Suplente Luis Sérgio Soares Mamari. Ações Reunião Ordinária realizada no período de 22 a 24 de junho de 2015

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1 S A Ú D E Órgão Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Representação Efetiva Comissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP Representantes: Titular José Canisso Diretor Vice - Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismos do Estado do Paraná Suplente Luis Sérgio Soares Mamari Assessor Divisão de Saúde da CNC (Compareceu) Ações Reunião Ordinária realizada no período de 22 a 24 de junho de 2015 Na abertura dos trabalhos, o diretor da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho (DSST), Rinaldo Lima, coordenador da CTPP, saudou os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco) e Ariovaldo Caodaglio, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), que estavam presentes para fazer a entrega de documento elaborado de forma bipartite pelos referidos sindicatos, objetivando uma futura Norma Regulamentadora de Limpeza Urbana (NR Limpeza Urbana). Rinaldo Lima afirmou que considera o documento de grande valia para oferecer subsídios ao futuro Grupo Técnico (GT) que seria responsável pela elaboração do texto do governo a ser disponibilizado para consulta pública.

2 Ainda não há prazo definido pelo governo para iniciar esse processo de elaboração por meio do GT visando a uma NR sobre Saúde e Segurança no Trabalho de Limpeza Urbana. 1. Ata A Ata da 80ª Reunião Ordinária foi aprovada com pequenas alterações de forma, sem modificação do conteúdo. A assinatura será feita na próxima reunião da CTPP. 2. Informe sobre portarias publicadas - Portaria MTE nº 505, de 16/04/2015: altera a Norma Regulamentadora nº 6 (NR 6) - Equipamentos de Proteção Individual (EPI), incluindo no Anexo I - Lista de Equipamentos de Proteção Individual, no item A.2 - Capuz ou balaclava, as alíneas "d" - capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água e "f" - manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos. Altera também o item A.2, alínea "b", o item E.1, alínea "c", o item G.1, alínea "g", o item G.3, alínea "c", o item G.4, alínea "b", o item H.1, alínea "b" e o item H.2, alínea "a". Essas alterações foram feitas para que fosse utilizado o mesmo termo agentes químicos ao final das referidas alíneas. - Portaria MTE nº 506, de 16/04/2015: Suspende os efeitos da Portaria MTE nº 1.565, de 13/10/2014, que aprovou o Anexo 5 - Atividades Perigosas em Motocicletas, da NR 16 - Atividades e Operações Perigosas, em relação às instituições vinculadas à Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática (Abeprest), em razão da tutela concedida nos autos do processo nº , que tramita na 2ª Vara Federal da seção Judiciária do Distrito Federal.

3 - Portaria MTE nº 510, de 17/04/2015: Estabelece as condições de segurança e de conforto nos locais de espera, de repouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas. Essa portaria considera os Artigos 9º da Lei nº , de 02/03/2015, e 4º do Decreto nº 8.433, de 16/04/2015, que dispõem, respectivamente: Art. 9º As condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e rodoviário de cargas terão que obedecer ao disposto em normas regulamentadoras pelo ente competente." Art. 4º Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego regulamentar as condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas, conforme disposto no art. 9º da Lei no , de 2 de março de Esse mesmo artigo 4º do Decreto nº 8.433, em seu parágrafo único, define que: "Para os procedimentos de reconhecimento como ponto de parada e descanso, os órgãos de que trata o 3º do art. 11 da Lei no , de 2015, observarão o cumprimento da regulamentação de que trata o caput". Art. 11 Atos do órgão competente da União ou, conforme o caso, de autoridade do ente da federação com circunscrição sobre a via publicarão a relação de trechos das vias públicas que disponham de pontos de parada ou de locais de descanso adequados para o cumprimento desta Lei. (...) 3º Os estabelecimentos existentes nas vias poderão requerer no órgão competente com jurisdição sobre elas o seu reconhecimento como ponto de parada e descanso.

4 - Portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) nº 486, de 30/04/2015: Prorroga a validade do Certificado de Aprovação (CA) das vestimentas de proteção contra riscos de origem térmica (frio) com vencimento durante o ano de 2015 até 31 de dezembro de Portaria MTE nº 595, de 07/05/2015: Incluir Nota Explicativa no Quadro Anexo à Portaria 518/2003, que dispõe sobre as atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas. Nota Explicativa: 1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos móveis de Raios X para diagnóstico médico. 2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e leitos de internação não são classificadas como salas de irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X. Nestes casos a radiação pode ser considerada desprezível, não havendo o pagamento do adicional de periculosidade. - Portaria MTE nº 597, de 07/05/2015: Altera o item Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas, da NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. A alteração disciplina os tipos de elevadores utilizados na indústria da construção, definindo prazos e utilização para cada um deles, em especial o elevador tracionado com um único cabo. - Portaria SIT nº 490, de 15/05/2015: Disponibiliza para consulta pública o texto técnico básico de revisão do item 35.5 da NR 35 - Trabalho em Altura e de criação do Anexo II - Sistemas de Ancoragem da NR 35. O prazo de consulta pública será de 60 dias a partir de

