APTCNEWS. Revista Digital. N.º 2 Janeiro 2011

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1 APTCNEWS Revista Digital APTCNEWS N.º 2 Janeiro 2011

2 Editorial 2 APTCNEWS João Pinto Coelho Presidente da APTC Terminadas as festividades natalícias e feito o necessário balanço pessoal e social, intrínseco a qualquer momento de mudança e a qualquer entrada num novo ano, há que olhar em frente e lutar pelo que de melhor o ano de 2011 nos reserva. Assim, de acordo com a última promessa de 2010, a Associação Portuguesa de Turismo Cultural entra no corrente ano com a publicação de um novo número da Revista Digital APTC News. Se alguma vez tivemos dúvidas quanto à pertinência deste projecto, rapidamente foram dissipadas com as palavras de incentivo e apoio emitidas pelos associados, colaboradores, parceiros e amigos, face ao primeiro número. A todos o nosso Muito Obrigado!. Cientes que vivemos num período de instabilidade económica e financeira, onde as taxas de desemprego não nos permitem esboçar qualquer tipo de sorriso, onde diariamente somos condicionados e assombrados pelas informações negativas veiculadas pelos órgãos de comunicação social, onde parece que nada de positivo se produz ou se constata no território nacional, concluímos que podemos assumir, através da APTC News, um papel determinante na prossecução do sucesso de todos os envolvidos nesta imensa rede global da actividade turística nacional. Este espaço ambiciona dar voz a todas as iniciativas, pensamentos e ideias que, certamente, farão do nosso país e do futuro que se avizinha, um sinónimo de qualidade e de sucesso. No entanto, é necessário expressar as ideias, é necessário ler, conhecer e discutir, é necessário traçar metas comuns e criar sinergias. Para tal, a APTC News disponibiliza-se como o espaço ideal para a partilha e para a transmissão de conhecimentos, entre os mais variados intervenientes e parceiros envolvidos na senda do turismo nacional. Tal como o valente marinheiro de Fernando Pessoa que gritou ao Monstrengo Aqui ao leme sou mais do que eu ( ), a Associação Portuguesa de Turismo Cultural pretende personificar essa mítica personagem e, através deste projecto - APTC News e de todos os restantes eventos e iniciativas e através dos seus associados, assumir uma posição de firmeza quanto a todo o negativismo global que nos é imposto. Acreditamos que o trabalho e o esforço são recompensados e que, inquestionavelmente, com o apoio de todos, temos uma palavra a dizer quanto ao nosso futuro. Em nome da Associação Portuguesa de Turismo Cultural faço votos de um Próspero 2011 e disponibilizo todos os nossos serviços, ideias e projectos para realizarmos definitivamente um ano de sucesso e contornarmos, de alguma forma, esta tão malfadada crise.

3 Revista Digital APTCNEWS Ficha Técnica Presidente João Pinto Coelho Coordenação Associação Portuguesa de Turismo Cultural Propriedade Associação Portuguesa de Turismo Cultural Site: Editorial 2 Por cá... 4 Aconteceu 6 Da necessidade de estudo e investigação em Turismo António dos Santos Queirós 10 Turismo Religioso: Oportunidade com futuro Helder Farinha 12 Entrevista Fernando Freire - Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha 14 A gliptografia na cidade de Tomar João Ramalhete 18 Animação Turistica: Um novo quadro legal! Sottomayor & Associados 20 Sugerimos 22 Edição elétronica Periodicidade Mensal Concepção e coordenação gráfica CulMotion, Lda. 3 APTCNEWS

4 Por cá... 4 APTCNEWS Iniciado um novo ano de projectos e desenvolvimento de actividades, a APTC reforça as iniciativas em 2011 numa perspectiva de comunicação permanente com os seus sócios e interessados nas temáticas do Turismo Cultural. Do nosso plano de actividades destacamos algumas acções que merecerão total empenho dos nossos órgãos e envolvimento global, não só da comunidade académica mas também do público em geral, promovendo-se assim uma maior divulgação da APTC e de destinos de interesse turístico-cultural. A continuidade do projecto Tomar Património, protocolado com o Município de Tomar, o Instituto Politécnico de Tomar e a APTC, proporcionará a execução de novos conteúdos, roteiros e documentos de informação turística. A aposta na divulgação de Gestão Turística e Cultural será factor de enquadramento da nossa formação, motivando o seu crescimento, criando uma aproximação de novos sócios. Desenvolver-se-á uma Bolsa de Emprego e Estágios, permitindo aos jovens licenciados uma abordagem ao mercado de trabalho e inserção na vida activa. Nesta ligação, sempre presente com a licenciatura de Gestão Turística e Cultural e o Mestrado em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural, do Instituto Politécnico de Tomar, o apoio aos estudantes e antigos alunos será uma das funções prioritárias. A produção de conhecimento é função essencial para o sucesso das nossas actividades, realçando a qualidade produzida enquanto meio de difusão e potencial de implementação das mesmas. A plataforma de comunicação iniciada recentemente com esta revista, evoluindo para meios interactivos, informativos e pedagógicos, proporcionará uma crescente promoção das nossas actividades, atraindo mais interesse e contribuição de novos públicos, aproximando-nos igualmente dos sócios. Pretendese assim, que estes contribuam e participem massivamente nas actividades desenvolvidas, nos façam chegar novos desafios, divulgando num crescente colectivo o nosso sector. Uma das apostas iniciadas anteriormente, terá de igual modo desenvolvimento no decorrer de 2011, trata-se do Centro de Documentação em Turismo e Cultura. A criação de um espaço bibliotecário e repositório de produção académica será um dos objectivos a aperfeiçoar nos próximos meses. Este projecto requer uma dedicação de longo prazo, com acções específicas de aquisição, recolha, arquivo e acompanhamento permanente, criando-se assim uma base bibliográfica para apoio a estudos académicos ou simples uso literário. Confiantes de estarmos a perpetuar a nossa actividade, manteremos a total disponibilidade para os sócios, apoiantes, amigos e todos os interessados no desenvolvimento do Turismo Cultural.

