Fil. Lara Rocha (Leidiane Silva)
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- Evelyn Pacheco Filipe
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1 Semana 11 Lara Rocha (Leidiane Silva) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.
2 CRONOGRAMA 28/04 Tradição medieval 09:15 19:15
3 Tradição medieval 28 abr 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto
4 RESUMO Santo Agostinho de Hipona Entres os séculos II e XV, teve destaque a Filosofia Medieval, cujo o legado é obscurecido pela ideia equivocada de que esse período seria trevoso. Os filósofos desse momento histórico representaram a união entre o cristianismo, que havia tomado a Europa, e a filosofia clássica grega, que ressurgia e encantava até os mais religiosos dos homens. Surgiu pela primeira vez na filosofia a ideia de revelação. Na grécia antiga clássica, todo conhecimento era fruto da reflexão, ou melhor, da razão, mas agora fé e razão começam a andar juntas. A Igreja foi responsável por manter viva a chama do conhecimento nessa fase. Patrística A Patrística (II - VIII), foi a primeira fase da Filosofia Medieval, nela, os pensamentos dos padres da Igreja foram basal. Os sacerdotes dos primeiros séculos foram responsáveis pela difusão e defesa da fé. Com eles, os cristãos aprenderam a fidelidade ao magistério. Muitos clérigos tiveram contato com o pensamento clássico grego e por isso trouxeram as influências filosóficas gregas para o âmbito religioso. Os padres da igreja fizeram grandes apologias, estas eram discursos feitos para embasar e defender o catolicismo. Os apologistas buscavam a sensibilização dos judeus e o combate das heresias. A necessidade de persuadir os hebreus e hereges fazia com que os sacerdotes lançassem mão de um discurso que versasse com a filosofia e assim fosse duplamente racional e religioso. Santo Agostinho, o bispo de Hipona, foi o maior nome da Patrística. Nascido em 354, converteu-se ao cristianismo em 386 e serviu à fé até sua morte em 430. De origem pagã, por parte de pai, e cristã, por parte de sua mãe Santa Mônica, Agostinho teve acesso a uma educação clássica. Era comum cristãos terem rejeição a pensamentos externos à Igreja, mas esse não era o caso do bispo de hipona, ele, lançando mão de seus conhecimentos clássicos soube unir fé e razão. Agostinho cria que os grandes pensadores gregos não erraram em suas teorias, mas foram vítimas de uma limitação cabal: a razão. Para o pensador, não é possível ao homem conhecer todas as coisas por si mesmo, mas é preciso que a revelação venha em auxílio de sua inteligência limitada. O conhecimento completo só seria possível no interior da Igreja, onde a fraqueza racional humana encontraria auxílio na fortaleza da revelação divina. A existência de Deus Já na era medieval a ideia da existência de Deus ser tratada apenas como um problema de fé, ou seja, não seria possível prová-la racionalmente, era bem difusa. Agostinho defendia que se esta fosse apenas uma questão de fé, seria uma questão subjetiva, não haveria uma verdade estabelecida sobre o assunto. Para o Bispo, este era um dado de fé provado pela razão. 28
5 Agostinho, para embasar sua teoria, categoriza os seres em insensíveis (as pedras), sensíveis (os animais), ser racional (o homem) e Deus (verdade superior). Nessa categorização o homem está acima dos insensíveis e dos meramente sensíves, por possuir a razão, atributo indispensável para emitir juízos sobre a sensibilidade, para dominá-la. Porém os seres racionais estão abaixo de Deus que é a verdade mais excelente. O Problema do Mal Para o cristianismo, o homem é fruto do amor de Deus, que em sua infinita bondade, nos criou. Mas de onde viria o mal se Deus é infinitamente bom? Seria um castigo, uma punição pelo mau uso do livre arbítrio e pecado no paraíso? Para Agostinho, o maniqueísmo (crença que prega a existência concreta do mal) era falso. Para resolver o problema o Santo divide o mal em três tipos: metafísico, moral e físico. Para o bispo de Hipona o mal não existia. Não havia um ser, uma entidade que pudéssemos chamar de o mal, mas era na verdade a privação do bem. assim foi explicado o primeiro tipo. O mal moral é o pecado. Homem foi criado para viver em intimidade com Deus, por isso recebeu de seu criador o livre-arbítrio, para que espontaneamente se ligasse a Ele, mas escolheu o pecar. No paraíso, por orgulho e prepotência, a humanidade decidiu não depender de Deus. O mal físico é o resultado do mal moral, do pecado. O homem é livre e pode escolher fazer sempre o bem e nem por isso abre mão de seus pecados. As doenças e a morte são consequências do afastamento de Deus. Cidade de Deus tempo a