Efeito do Treino de Endurance Intervalado na tolerância ao esforço medido pela Prova de Marcha de 6 minutos

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1 Efeito do Treino de Endurance Intervalado na tolerância ao esforço medido pela Prova de Marcha de 6 minutos Luis Gaspar RN, MSc; Paula Martins RN; Margarida Borges RN Unidade de Exploração Funcional e Reabilitação Respiratória Sector de Cinesiterapia Respiratória Serviço de Pneumologia

2 Agenda Estudo Empírico Cronodiagrama Programa de Reabilitação: Apresentação de Resultados Discussão de Resultados Conclusões 2

3 Estudo Empirico OBJETIVO Avaliar o efeito de um programa de Reabilitação Respiratória com treino de endurance intervalado na tolerância ao esforço em pessoas com doença respiratória severa. QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO De que forma o treino de endurance intervalado altera a tolerância ao esforço das pessoas com doença respiratória crónica severa; De que forma o treino de endurance intervalado interfere na SatO 2 durante o esforço em pessoas com doença respiratória crónica severa; De que forma o treino de endurance intervalado altera a dispneia e a percepção de fadiga durante o esforço em pessoas com doença respiratória crónica severa TIPO DE ESTUDO Estudo Prospectivo; Quantitativo; Exploratório AMOSTRA 10 pessoas com Doença Respiratória Crónica que concluíram o programa de Reabilitação Respiratória na Unidade de Exploração Funcional e Reabilitação do Serviço de Pneumologia do Centro Hospital São João CRITÉRIOS DE INCLUSÃO + 18 anos; VEMS% 30%, Prova de Marcha inicial 100 metros, capacidade comunicacional; sem contraindicação formal para praticar exercicio fisico VARIÁVEIS Marcha, SatO 2, Dispneia, Fadiga Muscular INSTRUMENTOS DE COLHEITA DE DADOS Prova de marcha de 6 minutos, Oximetria de pulso, Escala de Borg Modificada 3

4 Cronodiagrama Programa de Reabilitação T1 T2 6MWT SatO 2 Borg D/F 6MWT SatO 2 Borg D/F Legenda: Programa de Reabilitação Respiratória: duração média 12 semanas T1: Inicio do PRR T2: Final do PRR 6MWT: Prova de marcha de 6 minutos SatO 2 : Saturação de oxigénio Borg D/F: Escala de Borg para avaliação da dispneia e da sensação de fadiga 4

5 Escala de Borg Modificada 0 Nenhuma 0,5 Muito, muito leve 1 Muito leve 2 Leve 3 Moderada 4 Pouco intensa 5 Intensa 6 7 Muito intensa 8 9 Muito, muito intensa 10 Maxima 5

6 Programa de tratamento Duração média 12 semanas, 3 vezes por semana Componente educacional Informal Estruturada Componente de exercício Treino de Força Muscular: Músculos dos Membros Superiores e Inferiores Grande Peitoral Grande Dorsal Treino de Endurance (Cicloergómetro): Tempo máximo: 30 minutos Carga alvo segundo CPET para Alta Intensidade de Treino Sem CPET: sem carga Series de 2 min de esforço físico alternado com 2 min repouso Respiração Freno labial entre os períodos de esforço físico 6

7 Programa de tratamento Protocolo do treino de endurance 7

8 Apresentação de Resultados Caracterização da amostra Sexo (n=10) Feminino 4 Masculino 6 Idade (n=10) Mediana 62,50 Interquartil ,50-76,00 VEMS% (n=10) Mediana 21,30 Interquartil ,60-29,25 Volume Residual (n=10) Mediana 213,50 Interquartil ,25-320,00 Diagnóstico (n=10) DPOC 6 Bronquiectasias 3 Doença Interstício 1 VEMS: Volume expiratório máximo no 1º segundo 8

