PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

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Bianca Espírito Santo Castelhano
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Definição a) Prescrição perda da exigibilidade judicial de um direito (pretensão), em consequência de não ter sido exigido pelo credor ao devedor durante certo lapso de tempo

1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Definição a) Prescrição perda da exigibilidade judicial de um direito (pretensão), em consequência de não ter sido exigido pelo credor ao devedor durante certo lapso de tempo art. 189, CC. b) Decadência - perda de direitos potestativos e invioláveis, pelo decurso de prazo previsto em lei ou no contrato para o seu exercício (Vólia Bomfim, pag. 1263) **A prescrição surge com lesão a direito subjetivo. A decadência surge com o direito potestativo (faculdade). ** O direito passível de aplicação de prescrição implica em sentença condenatória. Já o direito passível de decadência implica em sentença constitutiva. 1/6

2 Prazo prescricional cobrança dos últimos 05 anos contados do protocolo da ação, respeitado o limite máximo de dois anos após a extinção do contrato de trabalho art. 7º, XXIX, CF e Súmula 308, I, TST. *Igualdade de prazo para trabalhador urbano e rural após EC 28/2000. Transição OJ s 271 e 417, SDI, I, TST. Antes da EC 28/2000 os trabalhadores rurais tinham prazo de dois anos após a extinção do contrato de trabalho para reclamarem direitos referentes a todo o período contratual, com fulcro no art. 11, II, CLT, art. 175 do Estatuto do Trabalhador Rural e art. 7, XXIX, b, CF/88. Após a EC 28/2000, os prazos prescricionais de trabalhadores urbanos e rurais foram igualados e o TST entende: para contratos já extintos ao tempo da publicação da EC 28/2000 continua se aplicando a regra do prazo prescricional anterior, independentemente de ajuizamento de ação anterior ou não EC 28/2000. Já para os contratos em curso na data da publicação da EC 28/2000, entende o TST que terão o prazo até 25/05/2005 para ajuizar a ação reclamando os direitos referentes a todo o período contratual anterior, sendo que a partir de tal data, somente poderão ser reclamados os últimos cinco anos contados a partir do ajuizamento da ação. 2/6

3 *Igual prazo para empregado doméstico - regra geral natureza trabalhista. *Prazo para reclamar depósitos na conta vinculada do FGTS deixa de ser trintenário prazo para reclamar é de até 02 anos após a extinção do contrato de trabalho, podendo cobrar os últimos 05 anos nova redação da Súmula 362, TST: Súmula FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material DEJT divulgado em 12, 15 e I Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de , é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em , aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de (STF-ARE /DF). *Inexistência de prazo prescricional em relação à pretensão de anotação da CTPS para fins previdenciários art. 11, 1, CLT. 3/6

4 Contagem do prazo prescricional em caso de ano, repete dia e mês do ano correspondente - Lei 810/49 c/c art. 132, 3º CC. Declaração de ofício da prescrição art. 240, 1, CPC - inaplicabilidade ao processo do trabalho, segundo entendimento majoritário do TST. Prescrição intercorrente Súmula 114, TST (inaplicabilidade) x Súmula 327, STF (aplicabilidade) x Enunciado n. 15 do TRT 18 Região, na I Jornada sobre o Código de Processo Civil de Prescrição total e prescrição parcial (Súmula 294, TST) a) Prescrição Total aplicável em caso de verba que não tenha efeito sucessivo ou mesmo tendo efeito sucessivo, quando é fundado em cláusula contratual e não preceito de lei; b) Prescrição Parcial aplicável em caso de direito com efeito sucessivo que surgiu de preceito de lei e não cláusula contratual. Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescrição: 4/6

5 a) Causa impeditiva não inicia contagem do prazo prescricional. Ex.: menor de 18 anos (art. 440, CLT). *No caso do menor, uma vez completados 18 anos, ele tem dois anos para ajuizar a ação e pleitear direitos referentes a todo o contrato de trabalho, se o contrato de trabalho já foi extinto. Em caso de contrato de trabalho ainda em curso, uma vez completados 18 anos, tem cinco anos para ajuizar a ação, garantindo a reclamação dos direitos referentes a todo período contratual. b) Causa suspensiva não transcorre o prazo prescricional. Paralisa-se a contagem. Ex.: curso da reclamatória trabalhista na fase de conhecimento; recesso forense art. 220, CPC; Súmula 262, II, TST; submissão a comissão de conciliação prévia art. 265 G, CLT. *Regra geral, não se suspende a prescrição em caso de suspensão do contrato de trabalho OJ 375, SDI, I, TST. c) Causa interruptiva reinicia-se contagem prazo prescricional. Admitida uma única vez (art. 202, CC). Ex.: propositura da ação (OJ 392, SDI, 1, TST); Protesto judicial (medida cautelar) art. 726, CPC, OJ 392, SDI- 1,TST. 5/6

6 **A prescrição interrompe-se tanto em relação ao prazo bienal, a contar do trânsito em julgado da primeira ação (no caso de ser esta a causa interruptiva); quanto em relação ao prazo quinquenal, contados os cinco anos anteriores ao ajuizamento da primeira ação. **A prescrição interrompe-se mesmo que seja arquivada a ação trabalhista, desde que restrita aos pedidos idênticos Súmula 268, TST. Decadência prazos a) Inquérito judicial para apuração de falta grave de empregado estável, se suspenso 30 dias contados da suspensão art. 853, CLT, Súmula 62, TST e Súmula 403, STF; b) Mandado de segurança 120 dias; c) Embargos a execução 05 dias; d) Ação rescisória - 02 anos. 6/6

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