MANEJO DE PRAGAS. Leila L. Dinardo-Miranda

Transcrição

1 MANEJO DE PRAGAS Leila L. Dinardo-Miranda

2 Manejo integrado de pragas Kogan (1998) Sistema de decisão para uso de táticas de controle, isoladas ou associadas harmoniosamente, numa estratégia de manejo baseada em análises de custo/benefício que levam em conta o interesse e/ou impacto nos produtores, na sociedade e no ambiente.

3 Elaboração de um programa MIP Praga e seus inimigos naturais Flutuação populacional e distribuição espacial Nível de dano econômico e Nível de controle época e método de amostragem = onde controlar Quando controlar Eficiência e impacto de medidas de controle

4 Pragas de importância econômica Parte aérea Broca da cana Diatraea saccharalis Pragas de solo Cupins Migdolus fryanus Sphenophorus levis Mahanarva fimbriolata

5 Diatraea saccharalis

6 Danos causados pela broca Redução na produtividade de colmos e de açúcar Perdas na qualidade da matéria prima aumento de infecções nos processos industriais aumento dos custos de controle de contaminações

7 Perdas (%) para 1% de Intensidade de Infestação: Variedade A B C D Média TCH 1,01 1,50 1,31 1,06 1,14 Copersucar, 2002 Açúcar 0,46 0,49 0,31 0,36 0,42 Álcool 0,21 0,28 0,19 0,24 0,21

8 Cupins

9 Migdolus

10 Sphenophorus levis

11 Danos causados por pragas de solo Redução na produtividade Cupins: 10 a 15t/ha por ano Migdolus: redução total na reboleira Sphenophorus: 15 a 20 t/ha por ano; em certos casos: redução total Redução na longevidade do canavial

12

13 Danos causados pela cigarrinha Redução na produtividade de colmos e de açúcar Início de safra... 8 a 10% Meio de safra a 30% Final de safra a 50% Perdas na qualidade da matéria prima aumento de infecções nos processos industriais aumento dos custos de controle de contaminações

14 Manejo de broca Levantamentos de II Levantamentos populacionais Controle Liberação de parasitóides Controle químico Outras medidas

15 Levantamento de Intensidade de Infestação final (II %) Feito durante colheita, no campo ou no pátio 20 colmos/ha ou 125 colmos por talhão homogêneo Objetivos: Mapeamento das áreas infestadas Acompanhar a flutuação ao longo dos anos (verificar eficiência de medidas de controle) Direcionar o levantamento populacional para liberação

16 NDE II de 2 a 3% Atualmente, II de 1%

17 Levantamentos populacionais Quantificar as populações de broca, visando adoção de medidas de controle liberação de parasitóides uso de inseticidas químicos

18 Levantamentos populacionais para liberação de Cotesia flavipes: Feitos em canaviais em estado vegetativo (a partir de 1 ou 2 entrenós); 2 pontos de (2 sulcos x 5m) por ha ou 6 pontos de 3m por ha ou Coleta por hora.homem Coletam-se e anotam-se todas as formas biológicas da broca e dos parasitóides encontrados. Levar para laboratório para obtenção do parasitismo

19 Liberação de C. flavipes Brocas (> 1,5cm) por ha Quantidade de vespas Ou: Liberação de 6000 vespinhas/ha quando coletar mais que 10 brocas/hora.homem

20

21 28,2m de raio indivíduos 56,4m 1500 indivíduos 56,4m Distribuição espacial de Cotesia flavipes indivíduos 1500 indivíduos 100m 100m Copos com 1500 indivíduos 30 massas

22 Distribuição espacial de Cotesia flavipes 120m 1 32,6m ,3m 32,6m 16,3m raio Copos com 500 indivíduos 10 massas

23 Histórico de controle da broca de 1980 a 2001 Liberações (m ilhões de insetos ou de m assas) 40 Massas liberadas x II% ( I.I.%) Ano Fonte: Copersucar

24 Levantamentos populacionais para liberação de Trichogramma galloi: Uso de armadilhas de feromônio para coleta de machos Quando a cultura têm alguns pares de folhas 2-3m de altura 1 armadilha a cada 5 ha Troca da fêmea a cada 2 dias

25 Armadilha para coleta de machos Fêmea virgem

26 Liberações Não há muitas informações Depende da disponibilidade de T. galloi Coleta mais de 50 machos por armadilha 4 a 6 liberações (1/mês) 200 mil indivíduos/ha

27

28 Levantamentos populacionais para aplicação de inseticida 125 colmos por talhão homogêneo, coletados em 5 pontos.

29 Aplicações de inseticidas 3% ou mais de canas com presença de lagartas vivas, independente do no. de lagartas/colmo. (lagartas pequenas até 1cm que não tenham penetrado na cana) Usar reguladores de crescimento

30 Amostragem solo pragas de Época seca e fria do ano (abril a setembro) >>> logo após última colheita (antes da reforma do talhão); 2 pontos/ha (ou pelo menos 10 pontos por talhão homogêneo de 10ha); ponto: cova de 50 x 50 x 30cm, na linha de cana; anotar dados em ficha apropriada: Nota populacional;

