Serologias antes e durante a Gravidez:

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1 Serologias antes e durante a Gravidez: Quais Quando Porquê Ana Luísa Areia, Serviço de Obstetrícia A MDM / CHUC PROGRAMA DE FORMAÇÃO em SAÚDE MATERNA Atualizações em obstetrícia e neonatologia Janeiro / Fevereiro 2017

2 Serologias antes e durante a Gravidez: Quais Quando

3 Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco Consulta Préconceção : Rastreios Rubéola (com respetiva vacinação, se aplicável) Toxoplamose Citomegalovírus (se aplicável) Sífilis Hepatite B (vacinação, se aplicável) VIH Bacteriúria assintomática: análise sumária à urina bacteriúria e proteinúria

4 Consulta Pré-conceção Interpretação: Rubéola IgM : erupção cutânea - 8 semanas/ IgG 8-10 dias IgM IgG + até 2 meses persistir > 6-12 meses após vacinação título estável 3-4 semanas: exclui infeção recente 15 UI/ml: títulos protetores 2 doses vacina, mesmo com IgG negativas, confere proteção Se IgG e IgM positivas determinação da avidez IgG *A vacinação está contraindicada durante a gestação; depois da vacina evitar a gravidez durante 1 mês.

5 Consulta Preconceção Interpretação: Toxoplasmose IgM + 2S título estável 3-4 semanas: exclui infeção recente pode persistir> 12 meses IgG + 2S pico 8S e persiste toda a vida IgM Negativas - IgG negativa: Ausência de imunidade; evitar contaminação na gravidez - IgG positiva : Imunidade IgM Positivas - IgG negativa: Repetir serologia em 3-4 Semanas - IgG positiva: solicitar Avidez das IgG, que mede força de ligação Ag/Ac

6 Até às 14 semanas: Serologia da toxoplasmose, rubéola, VDRL, VIH 1 e 2, hepatite B Exame bacteriológico de urina Serologia da rubéola antes eco morfológica, se não imune (18-20S) Às semanas: Serologia da toxoplasmose (se IgG negativa na determinação anterior) Às semanas: Serologia da toxoplasmose (se IgG negativa na determinação anterior), VDRL, VIH 1 e 2, hepatite B Às 35-37s DURANTE A GRAVIDEZ Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco Pesquisa de Estreptococos Grupo B Norma DGS nº 037/2011

7 Durante a gravidez Vigilância da gravidez de baixo risco SPOMMF Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Matreno-fetal Até às 14 semanas: Serologia da toxoplasmose, rubéola, VDRL, VIH 1 e 2, hepatite B Exame bacteriológico de urina Serologia da rubéola antes eco morfológica se não imune Às semanas: Serologia da toxoplasmose (se IgG negativa na determinação anterior) Exame bacteriológico de urina Às semanas: Serologia da toxoplasmose (se IgG negativa na determinação anterior), VDRL, VIH 1 e 2, hepatite B Exame bacteriológico de urina Às 35-37s Pesquisa de Estreptococos Grupo B

8 VIGILÂNCIA DA GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO RASTREIOS INFECIOSOS (SPOMMF) Não se recomenda a realização dos rastreios de infeção por citomegalovírus, hepatite C e clamídia. Sim rastreios de VIH 1 e 2, hepatite B, rubéola, sífilis, toxoplasmose, bacteriúria assintomática e estreptococos do grupo B.

9 Serologias antes e durante a Gravidez: porquê

10 Toxoplasmose Toxoplasma gondii: parasita afeta 1/3 da população mundial; Seroprevalência de 10 a 50%; Incidência da infeção materna 1-14/1000 mas incidência infeção congénita 0,2-2/1000 Taxa de transmissão vertical: 5 % às 12 semanas, aumentando para cerca de 80% a termo Taxa gravidade da doença com a idade gestacional: 60% doença grave 12 S e apenas 5% no final da gravidez MAS: significativa da transmissão vertical quando a terapêutica se inicia 3 semanas infeção materna 1ºTrimestre (Ig M e G) 2ºTrimestre (Ig M e G): nas não imune 3º Trimestre (Ig M e G): nas não imune

