Regime Prudencial Simplificado Edital nº 53/2017
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- Rebeca Lemos Benke
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1 Regime Prudencial Simplificado Edital nº 53/2017 Agosto/2017 1
2 Edital nº 53/ minuta de Resolução+ 3 minutas de Circulares Nos próximos dias, planos de publicação de minutas de Cartas circulares Prazo para comentários: 15/09.
3 Motivação RPS das cooperativas é considerado experiência bem sucedida É desejável ampliar escopo para demais instituições de perfil de risco simplificado Resolução nº produz efeitos a partir de fevereiro de 2018 É necessário definir estrutura simplificada de gerenciamento de riscos Capital requerido do RPS atual depende apenas do risco de crédito Convém estabelecer requerimento sensível a outros riscos relevantes Apuração dos limites (p.ex., capital) pode ser complexo para as instituições-alvo É possível simplificar a definição e a apuração dos limites, inclusive capital
4 Panorama da proposta Grupo I Grupo II Grupo III Atuação Crédito Crédito Mercados de ouro, câmbio e como agente fiduciário Ativos ponderados pelos riscos - Crédito - Operacional* - Cambial Nível mínimo de capital 17% 12% (cooperativas filiadas a coop. central) Estrutura simplificada de gerenciamento de riscos Limite de exposição cambial - Crédito - Operacional - Socioambiental - Crédito - Operacional* - Cambial 17% 17% - Crédito - Operacional - Socioambiental - Crédito - Operacional* - Cambial - Operacional - Socioambiental Dispensa Dispensa Dispensa * A metodologia para apuração dos ativos ponderados pelo risco operacional pode ter calibragem do parâmetro específica para cada grupo.
5 Segmentação e proporcionalidade Principais benefícios esperados Maior eficiência da intermediação financeira Redução do custo excessivo de observância, resguardando os requisitos de prudência Aumento da competição Equilíbrio dos custos e novos entrantes ( regulatory sandbox ) Reduz incerteza regulatória das instituições menores, enquanto mantém alinhamento com padrões internacionais Agenda BC+ Pilar SFN + Eficiente
6 Enquadramento Realizado pela própria instituição: critérios de segmentação S1, S2, S3 e S4: preenchimento do DLO S5: momento da opção por regime prudencial simplificado BCB pode determinar que a instituição altere seu enquadramento Caso determinada saída do S5, instituição somente volta após decisão do BCB Toda alteração de enquadramento produz efeito após o término do semestre subsequente à data de alteração Exceto quando instituição opta por entrar ou sair do RPS
7 Enquadramento inicial BCB divulgou o enquadramento inicial (dados de junho/16)
8 Panorama inicial da segmentação
9 Transparência BCB divulga periodicamente o enquadramento das instituições através do IF.data.
10 Segmentação e RPS Porte 10% PIB (ou atividade internacional relevante) Entre 1% e 10% do PIB Entre 0,1% e 1% do PIB Segmento < 0,1% do PIB S4 (perfil de risco não simplificado) S1 S2 S3 S5 (perfil de risco simplificado) O enquadramento no segmento S5 ocorre por um dos seguintes critérios: 1) Opção por metodologia facultativa simplificada (RPS) para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência; ou 2) Dispensa da apuração do Patrimônio de Referência.
11 Estrutura do RPS Critérios de elegibilidade: porte e perfil de risco simplificado Simplificação dos requerimentos de capital: definição simplificada apuração baseada nos dados de balancetes contábeis (Cosif) Estrutura simplificada para gerenciamento de riscos: requerimentos concretos e prescritivos que detalham a estrutura de gerenciamento estabelecida pela Resolução nº 4.557
12 Escopo de aplicação Grupo I: cooperativas singulares de crédito Grupo II: instituições não bancárias de crédito Associações de poupança e empréstimo Companhias hipotecárias Sociedades de arrendamento mercantil Sociedades de crédito imobiliário Sociedades de crédito, financiamento e investimento Grupo III: instituições não bancárias de ouro, câmbio e agentes fiduciários Sociedades corretoras de câmbio Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
13 Conglomerados prudenciais Definição: Resolução nº 4.280/2013 Requerimentos são aplicados de maneira consolidada Não podem fazer a opção pelo RPS os conglomerados: cujas instituições integrantes pertençam a mais de um grupo (II e III) dos quais façam parte alguma instituição fora do escopo de aplicação da norma
14 Requisitos Porte compatível com S5 Inferior a 0,1% do PIB, ou R$ 6,27 bilhões (dez/16) Perfil de risco simplificado Atendimento de critérios de elegibilidade, de acordo com o grupo Objetivo geral: evitar as atividades que possam trazer riscos para os quais a regulação simplificada é inadequada. Para grupos I e II: basicamente os mesmos da Resolução nº Para grupo III: atividades ligadas a bolsa de valores e à administração de recursos de terceiros Instituições com instrumentos de Capital Complementar ou Capital Nível II: não permitidas devido a requerimentos de Pilar 3
15 Procedimento para opção pelo RPS 1º passo: conselho de administração (ou diretoria) opta pela utilização da metodologia simplificada 2º passo: instituição comunica essa decisão ao BCB A utilização da metodologia simplificada deve ocorrer apenas após a confirmação de recebimento, pelo BCB, da comunicação. Tal opção implica automaticamente o enquadramento da instituição no segmento S5.
