REFORMAS TRABALHISTAS Resumo explicativo

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1 REFORMAS TRABALHISTAS Resumo explicativo As REFORMAS TRABALHISTAS trouxeram 358 alterações de artigos, incisos e parágrafos da CLT. Principais mudanças: - A contribuição sindical deixa de ser obrigatória; - Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, ainda que administradores ou detentores de maioria do capital; - Não caracteriza tempo à disposição da empresa o tempo gasto pelo empregado, p.ex. para troca de uniforme ou o tempo que o empregado opte por estar dentro da empresa por conveniência dele (segurança, estudo, treinamento, etc.); - Súmulas e Enunciados de tribunais não poderão criar direitos não previstos em Lei (leading case da terceirização); - O sócio retirante só responde por dívidas do período em que foi sócio e se a ação for ajuizada nos dois anos posteriores a averbação de sua saída da sociedade; - A Reforma unifica a prescrição quinquenal para trabalhadores urbanos e rurais; - Prevê a prescrição intercorrente de 02 anos no processo de trabalho que ficar sem tramitação; - O tempo dispendido pelo trabalhador para ir ao trabalho não será computado em sua jornada de trabalho. Revoga-se, pois, as tais horas in itinere; - Pode haver a compensação de horas extras de uma semana na outra semana normalmente; - Banco de Horas através de acordo individual e prevendo compensação em 06 meses; - Já traz a previsão expressa sobre a possibilidade de se negociar jornada de 12 por 36 horas; - Autoriza o Teletrabalho, ou seja, o trabalho à distância, sem obrigação de presença, utilizando tecnologia da informação; - As férias passam a poder ser fracionadas em 03 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias e os dois outros inferiores a 05 dias;

2 - A contratação de autônomo afasta o vínculo de emprego, ainda que a prestação de serviços seja exclusiva e contínua; - Qualquer valor concedido pela empresa a título de assistência médica, odontológica, hospitalar, para compra de óculos, enfim, qualquer uma, não integra o salário; - Equiparação salarial só quando a diferença de tempo de serviço entre equiparando e equiparado seja inferior a 4 anos na empresa e a 2 anos na função. Acaba, portanto, com a tal equiparação salarial por cascata; - O Plano de Cargos e Salários para fins de evitar equiparação não precisa mais ser registrado em órgão algum. Pode ser norma interna da empresa; - Pedido de demissão de empregado com mais de 01 ano não precisa mais da assistência do sindicato; - A rescisão de empregado com mais de 01 ano não precisa mais ser homologada em Sindicato; - As dispensas coletivas não dependem mais de autorização prévia de entidade sindical. LEI Nº , DE 13 DE JULHO DE Pontos polêmicos e o que alegam contra as principais alterações: Art. 8o... 1o O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. O QUE SIGNIFICA QUE O DIREITO CIVIL SERÁ A FONTE QUE SUPRIRÁ AS FALTAS OU DÚVIDAS DA CLT, E NÃO A JURISPRUDÊNCIA Os críticos dizem que o Direito Civil não tem os princípios do Direito do Trabalho. Isso era até verdade, mas S [O PRO DIREITO CIVIL DO SÉCULO XIX. O Direito Civil moderno assumiu todos os princípios de proteção ao hipossuficiente, criados pelo Direito do Trabalho no século XIX. Vejam sobre isso a proteção que confere ao contratante e ao consumidor.

3 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. Art Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às FIM DA LEGISLAÇÃO POR SÚMULA O TST acha que perderá sua capacidade de resolver as questões que lhe são postas a solução. AO QUE PARECE, A CONTRATAÇÃO DE AUTÔNOMO FICA AFASTADA DE VEZ DA INCIDÊNCIA DA CLT. PORÉM, ENTENDO QUE A JUSTIÇA DO TRABALHO TERÁ GRANDE RESISTÊNCIA EM ACEITAR ESSA NORMA, ESPECIALMENTE PORQUE FOI DEIXADO INTACTO O ART. 9º DA CLT, QUE DIZ SER NULA TODA TENTATIVA DE FRAUDAR A RELAÇÃO DE EMPREGO. LOGO, A JUSTIÇA CONTINUARÁ AVALIANDO A EXISTÊNCIA DOS ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA RELAÇÃO DE EMPREGO, E DECIDINDO SOBRE A VALIDADE OU NÃO DO CONTRATO DE TRABALHO AUTÔNOMO. PARA DIFICULTAR AS RECLAMAÇÕES DE AUTÔNOMOS, PODERIA SER ALTERADO O ART. 9º DA CLT, PARA A SEGUINTE REDAÇÃO: Art. 9º. Além da relação de emprego regulamentada por esta Consolidação, são reconhecidas e respeitadas todas as modalidades de contratação de trabalho humano sem relação de emprego, firmadas livremente pelas partes, observando necessariamente e de acordo com as leis especiais que eventualmente as regulem, ou na forma geral prevista no Código Civil brasileiro. EM OUTRAS PALAVRAS, O EMPREGADO COM NÍVEL SUPERIOR E SALÁRIO MAIOR QUE R$

