus cuidados e dedicação foi que deram em alguns momentos, a esperança e segurança para seguir em frente, me mostrando que não estou sozinha nessa caminhada, amo vocês! Aos meus irmãos Mauro e Marcelo, e minhas cunhadas Carine e Aline que sempre estiveram presente, me incentivando. Não poderia esquecer também, dos meus preciosos sobrinhos Débora, Ana Luisa e Gustavo, que embora não tivessem conhecimento disto, sempre iluminaram de maneira especial e carinhosa os meus pensamentos me levando a buscar mais conhecimento. As minhas amigas e colegas, que fiz durante estes anos de graduação, pela convivência, alegrias, tristezas, e muitas noites de estudo compartilhadas. Vocês foram minha segunda família, dividindo sonhos, sorrisos, lanches e lágrimas. Agradeço em especial a minha colega e amiga Marina Ciprandi, que desde o início esteve comigo, sempre me apoiando e incentivando. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica, em especial à professora Marcelle Engler Bridi pela paciência e incentivo, como orientadora e amiga, agradeço por seus ensinamentos, compreensão e confiança ao longo das supervisões, que foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. Posso dizer que foi um enorme prazer tê-la como minha orientadora, muito obrigada! As empresas participantes deste trabalho de conclusão de curso, que se dispuseram á colaborar para a realização desta pesquisa. E a todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena. Meu muito obrigado!

6 6 Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessárias. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade. Dalai Lama

7 RESUMO SIMON, M. Análise comparativa de custo-benefício entre alvenarias na cidade de Santa Rosa - RS Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, Santa Rosa, As técnicas construtivas utilizadas pelas empresas de construção civil, muitas vezes, além de apresentarem alto custo, nem sempre oferecem um desempenho satisfatório. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho é apresentar o estudo comparativo entre alvenaria executada com bloco de concreto, bloco cerâmico, tijolo cerâmico maciço e tijolo cerâmico furado, e verificar qual dos sistemas apresenta uma melhor relação custo benefício, quando comparados, para a cidade de Santa Rosa. Para isto foi realizada uma análise comparativa, onde foram destacadas as características de cada sistema, e aplicado um questionário as construtoras para analisar a percepção destes em relação a cada tipo de alvenaria. Como resultado conclui-se que a escolha do tipo de alvenaria que será utilizada em um empreendimento requer a análise de diversos fatores, como custo, produtividade, rendimento, conforto térmico e acústico, pois cada elemento apresenta características diferentes e oferecem características tão boas ou até melhores em alguns aspectos, e ainda atendem a Norma de Desempenho. Palavras-chave Alvenarias, Blocos de concreto, Blocos cerâmicos, Tijolo cerâmico maciço, Tijolo cerâmico furado, Custo-benefício.

8 8 ABSTRACT SIMON, M. Comparative cost- benefit between masonry in Santa Rosa - RS Work of Conclusion of Course. Civil Engineering Course, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, Santa Rosa, The construction techniques used by construction companies, often in addition to their high cost, not always offer satisfactory performance. Thus, the main objective of this paper is to present a comparative study of masonry carried out with concrete block, ceramic block, solid ceramic brick and perforated ceramic brick, and check which system has a better relationship cost benefit when compared to the city Santa Rosa. For this comparative analysis was performed, where the characteristics of each system were highlighted, and a questionnaire builders to analyze the perception of these for each type of masonry. As a result it is concluded that the choice of the type of masonry that will be used in an enterprise requires the analysis of several factors such as cost, productivity, efficiency, thermal and acoustic comfort, as each element has different attributes there are many types of masonry, which offer features as good or even better in some ways and still meet the performance standard. Keywords: Masonry, Concrete blocks, Ceramic blocks, Massive ceramic bricks, Perforated ceramic brick, Cost-benefit.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma processo de fabricação dos blocos de concreto Figura 2: Famílias de blocos de concreto Figura 3: Fluxograma processo de fabricação dos blocos cerâmicos Figura 4: Famílias de blocos cerâmicos estruturais e de vedação Figura 5: Famílias de blocos cerâmicos de vedação Figura 6: Tijolos maciços cerâmicos Figura 7: Delineamento da pesquisa Figura 8: Elementos de alvenaria utilizados para comparativos Figura 9: Software online de cálculo das propriedades térmicas dos materiais Figura 10: Síntese comparativa Figura 11: Gráfico dos tipos de alvenarias adotadas em Santa Rosa Figura 12: Classificação quanto ao grau de importância na escolha Figura 13: Disponibilidade das alvenarias Figura 14: Confiabilidade dos fornecedores Figura 15: Facilidade em encontra mão de obra qualificada Figura 16: Rapidez de execução da obra Figura 17: Perda e quebra no transporte e manuseio Figura 18: Conforto térmico Figura 19: Conforto acústico... 46

10 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dimensões padronizadas dos blocos de concreto Tabela 2: Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação Tabela 3: Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos estruturais Tabela 4: Dimensões nominais dos tijolos maciços cerâmicos Tabela 5: Custo direto das alvenarias obtidos nas lojas da cidade Tabela 6: Produtividade das alvenarias Tabela 7: Custo médio das alvenarias/ m² Tabela 8: Propriedades térmicas dos materiais Tabela 9: Critério e nível de desempenho de paredes externas quanto à transmitância térmica Tabela 10: Critério e nível de desempenho de paredes externas quanto à capacidade térmica Tabela 11: Índice de redução sonora aérea de alvenarias Tabela 12: Diferença Padronizada de Nível Ponderada da vedação externa, D2m,nT,w, para ensaios de campo Tabela 13: Síntese comparativa... 40

11 LISTA DE SIGLAS ABCI ABNT CAU/BR NBR TCPO Associação Brasileira da Construção Industrializada Associação Brasileira de Normas Técnicas Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil Norma Brasileira Tabela de Composição de Preços para Orçamentos

12 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA BREVE HISTÓRICO DA ALVENARIA BRASIL ALVENARIA ESTRUTURAL ALVENARIA DE VEDAÇÃO ELEMENTOS DE ALVENARIA Bloco de Concreto Processo de Fabricação Características Tipologia Bloco Cerâmico Processo de Fabricação Características Tipologia Tijolo Cerâmico Maciço Processo de Fabricação Características Tipologia PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS DE ALVENARIA Custo e Produtividade Desempenho térmico Desempenho acústico MÉTODO DE PESQUISA ESTRATÉGIA DE PESQUISA DELINEAMENTO CARACTERIZAÇÃO DA METODOLOGIA... 30

13 3.3.1 Empresas participantes ANÁLISE DOS RESULTADOS ANÁLISE COMPARATIVA Custo e Produtividade Desempenho térmico Desempenho acústico Síntese comparativa ANÁLISE DA PERCEPEÇÃO NA CIDADE DE SANTA ROSA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE A QUESTIONÁRIO EMPRESAS... 53

14 14 1 INTRODUÇÃO A utilização de soluções construtivas em alvenaria, bem como sua adequação em função dos benefícios econômicos, construtivos ou de habitabilidade, não é uma questão atual, visto que essa necessidade de melhor construir ocorre gradualmente desde os séculos a.c, com os povos primitivos (GOUVEIA; LOURENÇO; VASCONCELOS, 2007). basicamente: Existem definições clássicas da alvenaria por diversos autores, porém as alvenarias são [...] Construções formadas por blocos industrializados de diversos materiais, suscetíveis de serem projetadas para resistirem a esforços de compressão única ou ainda a uma combinação de esforços, ligados entre si pela interposição de argamassa e podendo ainda conter armadura envolta em concreto ou argamassa no plano horizontal e/ou vertical (ABCI, 1990, p. 17). Ou ainda, segundo Yazigi (2014, p.523) alvenaria é um conjunto de paredes, muros e obras similares, composto de pedras naturais e/ou blocos ou tijolos artificiais, ligados ou não por argamassa. As técnicas construtivas utilizadas pelas empresas de construção civil, no que se refere à construção de edifícios, além de muitas vezes apresentarem alto custo, nem sempre determinam desempenho satisfatório das edificações em utilização, não propiciando muitas vezes, a satisfação do usuário [...] (SANTOS, 1998, p.02). Além do preço e da qualidade, que são quesitos analisados pelos consumidores quando escolhem os produtos de construção, são desejos dos consumidores facilidade de pagamento, possibilidade de alterações, inovação, assistência, e principalmente, o bom desempenho dos produtos (NETO; FENSTERSEIFER; FORMOSO, 2003). Porém, cada tipo de alvenaria tem um desempenho diferente (EDIFIQUE, S/D). Desta forma, a escolha do material (tijolos maciços, blocos de concreto, tijolos cerâmicos, tijolos de solo-cimento, etc.) deve ser efetuada de forma criteriosa, observando suas características em relação a custo, produtividade, questões de conforto, entre outras (EDIFIQUE, S/D). Portanto, projetos arquitetônicos têm de ser racionalizados desde sua concepção, ou seja, desde a escolha do tipo de alvenaria, tornando-se necessária a busca de novas tecnologias no ramo construtivo, sendo possível então lançar um empreendimento com o melhor custo benefício, tanto para a construtora quanto para os clientes que vão adquirir esse empreendimento (LISBOA, 2008). Segundo Pastro (2007, p. 03):

