Aliança Global Wycliffe -- programas de tradução da Bíblia: Declaração de filosofia

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1 Aliança Global Wycliffe Programas de Tradução da Bíblia Divulgado pelo Diretor Executivo, Kirk Franklin (1º de novembro de 2013; atualizado em fevereiro de 2015) Índice analítico Aliança Global Wycliffe -- Programas de tradução da Bíblia: Declaração de filosofia...1 Apêndice Definição dos conceitos-chave relativos à Aliança: Programas de tradução da Bíblia -- Declaração de filosofia Os métodos/processos de tradução e a participação da igreja, por Paul K. Kimbi Mobilização da comunidade para participação e apropriação: A Experiência da CABTAL nos Camarões, por Michel Kenmogne Algumas das melhores práticas para Parcerias do Reino em programas de tradução da Bíblia, por Sebastian Floor Como desenvolver um impacto holístico como organização focada na tradução da Bíblia: LETRA/Paraguai como modelo nacional emergente, por Victor A. Gómez Aliança Global Wycliffe -- programas de tradução da Bíblia: Declaração de filosofia Introdução O objetivo desta declaração de filosofia de programas de tradução da Bíblia é inspirar e guiar organizações participantes da Aliança Global Wycliffe (a Aliança). É uma expressão dos valores e crenças fundamentais sobre: i. A justificativa dos programas de tradução da Bíblia encontrados dentro da missão de Deus (missio Dei); ii. A importância de manter um foco em contribuir para a construção e apoio do processo de transformação holística e seu impacto no seio das comunidades linguísticas e além, e iii. Princípios fundamentais que podem orientar a resposta estratégica das organizações participantes aos variados contextos em que ocorrem os programas de tradução da Bíblia. Esta declaração de filosofia e princípios prevê o papel fundamental da orientação do Espírito Santo em todos os programas de tradução da Bíblia, pois é Deus quem permite que seja cumprida a Sua missão. A Aliança também reconhece que outras pessoas e entidades envolvidas em programas de tradução da Bíblia podem ter filosofias ou premissas distintas, que orientam o seu envolvimento. 1

2 I. Justificativa para programas de tradução da Bíblia da Aliança a) Demonstrações do núcleo da Aliança Visão: Indivíduos, comunidades e nações transformadas através do amor e da Palavra de Deus expressada em suas línguas e culturas. Missão: Em comunhão com Deus e dentro da comunidade de Sua Igreja, incentivamos e facilitamos os movimentos de tradução da Bíblia que contribuem para a transformação holística de comunidades linguísticas em todo o mundo. Valores Essenciais Afirmação A glória de Deus entre as nações Semelhança de Cristo na vida e na obra A Igreja como central na missão de Deus A Palavra traduzida Dependência de Deus Parceria e serviço Descrição Viver e servir para a glória de Deus, para que pessoas de todas as nações possam conhecer e glorificá-lo. Seguir o exemplo de Cristo em tudo que somos e fazemos (por exemplo, no pensamento, comportamento e ação). Acreditar que a Igreja é criada, chamada e equipada por Deus para evangelizar o mundo e discipular as nações. Confiar em Deus para transformar vidas através da Sua Palavra traduzida para as línguas e culturas dos povos do mundo. Depender de Deus e de Sua suficiência para nos equipar e sustentar durante toda a vida e missão. Servir em parceria interdependente como expressão da unidade dos crentes. Servir como comunidade através do ministério holístico que facilita a tradução, acesso e uso da Palavra de Deus. b.) Discernimento da missão de Deus, a Igreja, e as caraterísticas essenciais do nosso Deus Trino 1 que somos chamados a refletir em nossa vida e trabalho. 1. O ministério de tradução da Bíblia é construído sobre a missão de Deus (Dt ; Ez , Rm , Ef 4, Jo ). a) A auto-revelação de Deus como Aquele que ama o mundo é fundamental para a Sua missão. O envolvimento de Deus no/com o mundo, bem como a natureza e atividade de Deus, abrangem tanto a Igreja como o mundo. Como parte da Igreja, experimentamos essa revelação em nossa vida comunitária e somos chamados a tornar-nos participantes, com Ele, da Sua missão de revelação, redenção e restauração. b) A missão de Deus tem como objetivo resgatar toda a criação -- tentar restaurar o relacionamento mantido com ele antes da "queda". c) Entre muitos acontecimentos históricos, destacam-se a Encarnação e Pentecostes como manifestações de que Deus pode revelar-se e que a Sua Palavra é, essencialmente, traduzível em qualquer idioma e significativo para todas as 1 Estas perspectivas foram originalmente derivadas de reflexões missiológicas entre organizações participantes da Aliança e, posteriormente, revisadas por todos os participantes neste processo. 2

3 culturas. A tradução da Bíblia é um dos principais métodos que Deus usa hoje em dia para se revelar em muitas culturas e comunidades linguísticas. 2. Deus chama a Igreja a participar com Ele no avanço da sua missão (Ap 7.9, At 10). a) Entendemos que a Igreja é a comunidade de indivíduos resgatados através da fé em Jesus Cristo pela graça de Deus. Esta Igreja está unida para a participação na missão de Deus através da adoração, a comunhão e o serviço, pela inspiração e orientação do Espírito Santo. (Quando se emprega a letra inicial minúscula ["igreja"], referimo-nos às expressões locais da Igreja.) 2 b) A Aliança se entende como parte da Igreja. 3 c) A Aliança serve às igrejas de povos de diversas culturas e línguas. 3. Nosso Deus Trino nos chama a refletir o Seu caráter e atributos quando participamos de Sua missão (At 2; Jo 17; Ef 3-4, 1 Co ; Sl 133; Cl ; Mt ). a) A demonstração do amor de Deus pela Sua criação tem sido sempre uma combinação de proclamar a verdade e afirmá-la através da ação. Cristo veio para compartilhar as Boas Novas, para revelar o amor do Pai através de sua vida e de sua morte. Assim também, devemos refletir o amor de Deus através da proclamação e as ações que revelam Seu amor pelos perdidos, os desfavorecidos e os marginalizados e oprimidos. Isto pode exigir a nossa própria experiência do sofrimento, injustiça ou privação. b) A Trindade revela a relação de interdependência divina que faz parte da essência de Deus e reflete o Seu amor. Deus chama a Igreja a refletir o Seu amor, vivendo e trabalhando através de relações interdependentes, enquanto se estende com compaixão aos perdidos, alquebrados e desfavorecidos. Tal comportamento demonstra o amor de Deus por toda a Sua criação. c) A metáfora do Corpo, usado pelo apóstolo Paulo em suas cartas, também oferece uma imagem para compreender como o amor de Deus é revelado através de interrelações divinas; cada parte é única e essencial, mas só prospera com o apoio das outras partes. Quando uma parte resolve comportar-se de uma maneira egoísta, o Corpo inteiro sofre. d) Ao trabalhar com relações de interdependência que demonstram que valorizamos e respeitamos os outros pelo que eles são e não apenas por causa dos recursos que eles têm ou as tarefas que podem executar, optamos por construir relacionamentos e redes em vez de trabalhar em isolamento; escolhemos a inclusão e promovemos a participação em Sua missão. Dessa maneira, buscamos refletir o Seu caráter e demonstrar amor, humildade, graça, perdão, reconciliação e paciência. 4. Seguindo o exemplo da obediência de Cristo implica na vulnerabilidade sacrificial (Fp ; Tg 1-2; 2 Tm ; 2 Co 6.3, 11). a) A vulnerabilidade começa com o reconhecimento da soberania de Deus em todos os assuntos e nossa total dependência dele. Significa, também, reconhecer a nossa 2 A igreja institucional é reconhecida como possuindo e destacando-se por uma diversidade de estilos, realidades históricas, ensinamentos, nuanças e expressões culturais. 3 Valor fundamental da Aliança: a Igreja como central na missão de Deus. 3

