Resenha do Suspiro dos Oprimidos. de Rubem Alves

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Resenha do Suspiro dos Oprimidos. de Rubem Alves"

Transcrição

1 Resenha do Suspiro dos Oprimidos de Rubem Alves As ciências do comportamento humano consideram a religião como fator alienante para onde o homem se volta buscando aplacar seu medo e como apoio a sua eterna insegurança. Tal era a idéia de Marx ao definir a religião como ópio do povo. Freud já a definia como uma ilusão criada pela mente neurótica. Enfm, chegaram por caminhos diferentes à mesma conclusão: a de que o fenômeno religioso é uma forma d eenfermidade. Assim, investido da autoridade que seus nomes representam, através de um discurso forte, convergem a um ponto comum que persuade os homens a aceitarem seus argumentos como corretos. O que não se percebe é que esta convergência não nasce do nada para uma conclusão, ou seja, ela já possui um ponto de partida inserido no inconsciente coletivo tecnológico ou metafísica do inconsciente, como define Rubem Alves. A pesquisa, partindo de uma hipótese conhecida pelo inconsciente é direcionada pelos dados e conceitos escolhidos que, inevitavelmente, vão levar a uma conclusão esperada e já previamente formulada na hipótese. O autor explica que essa metafísica teve seu conteúdo ideológico formado no Iluminismo e daí expandiu-se e infiltrou-se no inconsciente coletivo. 1

2 Partindo do pressuposto de que conhecer é reduplicar, acreditouse que o pensamento apreendia de fato o que captava através da atividade sensível. Dessa forma, os sentidos foram promovidos a captadores da verdade e a meios confiáveis de verificação de dados empíricos. Mas, se cada homem possui sua singularidade na apreensão e compreensão dos objetos e a ciência só trabalha com dados, como definir os parâmetros dessa apreensão? Quem saiu em socorro da ciência foi Freud, afirmando que o comportamento seria considerado normal se não fosse baseado em valores, mas sim ajustados totalmente aos processos que se apresentam. Em outras palavras, foram elaborados padrões de normalidade psicossociais para se estabelecer e normatizar a apreensão da realidade pelos sentidos. Um terceiro ponto de pressuposição da metafísica do inconsciente é que ela coloca o homem em uma posição irrelevante diante das forças que movem a história, importando apenas o que é e o que o homem se verá obrigado a fazer como decorrência dessa realidade, como ensinava Marx. Assim, o homem para Marx se tornava um agente alienado da própria corrente históricofilosófica, uma vez que ele se verá obrigado a empreender uma ação, mesmo sem ter consciência de como ela foi incentivada nele. Dentro da concepção materialista marxista, é a estrutura material que explica a consciência e não o inverso, como esclarece o autor. Alguns pensadores apresentaram seus argumentos: Peter Blau explicou que as organizações e sistema econômicos solidamente estabelecidos adquirem identidade própria e 2

3 independem das pessoas que as fundaram ou que fazem parte dela e Althusser afirmou que o mundo humano só pode ser conhecido se o homem for extraído do seu estudo. Dentro das ciências do homem, a psicologia também não ficou fora desse processo de convergência, o que bem demonstra a Teoria Comportamental ou Behaviorismo de Skinner. Para esta linha de estudo, o comportamento do homem é determina pelos estímulos que recebe, algo como o princípio de ação e reação de Newton. Tudo bem científico, positivista. Isso significa que o homem não tem controle de si mesmo e seu comportamento é condicionado aos determinismos materiais (sempre material!) em que ele se encontra preso. Não é o homem que faz a sua própria história. A imaginação também é pressuposta como uma patologia, como bem demonstrou Freud em seus escritos sobre a neurose e Marx ao atacar os socialistas utópicos. A imaginação em nada alteraria a realidade do homem, uma vez que ela não seria capaz de reduplicar os dados objetivos. Diante da incapacidade do homem de participar e influir no contexto histórico-social e do fato da imaginação ser uma patologia, o autor propõe que a única conclusão possível na metafísica do inconsciente é a de que a religião também é uma enfermidade. Ele explica que a religião e a imaginação estão intrínsecas entre si, principalmente porque a religião não é epistemológica e tenta sistematizar seus dados, ou seja, ela trabalha com a imaginação, conforme salientou Feuerbach. 3