15 [...] a fim de se ter destaque no mercado relacionado à indústria da Construção Civil, é necessário saber executar uma determinada obra em tempo reduzido, custo baixo e alta qualidade para satisfação de todos, construtores, empreendedores, proprietários, consumidor final, etc. Desta forma, é de suma importância a escolha certa do tipo de alvenaria, avaliando a relação custo-benefício do material, pois, nem sempre o sistema em escolha, que apresenta menor custo, é o mesmo que apresenta um maior benefício. Para Santos (1998 apud POZZOBON, 2003, p. 14): [...] existe uma urgente necessidade de que os trabalhos na área da construção civil busquem soluções aos problemas salientados, sendo direcionados para a obtenção de habitações de qualidade, no que tange aspectos como conforto, habitabilidade, durabilidade e baixos custos. Afim de orientar construtores e dar suporte aos consumidores finais, garantindo o cumprimento destes quesitos mínimos, foi criada a NBR Desempenho de edifícios habitacionais que representa um grande passo no desenvolvimento tecnológico da construção civil brasileira, pois, além de servir como incentivo para produtores de materiais, componentes e sistemas construtivos, na busca de inovações, para se atingir os resultados exigidos, permite que o incorporador/construtor, deixe claro ao seu cliente, os atributos do produto e da unidade que ele está adquirindo, podendo desta forma o cliente questionar sobre a qualidade de sua edificação e discernir entre as empresas aquelas que cumprem com o desempenho adequado (PAULUZZI, 2015). A necessidade de análise de um melhor custo-benefício foi a motivação pela qual este trabalho foi proposto, onde foi desenvolvida a seguinte questão de pesquisa: Qual dos tipos de alvenarias, apresenta melhor relação custo-benefício na cidade de Santa Rosa/RS? A partir da questão, que norteou o desenvolvimento desse estudo, objetivou-se avaliar o custo-benefício entre os tipos de alvenarias, com bloco de concreto, bloco cerâmico, tijolo cerâmico furado e tijolo cerâmico maciço, baseando-se em dados da literatura já existente, e nas NBR s: 1. NBR /2004: Desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Fachadas e paredes internas; 2. NBR /2005: Componentes cerâmicos: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação Terminologia e requisitos 3. NBR /2005: Componentes cerâmicos: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural Terminologia e requisitos;

16 16 4. NBR 6136/1994: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural; 5. NBR 7170/1983: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Além disso, teve como objetivo secundário investigar a opinião das construtoras em relação aos critérios que levam a opção entre os tipos de alvenaria para as obras na região. Dessa forma, o presente estudo está delimitado ao levantamento de dados e percepção de construtoras de Santa Rosa.

17 2 REVISÃO DA LITERATURA Neste capítulo são apresentados e abordados assuntos referentes ao tema deste trabalho, tais como: breve histórico da alvenaria no Brasil; definição de alvenaria estrutural e de vedação, as vantagens e desvantagens de cada um; os elementos de alvenarias, onde serão abordadas questões como definição, processo de fabricação da alvenaria, principais características de cada um de acordo com as NBR s e tipologia e serão apresentadas as propriedades que serão analisadas nos comparativos. 2.1 BREVE HISTÓRICO DA ALVENARIA BRASIL O desenvolvimento da construção civil, em especial no que diz respeito aos componentes destinados à alvenaria, tem uma história ao longo do tempo. A história brasileira registra que a técnica da utilização da taipa, sistema que consiste na utilização de terra molhada compactada para construir paredes, aqui chegada nos primórdios da colonização, difundiu-se largamente para as construções de prédios, onde a durabilidade era a maior exigência (ABCI, 1990; LIBRELOTTO, 2014). Porém para se conseguir a rigidez necessária era requerida uma elevada espessura das paredes, possibilitando então a evolução para a estrutura de pau-a-pique, onde não se necessita uma espessura tão alta (ABCI, 1990). Em seguida surgiram as primeiras edificações com pedra, uma das mais antigas técnicas de construção, que deram origem a grandes obras, como catedrais, pontes e castelos (MARINOSKI, 2011). Posteriormente foi a vez do tijolo de barro, seco ao sol, semelhante ao tijolo cerâmico preparado com argila (MARINOSKI, 2011). Foi somente no inicio do século XVI, quando os portugueses desembarcaram, que a alvenaria com tijolos cerâmicos passou a ser utilizada no Brasil, mas a alvenaria com blocos estruturais demorou a encontrar o seu espaço [...] (RAMALHO e CORRÊA, 2003, p.4-5). Segundo ABCI (1990), as cidades, principalmente São Paulo, se modernizavam e exigiam que as edificações acompanhassem esta modernização, pois a preocupação com o tempo e a capacidade de incorporar outros elementos à estrutura, já naquele tempo, ganhava força.

18 ALVENARIA ESTRUTURAL A alvenaria estrutural é um sistema construtivo em que se utilizam as paredes da construção para resistir às cargas, em substituição aos pilares e vigas utilizados nos sistemas de concreto armado, aço ou madeira (ROMAN, MUTI e ARAÚJO, 1999). De acordo com Camacho (2006, p.04), as maiores vantagens da alvenaria estrutural são: [...] I. Redução de custos: a redução de custos que se obtém está intimamente relacionada à adequada aplicação das técnicas de projeto e execução, podendo chegar, segundo a literatura, até a 30%, sendo proveniente basicamente da: a. Simplificação das técnicas de execução; b. Economia de formas e escoramentos. II. Menor diversidade de materiais empregados: reduz o número de subempreiteiras na obra, a complexidade da etapa executiva e o risco de atraso no cronograma de execução em função de eventuais faltas de materiais, equipamentos ou mão de obra. III. Redução da diversidade de mão-de-obra especializada: necessita-se de mão-deobra especializada somente para a execução da alvenaria, diferentemente do que ocorre nas estruturas de concreto armado e aço. IV. Maior rapidez de execução: essa vantagem é notória nesse tipo de construção, decorrente principalmente da simplificação das técnicas construtivas, que permite maior rapidez no retorno do capital empregado. V. Robustez estrutural: decorrente da própria característica estrutural, resultando em maior resistência à danos patológicos decorrentes de movimentações, além de apresentar maior reserva de segurança frente a ruínas parciais. Apesar de as vantagens apresentadas serem de grande relevância, Ramalho e Corrêa (2003) ressaltam que a alvenaria estrutural também possui suas limitações, como por exemplo: I. A impossibilidade de efetuar modificações na disposição arquitetônica original: o que em algumas situações pode se tornar um problema bastante sério, já que com o passar do tempo uma edificação tende a sofrer alterações para se adaptar as necessidades de seus usuários; II. Interferência entre projetos de arquitetura/estruturas/instalações: III. impossibilidade de furar paredes sem o controle desses furos; Necessidade de uma mão-de-obra bem qualificada: treinamento da equipe e utilização adequada dos equipamentos, para evitar riscos e falhas.