4 compreensão limitada de como Deus está agindo, cumprindo Sua missão em cada comunidade e o papel que Ele deseja que nós desempenhemos. b) O processo de tradução da Bíblia envolve trazer a Palavra divina e eterna de Deus em linguagem humana. Embora aparentemente impossível, é na verdade a estratégia de Deus para promover a Sua missão. Por isso, apela a todos os envolvidos a dependerem de Deus neste trabalho humanamente impossível. c) A vulnerabilidade sacrificial é o cerne da encarnação, conforme ela se revela no nascimento, na vida e na morte de Cristo na cruz. Quando Deus Filho se tornou um ser humano, Ele se submeteu voluntariamente ao Seu Pai. Através da encarnação Deus revelou a graça do Seu amor por nós. Nunca poderíamos compreender plenamente o Seu amor sem a morte sacrificial de Seu Filho. d) Da mesma forma, o sofrimento e as dificuldades devem ser esperados como nós, e o resto da Igreja, participamos da missão de Deus. Desta forma, somos um modelo da imagem de nosso bondoso Pai Celestial. Deus não poupa os crentes do sofrimento causado neste mundo por guerras, fome, perseguição e injustiça, mas ele promete dar-lhes a força necessária para resistir e persistir. e) Um dos dons de Deus para proporcionar conforto e segurança é o corpo de crentes, a Igreja. 5. A missão de Deus é holística e integral. Ele deseja a mudança transformadora (Os ; Mt 4, 11, 28; Tg 1; Cl 3.23). a) A obra de Deus no mundo, a missio Dei, tem a ver com a criação e manutenção de shalom. Shalom não é apenas a ausência de hostilidade, mas "a paz com justiça". É uma paz holística que considera todos os nossos relacionamentos em quatro níveis: com Deus, com a criação, com outras pessoas e com nós mesmos. Significa ter prazer em servir a Deus, deliciar-nos com nosso ambiente físico, deliciar-nos com a comunidade humana e com o que significa ser um filho de Deus. b) Por integral, queremos dizer que são essenciais tanto a proclamação como a demonstração do Evangelho". 4 Isso enfatiza a necessidade de integrar a diversidade de atividades ministeriais que contribuem para o trabalho de transformação holística de Deus. c) A amplitude e profundidade das mudanças necessárias para a transformação holística exigirão perseverança por um longo tempo, até mesmo gerações. 6. A missão de Deus é abençoar as comunidades e aqueles que as servem (Tg 2, 2 Pe 3.9, 1 Tm 2.4, Ap 7.9, Rm 5.1-5; Fp 4.10, 2 Co 8 e 9, At 11). a) Deus dá aos seres humanos línguas e lhes permite formar culturas que os ajudam a compreender a sua identidade e formar comunidades. A comunidade é um conjunto de indivíduos conscientes de um importante elo que os une, fornecendolhes um senso de identidade e permitindo que eles dependam uns dos outros. b) A amorosa solicitude de Deus toca a cada indivíduo, mas é na comunidade da Igreja que pode ocorrer a mais completa experiência do amor de Deus. Da mesma forma, como as comunidades linguísticas experimentam a transformação holística que a missão de Deus consegue para elas, vão experimentar e refletir mais completamente o amor de Deus, tanto individual como coletivamente. 4 Diretrizes da Parceria Rede Miqueias - dezembro de

5 c) Por ser alimentada a "apropriação" através da participação da comunidade e por Deus ter dado valiosas qualidades a todas as pessoas, é importante reconhecer isso e encontrar formas de incentivar a ampla participação em programas de tradução da Bíblia. A propriedade/apropriação é um componente crítico para a sustentabilidade. Assim como Deus convida a Igreja a participar de Sua missão para que ela possa crescer até atingir a maturidade através da participação, Deus deseja que as comunidades participem da sua própria transformação. Um componente fundamental para alcançar a sustentabilidade da mudança a longo prazo é a realização de programas de tradução da Bíblia, de modo que a propriedade das metas e do processo se estabeleça na comunidade. d) É importante que os programas de tradução da Bíblia reconheçam os desfavorecidos e excluídos e tomem a iniciativa de trazê-los para a vida da comunidade. e) Para aqueles de fora da comunidade, uma das grandes bênçãos é a transformação do seu relacionamento com a comunidade; entrar como convidados e trabalhar como colaboradores lhes permitirá sair como amigos. f) Deus também abençoa aqueles que servem, por edificar sua fé e moldar seu caráter através de desafios e dificuldades. Ele demonstra Sua fidelidade, trazendo alegria e o fruto do Espírito para aqueles que trabalham em formas que O honram. Ele também mostra o Seu amor, deixando que aqueles que servem compartilhem o Seu coração, enquanto a comunidade responde, ou não, às manifestações de Seu amor. II. O impacto transformacional que Deus deseja para as comunidades linguísticas guia e forma os programas de tradução da Bíblia (Cl ) a) Deus deseja ver as comunidades transformadas, conciliadas as relações entre as pessoas e Ele mesmo, uns com os outros e com a Sua criação, para que eles possam experimentar a plenitude (shalom) que Ele lhes destina através de Cristo. Isto, sim, traz- Lhe glória. A transformação é um processo que ocorre continuamente, e que continuará por toda a vida do crente. b) Deus deseja a transformação de todas as comunidades linguísticas. Ele realiza sua missão através da participação coletiva de muitas organizações e o contínuo engajamento significativo das comunidades. A participação envolve os indivíduos, mas também as organizações e instituições locais, especialmente as igrejas. c) A tradução da Bíblia é uma atividade fundamental que Deus usa para promover a transformação holística. Os programas de tradução da Bíblia, em seu núcleo, possibilitam o processo de "habitação" da Palavra de Deus numa língua, e no coração e mente de seus falantes. Assim, esses falantes são mais capazes de participar e viver em comunhão e harmonia da comunidade do Deus Uno e Trino. d) É razoável, então, que os programas de tradução da Bíblia sejam planejados e implementados de modo que contribuam não só à tradução das Escrituras e o desenvolvimento da linguagem, mas também para a construção de uma base sustentável de Deus para o Seu trabalho em curso de transformação. 5

