DIREITO PREVIDENCIÁRIO Abordagem Prática
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- Carolina Salazar Caldeira
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1 Gláucio Diniz de Souza DIREITO PREVIDENCIÁRIO Abordagem Prática ADENDO (revisão e atualizações) Página 129, item 3.5 Outro caso em que não se descaracteriza a condição de segurado especial: A incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos a seguir: A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. Página 130 Outra possibilidade de exclusão da categoria de segurado especial: A contar do primeiro dia do mês em que: participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas. Ou seja, a participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural e a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. Página 141 Detalhamento sobre a alíquota do MEI e da Dona de Casa: Criação da alíquota para o MEI e para a Dona de Casa. A Lei nº /2011 permitiu que no caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição seja de:
2 I 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo; II 5% (cinco por cento): a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 /12/2006; e b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. Mas ainda continuou o raciocínio de que o segurado que tenha contribuído desta forma e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios. E considera-se de baixa renda, para estes fins, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos. Página 145, item 3.3 Caso a Medida Provisória nº 680, de 6 de julho de 2015, seja aprovada passará a redação com vigência a partir de novembro de 2015 a ser: Página 179, item 3 I vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; Caso a Medida Provisória nº 680, de 6 de julho de 2015, seja aprovada passará a existir um novo item a ser listado que entrará na composição do salário de contribuição, sendo que esta redação tem vigência a partir de novembro de 2015: O valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego (PPE); Página 186 Melhor detalhamento do item sobre plano educacional: O valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:
3 1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e 2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, o que for maior; Página 192 Inclusão do item 2.1, com a alteração dada pela LC nº 150/2015: 2.1 Após a alteração dada pela LC nº 150/2015: o empregador doméstico passa a ser obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. 2.2 Prazo de recolhimento do Segurado Especial: atualmente, o segurado especial de que trata o caput está obrigado a arrecadar as contribuições previstas, os valores referentes ao FGTS e os encargos trabalhistas sob sua responsabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da competência. Se não houver expediente bancário na data indicada, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. Página 207 Incluir texto sobre a redução da Desoneração feita em setembro/2015: Redução na desoneração da folha de pagamento: O governo federal com a intenção de aumentar a arrecadação, sancionou em setembro de 2015 a Lei nº /2015, que alterou a Lei nº /2011 que trata da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (desoneração da folha de pagamento), introduzindo modificações. Para melhor visualização, temos a seguir, a alteração trazida na tabela de alíquotas Setores Alíquota Anterior Alíquota Nova Indústria de aves, suínos e derivados, pães e massas e pescado 1% 1% Indústria de couro e calçados 1% 1,5% Transporte aéreo, marítimo, fluvial e navegação de apoio 1% 1,5% Transporte rodoviário de carga e transporte ferroviário de carga 1% 1,5% Empresa jornalística 1% 1,5% Comércio varejista 1% 2,5% Indústria de confecções 1% 2,5% Indústria de autopeças 1% 2,5% Indústria de fabricação de aviões, navios, ônibus 1% 2,5% Indústria de manutenção aviões 1% 2,5% Indústria de material elétrico, móveis, plásticos, têxtil, brinquedos 1% 2,5% indústria Indústria de máquinas e aparelhos de escritório 1% 2,5% Indústria de pedras e rochas ornamentais 1% 2,5%
4 Indústria de bicicletas 1% 2,5% Indústria de cerâmicas 1% 2,5% Indústria de construção metálica 1% 2,5% Indústria de equipamento ferroviário 1% 2,5% Indústria de medicamentos 1% 2,5% Indústria de equipamento médico, odontológico e instrumentos óticos 1% 2,5% Indústria de fabricação de ferramentas 1% 2,5% Indústria de fogões, refrigeradores e lavadoras 1% 2,5% Indústria de papel e celulose 1% 2,5% Indústria de parafusos e porcas 1% 2,5% Indústria de pneus e câmaras de ar 1% 2,5% Indústria de tinta e verniz 1% 2,5% Indústria de vidros 1% 2,5% Indústria de borracha 1% 2,5% Indústria de manutenção embarcações 1% 2,5% Indústria de fabricação de forjados de aço 1% 2,5% Indústria de obras ferro fundido, ferro ou aço 1% 2,5% Indústria de alumínio ou cobre e suas obras 1% 2,5% Indústria de obras metais comuns 1% 2,5% Indústria de reatores nucleares, caldeiras, máquinas 1% 2,5% Indústria de carga, descarga e armazenagem contêiner 1% 2,5% Call center 2% 3% Transporte rodoviário coletivo e metroviário de passageiro 2% 3% Construção e obras de infraestrutura 2% 4,5% TI & TIC 2% 4,5% Design houses 2% 4,5% Hotéis 2% 4,5% Suporte Informática 2% 4,5% Página 298 Classes de dependentes: Com a redação dada pela Lei nº /2015, a partir de janeiro de 2016, passará a lista de dependentes da classe 1 a ter a seguinte redação: I o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; E, da mesma forma com a redação dada pela Lei nº /2015, a partir de janeiro de 2016, passará a lista de dependentes da classe 3 a ter a seguinte redação: III o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