5 Bolsa de Turismo de Lisboa 23 a 27 Fevereiro 2011 Visita de Estudo 5 APTCNEWS Inscrições aptcultural@gmail.com

6 Aconteceu 6 APTCNEWS 1ª Cimeira do Turismo Português 2011 Portugal, o futuro como destino. Portugal, um destino como futuro A 1ª Cimeira do Turismo organizada pela CTP (Confederação do Turismo Português) com o tema Cidades, Pólos de Crescimento Económico e do Turismo no Século XXI realizou-se no passado dia 12 no Centro de Congressos do Estoril. O evento contou com a presença de Rudolph Giuliani, antigo Mayor de Nova Iorque. Segundo José Carlos Pinto Coelho (Presidente da CTP) esta foi uma oportunidade única de ouvir várias referências mundiais falar sobre urbanismo das cidades e o funcionamento de cidades em sistema. Entre variadíssimas individualidades estiveram presentes ainda Bernardo Trindade (SET) e Márcio Favilla da OMT. asp?news=28583 As Artes e o turismo num projecto autárquico de Turismo Cultural Realizou-se no passado dia 8 de Janeiro, a palestra sobre o património intitulada As Artes e o turismo num projecto autárquico de Turismo Cultural, no Centro Cultural da Vila Nova da Barquinha. O Orador Carlos Vicente é o actual técnico de turismo do Município e é o curador das exposições mensais do Centro Cultural. Fonte: Jornal Cidade de Tomar, nº3944, 7 de Janeiro de 2011 Congressistas estrangeiros consideram Lisboa a melhor cidade do mundo para congressos Segundo um inquérito realizado pelo Observatório de Turismo de Lisboa a mais de 900 congressistas de várias nacionalidades, Lisboa foi considerada a melhor cidade do mundo para a realização de congressos e de lazer, com um índice de recomendação de 99,7%. A capital portuguesa ficou à frente de outras cidades mundiais entre elas: Londres, Madrid, Paris, Nova Iorque, Barcelona, Roma, São Paulo entre outras. Ainda segundo os inquiridos, na sua maioria espanhóis, ingleses e franceses, a estada média em Portugal é de 2 a 4,5 dias, com alojamento em hotéis de 4 e 5 estrelas e a despesa média por participante de 1656 euros. Fonte: php?id=50845

7 Plano Estratégico para o Turismo de Lisboa Foi apresentado no passado dia 7 de Janeiro o Plano Estratégico para o Turismo de Lisboa Uma cidade bem preparada para o Turismo é uma cidade limpa e segura e é uma cidade agradável para se viver, boa para nós cidadãos referiu Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, durante a apresentação no novo Plano Estratégico para o Turismo de Lisboa. O plano apresenta como novidades a definição do Brasil como mercado prioritário, a par da Espanha sendo este o principal mercado emissor. No que diz respeito aos produtos o Touring, City-breaks e o MI (Meetings Industry). O plano dá igualmente prioridade aos cruzeiros e ao golfe. Foram eleitas várias metas, entre elas, o aumento em 800 mil as chegadas de turistas à grande Lisboa (incluindo Oeiras, Estoril e Sintra), com mais 600 mil na capital. Fonte: asp?news=28504 Sector das agências de viagens e momento turístico levaram Bernardo Trindade ao Parlamento Segundo a publicação Turisver, o Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade esteve no passado dia 11 de Janeiro no Parlamento diante da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia. De acordo com o SET, 2010 revelou-se como um ano de recuperação no turismo português, ainda que dados revelados pelo INE tenham revelado um abrandamento na trajectória de crescimento em relação à hotelaria portuguesa. Ainda segundo o que Bernardo Trindade referiu, o turismo tem um peso de 14% nas exportações nacionais. TAP novo recorde de transporte de passageiros atingido em 2010 Segundo a publicação Turisver de 29/12/2010, a TAP atingiu um novo recorde de 9 milhões de passageiros no ano de No entanto foi em plena época natalícia que a companhia portuguesa ultrapassou o seu recorde anterior de 8,74 milhões de passageiros em De referir que a TAP é responsável por 55,7 por cento do total de passageiros movimentados no aeroporto de Lisboa. php?id= APTCNEWS

8 Turismo, Cultura, Comunicação e Multimédia 8 APTCNEWS A criar diferença e inovação no Turismo

9 de Técnicos Superiores de Turismo e Turismo Cultural 26 Fev Golegã Equuspolis 9 APTCNEWS Programa brevemente disponível Organização

