Estudar de forma integrada os fatores biótico e abióticos que afetam a distribuição e adaptação dos seres vivos na biosfera.

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João de Lacerda Marques
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1 Qual o Objetivo da Biogeografia? Estudar de forma integrada os fatores biótico e abióticos que afetam a distribuição e adaptação dos seres vivos na biosfera.

2 Fatores Físicos ou Abióticos: clima, solo, relevo. Fatores homem. Bióticos: seres vivos incluindo o

3 Cabe ao Biogeógrafo compreender as INTERRELAÇÕES dos seres vivos recíprocamente e deles com o espaço geográfico onde vivem.

4 O que é Biosfera? Qual a importância do clima e do relevo para a distribuição e adaptação dos seres vivos?

5 BIOSFERA Parte do planeta capaz de sustentar a vida. Vai desde elevações de aproximadamente m. acima do nível do mar até o fundo do oceano e algumas centenas de metros abaixo da superfície da Terra. A biosfera consiste na hidrosfera, atmosfera mais baixa (troposfera), e na superfície da litosfera que são habitadas por organismos metabolicamente ativos. (Art, 1998:60)

8 Tempo meteorológico e Clima: qual a diferença? Tempo meteorológico: são as condições atmosféricas num dado momento e lugar. Clima: é o conjunto dos fenômenos do tempo que ocorrem num lugar ou numa região por determinado número de anos. Ambos de modo integrado, afetam a distribuição e a adaptação da vida em escala planetária BIOMAS

10 Radiação Solar 1) Gera Calor (temperatura) que varia com a sazonalidade, a hora do dia, a latitude, a continentalidade, a maritimidade afetam o clima e o tempo alteram a distribuição dos seres vivos.

11 Variação de temperatura em função da sazonalidade e da hora do dia. Fonte: Brown & Lomolino, 2006.

12 A influência da Latitude no aquecimento da Terra Fonte: Brown & Lomolino, 2006

13 Animais: Homeotermos ou Euritermos (mamíferos e aves) Pecilotermos ou Estenotermos (répteis, anfíbios, invertebrados) A latitude age sobre a temperatura que atua na: hibernação, repouso, migração, consumo de alimento, fecundidade, exigindo adaptações morfológicas, fisiológicas, ecológicas e etológicas. Vegetais: a latitude atuando sobre o clima determina peíodo de crescimento e de repouso vegetativo. Limite de desenvolvimento vegetal: - Congelamento da água (ex. Tundra, Taiga) - Evapotranspiracão (déficit hídrico) (ex. Deserto, Savana). - Abaixo de 6 graus C e acima de graus C letal para a maioria dos vegetais (algas até 73 Graus C; bactérias até 90 graus C).

14 Radiação Solar 2) Gera Luz que influencia nos ritmos biológicos nos vegetais: fotossíntese, fotoperíodo, fototropismo. Podem ser heliófitos, ciófitos. animais: podem ser eurífotos (ex. lagartos), lucífilos (ex. mariposas), lucífobos (ex. tatú). 3) Gera Energia Química produzida pelos vegetais (armazenadores de energia solar), transformada pelos herbívoros (herbiforia ou fitofagia) e consumida pelos carnívoros.

15 Precipitação Varia no total anual e na distribuição mensal (periodismo), na forma (chuva, neve, granizo, orvalho) e na duração (rápida, prolongada). Fonte: Brown & Lomolino (2006)

16 Umidade do Ar É afetada pela continentalidade ou maritimidade, pelo relevo, pelo vento, por ambientes florestados ou mais abertos como o exemplo abaixo. Ambiente Temperatura em graus C Umidade Relativa em % Floresta Ombrófila Densa secundária 25,3 76,7 Vegetação de Restinga sobre duna semi-fixa 22,6 59,2 Obs. dados retirados no mesmo dia em Florianópolis.

17 Ventos Deformam a copa das árvores e arbustos (poda) quando forete e constantes, inibem o desenvolvimento da vegetação (buscam abrigo), deposição irregular da neve e consequente distribuição desigual da vegetação (mosaicos) e da umidade do ar. Agente dispersor de sementes, de pólen, de plantas inteiras e de insetos a grandes distâncias. Agente Pode da evaporação (poder dissecante). ser destrutivo (tempestades de areia poder abrasivo).

18 Nebulosidade Reduz a luminosidade, inibindo a produção de massa verde conseqüentemente diminui a quantidade de alimento disponível.

19 Pressão Atmosférica Afeta o movimento das massas de ar (efeito indireto). Afeta Afeta a rarefação do ar a pressão sanguínea: - euríbaros: suportam grande variação de pressão. Ex. iaque. - estenóbaros: não suportam grande variação de pressão. Ex. homem.

20 Pressão Atmosférica Distribuição dos seres vivos em função da altitude e da profundidade: 1. Plataforma continental; 2. Declive continental; Plataforma abissal; 4. Fossa ultrabissal Obs. Nível do mar: 1 atm ou 760 mmhg (Segundo diversos autores Dajoz, 1983)

21 Altitude e Relevo Quanto maior a altitude menor a densidade do ar e menor a pressão atmosférica temperaturas mais baixas. Ex. Himalaia, Pirineus, Alpes. Andares de Vegetação

22 Altitude e relevo Fonte: Durrel, 1986

23 Altitude e Relevo Essa sucessão dos andares da vegetação, nos leva a considerar a equivalência que existe entre a ação da latitude e a da altitude, pois a substituição em altitude, corresponde à que se verifica ao nível do mar, com o aumento da latitude. A mesma clisere (faixa de vegetação) que é observada em extensas áreas por influência da latitude, repete-se nas zonas montanhosas mais ou menos fielmente. Ex. Aráucária no PR m, SP acima de 1000 m, Itatiaia acima de 1500m, MG altitude maiores. (Dansereau, 1951)

24 Altitude e Relevo Concentração de umidade em função do relevo. Ex. Matinha Nebular (Serra Geral, SC junho de 2008). Fonte: Brown & Lomolino, 2006

25 Morro da Igreja (Urubici/SC, junho, 2008)

26 A Mata Nebular de SC: A Floresta Ombrófila Densa da planície, galga a serra, mas as espécies não adquirem pleno desenvolvimento, tornando-se raquíticas à medida que escalam a escarpa, até a mata ser substituída, nos trechos mais elevados, acima de 1000 m, pela mata nebular. A mata nebular (...), é uma formação de árvores baixas e tortuosas, cujos troncos e galhos se encontram repletos de epífitas e musgos, em solos geralmente litólicos da escarpa ou do topo das serras do Mar e Geral, recobertos de samambaias e outras plantas de pequeno porte (...). Na serra Geral, a mata nebular divide o espaço com os campos... (Veado, 1998:192).

27 Morro da Igreja (Urubici/SC, junho, 2008)

28 Matinha Nebular (Serra Geral, SC junho de 2008).

29 Matinha Nebular (Serra Geral, SC junho de 2008).

30 Matinha Nebular (Serra Geral, SC junho de 2008).

31 Campo de Altitude (Serra Geral, SC junho de 2008).

32 Para finalizar: O importante e o desafio maior do biogeógrafo, é compreender a influência destes fatores e elementos do clima de forma integrada e interdependente, na distribuição dos seres vivos, com base em muita observação, leituras e reflexões.

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