19 2.3 ALVENARIA DE VEDAÇÃO A alvenaria de vedação é definida por diversos autores como a alvenaria que não é dimensionada para resistir às ações além do peso próprio. Esta vedação vertical protege o edifício de agentes externos como chuvas e ventos, além de dividir ambientes internos promovendo segurança e conforto dentro de um sistema estruturado; Este processo de fechamento de vãos de paredes é utilizado na maioria das edificações (THOMAZ, 2001). Segundo Pereira (2005), em relação ao seu bom desempenho funcional, as paredes de vedação apresentam vantagens como: I. Bom isolamento térmico e acústico; II. Estanqueidade à agua; III. Resistência ao fogo e resistência mecânica; IV. A durabilidade é superior à de qualquer outro material; V. Excelente flexibilidade e versatilidade; VI. Custo relativamente baixo; VII. São de maior aceitação pela sociedade, sendo correntemente a primeira opção de compra do mercado. No que refere-se a desvantagens, apresenta as seguintes características: [...] Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas durante a execução dos serviços; A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem sempre com a qualidade desejada; O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios; O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a frequência de retirada de caçambas de entulho da obra evidenciam isso; Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na estrutura ( SILVA; GONÇALVES; ALVARENGA, 2006, p. 01). 2.4 ELEMENTOS DE ALVENARIA As unidades de alvenaria que compõem as paredes das edificações, podem ser classificadas como (POYASTRO, 2008): a) Bloco: cerâmico, concreto, sílico-calcáreo e concreto autoclavado;

20 20 b) Tijolo: maciço (cerâmico, concreto e sílico-calcáreo) e furado (cerâmico). Neste trabalho serão apenas comparados, bloco de concreto, bloco cerâmico, tijolo cerâmico furado e tijolo cerâmico maciço Bloco de Concreto A NBR 6136 (ABNT, 1994) define o bloco de concreto como sendo um elemento de alvenaria cuja área líquida (área média da seção perpendicular aos eixos dos furos, descontadas as áreas máximas dos vazios) é igual ou inferior a 75% da área bruta (área da seção perpendicular aos eixos dos furos, sem desconto das áreas dos vazios) Processo de Fabricação Estes elementos são fabricados com cimento Portland, agregados e água, compreendendo o seguinte processo: colocação da mistura em uma máquina dosadora, que estabelece o traço do concreto de acordo com os materiais; alimentação da vibro - compressora, onde corre a moldagem de concreto em moldes com as dimensões pré-estabelecidas; desmoldagem dos blocos, ainda frescos; cura, que pode ser cura úmida, onde os blocos ficam estocados em um ambiente arejado e recebem duchas de água ou a cura a vapor; inspeção dos blocos, para verificar se existem fissuras e arestas irregulares e ensaios para se obter a capacidade de resistência e assim, especificar a classe do bloco; estocagem e expedição (CORRALES et al., 2011; PENTEADO; MARINHO, 2011). A Figura 1 mostra um fluxograma com as etapas de fabricação dos blocos de concreto. Figura 1: Fluxograma processo de fabricação dos blocos de concreto Fonte: CORRALES et al. (2011)

21 Características Segundo Freire (2007) e Kappaun (2012), os blocos de concreto: Devem apresentar um aspecto homogêneo e compacto: com arestas vivas, sem trincas e textura áspera (aderência ao revestimento); Devem ter mínimo fck de 4,5 MPa para paredes internas e externas com revestimento; Devem ter mínimo fck de 6,0 MPa para paredes internas e externas sem revestimento; Devem apresentar tolerância dimensional de 3 mm Tipologia A NBR 6136 (ABNT, 1994) classifica, conforme Tabela 1, os blocos de concreto quanto suas dimensões em M20 e M15: Tabela 1: Dimensões padronizadas dos blocos de concreto Fonte: ABNT (1994) Apresenta-se na Figura 2, as principais famílias de blocos de concreto utilizados. Figura 2: Famílias de blocos de concreto Fonte: DÉSIR (S/D)

22 Bloco Cerâmico A NBR (ABNT, 2005, p.01) define o bloco cerâmico como sendo um [...] componente de alvenaria que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm. São produzidos para serem assentados com furos na vertical, que seria o bloco cerâmico propriamente dito, ou para serem assentados com furos na horizontal, o chamado tijolo furado, utilizado apenas parar vedação (ABNT, 2005). Estes elementos de alvenaria se dividem em dois grupos: blocos estruturais e blocos de vedação, que não tem função de resistir a outras cargas verticais além do peso da alvenaria na qual faz parte (ABNT, 2005) Processo de Fabricação Estes elementos são fabricados com argila e água, compreendendo o seguinte processo: mistura da argila com a água; colocação da mistura em uma máquina extrusora, que cria uma coluna de cerâmica já com a seção transversal moldada dos blocos; corte da coluna de modo a se obter as dimensões finais dos blocos; secagem; queima; inspeção dos blocos, para averiguar se não possuem nenhuma anomalia, como fissuras ou arestas irregulares e ensaios para averiguação da sua capacidade de resistência; estocagem e expedição (CORRALES et al., 2011). A Figura 3 mostra um fluxograma com as etapas de fabricação dos blocos cerâmicos. Figura 3: Fluxograma processo de fabricação dos blocos cerâmicos Fonte: CORRALES et al. (2011)

23 Características Segundo NBR (ABNT, 2005), os blocos cerâmicos: Não devem apresentar defeitos sistemáticos: quebras, superfícies irregulares ou deformações que impeçam seu emprego na função especificada; Devem ter resistência mínima a compressão de 1,5Mpa (furos na horizontal) e 3,0 MPa (furos na vertical); Devem apresentar o índice de absorção de água superior a 8% e inferior a 22%; Devem apresentar tolerância dimensional de ± 5 mm Tipologia A NBR (ABNT, 2005) classifica, conforme, os blocos cerâmicos de vedação quanto suas dimensões em: Tabela 2: Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação Fonte: ABNT (2005)

24 24 dimensões em: Quanto aos blocos estruturais, a NBR (ABNT, 2005) classifica, quanto suas Tabela 3: Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos estruturais Fonte: ABNT (2005) Apresenta-se na Figura 4, as principais famílias de blocos cerâmicos utilizados, tanto para alvenaria estrutural como de vedação. Figura 4: Famílias de blocos cerâmicos estruturais e de vedação Fonte: DÉSIR (S/D) Apresenta-se na Figura 5, as principais famílias de blocos cerâmicos utilizados apenas para alvenaria de vedação.

25 Figura 5: Famílias de blocos cerâmicos de vedação Fonte: POLOZZI (S/D) Tijolo Cerâmico Maciço A NBR 7170 (ABNT, 1983, p.01) define o tijolo maciço cerâmico como sendo um elemento da alvenaria [...] que possui todas as faces plenas de material, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área Processo de Fabricação Estes elementos são fabricados com argila e água, seguindo o mesmo processo de fabricação dos blocos cerâmicos Características Segundo Kalil (2010), os tijolos maciços cerâmicos: Não devem apresentar defeitos sistemáticos: trincas, quebras, superfícies irregulares ou deformações e desuniformidade na cor; Devem possuir a forma de um paralelepípedo retângulo; Não devem ser utilizados com menos de duas ou três semanas após saírem do forno; Devem apresentar resistência mínima a compressão para tijolos das categorias A, B e C, respectivamente 1,5 MPa, 2,5 MPa e 4,0 MPa; Devem possuir coeficiente de dilatação térmica médio de 6x10-6 /ºC;

26 26 Devem possuir juntas de dilatação espaçadas de 12 à 15m: para evitar fissuração da alvenaria devido à expansão dos tijolos; Tipologia A NBR 7170 (ABNT, 1983) classifica, conforme Tabela 4, os tijolos maciços cerâmicos quanto suas dimensões em: Tabela 4: Dimensões nominais dos tijolos maciços cerâmicos Fonte: ABNT (1983) Apresenta-se na Figura 6, os tipos de tijolos maciços cerâmicos, sendo o primeiro tijolo normal e o segundo tijolo com rebaixe na face de maior área. Figura 6: Tijolos maciços cerâmicos Fonte: KALIL (2010) 2.5 PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS DE ALVENARIA Neste item serão conceituadas a propriedades dos elementos que serão utilizadas para os comparativos. As propriedades também serão relacionadas com a NBR Edificações habitacionais - Desempenho, norma que já está em vigor desde 19 de Julho de 2013, e estabelece parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação, como desempenho acústico, desempenho térmico, durabilidade, garantia e vida útil, e determina um nível mínimo obrigatório para cada um deles (CAU/BR, S/D) Custo e Produtividade Ao tratar dos custos, estes podem ser classificados em dois tipos, os diretos que são aqueles referentes ao custo dos materiais e mão-de-obra aplicados na execução de um determinado serviço, e os indiretos, que são aqueles referentes a todos os demais custos que

