A questão mais incômoda sobre Paris: Riocentro ou Teoria da Falsa Bandeira

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Isabel Conceição Monteiro
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1 A questão mais incômoda sobre Paris: Riocentro ou Teoria da Falsa Bandeira claudio_tognolli Claudio Tognolli 16 de novembro de 2015 Aqui, os militares meteram uma bomba no Riocentro para culpar os comunas. Lá fora, o Fator Riocentro tem outro nome: Teoria da Falsa Bandeira. A saber: numa situação de caos, você coloca na lista de suspeitos quem você quiser. É uma prática comum aos serviços de inteligência de todo o mundo. O caso mais famoso talvez seja o Incidente Mukden : tropas japonesas, em 1931, cometeram um atentado terrorista contra um trem nipônico: e culparam os chineses, para assim poder invadir a Manchúria. Há um ensaio bem interessante no Washington Blog sobre isso: first questionto ask after any terror attack was it a false flag.html Eu rezo para que os culpados sejam mesmo quem eles estão mostrando. Bem, os tempos, para quem tem meia idade e gostou do filme Argo, são definitivamente outros. Quando a ditadura esmorecia no Brasil, no final dos 70, o Aiatolá Khomeini resgatou a bipolaridade. O mundo agradeceu.

2 Os xiitas definiam bem seu barato, sua chávena, seu bag. Partia se do seguinte pressuposto: o Arcanjo Gabriel teria dito a Maomé que Só existe um Deus que é Ala e Maomé é seu profeta. O arcanjo Gabriel teria dito a Maomé que sua missão, seu esforço (ou jihad) era: criar a Umma, comunidade supranacional, em que todos seriam iguais, independentemente de nação, etnia ou credo. Xiitas distorceram bem: Jihad passou a ser lido como Guerra Santa contra os infiéis. Quem seriam os infiéis? Respondiam os xiitas: os infiéis eram os católicos, já que admitem a santíssima trindade (o que vai contra a revelação do Arcanjo, de que só há um deus que é Ala ) Quais os outros infiéis? Respondiam os xiitas: os judeus, porque se dizem o povo escolhido (o que vai contra a revelação do arcanjo, de que numa Umma todos são rigorosamente iguais). Os EUA agradeciam tal distorção xiita do islamismo real. Afinal poderiam dizer que todo o islâmico é xiita. E, assim, digerir (bipolarizar) a causa ao povão. Os EUA agradeciam que os xiitas fossem radicais: porque assim, afinal, poderiam dizer que o crescimento brutal do islamismo entre imigrantes nos EUA (negros, chicanos, latinos em geral) era um perigo interno a ser combatido. Os EUA agradeciam que os xiitas referissem que seus clérigos só poderiam ser os herdeiros biológicos descendentes dos 12 herdeiros dos netos de Maomé, Hassam e Hussein. Os EUA agradeciam que os xiitas admitissem a Sharia, na qual estado é igual a religião, fosse expressa por meio de Fatwas, ou decretos de morte. Assim os EUA poderiam generalizar que todo o islâmico predica fim da máxima conquista da Revolução Francesa, a separação Clero/Estado.

3 Mas a bipolaridade não duraria muito. Desde a saída de Israel do Líbano, em 2000, xiitas não cometeram mais atentados suicidas. Não havia nenhum xiita preso em Guantánamo. Quem culpar, então? O Estado Islâmico trouxe a bipolaridade de volta. Com a paz xiita, o mundo islâmico virou uma confusão em que o populacho era incapaz de discernir o mínimo. Mas agora temos novos vilões. E deles uma novidade: o pessoal do Estado Islâmico foi atrás da biotecnologia para provar que são tão descendentes de Maomé quanto os clérigos xiitas. Em junho de 2014 o Estado Islâmico publicou um documento em que afirmava ter rastreado a linhagem genética de seu líder al Baghdadi até Maomé. Depois da proclamação de um novo califado em 29 de junho, o grupo nomeou al Baghdadi como seu califa. Notem: um califa sangue bom!!!! A grande verdade é que as minorias de todo o mundo estão se convertendo em massa ao islamismo, de resto a religião que mais cresce no planeta, com 1,5 bilhão de adeptos. Em 25 anos, ou seja, em uma geração, a cultura europeia, como a conhecemos, começará a ser varrida do planeta: tudo porque, a cada 25 anos em média, uma mulher europeia gera 1,3 filho e uma mulher muçulmana entre seis e oito filhos. É óbvio que a direita americana quer fazer crer ao mundo que essa nova cultura será do talibanato. Eis a nova farsa contra a qual a humanidade tem de lutar. Quando o arcanjo Gabriel começou a aparecer para o profeta Maomé, no ano de 610, diz a tradição islâmica, uma das prédicas reveladas dava conta de que o profeta deveria promover um grande

4 jihad em prol de estabelecer no mundo uma grande UMA, comunidade pacífica em que todos são iguais independentemente de etnia, religião ou nacionalidade. Quando Cassius Clay ganhou o cinturão mundial de boxe em 1968 e o teve confiscado por se negar a ir ao Vietnã, ele se converteu justamente à UMA. E assim, já cidadão do mundo, pois a UMA se supõe supranacional, reconquistou o título mundial dois anos depois com o nome de Mohamed Ali na tentativa que hoje empolga as fantasias de todas as minorias do mundo: o igualitarismo pelo sentimento de supra nacionalidade. A direita norte americana traduz jihad como guerra santa aos infiéis e não no seu significado original, que é algo parecido com esforço. Talibãs subscrevem que jihad é guerra santa contra os infiéis. Naquele distante ano de 610, o arcanjo Gabriel também notou ao profeta Maomé que só há um deus que é Alá e Maomé é seu profeta. Destruindo a linguagem original, destecendo significados em prol de loucuras, talibãs e xiitas dizem que os infiéis são os católicos, porque admitem a trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e que portanto estariam combatendo ferozmente o conceito de que só há um deus que é Alá. Talibãs e xiitas também referem que judeus merecem ser combatidos porque se auto regulam como o povo escolhido de Deus o que iria radicalmente contra o conceito igualitário da UMA. Lembremos: desde a saída de Israel do Líbano em 2000, xiitas não cometeram mais atentados suicidas. Vou lembrar de uma claríssima explicação do jornalista e expert Gustavo Chacra: Não há nenhum xiita preso em Guantánamo. Nenhum xiita

5 integra a rede terrorista Al Qaeda. Quando ocorreu o recente atentado em Boston, ninguém desconfiou de xiitas e os suspeitos não são mesmo seguidores desta vertente do islamismo. O terrorismo, neste caso, acabou se tornando mais comum entre os sunitas nas últimas décadas. O Taleban, o Hamas, Bin Laden e a Al Qaeda são sunitas, não xiitas. A Arábia Saudita, que possui um Apartheid contra as mulheres, também é sunita. Todas as monarquias travestidas de ditaduras no Golfo Pérsico são controladas por sunitas

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