Introdução: preços e equilíbrio

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1 Introdução: preços e equilíbrio Por que a economia clássica apela sempre para uma noção de valor trabalho enquanto a economia neoclássica despreza essa noção?

2 Propósito do curso O curso é, em resumo, uma introdução ao estudo de O capital de Karl Marx. Este livro desenvolve uma compreensão crítica do capitalismo e do pensamento econômico em geral. Ele herda não só, mas de modo crucial a teoria clássica dos preços. É preciso lembrá-la aqui.

3 Evolução dos preços Quando se olha como evoluem os preços de qualquer mercadoria, o que se vê? Vê-se que os preços flutuam anarquicamente, mas que, em média, tem uma certa regularidade. Não é?

4 Algo do seguinte tipo, não é?

5

6 Teoria clássica É preciso relembrar Adam Smith (cap. 7 de A riqueza das Nações): O preço de mercado de uma mercadoria específica é regulado pela proporção entre a quantidade que é efetivamente colocada no mercado e a demanda daqueles que estão dispostos a pagar o preço natural da mercadoria.

7 Teoria clássica Quando a quantidade da mercadoria colocada no mercado ultrapassar a demanda efetiva, não há possibilidade de ser toda vendida àqueles que desejam pagar o preço natural. O preço de mercado descerá mais ou menos abaixo do preço natural, na proporção em que o excedente aumentar mais ou menos a concorrência entre os vendedores.

8 Teoria clássica Quando a quantidade de um mercadoria colocada no mercado é inferior à demanda efetiva, não há possibilidade de fornecer a quantidade desejada a todos aqueles que estão dispostos a pagar o preço natural. Em consequência, ao invés de desejar essa mercadoria ao preços que está, alguns deles estarão dispostos a pagar mais.

9 Teoria clássica Quando a quantidade colocada no mercado coincide exatamente com o suficiente e necessário para atender a demanda efetiva, muito naturalmente o preço de mercado coincidirá com o preço natural, exatamente ou aproximadamente. Ora, é bem claro que Adam Smith admite um equilíbrio, mas este é realizado apenas em média num certo intervalo de tempo.

10 Teoria clássica Ele admite que esse equilíbrio pode se realizar enquanto tal, mas apenas como um evento raro ou mesmo raríssimo. Mas, em média, ele se realiza num intervalo de tempo. Também se pode notar que ele chama esse equilíbrio de preço natural. E que ele é uma referência na cabeça dos demandantes.

11 Teoria clássica O preço natural é como que o preço central ao redor do qual continuamente estão gravitando os preços de todas as mercadorias. Contingências diversas podem, às vezes, mantê-los bastante acima dela, e noutras vezes, forçá-los para baixo desse nível. Mas, quaisquer que possam ser os obstáculos que os impeçam de se fixar nesse centro de repouso e continuidade, constantemente tenderão para ele.

12 O problema da teoria Observando que o equilíbrio provém da observação empírica do comportamento dos preços de mercado, põe-se o problema: como explicar esse equilíbrio, ou seja, o preço natural? A resposta a essa questão levou os economistas clássicos e Marx a pensar numa teoria do valor trabalho.

13 Relembrando a questão inicial Por que a economia clássica apela sempre para uma noção de valor trabalho enquanto a economia neoclássica despreza essa noção?

14 Teoria neoclássica Ora, a teoria neoclássica não começa por um equilíbrio que se manifesta empiricamente, ao contrário, ela postula um equilíbrio geral. Parte, assim, de uma fundação primeira ; ela funda os preços num equilíbrio geral ideado pela faculdade da razão, o qual, aliás, não será jamais observado empiricamente. Assim, é óbvio, ela se livra do valor-trabalho e proclama que nos mercados vigora somente a harmonia.

15 Teoria neoclássica Vamos lembrar Walras em suas Lições de Economia Política Pura (Lição III): Essa Economia Política Pura é uma ciência em tudo semelhante às ciências físicomatemáticas. (...) O método matemático não é o método experimental, é o método racional. (...) Elas abstraem dos tipos reais, tipos ideais, que definem; e com base nessas definições constroem a priori...

16 Em termos filosóficos A ontologia da economia clássica é empirista e materialista. A ontologia da teoria neoclássica é racionalista e idealista.

17 Premissa implícita de O capital A exposição do capital em O capital supõe que as trocas são feitas ao preço natural, mesmo sabendo que elas assim não ocorrem em geral. Esse equilíbrio, no entanto, não é um postulado da razão. É, ao contrário, um pressuposto real.

18 O que? Pressuposto real? O próprio funcionamento anárquico e turbulento dos mercados o realizam em média mas não ponto a ponto? Entretanto, as trocas reais nos mercados pressupõe o princípio da justiça comutativa, ou seja, que nas trocas valores igual devem ser trocados. Note-se: a troca ao preço natural realiza plenamente esse princípio.

19 Há, pois, ética no mundo econômico!!!!!!!!!. Vige nos mercados não apenas o princípio da justiça comutativa, mas também o princípio da legitimidade da propriedade. Ou seja, a troca é legítima se aqueles trocam, trocam apenas o que legitimamente possuem. E que legitima a propriedade é, em última análise, o trabalho (Locke).

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