10 Artigo Da necessidade de estudo e investigação em Turismo 10 APTCNEWS António dos Santos Queirós Professor e Investigador. Universidades de Lisboa e Aveiro O turismo não é apenas e essencialmente uma actividade económica, e, porventura, a sua crescente importância económica é indissociável de algumas das mais profundas mudanças políticas e sociológicas que marcaram o século XX, o crescimento da classe média instruída e da sua mobilidade, facilitada pela formidável revolução técnicocientífica, a institucionalização dos direitos democráticos dos cidadãos, a contenção da guerra, mas também de uma ainda mais radical mudança, o reposicionamento do Ser Humano no quadro da Filosofia da Natureza e do Ambiente e das suas Éticas Ambientais, quer a actividade turística disso se aperceba ou não, cega pela aparência das formas económicas e pela expansão e sucesso ininterrupto desta actividade nos últimos cinquenta anos, marcados pelo empirismo e a absolutização do turismo como actividade económica de serviços. Em paralelo, a teoria turística parece aflorar apenas a realidade complexa do fenómeno turístico, elaborar-se em permanente atraso face ao evoluir da praxis turística ou centrar a sua controvérsia e confronto de ideias no campo das aplicações académicas e na sua releitura e debate nesse circuito, fecundo mas limitado. O turismo tem sido estudado como uma actividade económica, a partir dos seus produtos e das suas empresas. Mas porque viajam as pessoas e para quê? A OMT, a partir de um modelo conceptual que assenta nos serviços e produtos oferecidos pelo mercado e no que parece ser a motivação e finalidade dos diversos segmentos turísticos, criou um paradigma de categorias e tipificou os seus produtos e actividades, hoje insuficiente e incompleto. Neste contexto, construir um novo quadro ordenado do fenómeno turístico, em crítica a essa matriz categorial, significa agregar o conceito de gosto ao de motivação, procurando decompor o significado real e social do ócio ou lazer e categorizar a natureza complexa do fenómeno turístico, com a ascensão do turismo cultural e a análise de novos segmentos como o turismo de natureza, o turismo em espaço rural, o turismo de idioma, o turismo residencial de longa duração, o turismo itinerante ou autocaravanismo, o turismo cientifico e escolar, o turismo desportivo e de desporto... As teorias sobre o turismo avançaram muito na interpretação do fenómeno turístico, nos planos da economia, da sociologia e da antropologia, observando a

11 realidade e detectando a sua anterior evolução. Importa agora construir uma teoria que permita antecipadamente compreender porque mudam os paradigmas e de, forma prospectiva, conceptualizar essa teoria de modo a transformar o devir do turismo, compreendendo as suas crises e os meios para as conjurar e ultrapassar. Uma revolução silenciosa na relação alojamento-património: A nova função a = f(p). Externalidades Durante longos anos os hotéis e afins corporizaram os principais pólos de atracção turística. O que mudou deste então? Seja a a variável do alojamento e p a variável que representa o conjunto do património natural e cultural. A lei matemática assenta na correspondência entre a e p, correspondência unívoca no sentido atp. Anteriormente, dizíamos que a variável p é uma função variável de a e escrevemos simbolicamente p=f(a), sendo que a (alojamento) era a variável independente e p (património) a variável dependente. Ora, o que resulta do emergir de uma nova classe média culta, da emancipação da mulher contemporânea pelo trabalho, de uma juventude cada vez mais instruída e da antecipação da reforma activa em segmentos da classe média, é uma mudança de gosto e de motivação nas viagens, provocando uma inversão funcional. Actualmente a=f(p), isto é, a generalidade das unidades hoteleiras, na sua uniformidade construtiva e de serviços, deixou de ser o pólo de atracção, tendendo a tornar-se dependente da existência na sua área funcional de mercado de valores patrimoniais conservados e acessíveis ao público. Esta nova relação unívoca tornou o alojamento uma variável económica dependente do património. No campo da matemática, em rigor, a um valor de p corresponde um só valor de a e, no mercado turístico, o mesmo monumento, sítio ou paisagem é visitável a partir da existência de várias unidades hoteleiras, relativamente próximas. E, ao alterar a relação funcional, põe em causa a própria natureza do alojamento tradicional, pelos menos em quatro dimensões: 1ª: A exigência de qualidade construtiva no que concerne ao valor arquitectónico da obra, correcta inserção paisagística e gestão ambiental. 2ª A necessidade de conformar os seus serviços com os valores patrimoniais da paisagem cultural onde se insere, oferecendo os seus produtos mais genuínos na construção, restauração e no merchandising. 3ª A diversificação da oferta, complementando o serviço de alojamento, restauração e merchandising, com o de animação, e em especial com a proposta de Rotas e Circuitos de Turismo Cultural e de Natureza. 4ª A eliminação das barreiras arquitectónicas, de modo a acolher todos os hóspedes com necessidades especiais e a criação de estruturas paramédicas e de lazer adequadas, sobretudo aos turistas seniores: desde o acesso rápido a serviços de saúde aos parques gerontológicos. São as Rotas e Circuitos, integradas nos seus Destinos Turísticos, que geram as principais mais-valias, mas não são as estruturas que organizam essas Rotas e Circuitos, os museus, monumentos e sucesso ininterrupto desta actividade nos últimos cinquenta anos, marcados pelo empirismo e a absolutização do turismo como actividade económica de serviços parques, a recolher os maiores valores; a renda do turismo é recolhida externamente nas já referidas Cadeias de Valor. Com as Rotas e Circuitos promovese a passagem do estatuto económico de excursionista a turista, aumenta-se o seu tempo de permanência e a vontade/ necessidade de regresso, ultrapassa-se a sazonalidade e fomenta-se o consumo de qualidade, isto é, no seu conjunto, o incremento da produtividade. O crescimento da competitividade da economia do turismo resultará sobretudo da capacidade de organizar as Rotas e Circuitos integradoras de todos os patrimónios, que, progressivamente integrarão os actuais pólos de atracção urbanos, conferindo-lhe uma dinâmica de visita regional, inter-regional e mesmo transfronteiriça. 11 APTCNEWS