5 Página 315, item Com a redação dada pela Lei nº /2015, inclua-se na lista a doença: Esclerose Múltipla. Página 337, item Observação sobre obrigatoriedade: Observa-se que o segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. Porém, o aposentado por invalidez e o pensionista inválido estarão isentos do exame de que trata o caput após completarem 60 (sessenta) anos de idade. Não se aplicando a isenção tratada acima quando o exame tem as seguintes finalidades: I verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício; II verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; III subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela. Página 368, item Com a redação dada pela Lei nº /2015, a partir de janeiro de 2016, passará este item a ter a redação: O direito à percepção de cada cota individual da pensão por morte cessará: pela morte do pensionista para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave (sendo o entendimento correto dizer que, exceto, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior, conforme IN nº 77/2015, art. 128) para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira DESAPOSENTAÇÃO Hoje em dia, o governo não admite que o segurado da previdência social renuncie ao benefício (aposentadoria) que já recebe para pedir um recálculo do benefício, com base nas novas contribuições realizadas após a aposentadoria, por ter o aposentado continuado trabalhando. Ou seja, os aposentados que continuam trabalhando e contribuindo para o INSS para conseguir a desaposentação, com o consequente recálculo do benefício inicialmente concedido, vem recorrendo à Justiça para garantir um benefício maior do que o inicialmente concedido.
6 E esses processos judiciais já estão chegando ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto do ano passado, começou a se posicionar sobre a desaposentação, porém o julgamento não terminou e 2 (dois) ministros votaram contra a possibilidade de desaposentação (Dias Toffoli e Teori Zavascki), e outros 2 (dois) votaram a favor (Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello). Houve uma tentativa de se incluir a possibilidade de desaposentação em lei, porém esta parte da lei foi vetada pela Presidente Dilma Rousseff, em novembro de DOMÉSTICO: RESUMO DE ITENS ALTERADOS Curiosidade Após a Lei Complementar nº 150/2015, temos a proibição legal de menores de 18 anos trabalharem como doméstico. E também determina que quem trabalhe mais de 2 (dois) dias por semana é considerado doméstico, logo não pode ser diarista (contribuinte individual). Auxílio-acidente (p. 364, item 8.8.1) Com as alterações trazidas pela Lei Complementar nº 150/2015, temos que agora poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados empregado, empregado doméstico, avulso e segurado especial. Acidente de trabalho (p. 147, item 3.5; p. 351, item 8.5.3,) Pois, a definição legal da empresa para acidente do trabalho passou a ser o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. E, por causa dessa definição de acidente de trabalho, a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. Da mesma forma, a empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Período de carência contribuições consideradas (p. 310, item 4.3) Serão consideradas para cômputo do período de carência as contribuições: a) referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; b) realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo.
7 Renda Mensal do Benefício RMB (p. 328, item 7.1,) No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: a) para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis; b) para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria. Benefício no valor mínimo e recálculo (p. 328, item 7.1) Será concedido o benefício de valor mínimo, para o segurado empregado (inclusive o doméstico), e para o trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição. Licença x auxílio-doença (item 8.5.1, p. 351) O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. Salário-família (p. 355, item 8.6,) O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, devendo o empregado doméstico apresentar apenas a certidão de nascimento para fins de comprovação de cada filho. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições. E a empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização. Simples doméstico (Recolhimentos) (p. 159, item 3.8) O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores: I 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; II 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991; III 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; IV 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; V 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 da LC nº 150/2015 (proteção contra demissão sem justa causa ou por culpa recíproca); e VI imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7 o da Lei n o 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente.
8 E ainda o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o alumnus@leya.com.br
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