27 incidem sobre os serviços, como: implantação do canteiro, salário do pessoal administrativo, equipamentos e ferramentas, custos de orçamentos e cronograma (ROMAN et al. 2000). Já a produtividade, segundo Venturini (2011, p.01) pode ser definida como: [...] o intervalo de tempo necessário para uma pessoa realizar um serviço com determinadas ferramentas ou equipamentos. É importante que os responsáveis pela obra tenham uma ideia da produtividade dos serviços realizados durante a obra, pois assim podem fazer um bom planejamento do trabalho e identificar deficiências que gerem prejuízos. Alguns construtores fazem o registro histórico da produtividade de suas equipes, e usam esses valores para estimar o tempo que será gasto em suas novas obras. Para fins comparativos neste trabalho serão apenas considerados custos diretos dos materiais e sua produtividade Desempenho térmico O desempenho de um edifício está relacionado com as características dos elementos, portanto conhecer as propriedades térmicas dos materiais permite estabelecer estratégias para que o edifício possa responder de maneira eficiente às variações do clima [...] (KAPPAUN, 2012, p.13). Quando menor o coeficiente de condutividade térmica e maior a porosidade de um determinado material, maior é a sua capacidade de isolamento térmico (COSTA, 2014). Souza (2010, p.06), classifica a condutividade térmica (W/m.K) como: [...] um coeficiente, que inclui as trocas envolvidas no interior do material e que define a capacidade do mesmo de conduzir o calor. A condutividade térmica determina a quantidade de calor que atravessa um metro linear do material, em uma unidade de tempo, para cada unidade de temperatura diferente entre dois pontos considerados. O valor alcançado para a condutividade térmica permite classificar os materiais como isolantes ou condutores, ou seja, se sua capacidade de conduzir calor é alta, eles são bons condutores; sendo baixa, os materiais são isolantes. A razão entre a condutividade térmica e a espessura do elemento construtivo, define o que chamamos de resistência térmica (m². K/W) do material, quanto maior é a espessura do elemento, maior é a resistência e, quanto maior é a condutividade, menor é a resistência, já pelo inverso da resistência térmica determinamos a transmitância térmica (W/m². K), ou seja, o coeficiente de transferência de calor (SOUZA, 2010). Portanto, além de oferecer um bom conforto térmico, quando se escolhe um tipo de alvenaria, esta deve atender as exigências da norma de desempenho, NBR , e neste caso, a mesma exige, para a zona bioclimática 2, a qual pertence a cidade de Santa Rosa/RS, uma transmitância térmica máxima de 2,5 W/(m². K ) e uma capacidade térmica maior que 130 KJ/(m². K) (ABNT, 2004). Desta forma no capitulo 4, foram comparadas as propriedades

28 28 térmicas obtidas dos elementos de alvenaria em estudo, com o definido pela norma, para verificar se todos elementos estão de acordo com os critérios estabelecidos Desempenho acústico As edificações devem proporcionar isolamento acústico adequado entre seu meio interno e externo, entre condomínios e dependências de uma mesma unidade, quando estas forem áreas de repouso noturno, lazer doméstico e/ou trabalho intelectual (ABNT, 2004). Entende-se por isolamento acústico, a capacidade de certos materiais formarem uma barreira, impedindo que a onda sonora passe de um ambiente a outro, quanto mais leve uma parede, maior será a transmissão de onda sonora (GREVEN; FAGUNDES; EINSFELDT, 2006). Segundo a NBR (ABNT, 2004, p. 24), o isolamento acústico: [...] é projetado a partir do desempenho acústico dos materiais, componentes e elementos construtivos, de modo a garantir conforto acústico, em termos de níveis de ruído de fundo transmitido via aérea e estrutural, bem como privacidade acústica, em termos de não inteligibilidade à comunicação verbal. Os níveis de ruído de fundo para o conforto acústico são determinados a partir do uso a que se destina a dependência da edificação, considerando os estímulos sonoros externos especificados na Norma. Para medir o nível do som/intensidade sonora/nível de pressão acústica é utilizado o chamado decibelímetro, um equipamento que faz a medição e apresenta os resultados em decibéis (db) (GREVEN; FAGUNDES; EINSFELDT, 2006). Portanto, quando se escolhe um tipo de alvenaria, analisar o desempenho acústico que o material proporciona, é tão importante quanto qualquer outro quesito, e, independentemente do tipo de alvenaria, este deve atender as exigências da norma de desempenho, NBR (ABNT, 2004). A norma classifica o desempenho em três níveis, (M) mínimo, (I) intermediário e (S) superior, conforte a utilização do tijolo ou bloco, ou seja, se ele será utilizado para vedação interna, externa, fachada ou divisória entre ambientes, para cada caso a norma exige quantos db, o material deve atingir. Desta forma no capitulo 4, foram comparadas as propriedades acústicas obtidas dos elementos de alvenaria em estudo, com o estabelecido pela norma, para verificar se todos elementos estão de acordo com os critérios estabelecidos.

29 3 MÉTODO DE PESQUISA Neste capitulo serão abordados a metodologia de pesquisa utilizada, as estratégias para o desenvolvimento da pesquisa, seu delineamento e caracterização. 3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA O tipo de pesquisa realizada foi exploratória, na qual se utilizou de uma análise bibliográfica e pesquisas de campo nas construtoras, com projetistas e clientes (consumidor final) em Santa Rosa, durante o mês de outubro de A pesquisa exploratória segundo Gil (2008, p. 41): [...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Gil (2002), ainda, informa que este tipo de pesquisa envolve levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que já vivenciaram o problema em estudo, além de análise de exemplos que contribuam para um melhor entendimento do tema proposto. 3.2 DELINEAMENTO A pesquisa foi delineada em três etapas: exploratória (1), desenvolvimento (2) e reflexão (3), cujo esquema está representado na figura 4: Na etapa Exploratória (1), foram estudados os tipos de alvenaria, a NBR 7170, NBR 6136, NBR , NBR , NBR 7170 e NBR 15575, referentes aos tipos de alvenarias escolhidas para estudo, definiram-se as empresas que participariam da pesquisa e foi realizada uma primeira versão da ferramenta de coleta de dados, elaborada na forma de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Na etapa de Desenvolvimento (2), foram coletadas informações em relação a custo, rendimento/m², produtividade, conforto térmico e acústico para cada tipo de alvenaria em questão. Os dados obtidos foram organizados em tabelas, permitindo verificar qual dos sistemas é mais vantajoso. Além disso, foi realizada uma pesquisa de campo, com construtoras, para verificar a percepção destas em relação a cada tipo de alvenaria em estudo, a qual foi interpretada na forma de gráficos e tabelas.

30 30 Figura 7: Delineamento da pesquisa Fonte: Autoria própria Na terceira e última etapa, Reflexão (3), com todos os dados necessários já coletados para cada tipo de alvenaria em estudo, juntamente com os dados obtidos dos questionários, foi realizada uma avaliação, onde foram analisados e discutidos os resultados de forma comparativa. Nesta etapa também foram feitas as considerações finais. Todas as etapas foram acompanhadas pela revisão bibliográfica, que ocorreu ao longo do desenvolvimento do estudo. 3.3 CARACTERIZAÇÃO DA METODOLOGIA De forma a obter um maior conhecimento no assunto e contextualiza-lo na região de Santa Rosa, o estudo foi dividido em duas análises: (a) Revisão da literatura e (b) Investigação da Percepção dos envolvidos. Na análise A, teve-se como metodologia para a determinação do custo benefício entre quatro tipos de alvenaria, primeiramente uma análise bibliográfica onde foram obtidos todos os dados necessários para que se tornasse possível a realização de uma análise comparativa entre eles. Além do material disponível na literatura, nesta etapa foram coletados preços praticados

31 no mercado na região de Santa Rosa, de forma a reforçar a inserção e aplicabilidade da pesquisa na região delimitada. Na análise B, para validar esta pesquisa, foram definidas as empresas participantes, para aplicação de questionários (APÊNDICE A), visando obter dados sobre a utilização, funcionalidade e percepção em relação a cada tipo de alvenaria em estudo. Na sequência, foi realizada a comparação dos dados Empresas participantes A pesquisa desenvolveu-se através de dados obtidos em campo na qual se definiram as empresas que participariam da pesquisa, a aplicação dos questionários foi realizada junto a três construtoras de Santa Rosa, consideradas as de maior influência na cidade e, após a aceitação destas, na participação deste trabalho de conclusão de curso, se procedeu a pesquisa no mês de outubro.