12 Artigo Turismo Religioso: Oportunidade com futuro 12 APTCNEWS Helder Farinha Técnico de Turismo no Museu Municipal de Ourém Envolvendo já, cerca de sete milhões de pessoas por ano em Portugal, o que representaria, ainda que sem estatísticas cerca de 10 % do movimento turístico total, o turismo religioso (definido em poucas palavras como sendo um segmento do mercado do turismo cuja motivação principal do turista/visitante -aqui comummente chamado de peregrinoé a ideia de fé, a de viver uma experiência de cariz religioso), tem vindo a ganhar espaço e importância principalmente no aumento do volume de visitantes, contribuindo para o crescimento da actividade turística em muitas regiões do globo. A actividade deste turismo de cariz religioso tem subido nos últimos anos e um pouco por todo o mundo, movimentando anualmente cerca de 300 milhões de pessoas por ano segundo estimativas recentes. Devido a estes factores e à importância de locais como Fátima e outros santuários religiosos também a nível nacional, levou a que muitos operadores, investigadores e demais pessoas ligadas directa e indirectamente ao turismo religioso a criticar o facto deste segmento turístico não aparecer como pólo diferenciado no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), mas antes incluído no que é chamado de touring cultural. A nível internacional, o destaque vai para locais como Lourdes (França), bem como outros santuários marianos da Europa e das Américas, muito impulsionado pelo crescente culto mariano a nível global um pouco por todo o cristianismo. Mas também os locais de culto mais antigos e simbólicos, como Santiago de Compostela, cujo número de peregrinos em anos jubilares aumentou consideravelmente na última década, das peregrinações e as visitas à Santa Sé, onde o costume de ir a Roma e ver o Papa, ainda é um dos mais emblemáticos e importantes pontos turísticos da cidade. Devido ao despoletar do chamado neopaganismo, até os antigos locais de culto (como Stonehenge ou os muitos círculos de pedra e monólitos pré-históricos espalhados pela Europa), que até aqui detinham uma importância exclusivamente cultural e arqueológica, ganham agora uma renovada importância espiritual, sendo mais uma razão de atractividade desses locais. Também Israel e a Palestina, que apesar do clima constante de instabilidade, consegue congregar cada vez mais peregrinos vindos de todo o mundo, nos seus locais de culto durante as festividades religiosas. O Natal de 2010 foi segundo as estatísticas, um dos mais concorridos de sempre por peregrinos, em Belém e um pouco por toda a Terra Santa. Meca possui sem dúvida aquela que é uma das mais espantosas peregrinações do mundo, congregando milhões de pessoas todos os anos. E diversos outros locais de culto de diversas religiões conseguem este espantoso feito de

13 reunir no mesmo local, dezenas, centenas, milhares ou mesmo milhões de pessoas, que ali se dirigiram com um único fim: adquirir um tipo de experiência tida como mística, espiritual, religiosa ou de fé. Este segmento parece estar aliás, entre os primórdios do que hoje chamamos de turismo. De facto, desde sempre que o homem viaja e por diversas razões. A Peregrinação, essa espécie de viagem mística empreendida não só no caminho físico que é percorrido até chegar ao destino, mas também no caminho interior, espiritual, feito dentro de cada um, como forma de expiação, de tentativa de compreensão do mundo e dos seus mistérios, estão entre as formas de viagem mais antigas entre a humanidade, entre os antípodas das grandes deslocações humanas sem um fim básico, como a busca de alimento ou de segurança, mas por razões que hoje definiríamos como de lazer ou culturais onde a viagem também é um fim em si mesma e a estadia prolongada nesses lugares, ajuda ao desenvolvimento das economias locais. Muitas cidades nasceram e prosperaram graças aos seus Santuários. Muitas outras se desenvolveram porque estavam no caminho que conduzia a esses Santuários. Por causa deles se construíam estradas, igrejas, pontes e por causa deles se desenvolvia comércio, albergues, pousadas e estalagens, restaurantes e tabernas. Nesses locais misturavam-se pessoas de toda a parte e como era óbvio, as trocas e experiências culturais entre pessoas de diferentes culturas, tão enriquecedoras e importantes para o desenvolvimento e impulso de qualquer civilização, ocorriam ali também. Ainda que o grande fluxo de peregrinos seja próximo ou ocorra mesmo só nas datas de importantes celebrações religiosas e que acontecem pontualmente com uma periodicidade que varia entre a mensal e a trianual, por exemplo, a sazonalidade deste tipo de turismo não é tão grande como o segmento do turismo de neve ou de sol e mar, sujeitos às condições climatéricas da região e da época. Principalmente nos grandes centros e santuários religiosos existe uma afluência constante, ainda que mais diminuta, durante todo o ano. E muita dessa menor afluência pode ser minimizada se tiver em conta e conseguir incorporar outros segmentos como o turismo cultural, os city breaks ou o turismo de natureza, o turismo de negócios, etc. Estas e outras razões são apontadas tem vindo a ganhar espaço e importância principalmente no aumento do volume de visitantes, contribuindo para o crescimento da actividade turística em muitas regiões do globo por muitos daqueles que defendem, talvez não um tratamento e diferenciação especial, mas antes uma atitude e atenção própria e adequada, a este segmento do turismo. Atenção que deveria ser dada, especialmente quando se cometem erros que podem custar a sustentabilidade e viabilidade a longo prazo de determinados destinos. O crescimento desordenado e sem cuidado dos espaços, onde se construiu sem qualquer planeamento ou ordem, a falta de formação de pessoal qualificado para receber, informar e acolher adequadamente os peregrinos e os visitantes, onde muitas vezes impera uma forma selvagem de venda e prestação de serviços a qualquer custo, dão má imagem ao local e afastam mais clientela do que aquela que atraem. A insegurança e a não integração e aproveitamento das comunidades locais e do envolvimento e parceria com outras entidades regionais numa estratégia clara e concertada de promoção e negócio, podem ser outros entraves nesse desenvolvimento sustentado destes lugares sagrados. Infelizmente, alguns destes problemas como o crescimento desordenado, podem ser encontrados num dos maiores Santuários de Portugal e do mundo, em Fátima. Contudo, é preciso não esquecer que este segmento continua a ser e o é cada vez mais, uma oportunidade para o sector do turismo. Em todas as suas formas, de santuários de grandes dimensões, de percursos culturais como o Caminho de Santiago, a pequenas manifestações ou celebrações de cariz religioso e também cultural, representam um grande potencial de desenvolvimento de actividades turísticas para atrair não só peregrinos, como visitantes de outras culturas e religiões, sem ferir ou causar constrangimentos ou choques culturais e religiosos.estima-se que cerca de 75% do património nacional é de cariz ou de origem religiosa e sem contar com as muitas festividades e tradições que tem ou possuíram no passado uma origem e importância religiosa muito grande. Existe mesmo um interesse crescente pelas actividades religiosas, ao contrário do que se pensa, mesmo que o grande propósito até seja mais por interesse e curiosidade cultural do que espiritual. Vale a pena olhar de vez e sem preconceitos para este segmento, devolvendo-lhe toda a atenção que de facto merece, sob pena de perdermos aos poucos aquele que será um dos maiores e mais importantes legados culturais do nosso país. 13 APTCNEWS