4 Rubem Alves não responsabiliza somente os cientistas, mas também os profissionais da religião que, cedendo ao cientificismo, tentaram desmitologizar o evangelho, esquecendo-se de que as evidências científicas se assentavam sobre uma mitologia inconsciente acerca da estrutura da realidade. Salienta ainda que a teologia da secularização aceitou a irrelevância da imaginação e com isso, o fim da era da religião. Ao contrário do que previa a metafísica do inconsciente de nossa época, o pensamento objetivo não suplantou a imaginação. Pelo contrário, houve uma reação denominada contra-cultura que rejeitou o pensamento teórico, os padrões de produção e consumo, enfim, a consciência que se julgava sufocada e refém das estruturas sociais se viu sem a segurança prometida pela ciência, que não conseguiu o objetivo de substituir a religião. Os deuses da religião foram substituídos pelos heróis cientificistas, que sucumbiram à própria arrogância. Diante do caos que se tornou esse mundo coletivo, a alternativa do homem foi buscar apoio no seu mundo doméstico, onde teria algum controle. Mas nem ai ele está seguro, pois como preservar seu microcosmo pessoal em um macrocosmo cosmopolita? A solução é se voltar aos deuses substituídos pelos heróis fracassados. Afinal, a religião é uma forma de alienação ao se basear na imaginação? A ciência mesmo dá a resposta ao assumir que os sonhos são uma manifestação simbólica do real que, através da imaginação expressam realidades inconscientes. Ora, se a religião é uma manifestação do sonho e/ou imaginação não pode ser 4

5 tratada como enfermidade. O que ocorre é que a ciência, apesar de admitir o conteúdo real do sonho ainda não o incorporou em suas maneiras de investigar a realidade, como explica o autor, que conclui que a era que descobriu o inconsciente é mais inconsciente dele do que qualquer outra. O homem reage ao seu mundo com emoção, não consegue contempla-lo com uma atitude desinteressada. Trata-se de uma reação visceral muito antes de ser refletiva e passível de verbalização, que necessita de símbolos para representar para si mesma essa vivência inconsciente, que não pode ser expressada pela lógica sujeito-objeto. E é a religião que, através dos seus símbolos oferece a possibilidade ao homem de apreender o mundo em que vive e preservar seus valores num espaço interior à sua imaginação, num mundo utópico. O marxismo dentro de sua visão materialista da sociedade, previa que se esta fosse justa, a religião desapareceria. Esta foi a sua utopia, que foi solapada pela sua própria impossibilidade; Marx foi vítima do que ele mesmo execrava. A religião, tendo como aliada a imaginação e sua hermenêutica dos símbolos, oferece ao homem o que a mente cientificista não pode por não poder especificar: a esperança. É por isso que a religião sempre estará presente, como afirmou Durkheim. Enfim, é a religião que tem a capacidade de oferecer uma crítica do real, coisa que a ciência, como afirma Rubem Alves, não tem condições por ser prisioneira de sua própria metafísica. 5

... Cultura. Em busca de conceitos

... Cultura. Em busca de conceitos Cultura Em busca de conceitos Cultura Clifford Geertz Ernst Cassirer. EUA, 1926 2006 Texto: 1973 Polônia, 1874 EUA, 1945 Texto: 1944 A ciência na busca da definição do Homem Ciência na busca de leis gerais

Leia mais

Agora vamos assistir a uma Apresentação Narrada sobre o Positivismo. Ao final desta espera-se que você aprenda sobre as características do

Agora vamos assistir a uma Apresentação Narrada sobre o Positivismo. Ao final desta espera-se que você aprenda sobre as características do Agora vamos assistir a uma Apresentação Narrada sobre o Positivismo. Ao final desta espera-se que você aprenda sobre as características do positivismo como forma de análise sociológica. Análise que pretende

Leia mais

PESQUISA QUANTITATIVA PESQUISA QUALITATIVA

PESQUISA QUANTITATIVA PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA QUANTITATIVA PESQUISA QUALITATIVA Felipe José Rocha Vieira Roberto Pizzi Gomes Neto O REAL NÃO EXISTE!!! Os objetos com que a razão pode se ocupar classificam-se em: Relação de ideias Matérias

Leia mais

Prof. Aparecido Carlos Duarte

Prof. Aparecido Carlos Duarte Unidade I METODOLOGIA CIENTÍFICA Prof. Aparecido Carlos Duarte Conteúdo: o que é ciência; classificação e divisão da ciência; o que é método; o que é metodologia científica; o que é um paradigma; movimentos

Leia mais

NEM NEUROSE, NEM ILUSÃO: A LINGUAGEM DO AMOR E A SUA OPOSIÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 1

NEM NEUROSE, NEM ILUSÃO: A LINGUAGEM DO AMOR E A SUA OPOSIÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 1 Revista Inter-Legere NEM NEUROSE, NEM ILUSÃO: A LINGUAGEM DO AMOR E A SUA OPOSIÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 1 THE LANGUAGE OF LOVE AND ITS OPPOSITION TO SCIENTIFIC KWONLEDGE RESUMO O artigo em questão

