Estava eu perambulando pela Casa LUZ pensando no próximo post quando me dou conta de que ao meu lado só havia homens!

Transcrição

1 Estava eu perambulando pela Casa LUZ pensando no próximo post quando me dou conta de que ao meu lado só havia homens! Parei, pensei e vi que a única empresa que tem uma mulher sócia aqui no nosso Coworking é a própria LUZ. E tem mais! Nos EUA, segunda a ABC, apenas 2% dos recursos investidos em startups vão para as empresas que tem mulheres tocando o negócio. Será que existe uma explicação lógica para isso? Tive ótimas experiências formando equipes com mulheres e sempre tive como verdade que elas são mais centradas, organizadas, pé no chão, etc. Mas não foi exatamente isso que encontrei pesquisando na internet O que dizem por aí Li posts de todos os tipos, onde a explicação para a falta de mulheres nesse mundo de startups eram quase sempre as mesmas. As 6 principais são: 1. Mulheres tem menos visão empreendedora (interpretei isso como são menos inteligentes ) 2. Mulheres ficam grávidas, o que aumenta o risco e reduz a agilidade da startup 3. Homens são mais competitivos e racionais, o que aumenta as chances de sucesso 4. As mulheres não tentam 5. Foram educadas para ficar em casa 6. Fundos de investimento tem preconceito com mulheres 1

2 Isso me intrigou. Algumas dessas explicações me pareceram meio vazias e com uma bela dose de achismo. Resolvi expandir meus horizontes e comecei a pensar em outros tipos de empresas e projetos e [newsletter titulo = Assine nossa newsletter texto = Receba ferramentas de gestão gratuitas toda semana! desconto = 10% ] O jogo virou! De cara entrei na IndieGoGo, plataforma de crowdfunding, assisti uma entrevista com a CEO a constatei que 41% dos projetos bem sucedidos são de mulheres. Hmmm! As coisas estão melhorando. Logo após entrar nesse site, caiu a ficha: as empresas sociais (se você não sabe o que são, recomendo uma leitura rápida desse post) CLARO! As mulheres tem uma relevância incrível no empreendedorismo social! Alguns exemplos:. A equipe da Artemisia, maior organização brasileira de apoio a negócios sociais, é composta por 12 mulheres e três homens.. Segundo Mark Heskett, Diretor do SES, 52% das empresas sociais que passaram pelo seu programa no ano passado e 56% nesse ano, foram fundadas por mulheres.. 41,1% dos membros de conselho de empresas sociais são mulheres, enquanto apenas 11,7% das FTSE % do dinheiro emprestado pelo Banco Grameen foi para mulheres (ou seja, apenas 3% para homens.. O jogo de fato virou!) 2

3 Afinal, o que está por trás de tudo isso? Meu trabalho é, para mim, um chamado interno muito mais do que uma proposta comercial. Kalpana Sankar, empreendedora social em série mas precisamos conhecer, saber driblar e até usar algumas dessas armas [de guerra]. Nossa estratégia era de guerrilha, enquanto a concorrência usa a bomba atômica! Adriano Schincariol, CEO Grupo Schincariol De um lado, um discurso que remete à vocação, espiritualidade e devoção. Do outro, a guerra e todos os termos relacionados à mesma. A primeira imagem que me veio à mente foi a da mãe. Mães são protetoras, acolhem, pensam na família, tomam a decisão pelo grupo, prezam pelo todo. Homens são caçadores, competitivos e frios. Convenhamos, ambas personalidades cruciais para uma empresa prosperar. Conclusão 3

4 É tudo uma questão de equilíbrio a mulher pensa mais na sucessão, o homem em ter uma empresa imensa. A mulher é mais organizada e o homem está sempre tentando levar a estrutura ao seu limite. As mulheres mantém os homens com o pé no chão, e os homens tentam fazer com que elas cheguem ao céu Ou seja, ninguém é melhor do que ninguém. Acredito, portanto, que o importante é conseguir equilibrar esses elementos dentro da sua própria empresa (e em você individualmente), para que atinja o equilíbrio ou algo próximo do mesmo. A discussão, no final, acaba não sendo a de homem ou mulher, mas sim de perfis diferentes e do modo como vemos o trabalho hoje em dia. Ou seja, queremos dominar o mundo? Comprar carros e lanchas? Cumprir um papel importante na sociedade? Como 4

5 balanceamos tudo isso? Mulheres, vale uma nota final especialmente para vocês, em um caliente post no Techcrunch, o Michael Arrington fez um chamado para as empreendedoras de plantão, dizendo que está de saco cheio de ser criticado pela mídia por não dar oportunidades a mulheres, sendo que o real problema é que não há mulheres com coragem de apresentar sua ideia de negócio para eles Ele advoga que as mulheres assumiram a postura de vítimas, botando a culpa em todos mas sem fazer o seu dever de casa para dar certo. Ou seja, quer empreender? Nos avise!! Última pergunta: como vocês veem essa questão da gravidez? Vocês deixariam de empreender, adiantariam ou atrasariam o momento de ter filhos? Estou realmente curioso para entender como vocês interpretam essa dinâmica filho-negócio. E aí discorda de algo? Profissionais de outras áreas, podem complementar? Gostou do post? Forte abraço (ou beijo) e vamos trocando características para nos tornarmos empreendedores cada vez mais completos! 5