32 32 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capitulo é abordada uma análise comparativa entre os tipos de alvenaria em questão. Também é apresentada a análise da percepção em relação a cada tipo, para a cidade de Santa Rosa, onde são discutidos os resultados obtidos. 4.1 ANÁLISE COMPARATIVA Foi realizada uma análise comparativa de custo, produtividade, rendimento/m², conforto térmico e acústico, entre bloco de concreto, bloco cerâmico, tijolo cerâmico furado e tijolo cerâmico maciço, concluindo então qual é o tipo de alvenaria mais vantajoso em termos de custo e benefício. Na Figura 8, são especificados os tipos de elementos utilizados para a realização dos comparativos. Figura 8: Elementos de alvenaria utilizados para comparativos AMOSTRA DIMENSÃO (cm) REFERÊNCIA 14x19x39 Catálogo Hiper Block 14x19x39 Catálogo Vibeoli Cerâmica LTDA 9x19x19 Catálogo Cerâmica Nichele 9x5,7x19 Catálogo Cerâmica Lopes Fonte: Autoria própria Custo e Produtividade Como custo e produtividade são dois fatores que estão sempre relacionados, as tabelas a seguir, foram organizadas da seguinte forma: a primeira tabela (Tabela 5) é referente ao custo direto da alvenaria obtida em três lojas da cidade de Santa Rosa/RS; a segunda tabela (Tabela

33 6) refere-se à produtividade de cada tipo de alvenaria, sendo os dados obtidos através de valores genéricos de referência disponíveis na publicação TCPO - Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos; e a terceira tabela (Tabela 7), refere-se ao custo médio para se executar 1m² de alvenaria, levando em consideração o custo direto do material e o rendimento por m². Tabela 5: Custo direto das alvenarias obtidos nas lojas da cidade ESPECIFICAÇÃO DIMENSÕES L x H x C LOJA A LOJA B LOJA C Custo médio R$ Preço R$ Bloco de concreto 14x19x ,00 /mil. 2500,00 /mil ,00/mil.. Bloco cerâmico 14x19x Tijolo cerâmico 8 furos 9x19x ,00/mil. 1030,00/mil. 950,00/mil. 1010,00/mil. Tijolo cerâmico maciço 9x5,7x19 440,00/mil. 440,00/mil. 400,00/mil. 426,67/mil. Fonte: Autoria própria Pode-se observar através da Tabela 5 que o preço para o bloco de concreto teve uma variação de R$ 500,00 da Loja A em relação à loja B, um valor significativamente alto entre uma loja e outra. O bloco cerâmico como não foi encontrado em nenhuma loja não pode ser comparado. Para o tijolo cerâmico de 8 furos, os preços têm uma variação praticamente insignificante de R$ 20,00 entre a Loja A e B, porém, se comparar a Loja A e C (R$ 100,00) e Loja B e C (R$80,00), as diferenças tomam proporções maiores, sendo mais vantajoso ao consumidor analisá-las na hora da compra. Já o tijolo cerâmico maciço não apresenta diferença de preço entre a Loja A e B, somente entre a Loja B e C, variando em torno de R$ 40,00, uma diferença relativamente baixa, mas que também deve ser considerada no momento de efetuar a compra. Sobre a disponibilidade dos materiais houve dificuldade em encontrar o bloco de concreto nas lojas de materiais de construção de Santa Rosa. Já o bloco cerâmico não foi encontrado para venda nas lojas, ao contrário do tijolo cerâmico de 8 furos e o tijolo cerâmico maciço, que, como pode ser visto através da tabela, está disponível em todas as lojas. A justificativa dos comerciantes é que o bloco de concreto, assim como o bloco cerâmico tem pouca saída em Santa Rosa, e o tijolo furado e o maciço, são encontrados mais facilmente por serem mais usuais e aceitos pelos consumidores.

34 34 ESPECIFICAÇÃO Tabela 6: Produtividade das alvenarias ESPESSURA PAREDE (cm) PEDREIRO (horas) SERVENTE (horas) UNID./m² Bloco de concreto 14x19x39 cm 14 0,7 0,7 13,1 Bloco cerâmico 14x19x39 cm 14 0,7 0,7 13 Tijolo 8 furos 9x19x19 cm ,5 1,5 47 Tijolo cerâmico maciço 9x5,7x19 cm 9 1,6 1,6 84 Fonte: adaptado do TCPO (2003) Quanto à produtividade pode-se observar através da Tabela 6, que o bloco de concreto e o bloco cerâmico possuem o mesmo índice de produtividade e praticamente a mesma quantidade de elementos necessários para executar um metro quadrado (1m²) de alvenaria. Quando comparados separadamente com o tijolo furado e o tijolo maciço, independente da maneira com estes são assentados, o bloco de concreto e o bloco cerâmico, levam vantagem, pois rendem praticamente o dobro com índices de produtividades menores, nota-se que enquanto os blocos, tanto cerâmico como de concreto, possuem produtividade de 0,7h, o tijolo furado possui um índice de 0,3h a 0,8h e o tijolo maciço 0,9h a mais que os blocos, além de um rendimento muito menor visto que para se executar 1m² de uma parede de tijolo furado são necessários em torno de 12 a 34 tijolos a mais que uma parede com blocos, e esta proporção se torna ainda maior quando comparada com uma parede de tijolo maciço, onde os são necessários em torno de 71 tijolos a mais para 1m² de parede. Já quando comparado tijolo furado com tijolo maciço suas produtividades não variam muito, porém, enquanto para se executar 1m² de uma parede de tijolo furado são necessários de 25 a 47 unidades, para uma parede de tijolo maciço é preciso de 84 unidades, praticamente o dobro de tijolos, um valor relativamente alto e que deve ser analisado antes de escolher o tipo de alvenaria, uma vez que se deseja minimizar os custos. ESPECIFICAÇÃO Tabela 7: Custo médio das alvenarias/ m² ESPESSURA PAREDE (cm) UNID./m² Custo médio R$ (1m²) Bloco de concreto 14x19x39 cm 14 13,1 36,025 Bloco cerâmico 14x19x39 cm Tijolo 8 furos 9x19x19 cm , ,47 Tijolo cerâmico maciço 9x5,7x19 cm ,84 Fonte: adaptado do TCPO (2003)

35 Comparando rendimento com custo médio, observa-se na Tabela 7, que blocos de concreto apresentam um melhor rendimento (13 unid./m²), porém o custo é elevado (R$ 36,025). Já o tijolo furado quando assentado em sua maior dimensão, além de ter um custo relativamente alto (R$ 47,47), o maior de todos, tem um rendimento muito baixo (47 unid./m²), necessitando muitas unidades para executar 1m² de alvenaria, porem se for assentado em sua menor dimensão, apresenta um rendimento razoável (25 unid./m²) e o menor custo entre todos (R$ 25,25), se tornando assim a opção que apresenta melhor relação entre custo e rendimento. Em contrapartida, os tijolos maciços, são os mais desfavoráveis em questões de custo e rendimento, pois além de apresentar um custo elevando (R$ 35,84) possuem o pior rendimento de todos, chegando a 84 unid./m². Outra questão que deve ser analisada, é que a decisão em relação ao custo e produtividade depende também da análise da forma de contratação, ou seja, se na execução de uma determinada obra existe um prazo a cumprir como no caso de um empreendimento de grande porte, um edifício, é mais vantajoso optar por um tipo de alvenaria que proporcione maior produtividade, enquanto em uma obra menor, que poderia ser uma residência no caso com contrato por metro quadrado executado, o preço é o quesito mais vantajoso Desempenho térmico As propriedades térmicas dos materiais foram obtidas através de um software online (Figura 9), elaborado pelo professor Daniel de Carvalho Moreira, da Unicamp (segunda versãofevereiro 2003). O funcionamento do programa é prático e de fácil entendimento, basta digitar as dimensões do bloco ou tijolo, escolher o tipo de material e a forma que o elemento será assentando, que o software fornece os dados.