Leia mais

RESENHA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS NA PERSPECTIVA DE QUENTIN SKINNER

RESENHA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS NA PERSPECTIVA DE QUENTIN SKINNER RESENHA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS NA PERSPECTIVA DE QUENTIN SKINNER Vander Schulz Nöthling 1 SKINNER, Quentin. Meaning and Understand in the History of Ideas, in: Visions of Politics, Vol. 1, Cambridge: Cambridge

Leia mais

A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas. Ernesto Friedrich de Lima Amaral

A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas. Ernesto Friedrich de Lima Amaral A sociologia crítica origem, desenvolvimento e conseqüências metodológicas Ernesto Friedrich de Lima Amaral 29 de janeiro de 2009 Estrutura da aula 1. Origens da sociologia crítica 2. Conceituação e desenvolvimento

Leia mais

22/08/2014. Tema 6: Ciência e Filosofia. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes. Ciência e Filosofia

22/08/2014. Tema 6: Ciência e Filosofia. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes. Ciência e Filosofia Tema 6: Ciência e Filosofia Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes Ciência e Filosofia Ciência: vem do latim scientia. Significa sabedoria, conhecimento. Objetivos: Conhecimento sistemático. Tornar o mundo compreensível.

Leia mais

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações

A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações Marcio Tadeu Girotti * RESUMO Nosso objetivo consiste em apresentar a interpretação de Michelle

Leia mais

O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior O Marxismo de Karl Marx Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior Karl Marx (1818-1883). Obras principais: Manifesto Comunista (1847-1848). O Capital em 3 volumes.volume 1(1867) Volume 2 e 3 publicado por

Leia mais

A mercadoria. Estudo da primeira seção do primeiro capítulo de O Capital

A mercadoria. Estudo da primeira seção do primeiro capítulo de O Capital A mercadoria Estudo da primeira seção do primeiro capítulo de O Capital 1 Para iniciar Para continuar é preciso fazer um resumo da seção 1: Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor. Vamos, agora,

Leia mais

Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho

Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho Teoria da História Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) Matrizes filosóficas: Dialética Hegeliana (G.W.F.Hegel) Materialismo e Alienação (Ludwig Feuerbach

Leia mais

A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel.

A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel. A Questão da Transição Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel. 1 Uma civilização em crise Vivemos num mundo assolado por crises: Crise ecológica Crise humanitária

Leia mais

Profª Karina Oliveira Bezerra Aula 05 Unidade 1, capítulo 5: p. 63 Unidade 8, capítulo 5: p. 455 Filme: Germinal

Profª Karina Oliveira Bezerra Aula 05 Unidade 1, capítulo 5: p. 63 Unidade 8, capítulo 5: p. 455 Filme: Germinal Profª Karina Oliveira Bezerra Aula 05 Unidade 1, capítulo 5: p. 63 Unidade 8, capítulo 5: p. 455 Filme: Germinal No século XIX, em decorrência do otimismo trazido pelas idéias de progresso (positivismo),

Leia mais

Marxismo e Autogestão

Marxismo e Autogestão MARXISMO AUTOGESTIONÁRIO O Materialismo Histórico-Dialético Lucas Maia Objetivamos neste estudo investigar qual a concepção que Marx possui sobre Método dialético e materialismo histórico. Vários de seus

Leia mais

quanto ao comportamento aprendido x herdado quanto às teorias de aprendizagem quanto ao determinismo

quanto ao comportamento aprendido x herdado quanto às teorias de aprendizagem quanto ao determinismo quanto ao comportamento aprendido x herdado: Skinner nunca se dedicou a traçar esses limites; achava que esta natureza de informação poderia ajudar muito pouco à AEC, sobretudo porque o comportamento herdado

Leia mais

Interbits SuperPro Web

Interbits SuperPro Web 1. (Interbits 2014) Frequentemente se diz que a teoria marxista corresponde a um materialismo histórico. O que significa afirmar que Marx era um materialista? Justifique sua resposta. 2. (Interbits 2014)

Leia mais

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER Karl Marx (1818-1883) Mercadoria como base das relações sociais Mercantilização: tudo vira mercadoria. Materialismo Histórico Dialético Toda e qualquer

Leia mais

Psicanálise: as emoções nas organizações

Psicanálise: as emoções nas organizações Psicanálise: as emoções nas organizações Objetivo Apontar a importância das emoções no gerenciamento de pessoas Definir a teoria da psicanálise Descrever os niveis da vida mental Consciente Subconscinete

Leia mais

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações SujeitoeideologiaparaPêcheuxeparaBakhtin: bordandofronteiras FrancisLampoglia 1 ValdemirMiotello 2 LucíliaMariaSousaRomão 3 MikhailBakhtineMichelPêcheux:brevesconsiderações Este trabalho estuda as noções