5 18/05/2015, data da publicação da Portaria no Diário Oficial da União (DOU). A bancada patronal, em sua proposta de planejamento, pretende que esse assunto seja tratado em Portaria MTE nº 702, de 28/05/2015: "Estabelece requisitos para a prorrogação de jornada em atividade insalubre". Em seu artigo 1º, a Portaria define que nas atividades insalubres quaisquer prorrogações de jornada só poderão ocorrer mediante autorização da chefia da unidade de segurança e saúde no trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego correspondente. O coordenador da bancada patronal questionou o fato de esse assunto não ter passado pela CTPP. O diretor do DSST informou que, por ser um procedimento administrativo, não cabia seguir o rito de passagem pela Comissão. - Portaria MTE nº 704, de 28/05/2015: altera a Norma Regulamentadora nº 26 - Sinalização de Segurança. São alterados os itens: , , e Todos esses itens estão relacionados à "Rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso a saúde e segurança dos trabalhadores". Os referidos itens, embora obedeçam ao previsto pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), são incompatíveis com as exigências previstas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em reunião anterior a bancada patronal solicitou a suspensão destes da NR 26 até que o assunto fosse debatido e se chegasse a uma redação que atendesse as partes envolvidas. O MTE, atendendo ao pleito patronal, e diante do conflito existente, houve por bem fazer a alteração. Por fim, fica mantida a "ficha com dados de segurança do produto químico" prevista no item Legislação tripartismo

6 - Regimento Interno CTPP: Estabelece o Regimento Interno da Comissão Tripartite Paritária Permanente. - Portaria MTE nº 1.127/2003: Estabelece procedimentos para a elaboração de normas regulamentadoras relacionadas a saúde e segurança e condições gerais de trabalho. - Portaria SIT nº 186/2010: Estabelece o Regimento das Comissões Nacionais Tripartites Temáticas (CNTTs). Sobre esses três documentos a bancada patronal já apresentou sua proposta de alteração. Entretanto, até o momento da reunião nem o governo nem os trabalhadores apresentaram suas proposições ou concordaram com a proposta dos empregadores. Na oportunidade, o governo sugeriu a criação de um Grupo de Trabalho com três representantes por bancada para discutir e definir os três documentos. A bancada patronal, embora com críticas, aceitou a sugestão, esperando que na reunião seguinte da CTPP o assunto fosse deliberado e aprovado. Ao final, no segundo dia de reunião, decidiu-se pela criação do Grupo de Trabalho com dois representantes da cada bancada e um suplente, devendo ser agendada a primeira reunião para agosto de Informe sobre normas regulamentadoras - NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Resultados da Reunião da Comissão Nacional Temática Tripartite: o governo fez questão de ressaltar que, mesmo não havendo concordância em muitos pontos do texto em revisão, houve acordo entre as bancadas, e vários pontos foram acordados, estando na CTPP para ser aprovados. Entende-se que o avanço foi tímido, mas importante, porque significou a continuidade das discussões na Comissão.

7 A bancada patronal aprovou as alterações, mas registrou a necessidade de discutir as premissas já apresentadas ao governo, que são: revisão geral da NR-12 corte temporal (sem retroatividade), textos diferentes para fabricante e usuários e tratamento diferenciado para micros e pequenas empresas. As alterações foram publicadas na Portaria MTE nº 857, de 26/06/ NR-Limpeza Urbana Proposta de texto bipartite O texto foi entregue a Rinaldo Lima, diretor do DSST, por João Campana, diretor do Siemaco, e Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selurb. O texto deveria ser apresentado à CTPP, mas, em razão do atraso na chegada do material audiovisual, não foi feita a apresentação. O governo entende que esse material, elaborado de forma bipartite empregador e trabalhador, será a base do documento a ser utilizado para elaborar o texto visando à consulta pública. 5. Alterações de normas regulamentadoras - NR-07 Exame Toxicológico (Lei nº /2015) Em razão da Lei /2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, e de seu artigo 8º, que agrega a Lei nº 9.503, de 23/09/ Código de Trânsito Brasileiro, a qual, em seu artigo 148-A, trata dos exames toxicológicos, foi estabelecida a realização desse exame para o motorista profissional das categorias C, D e E, visando à habilitação e à renovação da Carteira Nacional de Habilitação. O exame toxicológico previsto no Código de Trânsito Brasileiro, exigido para renovação da carteira dos motoristas das categorias C, D e E, deve ser renovado a

