Recursos estilísticos utilizados no nível dos sons, das palavras, das estruturas sintáticas ou do significado para dar maior valor expressivo à
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- Anderson Alves Laranjeira
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1 Recursos estilísticos utilizados no nível dos sons, das palavras, das estruturas sintáticas ou do significado para dar maior valor expressivo à linguagem.
2 Figuras de palavras As figuras de palavras consistem na substituição do sentido real das palavras pelo seu sentido figurado.
3 Comparação Comparação explícita entre dois elementos (como, tal qual, assim como, etc.)
4 Metáfora A metáfora é uma comparação, mas subtendida e não explícita, pois a expressão comparativa não aparece. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! (Fernando Pessoa) A metáfora mais comum é a de substantivos, como no caso acima
5 Catacrese Ocorre quando, na falta de uma palavra específica para designar determinado objeto. Busca-se uma semelhança conceitual.
6 Sinestesia A sinestesia ocorre pela associação e sensação de diferentes órgãos de sentido. Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do país estou mentindo ainda que lá se possa de manhã lavar o rosto no orvalho e o pão preserve aquele branco sabor da alvorada. Ferreira Gullar
7 Bicho urbano Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do país estou mentindo ainda que lá se possa de manhã lavar o rosto no orvalho e o pão preserve aquele branco sabor da alvorada. Ferreira Gullar
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9 Metonímia Consiste na substituição de um termo por outro: A parte pelo todo: ele tem duzentas cabeças de gado. O continente pelo conteúdo: João é bom de garfo. A marca pelo produto: você poderia me emprestar um durex.
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11 Sinedóque É um outro tipo de metonímia. Ela ocorre quando há a substituição de uma palavra por outra que sofre, no contexto, uma redução ou ampliação do seu sentido básico.. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa forma de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Machado de Assis
12 Figuras sonoras Em alguns contextos sentimos a necessidade de explorar sons para produzir efeitos de sentido.
13 Onomatopeia Palavras especiais criadas para representar sons específicos ( vozes de animais, ruídos associados a determinadas emoções e comportamentos humanos, barulhos da natureza. HaHaHa! riso; Atchim! espirro; Oops! espanto; medo; surpresa; Zzz! zumbido ou alguém dormindo; Splash mergulho.
14 Aliteração A repetição de alguns sons consonantais a fim produzir um efeito sensorial de sentido. Acho que a chuva ajuda a gente se ver. Caetano Veloso:
15 Assonância Repetição de sons vocálicos: João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento Carlos Drumond de Andrade A mágica presença das estrelas! Mário Quintana
16 Paronomásia Consiste na exploração de palavras com significados diferentes, mas sons parecidos. "Com os preços praticados em planos de saúde, uma simples fatura em decorrência de uma fratura pode acabar com a nossa fartura" Max Nunes
17 Figuras de pensamento As figuras de pensamento caracterizam-se por apresentar ideias diferentes daquelas que normalmente a palavra sugere.
18 Antítese Sentidos opostos, para realçar o contraste de ideias.
19 De vós me aparto, ó vida! Em tal mudança, Sinto vivo da morte o sentimento. Oh! Como me alonga, de ano em ano, A peregrinação cansada minha! Como se encurta, e como ao fim da caminhada. (Camões).
20 Eufemismo Consiste na suavização da linguagem, evitando-se o emprego de palavras ou expressões desagradáveis. Era uma estrela divina Que ao firmamento voou! (Álvares de Azevedo) O deputado faltou com a verdade durante interrogatório na CPI.
21 Repare a tira:
22 Ironia Consiste em dizer o contrário do que se pensa, normalmente, com intenção sarcástica. Moça linda bem tratada, Três séculos de família, Burra como uma porta; Um amor (Mário de Andrade).
23 Hipérbole Caracteriza-se pelo exagero da linguagem, para intensificar uma ideia. O pensamento ferve e é um turbilhão de lava Olavo Bilac Estou com mil e uma coisas a fazer hoje!
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25 Personificação Consiste na atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais. É também chamada de animização.
26 Paradoxo Termos contraditórios, inconciliáveis.
27 Apóstrofe É um recurso muito utilizado para chamar por uma pessoa (real ou imaginária). Deus, ó Deus! Onde estás que não respondes? Onde estás, senhor Deus?... Castro Alves.
28 Gradação Quando criamos uma sequência de palavras ou expressões criando uma progressão (ascendente ou descendente).
29 Figuras de construção ou de sintaxe As figuras de construção caracterizam-se por apresentar determinadas mudanças na estrutura comum das orações.
30 Zeugma Poupa tempo, dinheiro e algo igualmente precioso: sua paciência.
31 Hipérbato Na língua portuguesa a ordem das orações é Sujeito + verbo + completo + adjunto adverbial Paulo comprou um CD ontem.
32 Quando criamos uma forma diferente disso, como por exemplo: Paulo, ontem, comprou um CD. Ou; Ontem, um CD Paulo comprou. Chamama-se de sínquise.
33 Pleonasmo Consiste na repetição de uma ideia, a fim de realçá-la. [...] o morto morrido e matado não agride mais. (Guimarães Rosa). Educação só a tinham os nobres.
34 Cuidado com o pleonasmo vicioso! Há casos em que a repetição desnecessária cria um pleonasmo vicioso, caracterizando um vício de linguagem: O elevador subiu para cima com excesso de pessoas. Os alunos entraram para dentro da sala.
35 Outras figuras de construção: Anacoluto: quebra da sequência esperada de uma oração, com o objetivo de chamar a atenção para outra questão. Anáfora: consiste na repetição de palavras no início de versos ou nos textos em prosa. Ex.: E se. E se der sol. E se nevar amanhã...! Polissíndeto: Consiste na coordenação de vários termos da oração por meio de conjunções. Especialmente as aditivas (e, nem).
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