6 III. Princípios fundamentais para programas de tradução da Bíblia da Aliança 1. O ministério de tradução da Bíblia é construído sobre a missão de Deus Princípio: Uma vez que a missão começa com Deus, uma resposta inicial deve ser de procurar conformar a nossa vontade com a Sua vontade através da oração e súplica, por parte da Igreja e aqueles que desejam se engajar num programa de tradução da Bíblia. a) Ao ouvirmos a Deus, também vamos ouvir a comunidade e outros parceiros para que o início do programa, a relação de desenvolvimento, planejamento e implementação possa progredir em resposta à inspiração de Seu Espírito. Promover externamente uma estratégia pré-determinada mina tal objetivo. b) A obra de Deus acontece no tempo de Deus e a transformação holística de qualquer comunidade será um processo em curso. O modelo interdependente de trabalho do Reino (alguns semeiam, outros regam, alguns cuidam, outros colhem) exige a construção de uma sólida base relacional para o progresso sustentável a longo prazo. c) Embora a participação ideal de todos os parceiros em potencial não seja possível deste lado da eternidade, Deus é honrado quando é praticada e alcançada a participação verdadeiramente interdependente. 2. Deus chama a Igreja a participar com Ele no avanço da sua missão Princípio: O contexto presente e futuro da Igreja é um fator crítico para orientar o planejamento e implementação de todos os programas de tradução da Bíblia. a) A realização do impacto transformacional é criticamente dependente do envolvimento ativo da igreja em programas de tradução da Bíblia. b) Procuramos servir à Igreja universal e à igreja que existe no contexto do programa de tradução da Bíblia. Espera-se que as igrejas vão desempenhar o mais cedo possível um papel importante na tomada de decisões, obtenção de recursos e processos de controle da qualidade dos programas de tradução da Bíblia. c) Embora os programas possam começar com limitadas funções da igreja, a ampliação dessa participação deve ser uma prioridade contínua até ocorrer um envolvimento significativo. Além disso, por ser segmentada a realidade da Igreja em determinado contexto, a tradução da Bíblia deve ser desenvolvida como um meio estratégico, e não ameaçador, de promover a unidade entre as igrejas relevantes. d) Uma vez que uma igreja local pode não estar presente em alguns contextos, a Igreja universal está presente em todas as comunidades linguísticas através da oração e de outras intercessões. Um esforço para apoiar o desenvolvimento de uma presença da igreja local deve sempre fazer parte das considerações a longo prazo de um programa de tradução da Bíblia. Neste sentido, será importante construir relacionamentos com a Igreja ao nível nacional ou além, e posicionar os programas de tradução da Bíblia dentro desses relacionamentos. Assim, a tradução da Bíblia poderia desempenhar um papel pioneiro de promover a divulgação da Igreja em novas áreas. 6

7 3. Nosso Deus Trino nos chama para refletir o Seu caráter e atributos quando participamos de sua missão Princípio: Construir a base necessária de relações interdependentes entre os programas de tradução da Bíblia para contribuir para a transformação exige que as organizações da Aliança modelem o caráter de Deus. a) Espera-se que uma grande variedade de pessoas e organizações acabem por se envolver em programas de tradução da Bíblia, que busquem a transformação holística -- a comunidade, as igrejas, as organizações parceiras, as entidades seculares e o governo. b) Construir e manter relacionamentos do Reino entre os parceiros deve ser um valor fundamental para as organizações participantes da Aliança porque o comportamento da Aliança, que reflete a Trindade, reforça a mensagem da Palavra e desafia quaisquer esforços de separar os parceiros e trabalhar separadamente. As organizações participantes da Aliança são chamadas a ser agentes de reconciliação e restauração. Princípio: O crescimento e amadurecimento são reforçados através da humilde recepção e consequente ação, de acordo com o feedback [reações/sugestões] das pessoas com quem se tem relacionamento. a) É através de processos de aprendizagem intencionais e transparentes que as organizações participantes da Aliança conseguem demonstrar o seu compromisso de melhorar continuamente a forma como elas refletem a imagem e o carácter de Deus enquanto participam da implementação de programas de tradução da Bíblia. b) Trabalhar desde dentro dos relacionamentos é um dom e um desafio. As relações do Reino exigem um compromisso contínuo; portanto as estratégias do programa de tradução da Bíblia devem equilibrar essa necessidade quando desafiada por prazos específicos do programa. 4. Seguir o exemplo da obediência de Cristo implica na vulnerabilidade sacrificial Princípio: Para os programas de tradução da Bíblia se alinharem com a missão de Deus, é necessária a unidade espiritual entre os parceiros cristãos. A formação e manutenção desta unidade é a maior prioridade para os envolvidos. a) Todas as culturas têm apenas uma compreensão parcial do que significa viver e trabalhar de maneira vulnerável, confiando em Deus para a colheita. Sem unidade espiritual, construída por meio de relações vulneráveis, aqueles que se envolvem em programas de tradução da Bíblia terão uma compreensão ainda mais limitada de como Deus está agindo em seu contexto. Compartilhar e criar uma compreensão mais abrangente de como Deus está presente e ativo é fundamental para cada programa de tradução da Bíblia. b) O exemplo de como os parceiros cristãos colaboram e tratam uns aos outros revela poderosamente o amor de Deus para a comunidade linguística e todos os demais interessados. A capacidade de trabalhar em comunidade é um dos dons de Deus para 7