14 14 APTCNEWS Entrevista Fernando Manuel dos Santos Freire, de 50 anos, natural de Oleiros - Castelo Branco, Licenciado em Direito e Pós - Graduado em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito de Lisboa, exerce actualmente as funções de Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, possuindo inúmeras funções institucionais, nomeadamente as de animação e gestão de projectos culturais, defesa e valorização do património, manutenção e modernização de equipamentos educativos, culturais e desportivos, entre outras. APTC - Quais a estratégias políticas no âmbito do Turismo e da Cultura delineadas para o Concelho de Vila Nova da Barquinha (VNB)? FF - É essencial para Vila Nova da Barquinha, e para os seus dirigentes, perceber que a valorização do património é um recurso económico que deve ser aproveitado. Neste contexto posso dizer que, decididamente, é uma das apostas do Município, para este mandato, colocar Vila Nova da Barquinha como concelho ligado arte e ao turismo. À arte com a criação de uma galeria permanente de exposições regulares, com a construção de uma residência para artistas, com a dinamização do atelier de desenho e pintura, com a criação de workshops de fotografia e marionetes. Na escultura com a criação de um parque de esculturas ao ar livre com obras de prestigiados escultores portugueses (assinaturas de contratos a decorrer). No turismo com a criação de um parque de autocaravanas (a inaugurar em Abril) e de um posto de turismo (a inaugurar em 2011). Fonte: Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha Outros sim, já foram adjudicados os percursos ribeirinhos que ligam o Barquinha Parque ao Castelo de Almourol, passando por Tancos, o que permite desenvolver passeios pedestres junto do rio e actividades de lazer. Há a recente aposta no turismo militar que, no que ao nosso território diz respeito, poder-se-á iniciar com a abertura das unidades ao público para revisitação de locais onde se prestou o serviço militar, dos seus museus privativos, com o encontro de ex-combatentes e com actividades de competição e de lazer. A estratégia passa por saber cativar os visitantes do Castelo de Almourol a entrar pela porta de outra praçaforte, Vila de Nova da Barquinha, ou seja, o Museu de Esculturas ao ar livre que ficará concluído no decorrer do ano de 2011, ligado por via pedonal ao castelo.

15 Entendemos que a cultura e o turismo têm um valor económico significativo, são um privilegiado campo de actuação, potenciadores de inovação e desenvolvimento pelo que não podemos, nem devemos ser negligentes, mas sim ambiciosos. APTC - O Castelo de Almourol é uma das atracções turísticas de Portugal. Que mais pode o turista encontrar em VNB? FF - O concelho da Barquinha é rico em património arqueológico, edificado, móvel, integrado, imaterial e paisagístico. O castelo é a maior atracção turística. Todavia, ninguém ama o que desconhece. Dar a conhecer os nossos recursos endógenos é um dever imperativo, melhor é uma obrigação de quem presta um serviço público. O turista poderá passear no Parque ribeirinho, inaugurado em 2005, e Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista em 2007, com cerca de 7 hectares de área de lazer pelos quais estão distribuídos diversos equipamentos desportivos, lúdicos, infantis, percursos ribeirinhos, parque de merendas e que está equipado com uma rede sem fios para ligação gratuita à Internet. Poderá visitar o Museu etnográfico, Bar 21, na sede de concelho, perto da Loja do Cidadão, para beber o belo abafado servido pelo Sr. Joaquim Vieira e, em seguida, visitar o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (CIAAR) aí podendo observar todo o seu rico espólio retirado das escavações efectuadas durante 2 décadas no concelho. Posteriormente, poderá visitar a Praça de Touros, a segunda mais antiga de Portugal, construída no século XIX, no ano de Deslocando-se mais para oeste poderá visitar a Ribeira da Atalaia, ao lado da Quinta da Ponte da Pedra, local ao ar livre onde se encontram vestígios de instrumentos líticos que vão do homem de Neandertal, 300 mil anos, ao homem Moderno, 24 mil anos. Esta datação da presença humana neste lugar demonstra o seu interesse no contexto ibérico e a atenção para a sua conservação. Este é o sítio arqueológico em Portugal com uma datação absoluta mais antiga. (foi pedido a classificação deste sítio à entidade competente). Na Atalaia poderá visitar a sua Igreja Matriz, Monumento Nacional, com pórtico renascentista do Séc. XVI e no seu interior realce para os azulejos do princípio do séc. XVII e para o monumento funerário do II Cardeal Patriarca de Lisboa. Em Tancos poderá visitar a Igreja Matriz fundada no início do século XVI, bem como a Igreja da Misericórdia, construída em 1585 e implantada junto às margens do Tejo, transformada no Centro Cultural de Tancos. Na Praia do Ribatejo poderá observar a Igreja Matriz, descendo até ao rio poderá descobrir a junção do Zêzere com o Tejo, subindo pelas Madeiras - Limeiras, no meio rural, poderá, no lugar de Cafuz, apreciar a paisagem magnífica sobre o Zêzere e o Nabão. APTC - Qual o posicionamento do Castelo de Almourol em relação a essas atracções mencionadas? FF - O castelo de Almourol é o exlibris do Concelho e detém posição privilegiada face ao restante património edificado. É um castelo de sonho, no meio de uma ilha do Tejo. Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do Reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de enigma e romantismo. É, sem dúvida, o local mais visitado do nosso concelho. Com uma nova estratégia poderemos prolongar a permanência de turistas no concelho. APTC - Constata-se que o Castelo de Almourol carece de uma estratégia de interpretação turística e cultural adequada. Que propostas se podem sugerir para contribuir significativamente com uma melhor apresentação do monumento para o turismo? FF - O castelo é hoje, como foi ontem, um recurso turístico que ainda não se conseguiu afirmar como produto turístico. A simbiose entre o castelo, o parque ribeirinho da Barquinha, o museu de escultura, a galeria de arte e o CIEC é um incentivado para criar esse produto turístico. A apresentação do monumento passa por uma intervenção minimalista, mas essencial, na torre de menagem, com implementação de conteúdos multimédia. O castelo fala por si próprio, assim como a paisagem envolvente pelo que não existe necessidade de fazer intervenções profundas sob pena de provocar danos irreparáveis. Convém assegurar, desde já, uma melhor qualidade de serviço bem como classificar a zona como paisagem protegida. Feitas estas medidas cautelares, importa criar condições para a iniciativa privada apostar no aumento de camas disponíveis e na hotelaria. 15 APTCNEWS