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular CICLO PROFISSIONAL OU TRONCO COMUM FL237 - ETICA OBRIGATÓRIO 3 60 0 60 4.0 PRESSUPOSTOS ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA. A ESTRUTURA DO AGIR MORAL: ESTRUTURA OBJETIVA E SUBJETIVA; A CONSISTÊNCIA MORAL; A LIBERDADE;

Leia mais

Metodologia do Trabalho Científico

Metodologia do Trabalho Científico Metodologia do Trabalho Científico Teoria e Prática Científica Antônio Joaquim Severino Grupo de pesquisa: Educação e saúde /enfermagem: políticas, práticas, formação profissional e formação de professores

Leia mais

A Cultura da Equipe: Fator Crítico de Sucesso. Rackel Valadares OpenText Maio/2016

A Cultura da Equipe: Fator Crítico de Sucesso. Rackel Valadares OpenText Maio/2016 A Cultura da Equipe: Fator Crítico de Sucesso Rackel Valadares OpenText Maio/2016 O que é Cultura Organizacional? Cultura Organizacional a) É o que dá as pessoas um senso de como se comportar e o que convém

Leia mais

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. Todo exemplo citado em aula é, meramente,

Leia mais

O nascimento da Sociologia. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

O nascimento da Sociologia. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli O nascimento da Sociologia Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Avisos Horário de Bate Papo: terças-feiras, 17hs às 17hs:30 Atenção com o prazo de envio das respostas das atividades eletrônicas.

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE FILOSOFIA POSITIVA DE AUGUSTE COMTE

REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE FILOSOFIA POSITIVA DE AUGUSTE COMTE 146 REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE FILOSOFIA POSITIVA DE AUGUSTE COMTE Mariluce Bittar Para se compreender as idéias básicas do positivismo, a leitura do Curso de Filosofia Positiva é condição indispensável.

Leia mais

Compreensão do Positivismo e Funcionalismo: Linhas epistemológicas que influenciaram o Serviço Social

Compreensão do Positivismo e Funcionalismo: Linhas epistemológicas que influenciaram o Serviço Social 1 - Introdução Este artigo traz as concepções teóricas do positivismo e do funcionalismo e a influência destes para o Serviço Social, ambos são linhas epistemológicas que impulsionaram o Serviço Social

Leia mais

SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO

SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO SOCIOLOGIA 1 ANO PROF. DARIO PINHEIRO PROF. JOSINO MALAGUETA ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Os clássicos da Sociologia 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 3.2 Conteúdo Max Weber 3 CONTEÚDOS

Leia mais

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA FILOSOFIA 1º VOLUME (separata) FILOSOFIA E A PERCEPÇÃO DO MUNDO Unidade 01 Apresentação O Começo do Pensamento - A coruja é o símbolo da filosofia. - A história do pensamento. O que é Filosofia - Etimologia

Leia mais

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de

Leia mais

Sobre as ideologias do campesinato em Portugal:

Sobre as ideologias do campesinato em Portugal: José Madureira Pinto Sobre as ideologias do campesinato em Portugal: notas para um projecto de investigação JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO Qualquer trabalho de investigação sobre as classes sociais em Portugal,

Leia mais

Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo

Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo RAÇA E ETNIA Raça A raça (do italiano razza) é um conceito que obedece a diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de

Leia mais

Uma pergunta. O que é o homem moderno?

Uma pergunta. O que é o homem moderno? Uma pergunta O que é o homem moderno? Respostas O homem moderno é aquele que não trabalha para viver, mas vive para trabalhar. O homem moderno não domina o tempo; ao contrário, é dominado pelo tempo. O

Leia mais

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. RUBENS Todo RAMIRO exemplo JR (TODOS citado

Leia mais

PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS BATISTAS EM ARAGUAÍNA Protestantismo de Missão no Brasil: A Educação Batista em Araguaína

PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS BATISTAS EM ARAGUAÍNA Protestantismo de Missão no Brasil: A Educação Batista em Araguaína PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS BATISTAS EM ARAGUAÍNA Protestantismo de Missão no Brasil: A Educação Batista em Araguaína Maiza Pereira Lôbo1 Vasni de Ameida2 RESUMO No projeto de iniciação científica que desenvolvemos

Leia mais

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 8 de Maio de Duração da Prova 120 minutos

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 8 de Maio de Duração da Prova 120 minutos Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 8 de Maio de 2017 Duração da Prova 120 minutos Nome: Classificação: Assinaturas dos Docentes: Notas Importantes: A prova de

Leia mais

DOSSIÊ HermenÊutIca. religião na produção e crítica DOS SentIDOS

DOSSIÊ HermenÊutIca. religião na produção e crítica DOS SentIDOS DOSSIÊ Hermenêutica. Religião na produção e crítica dos sentidos Apresentação do dossiê: Hermenêutica: Religião na produção e crítica dos sentidos Etienne Alfred Higuet A hermenêutica desenvolveu-se como

Leia mais

EAD Fundamentos das Ciências Sociais

EAD Fundamentos das Ciências Sociais EAD - 620 Fundamentos das Ciências Sociais CONHECIMENTO CIENTÍFICO SOBRE A SOCIEDADE SURGIMENTO, CONDIÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO MOTIVADORES DA CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA SOCIAL 1. A Sociologia como fruto da

Leia mais

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO

HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para

Leia mais

O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS

O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS 1. O CONHECIMENTO é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através

Leia mais

DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA. Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA.

DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA. Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA. DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA. PARADIGMAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO Pesquisar: Para quem? (sentido social) Por quê? (histórico) De qual lados

Leia mais

O desafio de amar Desafios #7 1 Jo 4: 9-21

O desafio de amar Desafios #7 1 Jo 4: 9-21 1 Direitos reservados Domingos Sávio Rodrigues Alves Uso gratuito, permitido sob a licença Creative Commons O desafio de amar Desafios #7 1 Jo 4: 9-21 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco:

Leia mais

CAPÍTULO III TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA 3.4 MODALIDADES E METOLOGIAS DE PESQUISA CIENTÍFICA

CAPÍTULO III TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA 3.4 MODALIDADES E METOLOGIAS DE PESQUISA CIENTÍFICA CAPÍTULO III TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA 3.4 MODALIDADES E METOLOGIAS DE PESQUISA CIENTÍFICA A ciência se constitui aplicando técnicas, seguindo um método e apoiando-se em fundamentos epistemológicos.

Leia mais

BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO

BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO BIOGRAFIA Nasceu em 1897 na Índia, filho de ingleses Com 8 anos foi p\ Inglaterra Oficial na I e na II Guerra Mundial iniciou primeiras experiências

Leia mais

Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação:

Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação: Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação: Limites atual do discurso filosófico no Brasil na abordagem da temática educacional Fonte: SEVERINO, Antonio Joaquim (USP) A preocupação do texto Os discursos

Leia mais

Paulo Freire, um menino conectivo: conhecimento, valores e práxis do educador, de Jason Mafra

Paulo Freire, um menino conectivo: conhecimento, valores e práxis do educador, de Jason Mafra DOI: 10.5585/Dialogia.n27.7852 Paulo Freire, um menino conectivo: conhecimento, valores e práxis do educador, de Jason Mafra São Paulo: BT Acadêmica. Brasília: Liber Livro, 2016. 264 p. Leonardo Raphael

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

Aula 01 O conhecimento vivo

Aula 01 O conhecimento vivo Metodologia da Pesquisa Científica Aula 01 O conhecimento vivo Bloco 1 Dra. Rita Mazaro Na nossa vida diária utilizamos e convivemos com conhecimentos construídos ao longo da história por diferentes povos

Leia mais

FACULDADE ASSIS GURGACZ

FACULDADE ASSIS GURGACZ FACULDADE ASSIS GURGACZ Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica Professor: Fábio Lúcio Zanella fabioluciozanella@hotmail.com fabio@fag.edu.br O que é Metodologia? Método palavra de origem grega:

Leia mais

PLANO DE CURSO. 1. Apresentar a emergência da teoria social de Marx e da tradição sociológica, discutindo os traços pertinentes destas duas vertentes.

PLANO DE CURSO. 1. Apresentar a emergência da teoria social de Marx e da tradição sociológica, discutindo os traços pertinentes destas duas vertentes. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL CURSO DE MESTRADO EM SERVIÇO SOCIAL Disciplina: Teorias Sociais

Leia mais

Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels

Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels Hugo Leonnardo Cassimiro Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels Hugo Leonnardo Cassimiro 1 VIANA, Nildo. Senso comum, representações sociais e representações

Leia mais

KARL JENSEN E OS MOVIMENTOS SOCIAIS

KARL JENSEN E OS MOVIMENTOS SOCIAIS KARL JENSEN E OS MOVIMENTOS SOCIAIS Nildo Viana Sociólogo, Filósofo, Professor da Faculdade de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás, Doutor em

Leia mais

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia

CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia O que caracteriza a consciência mítica é a aceitação do destino: Os costumes dos ancestrais têm raízes no sobrenatural; As ações humanas são determinadas pelos

Leia mais

ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. 3. Ed. Tradução: Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2005.

ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. 3. Ed. Tradução: Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2005. RESENHA: O MARXISMO DE MARX ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. 3. Ed. Tradução: Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2005. Tainã Alcantara de Carvalho 1 Iniciando seus estudos sobre Marx em 1931 por conta da

Leia mais

Pedagogia da Autonomia. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

Pedagogia da Autonomia. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. Pedagogia da Autonomia FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. Pressupostos a Educação é libertadora desde que o seu sujeito seja

Leia mais

A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975)

A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975) 1 A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975) Marilei Resmini GRANTHAM Fundação Universidade Federal do Rio Grande Nesta brevíssima exposição, procuramos abordar alguns

Leia mais

Behaviorismo o controle comportamental nas organizações

Behaviorismo o controle comportamental nas organizações Objetivos Behaviorismo o controle comportamental nas organizações Apontar a importância da definição precisa do comportamento Apresentar os conceitos básicos da Escola Behaviorista Descrever o condicionamento

Leia mais

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 20 de Maio 2016

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 20 de Maio 2016 Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 20 de Maio 2016 Duração da Prova 120 minutos Nome: Classificação: Assinaturas dos Docentes: Notas Importantes: A prova de avaliação

Leia mais

«Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» EVANGELHO Mt 9,36-10,8

«Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara» EVANGELHO Mt 9,36-10,8 Ambiente: Costuma-se chamar ao texto que vai dos v.9,36 a 11,1, o discurso da missão : nele, Jesus envia os discípulos e define a missão desses discípulos anunciar a chegada do Reino. Este discurso da

Leia mais

Sociologia I Prof.: Romero. - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim

Sociologia I Prof.: Romero. - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim Sociologia I Prof.: Romero - Definição - Contexto - A. Comte - Durkheim Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem Rosa Luxemburgo (1871-1919) [imaginação Sociológica] Ao utilizar este

Leia mais

A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO

A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO Pontifícia Universidade Católica de Goiás Psicologia Jurídica A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO Profa. Ms. Joanna Heim PSICOLOGIA Contribuições Histórica Filosóficas Fisiológicas FILOSÓFICA(psyché = alma e logos=razão)

Leia mais

ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA

ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA JOÃO ZANARDINI UNIOESTE - CASCAVEL PEDAGOGIA POR QUÊ UMA PREOCUPAÇÃO COM A PEDAGOGIA?

Leia mais

Encontro 2. Desenvolvimento das ciências humanas e sociais

Encontro 2. Desenvolvimento das ciências humanas e sociais Encontro 2 Desenvolvimento das ciências humanas e sociais Autores CAHNMAN, W. J. Tönnies e a teoria do desenvolvimento social. Uma reconstrução. MARX... (ver plano) WATSON... (ver plano) DURKHEIM... (ver

Leia mais

O nome do Senhor é Torre Forte; o justo foge para ela e está seguro (Provérbios 18.10)

O nome do Senhor é Torre Forte; o justo foge para ela e está seguro (Provérbios 18.10) Nossa Torre Forte O nome do Senhor é Torre Forte; o justo foge para ela e está seguro (Provérbios 18.10) Introdução O nome do Senhor! Seria difícil começar uma declaração sobre o Refúgio divino de forma

Leia mais

Encontro 2 05/05/2018. Autores. Plano da aula

Encontro 2 05/05/2018. Autores. Plano da aula Encontro 2 Desenvolvimento das ciências humanas e sociais Autores CAHNMAN, W. J. Tönnies e a teoria do desenvolvimento social. Uma reconstrução. MARX... (ver plano) WATSON... (ver plano) DURKHEIM... (ver

Leia mais

Porto Alegre-RS 2009

Porto Alegre-RS 2009 54 HERÁCLITO DE ÉFESO: TUDO É UM Ingrid Almeida Veras Porto Alegre-RS 2009 55 HERÁCLITO DE ÉFESO: TUDO É UM Ingrid Almeida Veras 1 RESUMO: Este artigo abordará o pensamento de Heráclito de Éfeso, filósofo

Leia mais

Aula 22. A Escola de Frankfurt

Aula 22. A Escola de Frankfurt Aula 22 A Escola de Frankfurt O COMEÇO O pensamento alemão, seja qual for a tonalidade ideológica que assumiu, dominou grande parte do cenário intelectual ocidental entre 1850 e 1950; Última representante

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES RELATÓRIO DIÁLOGO ENTRE LARANJA MECÂNICA E O MODERNISMO MURILO DE ANDRADE

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES RELATÓRIO DIÁLOGO ENTRE LARANJA MECÂNICA E O MODERNISMO MURILO DE ANDRADE UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES RELATÓRIO DIÁLOGO ENTRE LARANJA MECÂNICA E O MODERNISMO MURILO DE ANDRADE SÃO PAULO 2013 MURILO DE ANDRADE RELATÓRIO DIÁLOGO ENTRE LARANJA MECÂNICA

Leia mais

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca

Psicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de

Leia mais

OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS

OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA SOCIOLOGIA E ÉTICA OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS ANTONIO LÁZARO SANT ANA MARÇO 2018 Existem outras tipos de conhecimento que

Leia mais

PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS Prof. Dr. Alexandre Mantovani mantovani@eerp.usp.br EPISTEMOLOGIA Epistemologia: ramo da filosofia que se dedica ao estudo do conhecimento. Mais