8 aqueles que participam de Sua missão. Mas isso requer a intencionalidade de realizar essa unidade. São necessários tempo e recursos, bem como indicadores de avaliação bem pensados para produzir planos de trabalho de colaboração e atividades frutíferas. É necessário um processo fundamental de construção de relacionamentos antes de se começar o planejamento e implementação do programa. c) Os processos de tomada de decisões precisam incluir a reflexão intencional, o discernimento e uma ampla participação para que a voz de Deus seja mais facilmente entendida e a unidade de direção estabelecida. Princípio: Reconhecer e responder à soberania de Deus requer a procura de como Deus está agindo quando os planos, cronogramas e outros objetivos não forem alcançados ou quando os recursos não estiverem disponíveis. a) Enquanto o planejamento, metas e gerenciamento atribuem muito valor aos projetos, Deus procura muito mais do que rendimento na Sua missão. Ao invés de julgar o grau de sucesso pela realização dos planos, é importante buscar a compreensão daquilo que Deus está fazendo quando os nossos planos não dão certo. O discernimento do propósito de Deus e Sua atividade deve informar não apenas as avaliações feitas, como também a forma do planos futuros. b) Muitas vezes, a perturbação causada pela perda de um recurso crítico do programa (pessoas, dinheiro, permissões, etc.) pode ser um lembrete para olharmos para a maneira como Deus está agindo, e pode ajudar a revelar como Deus está oferecendo conforto no meio das dificuldades decorrentes da ruptura. c) A dependência de Deus, mantendo em foco a fé e a confiança, é um elemento crítico para o planejamento. Princípio: Por ser essencial o bem-estar de cada membro da comunidade que trabalha num programa de tradução da Bíblia, correr riscos físicos deve ser uma decisão em comum, ao invés de individualmente. A vulnerabilidade e a obediência permitem que o Espírito atue através de muitos canais, inclusive a unidade da comunidade. a) Historicamente, o poder e o prestígio dos países "enviadores" acompanhavam os missionários. Neste contexto, a tomada de decisões não costumava ser compartilhada com os anfitriões/participantes. Mas os programas de tradução da Bíblia, que buscam a transformação, são construídos nas comunidades de participantes, não sobre o trabalho de um indivíduo. O progresso sustentável exigirá redes de pessoas, instituições e organizações comprometidas a cooperar umas com as outras, reconhecendo sua vulnerabilidade através do trabalho interdependente, não auto-suficiente. b) O conjunto de forças que resistem aos programas de tradução da Bíblia é grande, poderoso e capaz de causar grande dano aos crentes e as pessoas envolvidas. Mesmo sendo Deus mais forte, Ele opta por manifestar Sua força através da comunidade dos crentes que trabalham juntos. Portanto, cada participante deve encontrar a sua força em Deus e na comunidade dos crentes, não em qualquer outro sistema ou poder fora deste. 8

9 5. A missão de Deus é holística e integral. Deus deseja a mudança transformadora Princípio: A mudança transformadora requer um compromisso de expansão e aprofundamento por parte de todos os envolvidos. a) Um ampla coalizão, que compartilha uma visão e um compromisso, é fundamental para a criação de processos sustentáveis que servirão à comunidade ao longo do tempo. b) Os provedores de recursos externos também devem adotar uma visão abrangente com relação aos programas de tradução da Bíblia, de modo que não incentivem involuntariamente atividades insustentáveis através da maneira como apoiam aspectos específicos que mais lhes interessam. c) Atuando em prol de uma maior interdependência, o aumento da capacidade e desenvolvimento de processos sustentáveis, a comunidade irá aumentar o potencial da comunidade para um maior envolvimento e sucesso a longo prazo. d) Embora muitas organizações diferentes façam as suas contribuições, a transformação é um processo em curso, portanto é fundamental que sejam formadas redes, parcerias e alianças fortes, patrocinadas por interessados locais, que possam crescer em eficácia ao longo do tempo. 6. A missão de Deus é abençoar as comunidades e aqueles que as servem Princípio: As línguas, culturas, identidades e a consciência de comunidade são dons concedidos por Deus e destinados a abençoar os seres humanos. a) A missão de Deus é feita com e para as pessoas e comunidades. Todos aqueles de fora da comunidade, que têm uma parceria ou trabalham em conjunto, devem respeitar a comunidade e agir de forma a manter ou melhorar a sua dignidade. b) Para aqueles de fora da comunidade, uma das grandes bênçãos é a transformação do seu relacionamento com a comunidade; entrar como convidados e trabalhar como colegas lhes permitirá sair como amigos. c) Para os programas de tradução da Bíblia refletirem as preocupações locais, as comunidades, pessoas e instituições devem participar da tomada de decisões com os parceiros externos, conscientes de sua responsabilidade definitiva no setor da hospitalidade. As relações de poder devem ser monitoradas para que não diminuam a sustentabilidade. d) As organizações externas, como parceiros de recursos, precisam ter um compromisso de trabalhar com a comunidade para promover um saudável senso de propriedade e crescimento em sua capacidade e habilidade para orientar o processo de transformação local. Isso afirma o chamado para relações de interdependência e uma consciência de comunidade dentro da missio Dei, e não para a auto-suficiência. 9

10 APÊNDICE Nota: Os apêndices a seguir são oferecidos como recurso para gerar comentários sobre a Declaração. Eles incluem exemplos de como elementos da Declaração estão influenciando várias Organizações da Aliança. Definição dos conceitos-chave relativos à Aliança: Programas de tradução da Bíblia -- Declaração de filosofia As definições contidas neste documento são destinadas a ajudar o leitor da Declaração de filosofia de tradução da Bíblia da Aliança Global Wycliffe a compreender o significado por trás dos conceitos-chave. Mesmo não sendo definições padronizadas, elas representam o entendimento e acordo entre os envolvidos no desenvolvimento da declaração atual. A missio Dei A missio Dei, ou missão de Deus, se entende como abrangendo quatro ideias-chave. Em primeiro lugar, o seu objetivo final é estabelecer o domínio de Cristo sobre toda a criação redimida. Em segundo lugar, a Igreja -- o Corpo de Cristo -- é instituída por Cristo, mas realizada concretamente pela obra do Espírito Santo. Em terceiro lugar, a Igreja na sua formação e vida destina-se a ser o reflexo da relação de interdependência e comunhão que constitui a essência do Deus Trino. E em quarto lugar, Deus é o dono, o iniciador e o principal agente da missio Dei, mas a Igreja existe para servir e participar. Através desse serviço obediente, a Igreja deve ser um reflexo da comunidade de amor que existe no Deus Uno e Trino. Programa de tradução da Bíblia Um programa de tradução da Bíblia é interpretado como uma série de atividades que apresentam as Escrituras em outras línguas como âncora para o desenvolvimento da língua, educação multilíngue, alfabetização e engajamento com as Escrituras. Isto é feito a fim de promover o reinado de Cristo entre as comunidades receptoras. Tradução da Bíblia A tradução da Bíblia é o processo de habitação da Palavra de Deus numa língua para que os falantes dessa língua possam participar e viver na comunhão e harmonia da comunidade de crentes cristãos aqui na terra, e com todos os fiéis na eternidade. Esta habitação é consequência das muitas maneiras em que Deus se revela, incluindo principalmente a Sua Palavra, mas também através da vida e testemunho dos crentes, especialmente aqueles imediatamente relacionados com uma comunidade linguística. Movimento de tradução da Bíblia O movimento de tradução da Bíblia abrange todos aqueles que participam da missão de Deus, contribuindo para as metas amplamente definidas de tradução das Escrituras. É uma comunidade de organizações, igrejas e indivíduos com interesses e atividades em comum, e não uma única entidade organizada ou estruturada. 10