16 Procedimento para desistência do RPS 1º passo: conselho de administração (ou diretoria) opta pela desistência da metodologia simplificada 2º passo: instituição comunica essa decisão ao BCB A utilização da metodologia simplificada deve cessar apenas após a confirmação de recebimento, pelo BCB, da comunicação. Tal opção implica automaticamente o enquadramento da instituição no segmento S4.
17 Implicações da desistência do RPS Enquadramento no S4 imediatamente após desistência Instituição fica impedida de optar novamente pelo RPS por 12 meses Caso a desistência ocorra por descumprimento dos critérios de perfil de risco simplificado, instituição fica impedida de optar novamente pelo RPS por 36 meses
18 Capital regulamentar Apuração com base nos balancetes contábeis (Cosif) Objetivo é poder dispensar a remessa de documentos mais complexos, como o DLO. Ativos ponderados por risco (RWA S5 ) composto por três parcelas: Risco de crédito (RWA RCSimp ) Risco operacional (RWA ROSimp ) Risco cambial (RWA CAMSimp ) Simplificação do capital regulamentar Apenas Patrimônio de Referência (PR). Exigência mínima incorpora valor do adicional de capital principal da Resolução nº Nível mínimo: 17% do RWA S5 (12% se for cooperativa singular filiada a cooperativa central)
19 Gerenciamento de riscos pela Res Estrutura simplificada: gerenciamento de riscos relevantes Políticas, estratégias, limites e procedimentos: manter exposição a riscos em níveis aceitáveis Avaliação periódica de rotinas e procedimentos: pela administração da instituição Indicação de diretor responsável pela estrutura Auditoria interna
20 Gerenciamento de riscos pelo RPS Risco Operacional: deve ser considerado relevante e deve ser gerenciado por todas as instituições do RPS Risco de Crédito: deve ser considerado relevante e deve ser gerenciado pelas instituições pertencentes aos grupos I e II Instituição deve gerenciar os demais riscos relevantes Risco Socioambiental: conforme Resolução nº Estrutura simplificada: Monitoramento do capital e da liquidez Manutenção de estoque de ativos líquidos Plano para enfrentar escassez de ativos líquidos
21 Gerenciamento de risco operacional Terceirização: critérios de decisão quanto à terceirização de serviços e de seleção de seus prestadores TI: infraestrutura que assegure integridade, segurança e disponibilidade dos dados Política de continuidade de negócios: Identificação e documentação dos processos críticos de negócios Estratégias de continuidade Plano de continuidade com objetivo de limitar as perdas decorrentes da interrupção de negócios críticos
22 Gerenciamento de risco de crédito Ativos problemáticos: identificação, monitoramento e controle Atraso superior a 90 dias Indicativos de que a obrigação não será integralmente honrada Reestruturação: documentação e armazenamento das perdas relacionadas à reestruturação
23 Governança de riscos Diretor Responsável: Responsável pela implementação, desempenho e aperfeiçoamento da estrutura de gerenciamento Participar de processos de tomada de decisões estratégicas relacionadas ao gerenciamento de riscos Supervisionar os processos e controles para a apuração do montante do RWA S5 e do requerimento mínimo de PR S5
24 Governança de riscos Conselho de Administração Aprovar e revisar as políticas e estratégias de gerenciamento de riscos Autorizar as exceções às políticas e procedimentos estabelecidos Promover a disseminação da cultura de riscos Assegurar níveis adequados de capital e liquidez
25 Patrimônio de Referência Simplificado (PR S5 ) Apuração do PR S5 Um nível de capital (PR S5 ) Não haverá requerimentos de Nível 1 nem Nível 2 Capital Elegível Capital Social (após aprovação do BCB) Reservas (capital, reavaliação, lucros) Ganhos não realizados - reavaliação patrimonial Lucros acumulados Contas de resultado credoras
