Sistema de Magneto de Baixa Tensão Aula 3
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- Vasco Santiago Gabeira
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1 Sistema de Magneto de Baixa Tensão Aula 3 O sistema de ignição por magneto de alta tensão foi amplamente empregado por mais de meio século em aeronaves de motores convencionais e ainda é utilizado em aeronaves de menor potência devido a sua confiabilidade e simplicidade. A exigência de mais potência nos motores (número maior de cilindros) combinada a crescente utilização de sistemas eletrônicos de rádio navegação trouxeram a tona problemas antigos aparentemente solucionados.
2 Introdução Ocorre que quanto maior o motor (maior cilindrada e número maior de cilindros) implica em cabos de ignição de alta tensão mais longos percorrendo o motor para alcançar as velas. Com isto a propagação de ruídos se torna intensa mesmo com as medidas tradicionais de contenção sendo tomadas, interferindo desta forma nos sistemas de baixa tensão.
3 Introdução Para tanto, modificações no sistema original foram implementadas dando origem ao magneto de baixa tensão.
4 Magneto de Baixa Tensão As modificações do magneto de baixa tensão em relação ao seu antecessor incluem: Separação definitiva entre gerador e transformador, tornando este último mais próximo das velas; Emprego do distribuidor tipo escova que elimina o centelhamento no circuito primário.
5 Esquema Típico O cabo de alta tensão se torna mais curto reduzindo a poluição elétrica que interfere nos equipamentos eletrônicos da aeronave.
6 Funcionamento A geração no magneto de baixa tensão ocorre de forma idêntica ao do magneto anterior contudo, por não possuir a bobina elevadora incorporada ao seu sistema, sua saída é fornecida em baixa tensão. Logo o impulso de corrente é conduzido a partir de seu distribuidor para várias bobinas de transformador que individualmente elevarão a tensão permitindo o centelhamento das velas.
7 Distribuidor Tipo Escova O conjunto do distribuidor consiste em uma peça giratória, chamada de escova do distribuidor, e uma peça estacionária, chamada de bloco do distribuidor.
8 Detalhes do Distribuidor Escova do Distribuidor Bloco do Distribuidor
9 Detalhes do Distribuidor
10 Funcionamento do Distribuidor O distribuidor em questão é capaz de servir até 14 cilindros de um motor radial disposto em duas fileiras de 7 cada. No bloco do distribuidor encontram-se três fileiras denominadas de externa, média e interna, todas concêntricas, cada qual com uma função específica na tarefa de levar o impulso elétrico para a saída correta do distribuidor.
11 Na fileira externa encontram-se 7 (sete) eletrodos de seção curta intercalados por 7 segmentos isolantes. Os eletrodos são conectados de tal maneira a receber igualmente a tensão produzida pelo circuito gerador. Na fileira intermediária estão 7 segmentos condutores eletricamente isolados que fornecem 7 saídas independentes. De forma semelhante a fileira interna também possui 7 segmentos condutores eletricamente isolados que fornecem 7 saídas independentes.
12 A principal função do rotor ao movimentar as escovas é interligar de forma intercalada um eletrodo da fileira externa a um eletrodo das fileiras intermediária ou interna. Intercalando desta forma a ignição entre as fileiras de cilindros do motor.
13 Unidades Auxiliares de Ignição Durante a partida do motor em consequência da baixa rotação, tanto nos sistemas de ignição por bateria quanto nos sistemas a magneto, se faz necessário reforçar a centelha elétrica a partir de algum dispositivo denominado de unidade auxiliar de Ignição. As unidades auxiliares de ignição podem ser do tipo:
14 Unidades Auxiliares de Ignição Ignição por bateria A. Bobina HT Ignição por magneto A. Dínamo B. Vibrador de Indução C. Acoplamento de impulso
15 Unidades Auxiliares de Ignição Ordenadamente, essas unidades auxiliares de ignição são energizadas pela bateria e conectadas ao circuito com o objetivo de estabelecer nos instantes iniciais a centelha quente para a ignição.