11 Shalom O termo shalom aponta para a totalidade, através da justiça e da verdade, que inspira confiança naquilo que se espera (Ag 2.7-9, Is 2.2-4; ). Há uma sensação de completude, tanto em termos de restauração (perdão), paz, segurança, bem-estar e reconciliação com Deus e com o próximo. Entendemos esta totalidade como incluindo cada parte da criação e todos os aspectos da atividade e da vida humana (Rm 14.17; 8.6). O Shalom também tem complexidade, uma vez que representa o estado da criação após cumprir-se a missão de Deus, mas também algo que pode ser experimentado parcialmente agora mesmo na vida da comunidade de crentes e algo que a comunidade de crentes pode trazer para a mundo através de ações feitas em obediência à orientação do Espírito Santo. Assim, o conceito de shalom vai muito além da paz interpretada como ausência de guerra, para significar um estado onde tudo está funcionando da maneira que o Criador ordenou. Programa linguístico Um programa linguístico é um processo intencional de planejamento e organização, que tem como objetivo o desenvolvimento da língua e serviço dos objetivos das comunidades que falam as respectivas línguas. Nota: Esta definição é oferecida com uma ressalva: A frase Programa linguístico, em nossas conversas internas, é praticamente definida pela SIL Internacional como incluindo os programas que seguem os três objetivos da SIL. A fim de promover a noção de que a Aliança não está desenvolvendo uma filosofia sobre os programas linguísticos da SIL, temos a intenção de usar a frase "programa de tradução da Bíblia" para referir-nos ao envolvimento total da Aliança. Esta abordagem proporciona à SIL e à Aliança duas perspectivas complementares a partir das quais elas se aproximam do trabalho no campo, permitindo a imbricação e oferecendo oportunidades para uma colaboração eficaz. A Igreja A Igreja em sua essência é a expressão coletiva de indivíduos resgatados pela graça de Deus através de Jesus Cristo, unidos por sua adoração, comunhão e missão pelo poder do Espírito Santo. A expressão institucional da Igreja é reconhecida como possuindo e destacando-se por uma diversidade de teologias, estilos, realidades históricas, ensinamentos, nuanças e expressões culturais. Por si só, a Igreja não é o Reino. Ao contrário, é a comunidade na qual os sinais do Reino se tornam mais claramente evidentes. É também, como principal instrumento de Deus para Sua missão, a comunidade messiânica ao serviço e testemunho do Reino. Ela é a comunidade encarregada de continuar a missão messiânica no mesmo Espírito e estratégia que caracterizam a missão de Jesus. Facilitação A facilitação do programa de tradução da Bíblia consiste na assistência prática, oferecida sem intenção de controlar, a fim de permitir que todos os participantes possam fazer a sua contribuição adequada para o progresso do programa de tradução da Bíblia, especialmente através da participação na tomada de decisões sobre todos os aspectos do programa de tradução da Bíblia. 11

12 Participação A participação no programa de tradução da Bíblia refere-se à contribuição que os diversos indivíduos e agências fazem num programa de tradução da Bíblia. As abordagens participativas refletem uma mentalidade e uma variedade de ferramentas que ajudam aqueles que serão influenciados pelo programa de tradução da Bíblia a desempenharem um papel eficaz na tomada de decisões e outras contribuições a essas atividades. Propriedade A propriedade/posse, ou apropriação, do programa de tradução da Bíblia se reflete na capacidade da comunidade e igrejas receptoras de atuarem como promotores do programa, participando da formação da visão, a tomada de decisões e a formulação de metas, não só do programa de tradução da Bíblia, mas também do impacto da transformação mais ampla que se almeja. A missão integral/holística A "proclamação e a demonstração do Evangelho" são componentes inseparáveis da promoção de um compromisso transformador com Jesus Cristo e o Evangelho. A palavra "integral" é usada como reconhecimento da diversidade e variedade de aspectos do ministério e expressões essenciais que devem ser integrados para o ministério holístico que glorifica a Deus e compartilha a verdade e o amor de Deus com todos os povos. Isto segue o exemplo de Cristo a serviço de todas as pessoas. Reconhecendo que todas as pessoas têm necessidades físicas, espirituais e emocionais, a missão integral/holística deseja ver as pessoas e comunidades sadias e íntegras à medida que se vive o Evangelho total em todas as facetas da vida. Transformação O resultado final dos processos através dos quais Deus restaura (reconcilia) as relações entre os seres humanos e Ele mesmo, de uns com os outros e com toda a Sua criação, para que possam experimentar a plenitude (shalom) que Ele destina para eles por meio de Cristo e, assim, trazer glória a Si mesmo. A transformação é um processo que ocorre continuamente, e que continuará por toda a vida do crente. Comunidade Uma comunidade é um grupo de indivíduos ou organizações conscientes de uma importante ligação que os une, proporcionando assim o seu sentido de identidade e fazendo com que eles dependam uns dos outros. As caraterísticas de uma comunidade de crentes são demonstradas dentro da Trindade e expressadas em Romanos 12, 1 Coríntios 13, Tiago e 1 João. Tal comunidade do Reino é essencial nos programas eficazes de tradução da Bíblia. Sustentabilidade A sustentabilidade é a capacidade de continuar a cumprir por muito tempo os propósitos designados. Por exemplo, a igreja institucional continuou por dois milênios; no entanto, as suas caraterísticas têm variado muito ao longo desse período. Ao invés de ser um elemento precisamente definido de um programa, ela é na verdade um "resultado" de (1) seguir as metas holísticas do programa e (2) escolher cuidadosamente o processo pelo qual o 12

13 programa é nutrido e vivificado. O impacto sustentado depende de se as organizações (p.ex., a igreja, o governo, a própria comunidade) se tornam viáveis e desenvolvem continuamente o compromisso, responsabilidade, capacidade e propriedade/apropriação da tradução da Bíblia e de outros programas de desenvolvimento no futuro. 13