8 cada cinco anos. Ele é realizado através de unha ou fio de cabelo, tendo validade de 90 dias. Em razão disso, o MTE, por intermédio do DSST, ficou com a responsabilidade de regulamentar a realização do exame, entendendo que este deve ser incluído na NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Observações: - O PCMSO visa ao trabalhador e aos possíveis riscos relacionados com sua atividade (ambiente de trabalho, riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos, etc.). - Por ocasião dos exames médicos ocupacionais, em especial o admissional, o periódico e o demissional, são solicitados exames complementares sangue, urina, de imagens e provas funcionais diretamente relacionados à respectiva atividade do trabalhador. O DSST vai inserir os exames toxicológicos no PCMSO na condição de admissional e demissional. Dentro do previsto no PCMSO, quando ocorre uma alteração de um exame específico para a função a que se candidata o trabalhador, este poderá, dependendo da situação, ser considerado apto. Por outro lado, se a alteração de um exame específico para a função ocorrer no demissional, esse trabalhador não poderá ser demitido até nova avaliação, podendo este ter garantia de emprego por um ano, havendo, a partir dessa alteração, benefício previdenciário. Ocorre que a atividade de motorista profissional não tem como risco o uso de drogas. O Código de Trânsito Brasileiro exige esse exame para concessão ou renovação da carteira de habilitação. Por outro lado, o uso de drogas ilícitas não é provocado por conta da atividade do motorista profissional, não havendo, pois, a já comentada relação

9 direta entre a atividade profissional e a presença de possíveis riscos nesta. O usuário de droga, portanto, não é relacionado a nenhuma atividade específica. Logo, esse exame não pode ser inserido na NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde ocupacional. Na oportunidade, de forma hipotética, foram mencionadas as seguintes situações: - Se o motorista profissional, seguindo o PCMSO de sua empresa, realiza o exame médico admissional, e este apresenta resultado positivo para algum tipo de droga, será considerado inapto para a função. Por outro lado, se outro motorista preparou-se para esse exame, permanecendo 90 dias sem usar qualquer tipo de droga, ele fará o exame, cujo resultado será negativo, estando apto a exercer a função pretendida. - Se o motorista profissional, seguindo o PCMSO de sua empresa, realiza o exame médico demissional, e este apresenta resultado positivo para algum tipo de droga, ele será considerado inapto para a demissão, seguindo os pressupostos do PCMSO. Por outro lado, não será errado considerar que esse é um caso para justa causa, principalmente se for recidivante. Ao final de todas as discussões, tanto os empregadores como os trabalhadores foram contrários à inserção desse exame no PCMSO. O governo, entendendo e aceitando as ponderações, ficou de apresentar outra proposta de regulamentação para a realização do exame toxicológico, não mais no PCMSO. Foi considerada também a possibilidade de um projeto de lei visando alterar o Artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata do exame médico obrigatório e define a responsabilidade do MTE em relação a esses exames. - Exame de Acuidade Visual: proposta de realização de avaliação oftalmológica no exame médico ocupacional.

10 Esse assunto já foi tratado na reunião anterior, com posicionamento contrário da bancada patronal. NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval Trata de um conjunto de alterações aprovadas pela Comissão Nacional Tripartite Temática da NR-34, bem como da adequação do Termo "Análise Preliminar de Risco" (itens "d", e Glossário). - A Bancada patronal, em razão do afastamento, por motivo de doença, de dois membros de sua bancada na CNTT, solicitou o adiamento por 30 dias, o que foi aceito pelas demais bancadas. Anexo sobre Postos de Gasolina O texto sobre o "Anexo sobre Postos de Gasolina" vem sendo discutido na subcomissão de revendedores de postos de gasolina. Vários pontos desse anexo já foram objeto de consenso. Alguns, de forma definitiva, outros, nem tanto. Nessa última categoria estão os prazos para o cumprimento de determinados itens. Os pontos ainda sem um texto definitivo dizem respeito ao "Controle de Riscos Ambientais e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)" e ao "Controle coletivo de exposição durante o abastecimento". Foi decidido na reunião que no "Campo de Aplicação" ficará claro que o anexo só se aplica aos postos de revenda de gasolina. Ele não será aplicado no caso de empresas que têm posto de abastecimento próprio. Na tentativa de uma solução de texto acordada por todas as bancadas, decidiu-se pelo retorno do documento à subcomissão de revendedores de postos de gasolina. Os pontos a serem discutidos e, se possível, acordados são: avaliação quantitativa e recuperação de vapores. 6. Cronograma de prioridades

11 Definição de Cronograma: foi realizada mais uma rodada de negociações, cujo resultado mostrou algum avanço e também muitas divergências. Ao final da reunião, o impasse, mais uma vez, foi estabelecido. Os trabalhadores mantêm a posição inicial já apresentada na última reunião da CTPP. O governo apresentou os seguintes temas a serem discutidos (iniciar em 2015): NR 35 - Trabalho em Altura - Ancoragem/anexo novo; NR 31 - Norma Rural/revisão; NR 18 - Construção Civil - revisão total/continuar, Calor: a céu aberto; NR 21 e anexo; NR 15, Vibrações, Grupo de Estudo Tripartite de Estufagem de container/novo, Plataforma de Petróleo - novo, Limpeza Urbana - novo; NR 24 - continuar o GTT; e NR 12 - continuar a revisão. Os empregadores propõem: NR 24, NR 12, NR 18, NR Limpeza Urbana e NR 31 - revisão. 7. Outros assuntos NR 20 Ponto incluído por solicitação da bancada de trabalhadores: reclamam da falta de cumprimento por parte da Petrobras na NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis, nos itens e , na questão do dimensionamento.