16 Bobina HT Este sistema participa dos instantes iniciais de funcionamento do motor, sendo ativado e desativado simultaneamente com o sistema de arranque. Possui um circuito independente do sistema principal, sendo composto por elementos semelhantes a este.
17 Componentes do Sistema Auxiliar de Ignição por Bobina HT Interruptor de partida Platinado; Bobina HT; Distribuidor com eletrodos e dedo de arrasto atrasado ; Cabos e velas.
18 Circuito Auxiliar de Ignição Bobina HT
19 Funcionamento Ao pressionar o botão de ignição, a energia da barra alimenta simultaneamente motor de arranque e o primário da bobina de alta tensão que se encontra em série com o platinado; Com o giro do motor (acionado pelo arranque), um eixo faz abrir o platinado que se encontrava fechado;
20 Funcionamento A abertura do platinado cessa a corrente estabelecida por ele restando como única alternativa o capacitor; A corrente com uma forte tendência de queda permanece por alguns instantes circulando pelo primário da bobina; A variação da corrente, faz variar o fluxo de campo pela bobina que induz no secundário uma corrente com uma altíssima tensão.
21 Funcionamento Em movimento, êmbolo se aproxima de sua posição ideal para a ignição da mistura ar combustível; Juntamente o dedo de arrasto atrasado se aproxima do eletrodo do distribuidor ligado ao cilindro da vez; Quando o êmbolo finalmente atinge o PMA, o dedo de arrasto toca o eletrodo conduzindo a corrente e a alta voltagem para a vela de ignição;
22 Funcionamento O atraso do dedo de arrasto é para permitir que o êmbolo atinja o Ponto Morto Alto do tempo de compressão para facilitar a partida do motor; Quando o motor entrar em funcionamento normal, a chave de partida é desligada, desligando o motor de arranque e o sistema auxiliar de partida.
23 Unidades Auxiliares de Partida para Sistemas a Magneto As unidades auxiliares de partida para sistemas de ignição a magneto utilizam em comum a bateria da aeronave como fonte de energia e todas estão conectadas a saída do magneto direito ou a seu distribuidor. As unidades auxiliares podem ser do tipo: Dimano Vibrador de Indução Acomplamento de Impulso
24 Dínamo O conjunto dínamo consiste em duas bobinas enroladas em torno de um núcleo de ferro doce, um jogo de contatos, e um condensador.
25 Esquema Elétrico do Dínamo Bateria Alimentado quando o interruptor de partida é acionado. Distribuidor Conecta se ao distribuidor pelo dedo de arrasto atrasado.
26 Funcionamento O interruptor de partida aciona sistema de arranque e alimenta o terminal positivo do dínamo com a tensão da bateria. Dentro do dínamo bobina primária e secundária encontram-se aterradas. Quando a tensão da bateria entra no dínamo, esta alimenta a bobina primária que estabelece uma corrente e um campo magnético sobre o núcleo de ferro doce.
27 Funcionamento O núcleo magnetizado por sua vez atua como um eletroímã sobre o contato móvel. A abertura deste contato interrompe a alimentação da bobina primária e causa o colapso do campo magnético produzido pela mesma. Uma vez cessado o campo magnético, o contato retorna para a posição fechado imposta pela mola voltando a alimentar a bobina primária, repetindo o mesmo processo.
28 Funcionamento O resultado desta ação é uma contínua expansão e retração (colapso) do campo magnético, transmitindo para a bobina secundária do dínamo. Como a bobina secundária possui muito mais espiras que a primária, a tensão induzida resultante dessas linhas de força sobre a bobina secundária é altíssima, o suficiente para o sistema de ignição do motor.
29 Funcionamento
30 Funcionamento A alta tensão fornecida pelo dínamo deve ser distribuída por um circuito separado no rotor do distribuidor. Isso é obtido pelo uso de dois eletrodos dedos em um único rotor. O eletrodo principal, descarrega a tensão do magneto e o eletrodo auxiliar distribui somente a descarga do dínamo. O eletrodo auxiliar está constantemente localizado atrás do principal, dessa forma retardando a centelha durante o período de partida.
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