14 Métodos e processos de tradução e a participação da igreja Paul K. Kimbi (CABTAL) Introdução "Tradução da Bíblia" é um termo usado frequentemente para se referir à ampla gama de atividades que resultam na tradução de um texto bíblico e o uso das Escrituras nas comunidades em que essas atividades são realizadas. O objetivo final da tradução da Bíblia é ver as pessoas e suas culturas transformadas pelo amor de Cristo através da Palavra de Deus para Sua glória. Cristo convidou a Igreja a participar com Ele da Sua missão redentora de transformação e restauração (Mateus 28.19). Isto dá a entender que os projetos de tradução devem ser organizados de forma a promover a participação ativa da igreja nessas comunidades. Como pode a igreja, portanto, ser mais envolvida nos processos de tradução da Bíblia? Esta questão pressupõe que a participação da igreja não seja ideal, ou que tenha sido até fraca em muitas áreas. Uma resposta a esta questão é o foco principal deste artigo. Por que a Igreja em algumas áreas não toma responsabilidade pela tradução da Bíblia? "A Igreja do hemisfério sul tem estado na vanguarda da missão por um bom tempo. Mas seu foco tem sido mais sobre plantação de igrejas que na tradução da Bíblia. Uma razão para isso é a sua percepção daquilo que se envolve no processo de tradução. Muitos plantadores de igrejas veem a tradução como uma tarefa teórica e científica que leva muitos anos para se completar. Eles também a consideram como sendo o trabalho de linguístas e estudiosos estrangeiros da linguagem bíblica". ( 5 Gravelle Gilles) Em sua declaração, Gravelle fornece alguns elementos da resposta para a pergunta acima. Há uma necessidade de interrogar este ponto de vista e ver até que ponto as organizações de tradução da Bíblia e da Igreja têm ajudado mutuamente uma à outra para iniciar projetos de tradução das Escrituras. Outras razões que tendem a limitar o envolvimento da Igreja em atividades de tradução da Bíblia incluem: 1) a falta de compartilhamento de visão adequada sobre as necessidades de tradução com as igrejas antes do início da tradução em muitas comunidades; 2) a tendência de trabalhar com alguns membros da elite da comunidade, cujos membros podem não ser fortes cristãos naquela comunidade, o qual enfraquece a contribuição da igreja na comunidade; 3) as organizações de tradução muitas vezes não tratam adequadamente a questão da propriedade/apropriação dos projetos no início do trabalho de tradução -- a influência das organizações de tradução tende a ser mais exigente do que descritiva, manifestando-se sob forma de orientação; 4) as organizações de tradução, por vezes, tendem a enfatizar exageradamente os requisitos acadêmicos necessários para a tradução e, assim, desviar a atenção dos crentes de outros tipos de contribuições que a igreja pode fazer; 5) algumas organizações de tradução tendem a se concentrar quase que exclusivamente na publicação do texto escrito, sem abordar adequadamente a questão de um formato adequado em que a tradução será usada, e sem aumentar a capacidade da igreja para o uso das Escrituras. 5 Tradução da Bíblia no contexto histórico: Evolução dos papéis dos obreiros transculturais (rascunho, Arlington TX). (inglês) 14

15 Muitas outras razões podem ser consideradas para a aparente falta de interesse por parte da Igreja em atividades de tradução da Bíblia, mas o objetivo deste trabalho é analisar as práticas dentro das organizações de tradução que tendem a desencorajar o envolvimento da Igreja e sugerir procedimentos que podem integrar mais envolvimento da igreja na tradução da Bíblia. O desafio transcultural na tradução, e a necessidade de uma declaração de propósito num determinado projeto de tradução O objetivo da equipe de tradução é traduzir com precisão e de forma adequada o significado da mensagem original. Mas cada língua tem a sua própria forma única, o seu próprio sistema léxico, a sua própria estrutura gramatical e seu próprio contexto sóciocultural. Portanto, a fim de comunicar o significado exato e equivalente, a forma da tradução na língua receptora, por vezes, deve ser distinta da forma da mensagem de origem. A delimitação cultural" 6 de palavras e as diferenças nos padrões tácitos de visões conflitantes do mundo é um desafio persistente para os tradutores. Tomemos, por exemplo, o caso da "mulher" em João 2.4. Na língua grego, esta palavra pode significar: mulher, esposa, e uma menina. Na área de Kom nos Camarões, uma pessoa não deve referir-se diretamente à sua mãe como "mulher". Tal referência direta à mãe como "mulher" daria a entender, neste caso, que Jesus se mostrava indelicado ou rude para com a sua mãe. O significado associativo em grego prefere sugerir que esta era uma maneira bem educada de falar. Isto coloca o problema do jogo e incompatibilidade no uso de determinadas palavras e frases na tradução. Os idiomas utilizados na cultura de origem podem ser difíceis de entender e podem ser interpretados literalmente. Quando interpretados literalmente, eles podem comunicar um significado oposto na cosmovisão receptora. A "delimitação cultural das palavras e as diferenças nos padrões tácitos de visões conflitantes do mundo exigem uma elaboração da filosofia de tradução para ajudar a esclarecer as circunstâncias atenuantes que informam certas escolhas na tradução. Todo texto-fonte é codificado numa fonte cultural, ou seja, quando eu leio a Bíblia em inglês, é o idioma inglês que interage com a mensagem para induzir a compreensão do significado do que tenho lido. Para uma tradução ser relevante e atender à necessidade de se comunicar de forma precisa e eficaz com os seus destinatários, a tradução deve permanecer fiel ao texto de origem e ser também natural na língua receptora. Isso significa que eu deveria ser capaz de usar expressões idiomáticas Kom ou equivalentes Kom de expressões idiomáticas gregas ou hebraicas para me dirigir a um público Kom, a fim de permanecer inteligível, acessível e atraente para este público. Mas, ao mesmo tempo que procuro ser natural, eu também devo procurar processar com precisão o significado do texto original. "Não seria de esperar, portanto, que a simples transcodificação ou transposição [de palavras]... em outro idioma fosse resultar numa Translatuum útil". 7 A transposição de palavras pode vir a ser valiosa para uma tradução específica, mas esse fato deve ser definido desde o início pelas principais partes interessadas. E a igreja local deve desempenhar um papel importante, sendo ela o principal cliente da tradução. Em outras 6 Lowen, Jacob A. de (The Bible Translator Vol 15, No. 4 (outubro de 1964): ). 7 Vermeer, HJ (2012: 192). O termo Translatuum utilizado pelo autor refere-se ao produto final da atividade de tradução ou seja, a tradução no formato em que foi traduzida. Este pode ser o texto traduzido ou uma versão em áudio do texto, etc. 15

