Apresentação. Bom estudo!
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- Talita Santos Gesser
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2 Apresentação Interpretar textos com seus mais variados formatos e conteúdos não é uma tarefa fácil. Exige conhecimento e principalmente exige o hábito do ler e do interpretar. Com o objetivo de levar você a ler, a interpretar, a praticar o pensamento e a aplicar as teorias que você aprendeu nas aulas, desenvolvi esta apostila composta de textos e questões retiradas das mais variadas bancas do nosso país. Acrescentei também dois tópicos (capítulos 1 e 2), que julgo importantes, para auxiliá-lo na resolução dos exercícios propostos. Bom estudo! 1.
3 Capítulo 1 Estudo das Conjunções Conjunções: Termo que liga orações e estabelece entre elas uma relação. Conjunções coordenativas 1) Aditivas: O agricultor vendeu o trigo e o vendeu. e,nem, não só, mas também... 2) Adversativas: Querem ter dinheiro, mas não trabalham. O exército do rei parecia invencível, não obstante foi derrotado. e, mas, porém,contudo, todavia,no entanto, entretanto, não obstante... 3) Alternativas: Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. ou...ou, ora...ora, seja...seja... 4) Conclusivas: Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. O mal é irremediável; deves, pois,conformar-se. logo, portanto, por isso, por conseguinte, consequentemente, então, pois(quando não estiver no início da oração)... 5) Explicativas : Não solte balões, porque podem causar incêndios. Pois (começando oração), porque, que, porquanto Conjunções subordinativas 1) Conjunção integrante Introduzem orações que podem ser substituídas por ISSO Ex: Ele dizia que não adiantava pegar cor na praia... Ele não disse se vem 2) Conjunções adverbiais 1) Causais: O tambor soa, porque é oco. Como estava de luto, não nos recebeu. Desde que é possível, não insistirei. que, porque, porquanto, como, já que, pois que, visto que, uma vez que, desde que... 2) Consecutivas: Minha mão tremia tanto, que mal podia escrever. Ontem estive doente, de modo que não sai. que, de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que,... 3) Concessivas: Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. Apesar de ser muito honesto, as pessoas não acreditavam nas coisas que ele falava. embora, mesmo que, ainda que, posto que, se bem que, por mais que, por menos que, apesar de que, a despeito de, malgrado
4 4) Condicionais: Comprarei o quadro, desde que não seja caro. se, caso, contanto que, salvo que, sem que, dado que, desde que, a menos que... 5) Temporais: Venha quando você quiser. quando, antes que, depois que, logo que, assim que, desde que... 6) Finais: Vim aqui para que pudesse analisar o meu problema. Para que, a fim de que, porque(=para que), que(=para que) 7) Proporcionais: À medida que se vive, mais se aprende. à proporção que, ao passo que, quanto mais, à medida que 8) Conformativas: Fez a obra como manda a lei. como, conforme, segundo, consoante 9) Comparativas: Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. Quanto, do que (superioridade ou inferioridade), tal...qual, assim como, bem como
5 Capítulo 2 Figuras de Linguagem 1. Antítese: É uma oposição explícita Cabelos longos, ideias curtas. 2. Paradoxo ou oximoro: uma oposição implícita, ou seja, oposição entre as ideias. Amor é fogo que arde e não se vê É ferida que dói e não se sente... (Camões) 3. Eufemismo: suavização de expressões. Ele entregou a alma a Deus.(morreu) 4. Hipérbole: Exagero Nós chegamos aqui há um século. 5. Ironia: Afirmar algo com o objetivo de dizer o contrário. Os confiáveis deputados precisam receber o seu mensalão, pois seus salários são muito baixos. 6. Prosopopeia, personificação ou animismo: Atribui características humanas a seres inanimados. A natureza está zangada e pede ajuda. 7.Metáfora: é uma comparação implícita, subentendida. Maria é uma flor. (Maria é como uma flor) Ele te dá uma fome de leão.(...uma fome igual a de um leão) 8. Comparação ou símile : Comparação explícita. O termo comparativo aparece explícito na frase. Ele é rápido como um raio. 9. Catacrese: Uso de um termo figurado por não haver um mais específico. O pé do vaso está quebrado. 10. Metonímia: Substituição de uma expressão por outra de sentido equivalente. Ele nunca leu Machado de Assis.( obra pelo autor) Comprarei Bombril. (produto pela marca) 1. 5
6 11. sinestesia: Mistura de sentidos (paladar, visão, audição, tato e olfato) Despertou-me um som colorido. Era uma beleza fria. 12. Pleonasmo ou redundância: Repetição desnecessária de uma ideia. Vi o acidente com olhos bem atentos. 13. Elipse: Omissão de um termo Fomos embora. ( Omissão do sujeito nós) 14. Zeugma: Omissão de um termo já mencionado. A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão. ( omitiu-se o verbo legislar na segunda oração) 15. Onomatopeia: Reprodução de sons. Blem...blem...blem...cantam os chocalhos. 16. Silepse: A concordância se dá com a ideia que a palavra promove. Exemplos: a) Silepse de gênero Vossa majestade é muito bondoso. b) Silepse de número A criançada não paravam de gritar. c) Silepse de pessoa Os brasileiros somos ignorantes. 17. Gradação: Consiste em dispor as ideias em ordem crescente ou decrescente Ele foi um tímido, um covarde, um frouxo. 18. Anáfora: Repetição de mesma expressão no início de orações Amar é dividir, amar é aceitar. 19. Assíndeto: Ausência de conjunção entre orações Estudei, comi, dormi. 20. Polissíndeto: Repetição da mesma conjunção entre orações. E trabalhei, e estudei, e me tornei uma pessoa digna. 21. Aliteração: Repetição do mesmo fonema consonantal 1. 6