16 Entrevista 16 APTCNEWS Cremos que com o posto de turismo e com a implementação do Mercado das Artes, percursos ribeirinhos e CIEC, já em 2011, através de uma estratégia de comunicação e realização de actividades de âmbito imaterial podemos contribuir para uma melhor apresentação do castelo e do território. APTC - Alguma vez esteve no horizonte do município a proposta do Castelo de Almourol a Património da Humanidade - UNESCO? FF - O reconhecimento de um bem e sua sequente inserção na Lista do Património da Humanidade é um procedimento complexo e rigoroso. Ao que tenho conhecimento nunca esteve nas ambições do Município fazer tal proposta. O interesse turístico do monumento é catalisador para novos desafios. Todavia, estamos cientes que com a intervenção que se irá realizar na envolvente do Castelo, nos percursos ribeirinhos (ligação da Barquinha ao Castelo por percursos pedonais) e sempre junto do rio, bem como a intervenção na torre de menagem (novas escadas e implementação de conteúdos multimédia) damos passos seguros para podermos ir mais além. APTC - O que representa para o município o novo projecto do Mercado das Artes e qual o impacto esperado? FF - O Mercado das Artes tem como objectivo apresentar um conjunto integrado de operações de valorização ambiental, patrimonial e urbana com incidência territorial no centro urbano de Vila Nova da Barquinha e na frente ribeirinha adjacente. No edifício do Centro Cultural irá ser criada uma loja do museu de escultura, também, um posto de informação turística. A nascente do parque será construído um edifício para residência de artistas e ao lado funcionará o ateliê de desenho e pintura. Dentro destas operações destaca-se o projecto Esculturas no Parque, o qual se constitui como um projecto de referência a desenvolver no âmbito da estratégia encetada pelo Município aquando do ordenamento da frente ribeirinha e consequente implementação do parque urbano. O Centro de Escultura ao Ar Livre, a implementar no Parque Ribeirinho, irá contemplar um conjunto de esculturas, dos artistas: Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana, Alberto Carneiro e Zulmiro de Carvalho, conjugando a arquitectura paisagista no contexto espacial do Parque, enriquecendo todo o elemento circundante, a água, o rio e a Galeria de Arte. A galeria ficará instalada no antigo edifício dos paços de concelho e aí irão realizar-se várias exposições durante o ano. Para este projecto há um relevante parceiro, a Fundação EDP. O objectivo é o de dinamizar o tecido económico e urbano de Vila Nova da Barquinha e atrair à Barquinha parte dos turistas que visitam o Castelo de Almourol. APTC - Quais as futuras valências do novo Centro Escolar e suas implicações no Turismo e na Cultura? FF - A estrutura Centro Integrado de Educação e Ciência - Centro Escola (CIEC) é parte integrante de uma escola concebida pelo Arqt.º Aires Mateus, em forma de paralelepípedos, mas está arquitecturalmente concebida de forma a tornar-se uma estrutura independente e autónoma, o que permite continuar aberta ao público para além do horário escolar. A ciência é uma cultura caracterizada por maneiras de pensar e de causar, que, à semelhança com outras culturas, só se alcança com a prática e com a participação em actividades que simulam a investigação. Os conteúdos didácticos experimentais presentes no CIEC estão inseridos em temáticas regionais e nacionais o que será apelativo para o turista e para os seus filhos. Os seus conteúdos estão ancorados nas realidades locais, onde a compreensão da coerência do conjunto implica um conhecimento e um sentir do território. Não se trata, portanto, de um espaço temático nem tão pouco de uma mera selecção de módulos interactivos avulsos, trata-se de criar um espaço de ciência com módulos e actividades que visam a compreensão de conceitos e fenómenos científicos globais, mas a partir da realidade e contexto local, como por exemplo: Rio Tejo, barca, ponte romana, Castelo de Almourol, pára-quedismo e arqueologia. Aos visitantes da região proporcionará a exploração de conceitos e fenómenos científicos contextualizados no seu próprio território (lançamento de balões, de pára-quedas, escavações, etc.) e aos visitantes das restantes localidades do país, para além dessa exploração, dá-lhes ainda a possibilidade ficaram a conhecer todo o nosso território e a sua grandiosa história.

17 Bolsa de Voluntariado APTC Ano Europeu das Actividades de Voluntariado 2011 Inscreve-te nas equipas de Voluntariado da Associação Portuguesa de Turismo Cultural. 17 APTCNEWS Vem promover o Turismo Cultural e conhecer melhor o seu Património!