4 hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. Art O desconto da contribuição sindical ,62 (2017) PODERÁ FLEXIBILIZAR SEU CONTRATO DE TRABALHO COM EXTREMA LIBERDADE, DA MESMA FORMA QUE O ACORDO COLETIVO PODE FAZER, PORÉM ATUANDO INDIVIDUALMENTE. As críticas estão no fato de que mesmo esses empregados dependem do salário, e por isso ficarão nas mãos do empregador. ADMISSÃO DA ARBITRAGEM PARA DIRIMIR QUESTÕES ORIUNDAS DE CONTRATOS DE EMPREGADOS CUJOS SALÁRIOS SEJAM SUPERIORES A R$ ,61 (EM 2017). A ADOÇÃO DA ARBITRAGEM IMPEDE A IDA DO EMPREGADO AO JUDICIÁRIO. O TST não admite arbitragem de interesses individuais trabalhistas, sob o argumento que essa é a função da Justiça do Trabalho, e que o arbitro seria imposto pelo empregador. TERMO DE QUITAÇÃO GERAL ANUAL PARA AS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, A SER FIRMADO COM O SINDICATO DOS EMPREGADOS. A CF/88 PREVIA A MESMA COISA PARA O TRABALHADOR RURAL, QUANDO DE SUA PROMULGAÇÃO. NUNCA FOI UTILIZADO, POIS OS SINDICATOS SE RECUSAVAM. ACABOU SENDO RETIRADA PELA EC N. 19/98. A IDÉIA É BOA, MAS RESTA SABER SE OS SINDICATOS RESPEITARÃO E DESEJARÃO PARTICIPAR. PREVEJO QUE A RESISTÊNCIA SERÁ ENORME. FIM DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

5 está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (NR) OBRIGATÓRIA. DIVERSOS SINDICATOS DE FACHADA, QUE EXISTEM APENAS POR CAUSA DA CONTRIBUIÇÃO, DEVERÃO DESAPARECER OU FUNDIR-SE COM OUTROS SINDICATOS. ENFRAQUECIMENRTO DA REPRESENTAÇÃO SINDCIAL? TALVEZ, MAS SINDICATO DE FACHADA NÃO REPRESENTAVA NINGUÉM MESMO, DAÍ QUE, AO FINAL, NÃO FARÁ DIFERENÇA. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II - banco de horas anual; III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no , de 19 de novembro de 2015; V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI - regulamento empresarial; VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII - Teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado; XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades FINALMENTE, RECONHECE-SE A SUPERIORIDADE DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA, PORÉM com alguns LIMITES. ESSA É, SEM DÚVIDA, A PRINCIPAL E MAIS IMPORTANTE MUDANÇA DA REFORMA, PROÉM, JÁ HAVIA SIDO IMAGINADA NOS ANOS 90 E ATÉ OBJETO DE UM PROJETO DE LEI DE 2001, QUE FOI ARQUIVADO. A VERDADE É QUE SUBSTITUI-SE O PARADIGMA: DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA EXCLUSIVAMENTE IMPOSTA PELO ESTADO, PARA A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA CRIADA PELAS PARTES ENVOLVIDAS, REPRESENTADAS POR SEUS SINDICATOS, OU ENTÃO DIRETAMENTE EMPRESA E SINDICATO. AS MODIFICAÇÕES SE TORNAM BASTANTE RELEVANTES, SE IMAGINARMOS QUE ESSA ALTERAÇÃO QUEBRA O MISTICISMO DO DIREITO DO TRABALHO, RETIRANDO-O DA ÁREA DOS DIREITOS INDISPONÍVEIS/IRRENUNCIÁVEIS

6 competentes do Ministério do Trabalho; XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. 1o No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no 3o do art. 8o desta Consolidação. (ÁREA A QUAL, NA VERDADE, NUNCA PERTENCEU, POIS ABRANGE APENAS OS DIREITOS DE PERSONALIDADE, E NUNCA DIREITOS DE NATUREZA PATRIMONIAL, COMO O TRABALHISTA), PARA A ÀREA DOS DIREITOS DE NATUREZA PATRIMONIAL, PLENAMENTE DISPONÍVEIS E NEGOCIÁVEIS. A CRÍTICA SE COLOCA ALEGANDO QUE OS SINDICATOS BRASILEIROS SÃO FRACOS, QUE NÃO TEM EXPERIÊNCIA EM NEGOCIAÇÃO, QUE NÃO TEM CAPACIDADE PRA NEGOCIAR, ETC.

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