Obrigações da atividade limpeza a seco em Lavandarias face ao D.L. n.º 127/2013, de 30 de agosto
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- David Cesário Santarém
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1 Obrigações da atividade limpeza a seco em Lavandarias face ao D.L. n.º 127/2013, de 30 de agosto Versão 1.1 julho 2017 A atual versão 1.1, procede à atualização do documento face à legislação subjacente, já que se mantêm os aspetos técnicos e obrigações para o operador no que concerne à atividade de Limpeza a Seco em Lavandarias (versão de maio de 2006).
2 DL 127/2013, de 30 de agosto - Enquadramento O Decreto-Lei nº 127/2013, de 30 de agosto: resulta da transposição da Diretiva nº 2010/75/CE, visa a redução das emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) para o ambiente, resultantes da utilização de s orgânicos em certas atividades e instalações; estipula na Parte 1 do seu Anexo VII, a listagem das atividades incluídas no seu âmbito de aplicação (cerca de 20), entre as quais a Limpeza a Seco ; 2
3 DL 127/2013, de 30 de agosto - Abrangência - Limpeza a Seco, no Anexo VII, Parte 1, nº 5, esta atividade encontra-se definida como: Todas as atividades industriais ou comerciais que utilizem COV numa instalação com o objetivo de limpar vestuário, móveis e bens de consumo semelhantes, com exceção da remoção manual de manchas e nódoas na indústria têxtil e do vestuário. o Anexo VII, Parte 2 estabelece, para cada atividade, o limiar de consumo acima do qual uma instalação está efetivamente abrangida. No caso da Limpeza a Seco, o limiar de consumo estabelecido é nulo, ou seja, todas as instalações que exerçam a atividade de limpeza a seco estão abrangidas por este diploma, independentemente do respetivo consumo de. 3
4 DL 127/2013, de 30 de agosto - Abrangência Instalação abrangida obrigada a dar cumprimento aos requisitos constantes do DL. existente (quando o inicio de laboração é anterior à data prevista no nº 2 do artigo 98.º do DL 127/2013) deve enviar, à APA, a Ficha de Registo COV, caso ainda não o tenham efetuado, e cumprir os requisitos previstos no DL (conforme Artigos 96º a 101º); nova (quando o inicio de laboração é posterior à data prevista no nº 2 do artigo 98.º do DL 127/2013) deve enviar, à APA, a Ficha de Registo COV, e cumprir os requisitos previstos no DL (conforme Artigos 96º a 101º); 4
5 DL 127/2013, de 30 de agosto - Obrigações O DL 127/2013, de 30 de agosto, prevê, no caso especifico da Atividade de Limpeza a Seco, a obrigatoriedade de cumprimento do Valor-Limite de Emissão total (VLEtotal) - 20g/kg, (massa de emitido (g) por kg de produto limpo e seco). Constituem obrigações do Operador: Envio da Ficha de Identificação de Instalação que desenvolve a atividade de limpeza a seco; Elaboração de um Plano de Gestão de Solventes (PGS), por forma a demonstrar o cumprimento do VLEtotal, a enviar à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) territorialmente competente, até 30 de abril de cada ano. 5
6 DL 127/2013, de 30 de agosto - Plano de Gestão de Solventes (PGS) PGS = balanço mássico entre a quantidade de s consumida, numa determinada atividade, e a quantidade emitida. No Anexo VII, Parte 7, o DL apresenta as diretrizes para a elaboração do PGS. Para a atividade de Limpeza a Seco, apenas são relevantes os parâmetros: E1 correspondente à quantidade de orgânico utilizado no processo, durante o ano civil; S8 - a quantidade de perdido em resíduos (l); parâmetro especifico da atividade - a quantidade de produto limpo e seco, expresso em massa (kg). 6
7 DL 127/2013, de 30 de agosto - PGS Cálculo do Valor de Emissão Total utilizada (E1) produto limpo e seco Máquina Consumo=E1-S8 perdido em resíduos (S8) 7 Emissão total = Consumo / produto limpo e seco
8 DL 127/2013, de 30 de agosto - PGS Determinação do consumo (para o ano 2005) E1 C S8 Consumo de existente no início do período de contagem (01/01/2005) comprada durante o período de contagem (01/01/2005 e 01/01/2006) existente no final do período de contagem (01/01/2006) contida nos resíduos e enviada para recuperação 8 As entradas totais de s orgânicos numa instalação, por ano civil ou por um período de 12 meses, deduzidos os COVs recuperados para reutilização Cálculo da quantidade de contida nos resíduos (volume de resíduo x fator): 0,6 retirados por bombagem 0,15 retirados por outro processo
9 DL 127/2013, de 30 de agosto - PGS Determinação da quantidade de produto limpo e seco (kg), recorrendo à: quantificação direta do produto limpo e seco processado, por ano civil, (pesagem direta); ou - estimativa desta quantidade, em função do (*): tipo de produto limpo e seco, peso médio do produto limpo e seco, número de operações de limpeza efetuadas por dia/semana/ano, carga utilizada em média em cada operação. (*) revisão do doc relativo às Diretrizes para a elaboração do PGS. 9
10 DL 127/2013, de 30 de agosto - PGS Exemplo de aplicação Consumo de = existente no início do período de contagem (01/01/2005) comprada durante o período de contagem (01/01/2005 e 01/01/2006) existente no final do período de contagem (01/01/2006) contida nos resíduos e enviada para recuperação Consumo de 25 L comprados existentes em existentes em = + entre /01/ L 01/01/2005 e 01/01/ L 01/01/ L de Solvente contidos em resíduos e enviados para recuperação Consumo de = 122 L Conversão de Volume (L) para Massa (g) 122 L x 1600 (g/l) = g de usado Peso Específico Solvente: PER 1600 g/l 10
11 DL 127/2013, de 30 de agosto - PGS Assumindo, por exemplo, uma quantidade de produto limpo e seco (durante 1 ano civil) de kg: Etotal = Consumo (g) produto limpo e seco (Kg) Etotal = g de / Kg de produto limpo e seco E total = / = 18,59 g/kg Menor do que 20 g/kg (VLEtotal) Conformidade com o DL 127/2013! 11
12 DL 127/2013, de 30 de agosto - Medidas Se a Emissão Total anual estimada > VLEtotal, então o PGS deverá propor medidas de minimização para repor a situação de conformidade: adoção de REGRAS de BOAS PRÁTICAS, em termos da operacionalidade/manutenção das máquinas; Substituição de máquinas de circuito aberto por máquinas de circuito fechado; Adoção de sistemas de confinamento das unidades de recuperação de (quer em máquinas de circuito aberto ou fechado); Substituição do utilizado, ou da tecnologia adotada. 12
13 DL 127/2013, de 30 de agosto - Síntese Assim, o PGS deverá conter: os cálculos efetuados para demonstração da conformidade legal, as medidas a implementar pela instalação, no ano subsequente, por forma a garantir o cumprimento do VLEtotal estipulado, caso seja necessário, a fundamentação e justificação de valores adotados para o cálculo efetuado. Face ao exposto, considera-se pertinente e necessário o desenvolvimento de procedimentos e rotinas que permitam, de forma expedita, consolidar os valores a adotar no PGS. 13
14 DL 127/2013, de 30 de agosto Cumprimento do DL 127/2013 = maior quantidade de produto limpo e seco com a mesma quantidade de Menores emissões para o ambiente = Maior eficiência Maiores ganhos Benefícios para o ambiente e para o operador 14
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