11 Rubéola Transmissão respiratória pelo vírus da rubéola; A vacinação = imunidade em > 95% casos Risco de transmissão: < 12S: 90%; s: 55%; s: 25%; >36S: >60% 1ºTrimestre (Ig M e G) 2ºTrimestre (Ig M e G): repetir serologia antes da ecografia morfológica grávidas seronegativas ou com títulos não protetores (IgG< 15 UI/ml) agendar VASPR para o puerpério

12 Citomegalovírus Seroprevalência : 50% a 90%; Relacionado com condições sanitárias e fatores socioeconómicos; Transmissão: contato direto com produtos biológicos infetados (urina e saliva pp); Transmissão vertical: 30% na infeção primária; 1,4% na infeção secundária (estado de imunidade materna prévio) Não está indicada a pesquisa sistemática de infeção por CMV na gravidez Ausência de tratamento; consequências negativas da sua implementação superam o risco de evitar sequelas importantes (ansiedade; interrupções iatrogénicas da gravidez); A serologia só deverá efetuar-se em caso de suspeição de infeção materna e/ou anomalias ecográficas.

13 Sífilis Infeção sistémica produzida por espiroqueta com via de transmissão sexual e transplacentária últimos anos rastreio gestacional: evitar sífilis congénita Risco de transmissão vertical: 70% sífilis 1ª e 2ª; 40% latente inicial e 10% latente tardia Penicilina é o tratamento eficaz (após terapêutica crianças só 1 2% risco de infeção) Testes não treponémicos: VDRL e RPR e testes treponémicos: ELISA, TPHA, FTA-abs 1ºTrimestre (VDRL) 3º Trimestre (VDRL)

14 VIH 0.7% casos detetados Europa foram na gravidez (2016) Transmissão vertical Mundialmente forma mais comum de infeção nas crianças Risco:15% a 30% gravidez e parto; 10% a 20% amamentação 1 2% transmissão se medidas adequadas 1ºTrimestre (VIH 1,2) 3º Trimestre (VIH 1,2)

15 VHB Vírus de DNA; contágio por via sexual, parentérico, vertical Identificando AgHBs + : possível intervenção precoce e eficaz RN Ig específica e vacina (12-24 h vida): infeção em 95% dos casos Alta carga viral: mais importante (AgHBe + ) 1ºtrimestre: todas mesmo nas vacinadas - pesquisa de AgHBs 3ºtrimestre: só nas não vacinadas e cujo rastreio é negativo (pesquisa de AgHBs)

16 Bacteriúria assintomática Incidência: 2% a 10% na grávida Quando não tratada está associada a pielonefrite (até 30%) Outras complicações (APPT; RPM-PT ) Urocultura: teste de referência para o diagnóstico da bacteriúria assintomática 1ºtrimestre: Urocultura e TSA???? 2º, 3º T

17 Estreptococos Grupo B Rastreio universal: identificar as grávidas em risco de ter RN com sépsis neonatal 35-37s exceto se bacteriúria / infeção urinária a SGB exceto se história anterior de sépsis NN

18 Resumo

19 Serologias antes e durante a Gravidez: Quais Quando Pré-conceção: rubéola, toxoplasmose, CMV, sífilis (VDRL), VHB, VIH, bacteriúria assintomática 1ºtrimestre: rubéola, toxoplasmose, sífilis, VHB, VIH, bacteriúria assintomática 2ºtrimestre: rubéola (<20S), toxoplasmose 3ºtrimestre: toxoplasmose, sífilis (VDRL), VHB, VIH 35-37s: estreptococos do grupo B

20 Serologias antes e durante a Gravidez: Desafios Toxoplasmose Trimestral Mensal? Sífilis 1º 2º e 3º Trimestres Bacteriúria assintomática 1º 2º e 3º Trimestres

21 Bibliografia Smail F, Vazquez JC. Antibiotics for asymptomatic bacteriuria in pregnancy. Cochrane Database of Systematic Reviews 2007;CD000490(2). French P, Gomberg M, Janier M, et al.; IUST: 2008 European Guideline on the Management of Syphilis. Int J STD AIDS 2009; 20: Smaill FM: Intrapartum antibiotics for Group B streptococcal colonisation. Cochrane Database Syst Rev 2010; (1): CD Coll O, Benoist G, Ville, et al.; Guidelines on CMV congenital infection. J Perinat Med :5, Low N, Bender N, Nartey L, Shang A, Stephenson JM. Effectiveness of Chlamydia screening: systematic review. Int J Epidemiol 2009; 38:

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