9 Apresentação de Resultados TREINO DE ENDURANCE INTERVALADO Antes Depois Valor p Variação Prova de marcha 6 minutos Mediana ,005 * 139 Interquartil ,00-44,02 88, Saturação de Oxigénio Mediana 79,8 91,6 0,012 * 11,8 Interquartil ,50-93,25 Escala Borg Modificada Dispneia (I) Mediana 4 0 0,027 * -3 Interquartil ,75-5,75 3,25-10 Escala Borg Modificada Dispneia (F) Mediana ,014 * -10 Interquartil ,25-10,00 0,00-2,50 Escala Borg Modificada Fadiga (I) Mediana 5 2 0,042 * -3 Interquartil ,75-6,50 0,00-2,75 Escala Borg Modificada Fadiga (F) Mediana ,306-5 Interquartil , ,00-10,00 *Estatisticamente significativo para p < 0,05 9

10 Apresentação de Resultados 6MWT Escala de Borg Modificada Inicial Final Inicial Final /2 2/ /0 0/ /0 0/10 10

11 Discussão de Resultados De que forma o treino de endurance intervalado altera a tolerância ao esforço das pessoas com doença respiratória crónica severa? 11

12 Discussão de Resultados De que forma o treino de endurance intervalado interfere na SatO 2 durante o esforço em pessoas com doença respiratória crónica severa? 12

13 Discussão de Resultados De que forma o treino de endurance intervalado altera a dispneia e a perceção da fadiga durante o esforço em pessoas com doença respiratória crónica severa? 13

14 Conclusões Os dados que obtemos nesta investigação permitem-nos obter as seguintes conclusões: A Reabilitação Respiratória com treino de endurance intervalado Aumenta a distância percorrida na Prova de Marcha de 6 minutos; Melhora a Saturação de Oxigénio durante o esforço Melhora a Dispneia Reduz a Fadiga Muscular para a mesma quantidade de esforço 14

15 rgia para a musculatura dos membros superiores (MS) e membros inferiores (MI) em carga. PROGRAMA DE REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA (52 semanas; 3X semana) Reeducação funcional respiratória Reeducação diafragmática Expansão torácica Reforço muscular dos MS e MI Treino aeróbico Cicloergómetro de braços (15 75% FC Max) (desde 29/04/2015) uma cadeira de Cicloergómetro pernas (30 75% FC Max) (de 04/05/2015 a 08/06/2015) Treino de marcha (de 09/06//2015 a 20/07/2015) É melhor empurrar rodas do que ser empurrada numa cadeira de rodas CARACTERISTICAS DO TREINO AERÓBICO Com O 2 a 4ltr/minuto Sem ventilação não invasiva Duração-alvo: 30 minutos (incremento de 10 minutos/semana) Período de pausa de 2 minutos se: Esca adeborg 7 SatO 2 inferior a 88% Intolerância ao esforço

16 OBRIGADO

17 Referências bibliográficas Kortianou EA, Nasis IG, Spetsioti ST, et al (2010) Effectiveness of interval exercise training in patients with COPD. Cardiopulm Phys Ther J 2010; 21: Spruit M.A. et al., An official American Thoracic Society/European Respiratory Society: Key Concepts and Advances in Pulmonary Rehabilitation statement on pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med, (8): p Vogiatzis I, Gerasimos T., Nanas S., et al (2005) Skeletal Muscle Adaptations to interval treining in Patients with Advanced COPD Chest, 128, pág Lee A.L., Holland A.E. (2014) Time to adapt exercise training regimens in pulmonary rehabilitation a review of the literature International Journal of COPD 9, pág Beauchamp MK, Nonoyama M, Goldstein RS et al (2010) Interval versus continuos training i individuals with chronic obstructive pulmonary disease a systematic review Thorax, 65, pág Kortianou EA, Nasis IG, Stavroula T et al (2010) Effectiveness of interval exercise training in patients with COPD Cardiopulmonary Physical Therapy Journal volume 21, nº3 Setembro Andrianopoulos V, Wagers S, Groenen M et al (2014) Characteristics and determinants of endurance cycle ergometry and six-minute walk distance in patients with COPD BMC Pulmonary Medicine 14:97 Gruber W, Orenstein D, Braumann K, Beneke R (2014) Interval exercise training in cystic fibrosis Effects on exercise capacity in severely affected adults Journal of Cystic Fibrosis 13, pág