Leia mais

Positivismo. Sérgio Cerutti Professor de Sociologia - IFSC Joinville

Positivismo. Sérgio Cerutti Professor de Sociologia - IFSC Joinville Positivismo Sérgio Cerutti Professor de Sociologia - IFSC Joinville O positivismo é a 1ª teoria de estudo científico da sociedade. Ele se integra a era do cientificismo do século XVIII. O francês Auguste

Leia mais

A escola de Frankfurt. Profª Karina Oliveira Bezerra

A escola de Frankfurt. Profª Karina Oliveira Bezerra A escola de Frankfurt Profª Karina Oliveira Bezerra Uma teoria crítica contra a opressão social Escola de Frankfurt é o nome dado ao grupo de pensadores alemães do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt,

Leia mais

Ciclo II. A Medicina e a Psicanálise: o embate de. saberes

Ciclo II. A Medicina e a Psicanálise: o embate de. saberes Ciclo II A Medicina e a Psicanálise: o embate de saberes Rodrigo Garcia D'Aurea Terça-feira - Noite Justificativa Após decorrido quase um ano de formação em psicanálise, observo mudanças importantes na

Leia mais

Freud e Lacan, segundo Althusser

Freud e Lacan, segundo Althusser www.franklingoldgrub.com Édipo 3 x 4 - franklin goldgrub 1º Capítulo - (texto parcial) Freud e Lacan, segundo Althusser O texto de Althusser "Freud e Lacan" constitui um manifesto destinado a legitimar

Leia mais

Metafísica: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in:

Metafísica: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in: : Noções Gerais (por Abraão Carvalho in: www.criticaecriacaoembits.blogspot.com) é uma palavra de origem grega. É o resultado da reunião de duas expressões, a saber, "meta" e "physis". Meta significa além

Leia mais

MÉTODO CIENTÍFICO. Profº M.Sc. Alexandre Nojoza Amorim

MÉTODO CIENTÍFICO. Profº M.Sc. Alexandre Nojoza Amorim MÉTODO CIENTÍFICO Profº M.Sc. Alexandre Nojoza Amorim NÃO HÁ CIÊNCIA SEM O EMPREGO DE MÉTODOS CIENTÍFICOS. Conceitos É o caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha

Leia mais

PSICOLOGIA B - 12º ano

PSICOLOGIA B - 12º ano PSICOLOGIA B - 12º ano Tema 2: EU Processos emocionais A professora: Antónia Couto Ano letivo: 2011-2012 Índice Introdução Distinção entre afeto, sentimento e emoção (D5) Definição de emoção (D6 e D7)

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS 1. EMENTA O conceito de ciência. Ciência e outras formas de saber. A constituição histórica das ciências humanas. Teoria do conhecimento. O objeto do conhecimento. A linguagem científica. Ciência, ética

Leia mais

Porquê estudar Psicologia?

Porquê estudar Psicologia? INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA Objetivos Definir o objeto de estudo da Psicologia Descrever a trajetória historica da psicologia para a compreensão de sua utilização no contexto atual Entender a Psicologia Organizacional

Leia mais

1 Sobre a Filosofia... 1 A filosofia como tradição... 1 A filosofia como práxis... 4

1 Sobre a Filosofia... 1 A filosofia como tradição... 1 A filosofia como práxis... 4 SUMÁRIO 1 Sobre a Filosofia... 1 A filosofia como tradição... 1 A filosofia como práxis... 4 2 Sobre a Filosofia do Direito... 9 A especificidade da filosofia do direito... 9 Filosofia do direito e filosofia...

Leia mais

APRESENTAR DEUS NA VÁRIAS CONCEPÇOES AO LONGO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

APRESENTAR DEUS NA VÁRIAS CONCEPÇOES AO LONGO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE AULA 1 DEUS OBJETIVOS: Apresentar Deus nas várias concepções ao longo da história da humanidade Compreender a relação entre Deus e o infinito conhecendo os atributos da divindade Deus APRESENTAR DEUS NA

Leia mais

BURKE, Janine. Deuses de Freud: A Coleção de Arte do Pai da Psicanálise. Rio de Janeiro: Record, p. ISBN:

BURKE, Janine. Deuses de Freud: A Coleção de Arte do Pai da Psicanálise. Rio de Janeiro: Record, p. ISBN: RESENHA BURKE, Janine. Deuses de Freud: A Coleção de Arte do Pai da Psicanálise. Rio de Janeiro: Record, 2010. 459p. ISBN: 9788501078636 A presente obra é uma importante contribuição sobre alguns aspectos

Leia mais

SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo.

SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo. SOCIOLOGIA. Professor Gilson Azevedo. 1. (Ueg 2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento

Leia mais

A LITERATURA INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL

A LITERATURA INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL Aline Hikari Ynoue (PIBIC/CNPq/UEM), Adriana de Fátima Franco (Orientadora), Silvana Calvo Tuleski (Co-orientadora), e-mail: ynoue.aline@gmail.com. Universidade Estadual de Maringá / Centro de Ciências

Leia mais

Marxismo e Autogestão, Ano 01, Num. 01, jan./jun. 2014

Marxismo e Autogestão, Ano 01, Num. 01, jan./jun. 2014 Filosofia e Autogestão Jean-Luc Percheron Eu emiti o conceito de uma consciência coisificada. Trata-se, porém de um consciente que rejeita tudo que é consequência, todo o conhecimento do próprio condicionamento,

Leia mais

Conceitos Básicos e História

Conceitos Básicos e História Psicologia na Educação Aula 1 Conceitos Básicos e História Profa. Adriana Straube Nesta aula discutiremos sobre o conceito de psicologia. As origens da psicologia como ciência nascendo na Alemanha. História

Leia mais

Behaviorismo. O termo foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado Psicologia: como os behavioristas a vêem por John Broadus Watson.

Behaviorismo. O termo foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado Psicologia: como os behavioristas a vêem por John Broadus Watson. Behaviorismo Behaviorismo O termo foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado Psicologia: como os behavioristas a vêem por John Broadus Watson. Behavior significa comportamento, definido

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

No contexto da fé cristã, a teologia não é o estudo de Deus como algo abstrato, mas é o estudo do Deus pessoal revelado na Escritura.

No contexto da fé cristã, a teologia não é o estudo de Deus como algo abstrato, mas é o estudo do Deus pessoal revelado na Escritura. Franklin Ferreira No contexto da fé cristã, a teologia não é o estudo de Deus como algo abstrato, mas é o estudo do Deus pessoal revelado na Escritura. Necessariamente isso inclui tudo o que é revelado

Leia mais

Aula 19. Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant

Aula 19. Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant Aula 19 Bora descansar? Filosofia Moderna - Kant Kant (1724-1804) Nasceu em Könisberg, 22/04/1724 Estudos Collegium Fredericiacum Universidade Könisberg Docência Inicialmente aulas particulares Nomeado

Leia mais

Benção da fartura com São Miguel Arcanjo

Benção da fartura com São Miguel Arcanjo Benção da fartura com São Miguel Arcanjo Esta é uma poderosa forma de trazer fartura e abundância para a sua vida com a ajuda de S. Miguel Arcanjo! Envolve carinho e caridade, por isso funciona mesmo!

Leia mais

Estágio I. Prof. Jader Costa

Estágio I. Prof. Jader Costa Estágio I Prof. Jader Costa Estágio I Apresentação da disciplina; Metodologia da disciplina (elaboração do projeto); Avaliação da disciplina; Dicas/Sugestões ( temas/ bibliografia); MÉTODOS E TÉCNICAS

Leia mais

A presença de Marx no pensamento religioso de Rubem Alves

A presença de Marx no pensamento religioso de Rubem Alves A presença de Marx no pensamento religioso de Rubem Alves Antônio Vidal Nunes Introdução Rubem Alves é um dos mais importantes pensadores brasileiros. Desde meados da década de 1970, sua obra começou a

Leia mais

TEORIA DOS VALORES. Quais são os valores que você mais preza? Introdução

TEORIA DOS VALORES. Quais são os valores que você mais preza? Introdução TEORIA DOS VALORES Quais são os valores que você mais preza? Introdução Os filósofos tentaram determinar a boa conduta segundo dois princípios fundamentais: considerando alguns tipos de conduta bons em

Leia mais

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2

KARL MARX E A EDUCAÇÃO. Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 KARL MARX E A EDUCAÇÃO Ana Amélia, Fernando, Letícia, Mauro, Vinícius Prof. Neusa Chaves Sociologia da Educação-2016/2 BIOGRAFIA Karl Heinrich Marx (1818-1883), nasceu em Trier, Alemanha e morreu em Londres.

Leia mais

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna:

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: inserção da análise da conduta delitiva, do controle

Leia mais

O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine

O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine Brasília-DF, Setembro de 2007 Universidade de Brasília UNB Departamento de Serviço Social Mov. Soc., Poder Político e Cidadania Profa. Dra. Nair Bicalho O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine Alunas: Denise

Leia mais

3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP

3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP 1. A frase mostra um dos principais objetivos de Francis Bacon (Chico Toicinho): demonstrar que o conhecimento consistia simplesmente em acreditar

Leia mais

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. As soluções encontradas por Weber para os intrincados problemas metodológicos que ocuparam a atenção dos cientistas sociais do começo do século XX permitiram-lhe

Leia mais