36 36 Figura 9: Software online de cálculo das propriedades térmicas dos materiais Fonte: MOREIRA (2003) Com os dados obtidos através do software acima, para melhor compreensão do desempenho térmico de cada tipo de alvenaria, foi desenvolvida a seguir a Tabela 8, contendo a resistência, condutividade, transmitância e atraso térmico para cada elemento. Para obtenção dos dados foram consideradas juntas de assentamento de 1 cm e argamassa de reboco 2,5 cm dos dois lados. Tabela 8: Propriedades térmicas dos materiais ESPECIFICAÇÃO ESPES. PAREDE (cm) TRANSMITANCIA TÉRMICA U(W/(m².K)) RESISTÊNCIA TÉRMICA R((m².K)/W) CAP. TÉRMICA (KJ/(m².K)) ATRASO TÉRMICO (horas) Bloco de concreto 14x19x39 cm Bloco cerâmico 14x19x39 cm Tijolo 8 furos 9x19x19 cm Tijolo maciço 9x5,7x19 cm 19 2,68 0, ,01 4, ,39 0, ,99 4, ,24 0, ,7 24 1,72 0, ,9 14 3,24 0, ,30 3,56 Fonte: autoria própria Observa-se através da Tabela 8, que quanto maior a espessura da parede menor é sua transmitância térmica, ou seja, menor é a quantidade de calor que passa pela parede, isto pelo fato de que quanto maior a área, maior é o tempo que ela consegue se manter isolada do calor, sendo assim maior é a sua capacidade térmica.

37 Tijolos furados indiscutivelmente são mais vantajosos quando se trata de conforto térmico, principalmente quando são assentados na sua maior dimensão, possuindo desta forma a menor transmitância (1,72 W/(m². K)) e a maior resistência térmica ((0,581 m².k)/w), e ainda conseguem impedir que o calor externo atinja a parte interna por cerca de 5,9 horas (atraso térmico). Já o tijolo maciço é o menos vantajoso uma vez que apresenta a maior transmitância térmica (3,24 W/(m². K)), a menor resistência térmica ((0,309 m².k)/w) e o menor atraso térmico (3,56 horas). Em relação aos blocos mesmo com as mesmas dimensões, possuem propriedades térmicas diferentes, isto pelo fato de serem fabricados com materiais diferentes, blocos cerâmicos possuem uma transmitância térmica menor (2,39 W/(m². K)) e uma resistência maior ((0,418 m². K)/W), que blocos de concreto (2,68 W/(m². K) e 0,373 m².k)/w), o que os define como mais vantajosos, porem perdem em quesitos de capacidade térmica e atraso térmico. A seguir foram comparados os dados obtidos para as alvenarias, com os critérios estabelecidos pela NBR , em termos de transmitância térmica (Tabela 9) e capacidade térmica (Tabela 10), para a zona bioclimática 2, referente a nossa região. Tabela 9: Critério e nível de desempenho de paredes externas quanto à transmitância térmica Fonte: ABNT (2004) A Tabela 9, mostra que para zona 2, a transmitância térmica deve ser menor ou igual a 2,5 W/(m². K ), comparando com as transmitâncias das alvenarias em estudo, contidas na Tabela 8 verifica-se que apenas o tijolo maciço (U=3,24 W/(m². K )) e o bloco de concreto (U=2,68 W/(m². K )), não atendem ao especificado na NBR , já os demais elementos estão de acordo.

38 38 Tabela 10: Critério e nível de desempenho de paredes externas quanto à capacidade térmica Fonte: ABNT (2004) Em termos de capacidade térmica, a NBR estabelece, para a zona 2, que esta deve ser maior ou igual a 130 KJ/(m². K), comparando com as capacidades térmicas das alvenaria em estudo, contidas na Tabela 8, verifica-se que todos os elementos estão de acordo com o estabelecido pela norma, visto que todas as capacidades térmicas são maiores que 130 KJ/(m². K) Desempenho acústico Para melhor compreensão do desempenho acústico de cada tipo de alvenaria em estudo, apresenta-se a seguir, a Tabela 11, contendo o índice de redução sonora (Rw), em db, para cada elemento de alvenaria em estudo. Tabela 11: Índice de redução sonora aérea de alvenarias ESPECIFICAÇÃO ESPES. PAREDE (cm) Rw (db) Bloco de concreto 14x19x39 cm, com reboco de argamassa nos 2 lados 17,5 51 Bloco cerâmico 14x19x39 cm, com reboco de argamassa nos 2 lados 17,5 49 Tijolo 8 furos 9x19x19 cm, com reboco de argamassa nos 2 lados - - Tijolo Maciço 9x5,7x19 cm, com reboco de argamassa nos 2 lados Fonte: adaptado da tabela de resultados do índice de redução sonora aérea de alvenarias, de ensaios em laboratórios, segundo Silva (2000 apud. PINTO, 2011, pg. 39) Analisando a tabela acima, para paredes de 17,5cm de espessura, constata-se que blocos de concreto são os que possuem um melhor desempenho acústico, reduzindo 51 db. Em segundo destaca-se o tijolo maciço, que mesmo com uma espessura menor apresenta um bom isolamento acústico (50 db). Já os blocos cerâmicos, apesar de apresentarem a mesma espessura que os blocos de concreto, tem um desempenho acústico menor (49 db), e são os menos vantajosos conforme a tabela 11.

39 Apesar da espessura do revestimento (reboco), contribuir para um melhor desempenho da isolação sonora das alvenarias, Pinto (2011) constatou através das análises que, não é somente a espessura das paredes que contribui para um melhor desempenho acústico, visto que, a tabela 11 é composta por diferentes materiais e espessuras. Paredes com materiais menos densos (tijolos cerâmicos furados), podem às vezes apresentar valores maiores que as alvenarias mais densas (tijolos maciços) (PINTO, 2011). Esta colocação não pode ser analisada no trabalho, pelo fato da dificuldade em encontrar ensaios de laboratório, referentes ao índice de redução sonora, para o tijolo furado 9x19x19, o qual se optou para os comparativos deste trabalho. A seguir foram comparados os dados obtidos para as alvenarias, com os critérios estabelecidos pela NBR , em termos de índice de redução sonora (Tabela 12), para alvenarias de vedação externa de salas e dormitórios, que são as áreas mais prezadas pelas NBR. Tabela 12: Diferença Padronizada de Nível Ponderada da vedação externa, D2m,nT,w, para ensaios de campo Fonte: ABNT (2004) A NBR , classifica o desempenho acústico em três níveis (M) mínimo, (I) intermediário e (S) superior, sendo que as alvenarias devem atingir no mínimo o nível mínimo de desempenho. Ainda, a primeira coluna (D2m,nT,w), refere-se a todas habitação, excetos aquelas localizadas junto a vias de tráfego intenso (rodoviário, ferroviário ou aéreo), neste caso é necessário utilizar a segunda coluna (D2m,nT,w +5), que nada mais é que a primeira coluna acrescida de + 5 db. A Tabela 9 mostra que quando se trata de vedação externa de salas e dormitórios, o índice de redução sonora deve estar entre 30 a 34 db (mínimo), comparando com os índices de redução sonora das alvenarias em estudo, contidas na Tabela 11 verifica-se que todas as alvenarias, atendem ao especificado na NBR , visto que todos ultrapassam o mínimo,

40 40 e atingem o nível superior ( 40): bloco de concreto (51 db), bloco cerâmico (49 db) e tijolo maciço (50dB). É importante ressaltar que a análise foi realizada supondo que a alvenaria fosse utilizada para vedação externa de sala e dormitórios, se utilizada para fachada ou divisória interna entre ambientes, deve ser consultada a NBR , visto que, esta estabelece outros parâmetros Síntese comparativa A figura 10 é uma síntese comparativa referente aos quesitos apresentados nos itens anteriores. Desta forma é possível observar qual tipo de alvenaria em estudo é mais vantajosa, dependendo de qual propriedade será utilizada como prioridade para fazer a escolha. ESPECIFICAÇÃO Bloco de concreto 14x19x39 cm Bloco cerâmico 14x19x39 cm Figura 10: Síntese comparativa CUSTO PRODUTIVIDADE RENDIMENTO - CONFORTO TÉRMICO CONFORTO ACÚSTICO - Tijolo 8 furos 9x19x19 cm - Tijolo cerâmico maciço 9x5,7x19 cm Fonte: autoria própria LEGENDA Bom Médio Regular 4.2 ANÁLISE DA PERCEPEÇÃO NA CIDADE DE SANTA ROSA A Figura 11 refere-se aos tipos e sistemas construtivos de alvenaria que são utilizados pelas construtoras entrevistadas, em Santa Rosa.

