promoção da acessibilidade no contexto da reabilitação urbana
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- Victor Alvarenga Carmona
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1 areabilitaçãourbana comoinstrumentode QUALIFICAÇãOdaCIDADE Workshop3 LisboaLNEC26MARÇO promoção da acessibilidade no contexto da reabilitação urbana João BRANCO PEDRO
2 1. É obrigatório assegurar acessibilidade no espaço público? As áreas urbanizadas devem ser servidas por uma rede de percursos pedonais acessíveis que proporcionem o acesso seguro e confortável a todos os pontos relevantes da sua estrutura (DL163/2006 e Normas técnicas anexas) 2
3 2. Qual o período de adaptação dos espaços públicos existentes? Os espaços públicos já existentes devem ser adaptados até fevereiro de 2017 (DL163/2006, Art. 9.º) Os espaços públicos com início de construção posterior a 22 de Agosto de 1997, deviam estar adaptados até fevereiro de 2012 Os espaços públicos que à data da aprovação do DL 163/2006 se encontravam em conformidade com o disposto no DL 123/97 estão isentos de cumprir as NTA 3
4 3. Quais os principais aspetos regulados pelas NTA? Rede de percursos pedonais acessíveis Pisos e revestimentos de passeios e caminhos de peões Altura e largura livre de passeios e caminhos de peões Escadarias na via pública Passagens de peões (de superfície e desniveladas) 4
5 4. Quais as dificuldades que se podem colocar? Em áreas urbanas pouco consolidadas, a via pública pode não ter condições de acessibilidade (i.e., inexistência de passeios) A existência de terrenos com socalcos ou pendentes acentuadas pode implicar percursos com declives acentuados (inclinações > 5%) Perfil da rua apenas comporta passeios estreitos (i.e., percurso pedonal com largura livre < 0,80m) 5
6 5. Podem colocar-se exceções? O cumprimento das NTA não é exigível quando as obras (DL163/2006, Art. 10.º): sejam desproporcionadamente difíceis (e.g., redução da inclinação longitudinal de vias consolidadas) requeiram a aplicação de meios económico-financeiros desproporcionados (pode ser reapreciada se se alterarem as circunstâncias) ou não disponíveis (se num momento não há meios para concretizar a adaptação não se fica dispensado para sempre, devendo ser programada a intervenção) afetem património cultural ou histórico em caraterísticas se interessa preservar (e.g., alteração negativa irreversível de uma característica especificamente classificada, em vias de classificação ou relativamente à qual exista uma intenção publica de proteger; porem a isenção de uma caraterística não isenta o edifício no seu todo) 6
7 6.1 Que medidas podem ser adotadas? 1. Compreender que a Lei não impõe que se concretize o que é impraticável, mas as exceções devem ser analisadas ponto a ponto (i.e., o facto de ser impraticável reduzir a inclinação de uma rua não dispensa de serem desviados os obstáculos existentes nos respetivos passeios) 2. Realizadas todas as adaptações que a estrutura urbana admita 7
8 6.2 Que medidas podem ser adotadas? 3. Aproveitar obras realizadas por outros motivos para progressivamente implementar medidas de acessibilidade 4. Integrar a acessibilidade de forma tão discreta e económica quanto possível 8
9 6.3 Que medidas podem ser adotadas? 5. Considerar a acessibilidade em todas as escalas, desde a macro (ao nível da rede de percursos no seu conjunto) à micro (evitar a existência de barreiras ao longo de cada um dos percursos) 6. Divulgar informação sobre o locais acessíveis e não acessíveis 9
10 6.4 Que medidas podem ser adotadas? 7. Elaborar planos municipais/locais de acessibilidade 8. Integrar a acessibilidade no planeamento urbano o mais cedo possível e ao longo de todo o processo de urbanização (termos de referência, desenho do plano, programa, primeiros esboços de cotas e esquemas de percurso) e a jusante (fiscalização da obra, gestão do espaço público) 10
11 6.5 Que medidas podem ser adotadas? 9. Elaborar especificações técnicas de acessibilidade para desenho de urbano (e.g., modelo de passagens de peões, pisos e seus revestimentos, implantação de sinalização vertical, modelo de paragem de autocarro) 10.Coordenar intervenções entre diversos setores 11
12 Referências bibliográficas CML, Câmara Municipal de Lisboa Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa. 5 volumes. Lisboa: CML, dezembro de Disponível em <URL: (acesso em março de 2014). CML, Câmara Municipal de Lisboa Câmara Municipal de Lisboa: Mobilidade Pedonal. Lisboa: CML, Disponível em <URL: (acesso em março de 2014). Decreto-Lei n.º 163/2006 [Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de maio]. Diário da República, 1.ª Série. Número 152 ( ) pp Disponível em <URL: (acesso em março de 2014). FONTES, A. Cerejeira; et al. Acessibilidade pedonal em espaço público exterior - Requalificação do centro urbano de Guimarães. Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbana, Disponível em <URL: (acesso em março de 2014). GOUVEIA, Pedro Homem (Coord.) Acessibilidade Pedonal no Planeamento Urbano. Lisboa: CML, abril de Disponível em < URL: mento_urbano.pdf> (acesso em março de 2014). GOUVEIA, Pedro Homem; et al. (Coord.) Modelo de Passagem de Peões: Especificações Técnicas de Acessibilidade e Segurança (Versão Preliminar 2). Lisboa: CML, junho de Disponível em <URL: df> (acesso em março de 2014). IMTT, Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres Rede pedonal - princípios de planeamento e de desenho. IMTT, março de Disponível em <URL: enho_marco2011.pdf> (acesso em março de 2014). 12
13 areabilitaçãourbana comoinstrumentode QUALIFICAÇãOdaCIDADE Workshop3 LisboaLNEC26MARÇO2014 obrigado pela vossa PARTICIPAÇãO NÚCLEO DE ESTUDOS URBANOS E TERRITORIAIS (nut@lnec.pt) Departamento de Edifícios Av. Do Brasil Lisboa Portugal Tel. (+351) Fax (+351) João Branco Pedro (jpedro@lnec.pt) O autor agradece reconhecido as sugestões do Arq. Pedro Homem Gouveia
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