Igreja usou essa teoria para intervir nas questões políticas. O Tempo O homem é dotado de livre-arbítrio, ou seja, tem liberdade para fazer o que quiser; Deus é onisciente, isto é, perscruta a mente humana e conhece todos os seus passos. Como é possível haver liberdade se Ele já sabe tudo o que vamos fazer? Se Deus sabe o que vamos fazer então tudo já está determinado? Para Agostinho, o homem e seu criador vivem em dimensões diferentes. Estamos no tempo, onde Há a transitoriedade e Deus está na Eternidade que é anterior e maior do que o tempo e por isso, ele não precisa esperar para formar seus julgamentos. Teoria da Iluminação Dentre os pensadores medievais, Agostinho é de longe o mais platônico. A dicotomia platônica aparece fortemente em suas teorias, mas na ideia da iluminação divina a oposição entre mundo sensível e verdades imutáveis fica mais clara. A alma é eterna e assim sendo é capaz de acessar às verdades imutáveis, o grande problema é que o corpo, com seus sentidos, são dispersos e imperfeitos. Assim como em Platão, na teoria agostiniana, a alma tem primazia sobre o corpo. O homem, através de sua mente é capaz de intuir a verdade, daí vem a prova da existência de Deus para o autor. se mesmo imperfeitos somos capazes de intuir a verdade é porque existe a verdade absoluta que ilumina a nossa mente. Como o sol ilumina a terra, Deus ilumina a mente humana para que ela alcance a verdade. Para Agostinho, todo conhecimento é por graça de Deus, mesmo um ateu só pode alcançar a verdade pela graça. 29 Para Agostinho há duas cidades: a cidade dos homens, onde reina o pecado, a injustiça e a morte; a cidade de Deus, onde abunda a justiça, a felicidade e a paz. Os santos e aqueles que vivem na fidelidade da fé estão destinados à pátria celeste, já os pecadores ficam sob o jugo do Diabo na cidade mundana. Segundo o Santo, um dia a cidade de Deus iria prevalecer sobre a cidade mundana. Durante muito Escolástica A Escolástica foi a fase da filosofia medieval seguinte à Patrística. Nela houve o surgimento e fortalecimento das universidades, canal pelo qual a Igreja dominou de modo mais efetivo a difusão do conhecimento. O platonismo deu lugar ao aristotelismo que encontrou em são Tomás de Aquino seu maior seguidor.
6 São Tomás de Aquino Provas da existência de Deus A fim de provar racional a existência de Deus, em sua obra, Suma Teológica, Tomás expõe os argumentos que ficaram conhecidos como cinco vias. Motor imóvel - Tudo que se move precisa ser movido por alguém, mas quem moveu esse alguém? Isso iria ao infinito se não houvesse um motor imovél, ou seja, algo que dê origem a todo movimento, mas que não se move. Tomás de Aquino diz que esse motor é Deus. Nascido em 1225, na Itália, de família abastada, Tomás se tornou o mais importante autor católico. Em sua obra Suma Teológica, faz uma intesa defeza da fé e procura esmiuçar toda doutrina cristã. Tomás cristianizou o pensador grego Aristóteles ao tomar seus principais conceitos e pô-los a serviço da fé. As quatro causas aristotélicas, o princípio de não contradição, as noções de substância, ato e potência foram fundamentais para a fundamentação da prova racional da existência de Deus. Embora os conceitos supracitados sejam importantes para entender o aquinate, não trataremos deles aqui, mas você pode revisá-los pelo link com.br/blog/filosofia/acha-que-ja-ouviu-de-tudo- -sobre-aristoteles-e-esta-preparado-para-o-vestibular-voce-ainda-nao-leu-esse-resumo/. Como vimos no início do resumo, a filosofia medieval busca uma conciliação entre fé e razão. Não foi diferente no pensamento tomista. Tomás crê que Deus pode e deve ser provado pela mente humana, embora a razão não seja capaz de conhecê-lo em sua totalidade. O que os sentidos não alcançam a fé deve completar. Causa primeira - Tudo que existe precisa ter sido criado, não é possível que tudo tenha em si mesmo sua origem, mas se uma coisa dá origem à outra é preciso que haja uma causa que tenha causado a sucessão dos efeitos, essa primeira causa é Deus. Necessário e contingente - Tudo que existe um dia não existiu e pode se extinguir, mas se tudo é contingente nada poderia exitir. Já vimos que para que algo exista é preciso que alguma coisa anterior dê origem, logo, há um ser que sempre existiu sem ter sido gerado por nada, um ser necessário, que é gerador de todos os seres. Graus de perfeição - todas as coisas são melhores ou piores quando relacionadas a outras, precisa haver um paradígma de comparação. Se uma coisa é mais ou menos quando comparada com outras, é preciso admitir que há um ser que contém em si todas as perfeições em seu máximo grau, esse ser é Deus. Finalidade do ser - Todas as coisas na natureza obedecem a uma ordem e se orientam a um fim, como a flexa orientada pelo arqueiro. Assim existe um ser que ordena todas as coisas e faz com que tudo chegue a seu fim, esse ser é Deus. 30 EXERCÍCIOS DE AULA 1. Entre 1995 e 1999, [Francis] Collins e sua equipe protagonizaram, com a Celera Genomics, do cientista Craig Venter, uma competição acirrada pela primazia no anúncio do seqüenciamento completo do mapa da vida. A corrida entre os consórcios público e privado culminou com um anúncio em conjunto, na Casa Branca, de que o Genoma Humano estava finalmente completo e pertencia, a partir dali, a toda a humanidade.