41 Figura 11: Gráfico dos tipos de alvenarias adotadas em Santa Rosa Fonte: autoria própria É possível perceber, através figura 11, que a alvenaria de vedação com tijolo furado (52%), principalmente de 8 furos são os mais utilizados na cidade. Em segundo lugar esta a alvenaria estrutural com blocos de concreto (39%), e por último esta a alvenaria estrutural com bloco cerâmico (5%) e tijolo maciço (4%). Quando perguntado a respeito do que é levado em consideração na hora de escolher o tipo de alvenaria a resposta da maioria das construtoras foi o conforto térmico e a estrutura (carga e espessura das paredes). O preço e o conceito da obra, ou seja, o padrão (baixo/médio/alto), também são fatores que influenciam na hora de definir a alvenaria que será utilizada. A Figura 12 refere-se à classificação das características da alvenaria quanto ao seu grau de importância na hora de fazer a escolha do tipo de alvenaria, observa-se que o preço, a qualidade e o conforto térmico são itens considerados importantes para todas as construtoras na hora de avaliar. Resistência e rendimento, apesar de serem itens importantíssimos, também são indiferentes para as construtoras (66,7%), ou seja, não influenciam muito quando se escolhe o tipo de alvenaria. Já o conforto acústico mesmo sendo considerado indiferente para algumas (33,3%), ainda é considerado muito importante para 66,70% das construtoras entrevistadas. A disponibilidade de produto é praticamente indiferente (66,7%), isto porque, segundo as construtoras é fácil comprar qualquer material em outras cidades próximas a Santa Rosa.

42 33,3% 33,3% 33,3% 66,7% 66,7% 100% 100% 100% 66,7% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 42 Figura 12: Classificação quanto ao grau de importância na escolha 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% IMPORTANTE INDIFERENTE NÃO É IMPORTANTE 10% 0% Fonte: autoria própria Quanto à disponibilidade de encontrar as alvenarias na cidade de Santa Rosa, é possível observar, através da Figura 13 que o tijolo maciço e o tijolo furado, são facilmente encontrados à venda na cidade, segundo todas as construtoras (100%). Em relação à disponibilidade do bloco de concreto, apesar de 33,3% das construtoras responderem ser difícil de encontrar nas lojas, 66,7% afirmam que o produto está à venda no mercado, porém não é tão comum encontra-lo em qualquer loja, e ainda relatam que o bloco de concreto pode ser encontrado facilmente em cidade próximas a Santa Rosa. Já o bloco cerâmico, como não é muito usual na cidade, é considerado por 66,7% das construtoras difícil de encontrar, e 33,3% responderam, que conseguem o produto porem somente em outras cidades.

43 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Figura 13: Disponibilidade das alvenarias 100,00% 100,00% 66,70% 66,70% 33,30% 33,30% Fácil Médio Difícil Não sei Fonte: autoria própria Em relação à confiabilidade dos fornecedores, nota-se na Figura 14 que somente os fornecedores de tijolo furado, são considerados confiáveis por todas as construtoras (100%), ou seja, cumprem prazos de entrega, oferecem produto com qualidade e prestam assistência. Para 66,7% das construtoras, fornecedores de tijolo maciço também são considerados confiáveis, porém 33,3%, não concordam que fornecedores de tijolo maciço sejam tão confiáveis assim. Das construtoras entrevistadas 66,7% não souberam responder, quanto à confiabilidade dos fornecedores de bloco de concreto e bloco cerâmico, e os outros 33,3% consideram uma confiabilidade media para esses fornecedores. 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Figura 14: Confiabilidade dos fornecedores 100,0% 66,7% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 33,3% Bom Médio Ruim Não sei Fonte: autoria própria Quando perguntado a respeito da facilidade em encontrar mão de obra qualificada para assentamento das alvenarias (Figura 15), todas construtoras responderam que a mão de obra

44 44 qualificada para tijolo cerâmico e furado é encontrada facilmente em Santa Rosa, assim como o bloco de concreto e o bloco cerâmico para 33,3% das construtoras. Já os outros 66,7%, consideram muito difícil encontrar mão de obra qualificada para assentamento dos blocos, pois falta experiência aos construtores com esse método. Figura 15: Facilidade em encontra mão de obra qualificada 120,0% 100,0% 100,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% Fácil Médio Difícil Não sei 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% Fonte: autoria própria Figura 16: Rapidez de execução da obra 100,0% 100,0% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% Bom Médio Ruim Não sei Fonte: autoria própria A Figura 16 refere-se à rapidez de execução da obra em relação a cada tipo de alvenaria, percebe-se que para todas as construtoras (100%), obras com tijolo furado e maciço são mais rápidas de serem executadas, isso em função da facilidade de material e mão de obra disponível. Já 66,7% das construtoras, responderam que obras com bloco de concreto e principalmente

45 cerâmico, são as mais demoradas, principalmente pela dificuldade de obter o material em Santa Rosa sendo necessário muitas vezes traze-lo de outra cidade. Quanto à perda e quebra no transporte e manuseio dos materiais (Figura 17), a resposta das construtoras é que em todas as obras independentemente do tipo de alvenaria que é utilizada, ocorre perda durante o transporte e manuseio, sendo que 66,7% das construtoras consideram essa perda pouca, se comparada com a obra em seu todo, e 33,7% consideram essa perda medianamente significativa, para qualquer tipo de alvenaria que será utilizada. 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Figura 17: Perda e quebra no transporte e manuseio 66,7% 66,7% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 33,3% 33,3% Pouco Médio Muito Não sei Fonte: autoria própria Em relação à percepção das construtoras sobre o conforto térmico (Figura 18) das alvenarias, observa-se que bloco de concreto, bloco cerâmico e tijolo maciço, segundo 66,7% das construtoras entrevistadas, apresentam um conforto térmico medianamente bom, e 66,7% das construtoras classificam o tijolo furado como aquele que apresenta o melhor conforto térmico. Esta percepção está de acordo com as análises realizadas no capitulo 4, visto que tijolos furados são aqueles que tem o melhor comportamento térmico. Das construtoras entrevistadas 33,7% não souberam responder a respeito do desempenho térmico de nenhum tipo de alvenaria em questão.

46 46 Figura 18: Conforto térmico 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 66,7% 66,7% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 33,3% 33,3% Bom Médio Ruim Não sei Fonte: autoria própria Já em relação ao conforto acústico (Figura 19), segundo as construtoras (66,7%), o bloco de concreto e o tijolo maciço são os que oferecem melhor conforto acústico. Esta percepção das construtoras se comprova no capitulo 4, onde blocos de concreto e tijolos maciço, são melhores em quesitos acústicos. Blocos cerâmicos e tijolo furado, para as construtoras (66,7%) apresentam um desempenho acústico medianamente satisfatório, e 33, 3% das construtoras não souberam responder a respeito do assunto, pois desconhecem o desempenho térmico dos materiais. Figura 19: Conforto acústico 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 66,7% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 33,3% 33,3% 33,3% Bom Médio Ruim Não sei Fonte: autoria própria

47 Outra questão também foi em relação à alvenaria que as construtoras recomendariam e não recomendariam aos clientes. Blocos de concreto estruturais seriam recomendados por questões acusticas e tijolos furados, por se acomodarem melhor a estrutura. As construtoras não recomendariam blocos de concreto para vedação e qualquer outro material se for de baixa qualidade. Quando perguntado as construtoras sobre quais as principais reclamações dos clientes, a única resposta foi problemas com infiltrações, uma questão que não foi comparada neste trabalho, mas que também poderia ser uma propriedade analisada antes de escolher o tipo de alvenaria para uma obra.

48 48 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através do trabalho desenvolvido foi possível concluir que a escolha do tipo de alvenaria que será utilizada em um empreendimento requer a análise de uma série de fatores, sendo necessário então decidir o que será adotado como prioridade. Entre esses fatores estão o custo, a produtividade, o rendimento, o conforto térmico, o conforto acústico, entre outros que não foram abordados neste estudo. Em relação ao custo, os resultados indicaram que o menor custo é o do tijolo cerâmico maciço, no entanto, quando analisadas as questões de produtividade e rendimento, são mais vantajosos os blocos, tanto cerâmico como de concreto, ou até mesmo o tijolo furado que, além de oferecer o menor preço, possui uma boa produtividade, rendimento, está disponível no mercado e a mão de obra para assentamento é facilmente encontrada, proporcionando assim uma obra em menor tempo e custo. Quanto ao conforto térmico, elementos cerâmicos apresentam melhor desempenho, porém somente quando estes forem vazados, no caso o bloco cerâmico e o tijolo furado. Porém, em relação ao desempenho acústico apresentam resultados inferiores do que o bloco de concreto e o tijolo cerâmico maciço, uma vez que quanto mais espessas as paredes e os elementos, maior é o isolamento acústico. Ao longo do trabalho percebeu-se uma grande dificuldade de se encontrar comparativos para o bloco cerâmico em dados da literatura e até mesmo obter comparativos para este na cidade de Santa Rosa, pelo fato de não ser muito utilizado na região e os consumidores apresentarem resistência quanto à inserção deste elemento em seus empreendimentos, sendo que a maioria das obras executadas na região é em tijolo furado. A pesquisa realizada com as construtoras identificou que o preço e a qualidade são as principais características analisadas pelas construtoras ao optar por um tipo de alvenaria. Já o conforto térmico e acústico, uma questão que não era levada em conta anteriormente, passou a ser analisado pelas construtoras para atender a Norma de Desempenho. Portanto, o presente estudo mostra que apesar de o tijolo cerâmico furado continuar sendo a melhor opção, existem outros tipos de alvenarias, que oferecem características tão boas ou até melhores em alguns aspectos, e ainda atendem a Norma de Desempenho.