18 Artigo A gliptografia na cidade de Tomar 18 APTCNEWS João Ramalhete Licenciado em Gestão Turística e Cultural A gestão e avaliação da riqueza patrimonial de um determinado território é um aspecto a que se deve dar especial atenção, estando este património integrado em diferentes entidades é necessário haver parcerias concertadas de modo a satisfazer os objectivos, as necessidades e expectativas locais em torno das riquezas culturais e patrimoniais, neste caso em particular, de Tomar, cidade Templária. Assim, esta temática das marcas de canteiro também conhecidas por siglas, não esquecendo a importância de outras dimensões culturais integrantes no território, como a humana e social que são as mais importantes. Estando esta temática pouco explorada é dirigida de modo a promover como mais um recurso endógeno de continuidade ao património a que pertence e ao qual se pretende chamar a atenção para a sua diversificação e dinamização local e nacional. Desta forma, penso que este trabalho direccionado para o estudo das marcas de cantaria, sob o tema de Gliptografia-marcas de canteiro na arquitectura religiosa portuguesa (levantamento e interpretação na cidade de Tomar), é uma estratégia de desenvolvimento preconizada que tem como vector a valorização de um nicho por preencher. É urgente a valorização e preservação para a sua salvaguarda, de símbolos de identidades ancestrais, saberes e particularidades, que aliada à sua enorme riqueza e diversidade é uma fonte inesgotável de estudo e também para um melhor conhecimento histórico do monumento em que a marca está inserida. Não esqueçamos, que o património é o todo num conjunto, seja natural, cultural ou histórico, que se forma num produto local de forte valor atractivo de mais-valia para a economia e bem-estar no território a que pertence. As marcas de canteiro estão associadas a um grande poder artístico que os nossos ancestrais nos deixaram de herança no património pétreo, estas marcas estão vinculadas a imagens e modos de vida muito peculiares de uma época marcada por necessidades de evolução de valores e de referências para bases de construção de alicerces de uma identidade política, religiosa e social de reconhecimento internacional. Estas marcas são testemunho desses alicerces, independentemente de outras deduções que se queira fazer, a certeza de não estar enganado é o interesse de muitos outros investigadores, com os mais variados pontos de vista em relação a esta temática, o que é saudável e democrático para se chegar um dia a um consenso que a todos satisfaça. Enquanto esse consenso não chega, posso também ter a liberdade de dizer o meu ponto de vista, estas marcas o que têm de espectável é a maneira de assinar de alguns autores

19 de modo a preservar a sua memória individual que por este meio nos deixaram mensagens de uma realidade tão complexa ao tipicismo de quotidianos deslocados no tempo, neste legado de gerações, que agora tentamos compreender. A análise que faço e o contributo deste trabalho é ajudar a compreender este legado, que passa por: - Identificar: o legado de um património memorial do nosso tempo que está em risco e desaparecer; - Alertar: para os perigos resultantes de intervenções mal planeadas na recuperação deste património, devido por vezes a más políticas de organismos responsáveis, tanto locais como nacionais; - Divulgar: a obra deixada por quem nela tomou parte, embora não sendo conhecido o nome do autor, está na sua marca gravada na pedra elemento de grande longevidade que se exige conservar e proteger, um passado de memórias frágeis em risco, da nossa identidade; - Assumir: a responsabilidade de proteger um património que pertence a todos nós, perante a indiferença de alguns, que despreocupados apenas pensam em interesses individuais, destruindo o que pertence ao colectivo nacional; - Contribuir: para a cultura patrimonial registado e promovendo o património de forma a garantir o testemunho aos vindouros; - Estimular: a intervenção critica a diversos actores da sociedade, na compreensão e pesquisa de um passado genealógico em que estiveram envolvidos os nosso avós. Por isso, este trabalho tem como finalidade lançar um desafio à continuidade de outros interessados para este tema, não podemos ignorar e fingir que não vemos o que é bem visível numa grande parte dos nossos monumentos, dou como exemplo, o Mosteiro dos Jerónimos, É urgente a valorização e preservação para a sua salvaguarda, de símbolos de identidades ancestrais, saberes e particularidades o Mosteiro da Batalha, o Convento de Cristo, etc., é impossível dissociar as marcas assinaturas do monumento, atrevendo-me a dizer que a marca tem mais poder que o próprio monumento, é mágica e sobrenatural, daí ser impossível desvendar os seus segredos e mistérios que estavam na alma do seu possuidor, só nos resta navegar na nossa imaginação! Venha conhecer a APTC e os novos serviços que disponibilizamos aos associados. 19 APTCNEWS Esperamos por si!

20 Artigo Animação Turística: Um novo quadro legal! 20 APTCNEWS Regressamos, ainda em jeito informativo, e com objectivo profícuo de exteriorizar em linhas breves as novidades legislativas do sector do turismo em Portugal, a cargo do programa legislativo do XVII Governo Constitucional. Assim, e sem grandes preocupações de dogmatização, vimos nesta edição traçar as principais inovações do Decreto-lei 108/2009 de 15 de Maio no âmbito do enquadramento legal das actividades de animação turística. Com efeito, reconhecendo a importância do recente conceito de oferta de experiências no domínio da actividade turística, o diploma de que ora se faz referência pôs termo a quase uma década de vigência de um quadro normativo exponencialmente desajustado da realidade. O acesso ao exercício da actividade de animação turística encontra-se legalmente reservado a empresas, contemplando neste conceito o empresário em nome individual, o estabelecimento de responsabilidade limitada, a cooperativa e a sociedade comercial sob qualquer um dos tipos previstos no artigo 1º, 2 do CSC. São consideradas actividades próprias das empresas de animação turística a organização e venda de actividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em instalações fixas destinadas ao efeito, de carácter lúdico e com interesse turístico para a região em que se desenvolvam. É clara a opção do legislador pela definição de actividades próprias das empresas de animação turística, através de uma norma com a amplitude suficiente para permitir o enquadramento de novas modalidades de animação turística que constantemente surgem no mercado. Deixou assim o legislador de enunciar individualmente, como antes o fazia, as várias actividades consideradas próprias das actividades de animação turística, o que acabava por delimitar negativamente o conceito, como ainda passou a integrar no quadro das possibilidades de actividades de animação turística o conceito de turismo de natureza, contribuindo assim de forma evidente para a dinamização do Programa Nacional de Turismo de Natureza, prevista no Programa do Governo. Dispõe assim o artigo 4º do Decretolei 108/2009 que as actividades de animação turística desenvolvidas em áreas classificadas ou outras com valores naturais se designam por actividades de Turismo de Natureza. Apenas as entidades registadas como empresas de animação turística podem exercer as actividades próprias de animação turística, o que implica o registo da empresa no RNAAT, registo nacional de agentes de animação turística, junto do Turismo de Portugal, IP. Além destas, podem ainda exercer tais actividades de animação