26 Patrimônio de Referência Simplificado (PR S5 ) Apuração do PR S5 Deduções Ações de emissão própria Perdas não realizadas - reavaliação patrimonial Prejuízos acumulados Contas de resultado devedoras Ágios Intangíveis Investimentos em IFs não consolidadas Instrumentos elegíveis a PR de outras instituições
27 Patrimônio de Referência Simplificado (PR S5 ) Apuração do PR S5 Deduções (cont) Ativos atuariais de planos BD Créditos Tributários Diferenças temporárias dependentes de lucros futuros Prejuízos fiscais e de base negativa de CSLL Ativos permanentes diferidos Não Dedução Participações de cooperativas em centrais ou confederações
28 Patrimônio de Referência Simplificado (PR S5 ) Apuração do PR S5 Eliminação do basket Obrigações fiscais diferidas não reduzem os CTs Instrumentos de Nível 2 existentes Não elegíveis ao PR S5
29 Risco de Crédito (RWA RCSimp ) Exposições Aplicações em bens e direitos Despesas no ativo Adiantamentos Aval, fiança, coobrigação, qualquer garantia Créditos a liberar Não são exposições Operações interdependências Deduções do PR Operações ativas vinculadas
30 Risco de Crédito (RWA RCSimp ) Fatores de Ponderação (FPRs) 0% Valores em espécie (BRL ou moedas de países grau inv.) Ouro ativo financeiro e instrumento cambial Risco Tesouro Nacional ou BCB 20% Depósitos bancários Centralização financeira (sistemas cooperativos) Compromissadas com TPFs Risco IF e demais autorizadas pelo BCB
31 Risco de Crédito (RWA RCSimp ) Fatores de Ponderação (FPRs) 50% 75% Depósitos a prazo em IFs Depósitos interfinanceiros Créditos a liberar Operações de crédito (equiparação a exposições de varejo do regime prudencial vigente) Arrendamento mercantil
32 Risco de Crédito (RWA RCSimp ) Fatores de Ponderação (FPRs) 100% Fundos de investimento Venda com compromisso de recompra Outros (não enquadradas nos demais FPRs)
33 Risco Operacional (RWA ROSimp ) Circular estabelece procedimento de cálculo do requerimento de capital para risco operacional (mediante RWA ROSimp ) Apurado semestralmente, considerando os últimos 3 períodos anuais Período anual = 2 semestres consecutivos
34 Risco Operacional (RWA ROSimp ) RWA ROSimp = 1 F 2 i=0 α BI Simpt i 3, em que: F = 17% ou 12%, de acordo com cada caso BI Simpt = Indicador Simplificado de Exposição ao Risco Operacional no período anual "t α = 7% (Grupo I), 15% (Grupo II), ou 20% (Grupo III)
35 Risco Operacional (RWA ROSimp ) Indicador Simplificado de Exposição ao Risco Operacional (BI Simp ) BI Simpt = CFA t + CS t, em que: CFA t = componente financeiro ampliado; e CS t = componente de prestação de serviços e outros resultados operacionais.
36 Risco Operacional (RWA ROSimp ) Componente Financeiro Ampliado (CFA t ) CFA t = Abs RJ t Abs(DJ t ) + RP t ) + Abs(RFL t, RJ t = receitas de juros e arrendamentos do período anual t DJ t = despesas de juros e arrendamentos do período anual t RP t = receitas de participações do período anual t RFL t = resultado financeiro líquido referente ao período anual t.
37 Risco Operacional (RWA ROSimp ) Componente de prestação de serviços financeiros e outros resultados operacionais (CS t ) CS t = Max RS t ; Abs(DS t ) + Max ORO t ; Abs(ODO t ), em que: RS t = receitas de serviços do período anual t DS t = despesas de serviços do período anual t ORO t = outras receitas operacionais do período anual t ODO t = outras despesas operacionais do período anual t
38 Risco Cambial (RWA CAMSimp ) Circular estabelece procedimento de cálculo do requerimento de capital relativa à exposição em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial (mediante RWA CAMSimp ) Apurado mensalmente
39 Risco Cambial (RWA CAMSimp ) Parcela dos ativos ponderados pelo risco relativa à exposição em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial (RWA CAMSimp ) RWA CAMSimp = β EXP Simp, em que: F F = 17% ou 12%, de acordo com cada caso β = 40% EXP Simp = valor da exposição relativa à aplicação em ouro, moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial
40 Obrigado! 40
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