7 br/genomahumano/ocientista-que-cre-em-deus/ n html A data histórica ainda não havia completado seu sexto aniversário quando, em 2006, Collins lançou, nos Estados Unidos, o livro A Linguagem de Deus (Ed. Gente), no qual discorria sobre como havia resolvido dentro de si o dilema entre fé e ciência. Em 300 páginas escritas com elegância e sinceridade, um dos mais notórios homens da ciência admitiu ao mundo que acreditava piamente em Deus. A obra reacendeu o velho debate entre crentes e ateus, movimentou evolucionistas e criacionistas e suscitou embates históricos o mais famoso deles deu-se entre Collins e o zoólogo e evolucionista britânico Richard Dawkins. A história de vida do cientista Francis Collins pode ser vista como algo em sintonia com a filosofia medieval na medida em que 2. a) mostra que é impossível compreender racionalmente qualquer aspecto da realidade b) revela a onipotência do conhecimento científico em seu esforço por explicar o mundo c) desenvolveu seu pensamento sob a proteção e autoridade da Igreja Católica d) indica uma busca pela unidade entre fé e razão e) não gerou polêmica ou disputa com autores de outras perspectivas intelectuais Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigito ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e açoes humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. 31 AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado). No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. b) promover a atuação da sociedade civil na vida política. c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.
8 3. Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc. AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61. Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova a) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual. b) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento. c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável. d) apenas como exercício retórico. e) com muita oração. 4. TEXTO I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras. 32 BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). TEXTO II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
9 5. A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião. Discorrendo sobre a possibilidade de descobrir a verdade divina, ele diz que há duas modalidades de verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades da revelação que a razão humana não consegue alcançar, por exemplo, entender como é possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é composta de verdades que a razão pode atingir, por exemplo, que Deus existe. A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento de Tomás de Aquino. a) A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade. b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que Deus lhe concede. c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus meios naturais. d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus. e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer d Ele A teologia natural, segundo Tomás de Aquino ( ), é uma parte da filosofia, é a parte que ele elaborou mais profundamente em sua obra e na qual ele se manifesta como um gênio verdadeiramente original. Se se trata de física, de fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente aluno de Aristóteles, mas se se trata de Deus, da origem das coisas e de seu retorno ao Criador, Tomás é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige, contudo, só progride graças aos recursos da razão. GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes, 1995, p De acordo com o texto acima, é correto afirmar que a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da obra de Aristóteles. b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para entender a natureza das coisas. c) as verdades reveladas não podem de forma alguma ser compreendidas pela razão humana. d) é necessário procurar a concordância entre razão e fé, apesar da distinção entre ambas.