21 turística, desde que cumpridos se verifiquem determinados requisitos em concreto, as agências de viagens, as empresas proprietárias ou exploradoras de empreendimentos turísticos quando prevejam no seu objecto social a possibilidade de exercerem, como complementares à sua actividade principal, actividades próprias das empresas de animação turística e bem assim, as associações, fundações, misericórdias, mutualidades, instituições privadas de solidariedade social, institutos públicos, clubes e associações desportivas, associações ambientalistas, associações juvenis e entidades análogas. O exercício da actividade das empresas de animação turística depende da inscrição no RNAAT e da contratação de um seguro de responsabilidade civil e de acidentes pessoais que cubra os riscos decorrentes de todas as actividades exercidas pela empresa, inscritas ou averbadas no registo, e um seguro de assistência às pessoas, válido exclusivamente no estrangeiro, quando tal se justifique. O requerimento de inscrição no RNAAT é dirigido ao Turismo de Portugal, IP, através de formulário electrónico disponibilizado no seu sítio da Internet. Com a apresentação do requerimento de inscrição é enviado pelo Turismo de Portugal, IP, para o do requerente, um recibo de recepção, e bem assim a designação de um gestor de processo a quem compete assegurar o desenvolvimento da tramitação procedimental. Na linha do que tem sido a tendência comunitária de criação de balcões únicos e de simplificação e desmaterialização dos procedimentos, também aqui, à semelhança do que tem acontecido também noutros sectores de actividade e com melhorias evidentes nos serviços, o legislador inovou e apostou no Turismo de Portugal IP, como balcão único, entidade responsável por todo o procedimento de acesso à actividade de animação turística mediante o pagamento de uma taxa única que pode oscilar entre os 950,00 e os 1.500,00, conforme se trate de empresas certificadas como microempresas ou não. Após a recepção do requerimento de registo, devidamente instruído, por parte da empresa, o Turismo de Portugal IP tem 10 dias para proferir a decisão sobre o requerimento de inscrição no RNAAT, emitindo e enviando ao requerente um certificado de registo, documento com o qual a empresa pode iniciar a actividade de animação turística, de acordo com as actividades inscritas ou averbadas no respectivo título. Os propósitos desta legislação são claros, e de louvar, e, salvo dificuldades de monitorização de todos os procedimentos, São consideradas actividades próprias das empresas de animação turística a organização e venda de actividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em instalações fixas destinadas ao efeito Facebook! podemos com alguma segurança afirmar que foi dado um passo, não só na dinamização da animação turística e turismo de natureza, como na própria qualidade da oferta deste produto turístico a nível nacional. A acreditação da oferta turística nacional tem de ser uma preocupação de todos quantos acreditam no Turismo como motor de sustentação da economia nacional, razão pela qual louvamos os presentes propósitos legislativos, e confiamos no sucesso da sua aplicação. Para estar a par das últimas notícias e actividades da APTC, adicione-nos no geral@sottomayorassociados.com 21 APTCNEWS

22 Sugerimos 22 APTCNEWS BTL - Feira Internacional de Turismo. Próximos dias de 23 a 27 de Fevereiro Ano após ano - e depois de 22 edições - a BTL continua a ser o espaço de eleição para os profissionais ligados à área turística, funcionado como o grande barómetro do mercado. Se Portugal é por excelência um país orientado para o Turismo, a BTL é o local onde esse potencial se revela em toda a sua plenitude. A BTL recebe a Tailândia como Destino Internacional Convidado e a região de Porto e Norte como Destino Nacional Convidado. Centro de exposições FIL Rua do Bojador, Parque das Nações. Fonte: FIL Primitivos Portugueses No período entre 13 de Janeiro e 24 de Fevereiro de 2011, no Museu de Arte Antiga. O Museu Nacional de Arte Antiga promove conferências, visitas e sessões de cinema relacionadas com a exposição Primitivos Portugueses O Século de Nuno Gonçalves. Para mais informações www. mnarteantiga-ipmuseus.pt Fonte: Museu de Arte Antiga.

23 XANTAR, Salão Galego de Gastronomia e Turismo Exposição: Alexandre Herculano: Guardar a Memória Viver a História Patente na sala do capítulo do Mosteiro dos Jerónimos Com esta exposição, o IGESPAR, I.P. e a Associação World Monuments Fund Portugal pretendem homenagear Alexandre Herculano e contribuir para melhor dar a conhecer a vida e a obra deste grande cidadão português ao numeroso público que nos visita. E, ainda, sensibilizar especialmente os jovens para a leitura e estudo das suas obras. Para mais informações: www. igespar.pt De 2 a 6 de Fevereiro Xantar é um espaço dedicado à promoção e divulgação da gastronomia e da cultura galega. Para isso, Xantar reúne restaurantes, instituições públicas e de promoção turística ou produtores de alimentos com denominação de origem da Galiza, entre outros tantos, para mostrar seus produtos e serviços. Organizado pela Expourense, Ourense, Galiza, Espanha Website de Xantar: org Fonte: 23 APTCNEWS Fonte: IGESPAR

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