49 REFERÊNCIAS ABCI- Associação Brasileira da Construção Industrializada. Manual Técnico de Alvenaria. São Paulo: ABCI/PROJETO, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural- Requisitos. Rio de Janeiro, f.. NBR 7170: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Rio de Janeiro, f.. NBR : Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, f.. NBR : Componentes cerâmicos Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, f.. NBR : Desempenho de edifícios habitacionais de ate cinco pavimentos: Fachadas e paredes internas. Rio de Janeiro, f. CAMACHO, J. S. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural f. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Ilha Solteira-SP. CAU/BR. Disponível em: < Acesso em: 08 out CERÂMICA LOPES. Catálogo de produtos. Disponível em: < Acesso em: 13 out CERÂMICA NICHELE. Catálogo de produtos. Disponível em: < Acesso em: 13 out CORRALES, A. G. et al. Estudo comparativo entre blocos de concreto, blocos cerâmicos e parede de concreto f. Curso de Graduação Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo. COSTA, V. Estudo comparativo entre cerâmica e concreto: tijolos e telhas Disponível em: < Acesso em: 05 out DÉSIR, J. M. Alvenaria estrutural. Disponível em: < Acesso em: 10 out EDIFIQUE. Disponível em: < Acesso em: 03 nov FREIRE, B. S. Sistema construtivo em alvenaria estrutural de bloco de concreto f. Curso de Graduação Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo.

50 50 GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Ed. Atlas, ª Edição. GOUVEIA, J.P.; LOURENÇO, P.B.; VASCONCELOS, G.; Soluções construtivas em alvenarias f. Congresso Construção 2007 Universidade de Coimbra, Portugal. GREVEN, H. A.; FAGUNDES, H. A. V.; INSFELDT, A. ABC do conforto acústico. 2. ed. Rio de Janeiro: Allen A. Dupré (MTb 9057), p. Disponível em: < Acesso em: 10 out HIPER BLOCK. Catálogo de produtos. Disponível em: < Acesso em: 13 out KALIL, S. B. Alvenaria Estrutural f. Curso de Graduação Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. KAPPAUN, K. Avaliação do desempenho térmico em edificações de blocos estruturais cerâmicos e de blocos estruturais de concreto para a zona bioclimática 2 brasileira f. Tese de Mestrado UFSM, Santa Maria. LIBRELOTTO, L. I. Tecnologias, sistemas construtivos e tipologias para habitações de interesse social em reassentamentos slides. Departamento de Arquitetura e Urbanismo UFSC, Florianópolis. Disponível em: < >. Acesso em: 02 nov LISBOA, R.Q. Análise comparativa entre prédios com estrutura convencional em concreto armado e alvenaria estrutural f. Curso de Graduação Universidade da Amazonia, Belém-PA. MARINOSKI, D. Alvenarias: conceitos, alvenaria de vedação, processo executivo slides. Departamento de Arquitetura e Urbanismo UFSC, Florianópolis. Disponível em: < %20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf >. Acesso em: 02 nov MOREIRA, D. C. Software: propriedade térmica dos materias ª versão. Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Disponível em: < Acesso em: 08 out NETO, J. P. B.; FENSTERSEIFER, J. E.; FORMOSO, C. T. Os critérios competitivos da produção: um estudo exploratório na construção de edificações. RAC, v.7, n.1, Jan./ Mar. 2003: PASTRO, R.Z. Alvenaria estrutural sistema construtivo f. Curso de Graduação Universidade São Francisco Engenharia Civil, Itatiba. PAULUZZI, Blocos cerâmicos. Manual de Desempenho f.

51 PENTEADO, P.T.; MARINHO, R.C. Análise comparativa de custo e produtividade dos sistemas construtivos: alvenaria de solo-cimento, alvenaria com blocos cerâmicos e alvenaria estrutural com blocos de concreto na construção de uma residência popular f. Curso de Graduação Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba. PEREIRA, F.P. Anomalias em paredes de alvenaria sem função estrutural f. Dissertação de Mestrado Universidade do Minho, Guimarães. PINTO, R.B. Determinação experimental e numérica da redução sonora aérea em paredes de alvenaria utilizadas em habitações f. Dissertação de Mestrado UFSM, Santa Maria. POLOZZI TIJOLOS. Disponível em < Acesso e: 06 set POYASTRO, P.C. Comparação entre blocos cerâmicos e em concreto, quanto a custo e produtividade, quando utilizados em alvenaria estrutural f. Curso de Graduação Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. POZZOBON, M.A. O processo de monitoramento e controle tecnológico em obras de alvenaria estrutural f. Tese de Mestrado UFSM, Santa Maria. RAMALHO, M.A.; CÔRREA, M.R.S. Projetos de edifícios de alvenaria estrutural. São Paulo: Editora Pini Ltda, Disponível em: < Acesso em: 25 abril ROMAN, H. R., et al.. Alvenaria estrutural programa de capacitação empresarial Módulo 1: administradores de obras, CD-ROM, Florianópolis. ROMAN, H. R., MUTTI, C. N., ARAÚJO, H. N. Construindo em alvenaria estrutural. 1a edição. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999, 83p. SANTOS, M.D.F. Técnicas construtivas em alvenaria estrutural: contribuição ao uso f. Tese de Mestrado UFSM, Santa Maria. SILVA, R.C.da.; GONÇALVES, M.O.; ALVARENGA, R.C.S.S. Alvenaria racionalizada. Revista Téchne. Disponível em: < Acesso em: 10 out SOUZA, L. C. L. de. Conforto térmico. Mod. 6, Março/2010: Disponível em: < Acesso em: 07 out TCPO, Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. São Paulo: Ed. PINI, p. 12ª Edição. THOMAZ, E. Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção. São Paulo: PINI, 2001.

52 52 VENTURINI, J. Planejamento: produtividade da mão de obra Disponível em: < aspx>. Acesso em: 25 out VIOBELI CERÂMICA. Catálogo de produtos. Disponível em: < Acesso em: 13 out YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. São Paulo: PINI: Sinduscon, ª ed. rev. e atual. - Disponível em: < Acesso em: 29 set

53 APÊNDICE A QUESTIONÁRIO EMPRESAS UNIVERSIDADE DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL-SANTA ROSA/RS QUESTIONÁRIO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO QUESTIONÁRIO (nº) APLICADOR(ES) HORÁRIO INICIAL ENDEREÇO Nome da Empresa 1 DATA HORÁRIO FINAL: PARTE A - PERFIL DAS CONSTRUTORAS Nº de Metragem total em andamento Nº de obras funcionários (estimada) 2 Área de atuação Tipo de contratação predominante Ano de Fundação da Empresa A empresa possui alguma certificação/se sim, qual? PARTE B - PERFIL DO RESPONDENTE Responsável pela Nome do Respondente Sexo Idade Escolaridade empresa? ( ) Sim ( ) Não Profissão Função Tempo de experiêcia PARTE C - DA ESCOLHA DA ALVENARIA Atualmente quantas obras estão em andamento? 7 Das obras em andamentos, indique nos campos quantas são em: ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) Alvenaria Estrutural ) Bloco de concreto ) Bloco cerâmico ) Tijolo cerâmico maciço ) Outro, qual ) Alvenaria de Vedação ) Bloco de concreto ) Bloco cerâmico ) Tijolo cerâmico maciço ) Tijolo cerâmico furado ) Outro, qual O que é levado em consideração na hora de escolher o tipo de alvenaria? 8

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