31 Como fazer

32 50 cm 50 cm 30 cm

33 Nota populacional de cupins Nota Número de indivíduos 0 1 a a 100 Mais de 100

34

35 LEVANTAMENTO DE PRAGAS DE SOLO Fazenda Talhão Tipo de solo Área Variedade Data de corte Data da amostragem Nº de pontos Ponto Dano no rizoma Cupins Sim/Não Nota Número de pragas de solo Gênero Mi Sl PG Na LA PC Total/média % - Mi = Migdolus sp.; Sl = Sphenophorus levis; PG = pão-de-galinha; Na = Naupactus sp.; LA = larva arame; PC = percevejo castanho

36 Áreas com Migdolus Observar manchas na lavoura durante todos os corte e marcar a reboleira com GPS Colocar armadilhas para coleta de machos

37 Áreas com S. levis Monitorar áreas usando iscas tóxicas Toletes de cana, cortados longitudinalmente ao meio, embebidos em solução de inseticida

38 Controle Destruição mecânica das soqueiras na época seca do ano Aplicação plantio de inseticidas no

39 Mortalidade de larvas de M. fryanus em dois tipos de solo em função do equipamento utilizado para destruir a soqueira infestada (Fonte: adaptado de Arrigoni et al., 1986). Implemento Tipo de Larvas Mortalidade solo Total Mortas (%) Arado LR Grade destorroadora LR Grade aradora LR Eliminador de soqueira LVA Grade aradora (3 passadas) LVA

40 Quando usar inseticidas: Presença de Migdolus (reboleiras + bordadura) Mais de 40% de touceiras atacadas por Heterotermes tenuis ou mais de 60% de touceiras atacadas por outras espécies Com os preços atuais da cana e dos insumos, os índices para aplicação de inseticida são menores: 20 a 30% de touceiras atacadas Presença de S. levis

41 Produtividade no primeiro corte da SP , em área de infestação ALTA de cupins Fipronil 800WG 0,25kg/ha Imidacloprid 480SC 1,2L/ha Produtividade (t/ha) Testemunha Bifentrina 100CE 1,2L/ha

42 S. levis Destruição mecânica das soqueiras na época seca do ano; Uso de mudas sadias; Uso de iscas tóxicas; Aplicação de inseticidas plantio e nas soqueiras; no

43 2 Ev , Ac 27 2, 5 0, 25 Re 6 14 Ta 27.1 Fu Te st em un ha Fu + Re Produtividade (t/ha) Produtividade no 1 corte (média de 3 ensaios)

44 Ev 2, 5 1, Ac 8.4 0, 25 Re Ta 10.9 Fu Te st em un ha Fu + Re Produtividade (t/ha) Produtividade no 2 corte (média de 5 ensaios)

45 Amostragem cigarrinha Logo após (20 dias) as primeiras chuvas da primavera (setembro), pois começam a aparecer as ninfas no campo; 4 pontos por ha; ponto de 2m (utilizar gabarito); anotar: número de adultos e ninfas nas raízes.

46 Levantamento populacional de cigarrinhadas-raízes Fazenda Talhão Variedade Corte: Ponto Data do corte / / Insetos Ponto Data do levantamento / / Insetos Ponto Insetos Insetos/m =

47 NDE 10 a 12 insetos/m em canaviais de começo de safra 3 a 5 insetos/m em canaviais de final de safra

48 Infestações de 0,5 a 1 inseto/m controle biológico (?) (aplicações de Metarhizium anisopliae) - em calda (1 a 2 kg de arroz/ha) -em grãos (10kg de arroz/ha)

49 Assis, RB colhida em junho Fungo: esporos/ha em cada aplicação Testemunha Fungo Insetos/m /12 16/01 13/02 01/03 Data 19/04 15/05

50 Ribeirão Preto, SP colhida em outubro Fungo: esporos/ha em cada aplicação Testemunha Fungo 30 Insetos/m /12 23/12 17/01 Data 16/02 14/03

51 Infestações de 2 a 3 insetos/m controle biológico (?) (mais uma aplicação de Metarhizium anisopliae)

52 Infestações superiores a 3-5 insetos/m (cana cortada a partir de julho) Infestações superiores a insetos/m (cana de abril a junho) controle químico (aplicações entre outubro e dezembro) - Evidence 480SC 1,5 L/ha - Actara 250W 0,8 kg/ha - Temik 150G 10 a 12kg/ha

53 E119 Usina SJ Dedini SP TCH 85 TCH ,1 11,8 14,7 11,8 Actara 250WG 0,8kg/ha Actara 250WG 0,6kg/ha Evidence 480SC 1,5L/ha Evidence 480SC 1L/ha 65,9 Testemunha

54 TPH E119 Usina SJ Dedini SP TPH ,86 1,77 2,2 1,92 Actara 250WG 0,8kg/ha Actara 250WG 0,6kg/ha Evidence 480SC 1,5L/ha Evidence 480SC 1L/ha 9,92 Testemunha

55 Afastamento de palha Com palha Sem palha

56 fogo

57 Leila Luci Dinardo-Miranda