16 palavras, qualquer decisão sobre o tipo de tradução necessário em determinada região deve envolver a igreja para determinar o que é que vai atender melhor às suas necessidades. A igreja como principal interessado numa tradução relevante A maioria das traduções é realizada para fortalecer a igreja em determinadas comunidades. No entanto, por vezes não é muito claro como a expectativa da igreja será realizada e como são determinadas suas necessidades. Compreender a situação contextual da igreja ajudará a determinar o gênio (ethos) da tradução. A relação entre o texto original e o texto-alvo, por exemplo, precisa ser definida em termos do objetivo da tradução como determinado pelas necessidades e o contexto da igreja. A tradução deveria ser descrita como literal, bastante literal, baseada no significado ou estritamente baseada no significado? A resposta a esta pergunta vai ajudar os tradutores a determinar quanta informação implícita precisa ser explicitada. Mas a resposta para a pergunta também depende da taxa de alfabetização da população e o grau de evangelização da área. Quando tomamos o exemplo de traduções e paráfrases, seria útil saber que a versão Boas Novas em inglês (equivalente da Nova Tradução na Linguagem de Hoje em português) se destinava a um público que falava inglês como segunda língua, de modo que a versão Boas Novas foi escrita usando um vocabulário algo limitado. A Bíblia Viva tinha como público-alvo uma determinada faixa etária, qual seja, as crianças. Em outras palavras, há muitos fatores atenuantes que podem influenciar o estilo particular de um determinado projeto de tradução. Esses fatores precisam ser analisados com a igreja da área, que é a principal beneficiária de um projeto de tradução. Em outras palavras, o uso das Escrituras depende da Igreja, e o grau de utilização depende da participação da Igreja nas decisões relativas à tradução. É preciso haver uma declaração de propósito para cada projeto de tradução e isso precisa ser desenvolvido com a igreja/comunidade antes de se iniciar a tradução. Isto é o que tem sido chamado de teoria skopos 8 na tradução. O skopos é o objetivo previsto para uma determinada tradução, numa certa comunidade, que irá influenciar as decisões relativas à tradução. Em segundo lugar, traduzir termos-chave de uma forma diferente daquela que a igreja já adotou, sem a participação da igreja na criação de termos novos e mais precisos, cria um conflito de entendimento. Termos-chave como salvação, fé, graça e redenção já estão muitas vezes em uso na igreja local e, por vezes, precisam de uma tradução mais precisa. Em algumas áreas, a "Oração dominical [do SENHOR]" é traduzida de uma forma distinta daquela que a igreja já pratica, mas não se explica à igreja por que a nova tradução é considerada melhor. O envolvimento da igreja no processo pode exigir a concessão de oportunidade para os teólogos locais participarem da tradução. Desejo citar agora um exemplo de tal reflexão que a CABTAL 9 pratica na sua parceria com um seminário nos Camarões, o Seminário Teológico Batista dos Camarões (CBTS). A CABTAL projetou e está executando um curso de verão chamado Equipando líderes rurais da Igreja. O objetivo do curso é duplo: (1) ensinar líderes de igrejas locais e pastores que não têm muita formação acadêmica ou teológica a se tornarem capazes de usar a tradução e também (2) ampliar sua capacidade de reflexão sobre os desafios teológicos 8 Vermeer, Hans J Skopos e comissões na ação de tradução. Em Cartilha de estudos de tradução (3 ª ed) Londres: Routledge. 9 Associação de Tradução e Alfabetização Bíblica em Camarões. 16

17 enfrentados pela igreja nos Camarões. Nesse sentido, o curso destaca questões na Religião Tradicional Africano, discipulado, evangelismo e estudos bíblicos participativos nas Escrituras na língua materna. No processo, os professores do seminário são convidados a co-ministrar o curso com o pessoal da CABTAL e também para incentivar os alunos durante o ano escolar normal a embarcarem em reflexões acerca das Escrituras na língua materna. A igreja só pode ministrar o evangelho de forma eficaz se for equipada a reflexionar de forma teológica. As organizações de tradução podem criar plataformas de reflexão através de oficinas, como aquelas voltadas para a tradução de termos-chave. Uma maneira de fazer isso é envolver os teólogos da Igreja nestas oficinas. Em terceiro lugar, a tradução da Bíblia leva um tempo relativamente longo. Às vezes as pessoas se cansam no processo. A visão precisa ser compartilhada durante todo o ciclo de vida de um projeto. Os pastores são frequentemente muito influentes nas comunidades onde servem. A visão da tradução da Bíblia pode, quando compartilhada do púlpito, causar um impacto maior do que se fosse compartilhada do banco ou do lado de fora da igreja. Compartilhar a visão do púlpito garante aos tradutores que as Escrituras serão utilizadas. Isso cria a necessidade de trabalhar em estreita colaboração com os pastores e líderes das igrejas numa determinada área. Na CABTAL, criamos o programa "Domingos de tradução da Bíblia", em parceria com algumas igrejas locais; visitamos as igrejas pelo menos uma vez por ano, compartilhamos informação sobre o que fazemos e comunicamos à igreja nossos pedidos de oração, motivando assim a igreja a dar apoio ao ministério de tradução da Bíblia. Também criamos um programa de treinamento anual para os nossos Comitês Inter-Igreja (ICC). Os ICCs supervisionam os projetos de tradução e possuem ( se apropriam ) (d)os projetos. A capacidade dos ICCs precisa ser firmada antes e durante o projeto de tradução pela organização de tradução, preparando a igreja para tomar posse e usar plenamente as Escrituras traduzidas. A Comissão de Tradução 10 e os processos de tradução É necessário que um projeto de tradução tenha uma "comissão de tradução." A "comissão de tradução" destaca a declaração de propósito de um projeto de tradução e do contexto em que a tradução será feita. O contexto de um projecto de tradução afina os métodos a serem adotados no projeto, a fim de dar à tradução sua particularidade e credibilidade. A credibilidade é bidirecional, ou seja, a expectativa popular sobre a natureza da tradução deve ser respeitada (em termos de precisão) e, ao mesmo tempo, a tradução deve ser percebida como sendo natural na língua em que foi feita. Seria difícil medir a credibilidade de uma tradução, se o projeto não tivesse elaborado uma declaração de propósito. Julgar uma tradução literal demasiado, por exemplo, significa ao mesmo tempo que essa tradução não articula naturalmente sua mensagem na língua receptora. Por outro lado, julgar uma tradução demasiado livre também levanta preocupações sobre o grau de precisão da tradução do original. Mas diversas pessoas de diferentes pontos de vista bem podem fazer tais julgamentos errôneos, a menos que aprendam alguns critérios que definem claramente as normas segundo as quais deve ser julgada uma tradução. Estes critérios devem ser explicitados pela comissão de tradução. A comissão de tradução precisa tratar questões sobre: 10 O termo é usado em Teoria Skopos para se referir aos fatores orientadores considerados objetivos de um projeto de tradução. O termo é usado de uma forma sinónima à expressão "resumo de tradução". 17