10 EXERCÍCIOS DE CASA 1. As questões religiosas influenciaram diversos aspectos da sociedade europeia medieval. No universo político, por exemplo, perante um poder diluído em virtude da organização feudal da sociedade, a Igreja Católica representava uma instituição com poder unificador. Nos âmbitos cultural e artístico, a construção e a decoração de igrejas, as músicas e os ritos litúrgicos e a exegese dos textos sagrados contribuíram para o florescimento de uma arte sacra. Até mesmo no campo da Filosofia, as discussões eram pautadas por questões religiosas, pois a principal preocupação dos filósofos medievais era conciliar fé e razão. A respeito desses aspectos da sociedade medieval, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) A Patrística foi a filosofia e a teologia desenvolvidas pelos padres da Igreja para encontrar justificativas racionais para as verdades reveladas. 02) A Escolástica dedicou-se, preponderantemente, a produzir teses e discussões inaugurais sobre filosofia, uma vez que, sob a supervisão da Igreja, os filósofos não tinham acesso a textos de autores clássicos. 04) O Barroco, estilo artístico que reflete o sentimento humano de conflito entre si e a divindade, apareceu no período medieval. 08) A seita dos Cátaros e a dos Albigenses foram consideradas heréticas porque defendiam doutrinas dualistas que conflitavam com a doutrina católica da ressurreição e o modo de vida levado pelos membros eclesiásticos. 16) Em A Divina Comédia, o poeta florentino Dante Alighieri resumiu a visão filosófica e o espírito religioso da sociedade medieval. Nessa obra, Alighieri descreve uma viagem imaginária e cheia de simbolismo, por meio do inferno, do purgatório e do paraíso Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filosofia greco-romana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi santo Agostinho. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1996, p (Adaptado) Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou conhecido como a) Escolástica. b) Neoplatonismo. c) Antiguidade tardia. d) Patrística.
11 3. A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das concepções cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, Agostinho de Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as primeiras compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria agostiniana que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades superiores? a) Teoria da Predestinação. b) Teoria da Providência. c) Teoria Dualista. d) Teoria da Emanação. e) Teoria da Iluminação. 4. Considere o seguinte texto sobre Tomás de Aquino ( ) Fique claro que Tomás não aristoteliza o cristianismo, mas cristianiza Aristóteles. Fique claro que ele nunca pensou que, com a razão se pudesse entender tudo; não, ele continuou acreditando que tudo se compreende pela fé: só quis dizer que a fé não estava em desacordo com a razão, e que, portanto, era possível dar-se ao luxo de raciocinar, saindo do universo da alucinação. Eco, Umberto. Elogio de santo Tomás de Aquino. In: Viagem na irrealidade cotidiana, p.339. É correto afirmar, segundo esse texto, que: a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus. b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta filosofia é incompatível com a doutrina cristã. c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que não fossem compatíveis com a razão natural. d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de Aristóteles é de conciliação desta filosofia com as certezas da fé cristã Na Idade Média, se considerava que o ser humano podia alcançar a verdade por meio da fé e também por meio da razão. Ao mesmo tempo, o poder religioso (Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento político tenso e difícil. O filósofo Tomás de Aquino desenvolveu uma concepção destinada a conciliar FÉ e RAZÃO, bem como IGREJA e ESTADO. De acordo com as ideias desse filósofo, a) o Estado deve subordinar-se à Igreja. b) a Igreja e o Estado são mutuamente incompatíveis. c) a Igreja e o Estado devem fundir-se numa só entidade. d) a Igreja e o Estado são, em certa medida, conciliáveis. e) a Igreja deve subordinar-se ao Estado.
12 GABARITO 01. Exercício de aula 1. d 2. c 3. b 4. d 5. c 6. d 02. Exercício de casa d 3. e 4. d 5. d 36
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