7 O rato roeu a roupa do rei de Roma. 22. Assonância: Repetição do mesmo fonema vocálico A pata da vaca tá na faca. 23. Hipérbato: Inversão da ordem direta da oração. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante. 1. 7
8 Texto 01 (UEG) Leia o seguinte texto para responder às questões de 01 a 03. A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE HUMANA A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de aceitação social. Tomemos a palavra casa. Não há nada no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela indicado. A partir do momento em que não há relação alguma entre o signo casa e o objeto por ele representado, necessitamos de uma convenção aceita pela sociedade, de que aquele signo indica aquele objeto. É só a partir dessa aceitação que podemos nos comunicar, sabendo que, em todas as vezes que usarmos a palavra casa, nosso interlocutor entenderá o que queremos dizer. A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo grupo. A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de fazer referência, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do simbólico. O signo remete a entidades abstratas que só têm existência em nosso pensamento. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao imediato, passa a poder pensar o passado e o futuro. ARANHA, M. L. A; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, p (Adaptado). Questão 01. A argumentação desenvolvida no primeiro parágrafo do texto se dá pelo processo de: a) repetição. b) exemplificação. c) contraposição. d) citação. Questão 02. A alternativa que melhor resume as ideias apresentadas no segundo parágrafo é: a) Fazer uso da linguagem distancia o ser humano da inteligência concreta animal, limitada às experiências imediatas. b) Os signos que compõem a linguagem são entidades abstratas e só têm existência em nosso pensamento. c) A linguagem nos permite transcender nossa experiência concreta, o que possibilita a existência da cultura. d) A ação humana de nomear um objeto o individualiza e o diferencia de tudo o mais que o cerca. Questão 03. As expressões isto é e ou seja (primeiro parágrafo), em relação às informações anteriores a cada uma delas, têm a função de indicar: a) exemplificações. b) enumerações. c) retificações. d) explicações. Texto 02 (UEG) Observe o seguinte cartão postal (frente e verso) para responder às questões 04 e
9 NAMBA, Victor. Meio ambiente, vamos falar menos e preservar mais Cartão Postal, p & b. Mica Postais Publicitários. Questão 04. A mensagem central do cartão postal, presente tanto em seu conteúdo verbal como nas imagens que o ilustram, pode ser resumida na seguinte afirmação: a) O discurso sobre defesa do meio ambiente não deve ficar só em palavras, mas traduzir-se em ações concretas. b) A utilização de materiais reciclados nas atividades cotidianas ajuda a reduzir o impacto ambiental da indústria. c) Todos devem assumir o compromisso de usar materiais reciclados para preservar o meio ambiente. d) Deve-se ter responsabilidade ambiental, sem perder, contudo, a qualidade dos produtos. Questão 05. No período Por acreditar em um mundo melhor, a MiCA sempre procurou ajudar a reduzir o impacto ambiental, falando menos e agindo mais, a primeira oração expressa, em relação ao restante do período, a noção de a) efeito. b) causa. c) condição. d) consequência. Texto 03 (UEG) Leia o texto a seguir para responder às questões 06 e 07. O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do 1. 9
10 intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares [...]. A ordem familiar, em sua forma pura, é abolida por uma transcendência. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Comp. das Letras, p Questão 06. Leia os trechos retirados do texto. I. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. II. [...] o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. III. A verdade, bem outra, é que [Estado e família] pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado [...]. Revela opinião defendida pelo autor o que se assevera a) em I, II e III. b) apenas em I. c) apenas em I e III. d) apenas em II e III. Questão 07. No trecho Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição, o item destacado indica uma relação de a) concessão. b) oposição. c) restrição. d) inclusão. Texto 04 (UEG) Observe os quadrinhos. SOUSA, Mauricio de. O Popular. Goiânia, 23 jun p. 6. Magazine. Questão 08. A leitura da tirinha sugere que a) a compreensão global dos quadrinhos só é possível a partir da articulação da linguagem verbal com a linguagem não verbal. b) a interpretação dos quadrinhos nacora-se apenas na linguagem não verbal, já que a variedade linguística neles usada é inadequada. c) a pergunta feita por Chico Bento aponta uma incoerência presente na questão levantada no primeiro quadrinho. d) a pergunta feita no primeiro quadrinho encontra sua justificativa nos elementos verbais presentes no segundo. Texto 05 (UEG) Leia o texto que se abaixo. Às questões de 09 a 17 referem-se a ele. UM PÉ DE MILHO s americanos, através do radar, entraram em contato com a lua, o que não deixa de ser emocionante. O 1. 10
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