18 1. O skopos (declaração de propósito) articulando os resultados desejados 2. Quem é que vai se envolver num determinado projeto, ou seja, quem são os principais interessados? 3. Quem é que vai usar a tradução? A tradução é um projeto inter-confessional, ou foi feita por uma igreja em particular? Quais são as bases dessa cooperação inter-confessional? 4. Qual será o formato da tradução e em qual variante dialetal será publicado o texto, e por que? 5. Qual é o calendário/cronograma previsto? 6. O/A procedimento/metodologia da tradução ou os processos que produzirão os resultados: qual será o estilo dela? 7. Os resultados da tradução, ou seja, a função da tradução: leitura na igreja, proclamação oral, evangelismo, alfabetização, etc Passos básicos propostos na tradução A) Antes do início da tradução 1. Mobilização e visão compartilhada: Unindo as diferentes confissões da igreja numa determinada área e incentivando-as a considerar a Igreja como ator principal na tradução da Bíblia. Com isso, um Comitê Inter-Igreja (ICC) é formada para supervisionar o trabalho da tradução. 2. Consulta e elaboração da comissão de tradução: Organizações de tradução devem trabalhar com as igrejas e outros interessados na criação de comitês que definirão a qualidade eos mecanismos de controle de qualidade em seu contexto específico através de uma declaração de propósito para a tradução que enuncia, entre outras coisas, o estilo desejado na tradução, os resultados esperados da tradução e a utilização prevista das Escrituras traduzidas. 3. Seleção e/ou proposta de pessoal: As organizações de tradução devem trabalhar com a igreja na seleção de pessoal do projeto. Os ICCs precisam exercer alguma supervisão do pessoal, a fim de garantir que a equipe também seja responsável perante a igreja. 4. Consultas sobre termos-chave com a intelligentsia da igreja: Embora a tradução de termos-chave seja uma atividade em curso no ciclo da tradução, há necessidade de oferecer uma oficina sobre as palavras-chave antes de começar a tradução. Esta oficina deve incluir necessariamente teólogos da igreja, líderes religiosos e os intelectuais da Igreja na área. A lista preliminar de termos-chave deveria ser traduzida como passo inicial para eventual verificação e possíveis modificações. B) Os procedimentos de tradução após o início do projeto 1. Estudo preliminar para o significado do texto-fonte (exegese): Pelo menos um membro da equipe de tradução deve ser um exegeta bastante habilidoso. O estudo do significado é um processo contínuo. Devem ser consultados os teólogos da Igreja na tomada de decisões exegéticas que parecerem difíceis e/ou controversas. 2. Esboço preliminar: Pelo menos dois falantes de língua materna/receptora trabalham num primeiro esboço da tradução. 3. Teclado do projecto: Se não digitado já diretamente pelo tradutor, o projecto de tradução deve ser digitado num computador, usando-se o programa Paratext 6. 18

19 4. Verificação pela equipe de cheque exegético: Outros tradutores ou toda a equipe se reúne(m) para rever a primeira versão com a participação do exegeta e/ou consultor do projeto. Nas áreas onde estiverem disponíveis os membros do ICC, eles devem ser encorajados a participar de algumas das sessões de cheque exegético, particularmente durante a verificação de algumas passagens bíblicas fundamentais. 5. Revisão dos termos-chave bíblicos com a participação da Igreja: Uma revisão cuidadosa de palavras-chave é uma tarefa contínua do projeto e estes termos devem ser testados nas igrejas. É muito importante, para a comissão de revisão, incluir os líderes da igreja e outros interessados na tradução. 6. Testar o projeto em igrejas e outros ambientes sociais: O projeto é lido para alguns oradores representativos da língua receptora, com perguntas sobre sua clareza e naturalidade. A mesma passagem deve ser testada em pelo menos dois ambientes, pelo menos um dos quais deve ser um ambiente da igreja, como a escola dominical. 7. Rever o projeto: Representantes das igrejas e da comunidade são treinados em princípios básicos de tradução e são convocados em ocasiões apropriadas para rever os projetos em conjunto com a equipe de tradução. 8. Retroversão: Alguém que não tenha participado da tradução da passagem/livro deve fazer isso. Deve bastar uma retroversão literal para permitir que o consultor julgue se a tradução comunica de forma eficaz e com precisão, enquanto ele interage com os tradutores. 9. Verificação do consultor: Um consultor de tradução trabalha com a equipe para verificar a tradução em termos de fidelidade ao texto original hebraico ou grego e ao gênio (ethos) de tradução adotada pela comissão de tradução. Alguns líderes da igreja podem assistir algumas das sessões. 10. Publicação preliminar para uso e revisão nas igrejas: A tradução precisa ser testada amplamente, e uma maneira de fazer isso é imprimir algumas publicações preliminares quando a tradução ainda estiver em curso. Isso vai permitir que as pessoas reajam à tradução para saber se ela demonstra uma semelhança adequada às suas expectativas do texto-fonte e, ao mesmo tempo, se se trata de um estilo de linguagem natural e exibe o tipo certo de registro ou tom. 11. Leitura final para verificação de consistência: A equipe de tradução e os revisores principais devem utilizar ferramentas baseadas no computador para verificar a consistência da tradução. 12. Harmonização de termos-chave e aprovação pelo ICC (líderes religiosos e teólogos): Não há necessidade de que a igreja interrogue aos tradutores sobre sua escolha de palavraschave, no final de cada projeto de tradução e antes de o texto ser enviado para composição. Representantes de igrejas (especialmente os clérigos e teólogos da igreja quando disponíveis) devem reunir-se em uma ou várias sessões no final da tradução para certificarse de que os termos essenciais foram devidamente afinados. Isso pode ser feito usando o programa Paratexto para os principais cheques de termos e cheques de passagens paralelas. Os focos-chave de tais sessões devem ser a tradução de termos filiais e outros termos, como Cristo, redenção, graça, salvação, fé, batismo, etc. Os tradutores devem estar prontos para informar esses líderes sobre os fatores atenuantes que influenciaram sua escolha e solicitar a opinião da igreja. Após essa verificação, o ICC deve aprovar os termos antes que a tradução seja enviada para composição. 13. Composição: A tradução está preparada para publicação, nos formatos correspondentes à imprensa e o áudio. 19

20 14. A Igreja organiza uma recepção formal ou dedicação/celebração das Escrituras: A(s) igreja(s) na área deve(m) planejar a cerimônia de dedicação/celebração e iniciar a divulgação/distribuição da tradução num local pré-determinado pela comissão de tradução. Durante esse lançamento, devem ser feitos planos para o uso das Escrituras. 20

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