IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS NO VAREJO DE COMBUSTÍVEIS: ASPECTOS CONCEITUAIS
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1 IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS NO VAREJO DE COMBUSTÍVEIS: ASPECTOS CONCEITUAIS Adriana Nunes Galvão Sotero. Universitário - Natal - RN. CEP Fone: (0xx84) drisotero@digi.com.br Juliana Dantas de Araújo Santos. Universitário - Natal - RN. CEP Fone: (0xx84) julidantas@ig.com.br Sérgio Marques Júnior. Universitário - Natal - RN. CEP Fone: (0xx84) sergio@ct.ufrn.br Rubens Eugênio Barreto Ramos. Universitário - Natal - RN. CEP Fone: (0xx84) rubens@ct.ufrn.br ABSTRACT: Because of to the industrial growth of the last years, it had an increase in the fuel consumption. As consequence of the expansion in this sector, the industries had felt the necessity to present measured of security basic and specific and to adopt attendance procedures to minimize environmental emergencies, in order to reduce the impacts caused to the activities environment of high risk. This work has as objective to develop a theoretical study of the main environmental impacts of this sector, and which the necessary emergencies measures of attendance. KeyWords: Environmental Impact, Environmental Emergency, Fuel Retail. 1- INTRODUÇÃO: Devido ao crescimento industrial dos últimos anos, houve um aumento no consumo de combustível. Como conseqüência da expansão neste setor, as indústrias sentiram a necessidade de apresentar medidas de segurança básicas e específicas e de adotar procedimentos de atendimento a emergências ambientais, com o intuito de melhor avaliar o cenário de ocorrência, adotar e orientar as ações corretivas necessárias para reduzir os riscos, bem como minimizar os impactos ao meio ambiente e incômodos à população. Para tanto, é necessário que se faça uma identificação dos principais impactos ambientais gerados no desenvolvimento das atividades deste setor, visto que o setor de ENEGEP 2002 ABEPRO 1
2 varejo de combustíveis possui atividades potencialmente perigosas que impactam negativamente no meio ambiente. A norma ISO define impacto ambiental como sendo qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização. Ainda com relação a Norma ISO 14001, a organização deve analisar e revisar, onde necessário, seus procedimentos de preparação e atendimento a emergências, em particular após ocorrência ou situações de emergência. Nesta perspectiva, segundo Dias et. al (1999), o setor de varejo de combustíveis, pela variedade de serviços prestados, geram impactos ambientais significantes no que se refere a qualidade da água, do solo e do ar nas áreas próximas aos postos e que podem ocasionar grandes acidentes ambientais. Levando-se em conta estes fatores, é necessário que se avalie um modelo de medidas de atendimento a emergências ambientais, tal como este apresentado a seguir. 2- ASPECTOS E IMPACTOS CRÍTICOS NO VAREJO DE COMBUSTÍVEIS: As empresas precisam fazer um levantamento de seus aspectos críticos para que possam identificar suas atividades, produtos e serviços que poderão interagir com o meio ambiente. (SILVA et. al, 2001 ). Segundo um estudo de avaliação dos aspectos e impactos ambientais em postos de combustíveis realizado por Rocha et. al (2000), foram identificadas atividades que impactam negativamente no meio ambiente, tais como: abastecimento de tanques, abastecimento de veículos, lavagem de carros, lubrificação, troca de óleo, troca do filtro de ar e armazenamento de lubrificantes. Feito uma avaliação dos aspectos e impactos críticos que podem levar a situações de emergências ambientais, as empresas necessitam elaborar procedimentos para atender acidentes e situações de emergências, bem como para prevenir e mitigar os impactos ambientais decorrentes de suas atividades. 3- MEDIDAS DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS: De acordo com Beatty (1987), os vários componentes de um programa de preparação a emergências requerem que sejam vistos diariamente na rotina da empresa e que seja feito uma análise identificando as fraquezas do programa, para que se façam as devidas correções. É proposto a seguir um modelo de medidas emergenciais para melhor realizar um atendimento a situações de emergências, que representem riscos ao meio ambiente e à população, causados por eventos nas mais diversas atividades, destacando-se o setor de varejo de combustíveis. O modelo é proposto por 13 medidas de atendimento, tais como: escopo, delimitação da área de influência do empreendimento, características do produto movimentado/armazenado, objetivos do plano de emergência, identificação de aspectos e impactos críticos, articulação com planos de emergência local, estrutura de responsabilidades, procedimentos de comunicação de acidentes ambientais, procedimentos de ações emergenciais, procedimentos de simulação de emergências, documentação relacionada, referências normativas e análise crítica. ENEGEP 2002 ABEPRO 2
3 Medida 1: Escopo Determinação da área que o plano de emergência atinge. Neste caso, esse plano é destinado à área de manutenção e transportes; Medida 2: Delimitação da área de influência - Quais são os setores que serão atingidos pelo plano na organização; Medida 3: Características do Produto Movimentado - Quais as características do produto que podem levar à uma situação de emergência. Por exemplo, líquidos inflamáveis ( gasolina, álcool, óleo diesel...), petróleo que possui substâncias como ( benzeno, tolueno, xileno) que são venenos agudos para o homem e para todos os demais organismos...; Medida 4: Objetivos do Plano Reduzir o impacto ao ambiente e á saúde humana; Medida 5: Identificação de Aspectos e Impactos Críticos - Nas áreas onde o plano é utilizado, quais as possíveis situações que podem levar à uma situação de emergência. Por exemplo: Armazenamento de produtos radioativos no setor de transportes; Medida 6: Articulação com planos de emergência local - Quais as ligações do plano com atividades locais. Por exemplo: como são feitas as comunicações e adoções de medidas emergências junto à Prefeitura local, corpo de bombeiros, defesa civil, etc...; Medida 7: Estrutura de Responsabilidades - Quem é responsável pelo o quê, dentro do escopo do plano. Por Exemplo, Quem é o responsável por ações preventivas? Quem é o responsável pela comunicação com planos locais?, etc...; Medida 8: Procedimentos de Comunicação de Acidentes Ambientais - Estrutura 5W1H: Quem faz, o que se faz, quando se faz, como se faz, por que se faz, onde se faz, com relação à comunicação do acidente ambiental; Medida 9: Procedimentos de Ações Emergenciais. Estrutura 5W1H - Quem faz, o que se faz, quando se faz, como se faz, por que se faz, onde se faz, com relação à ação ambiental a ser adotada; Medida 10: Procedimentos de Simulação de Emergências - Estrutura 5W1H: Quem faz, o que se faz, quando se faz, como se faz, por que se faz, onde se faz, com relação a processos de simulação de acidentes; Medida 11: Documentação Relacionada Todos os documentos relacionados e utilizados para o desenvolvimento do plano de emergência; Medida 12: Referências Normativas São as normas utilizadas para o desenvolvimento do plano de emergências; Medida 13: Análise crítica São as análises críticas de todos os processos do plano de emergência. Este modelo é apresentado, de forma gráfica, na figura 1. ENEGEP 2002 ABEPRO 3
4 Medida 1: Escopo Medida 2: Delimitação da área de influência Medida 3: Características do Produto Movimentado Medida 13: Análise Crítica Medida 4: Objetivos do Plano Medida 12: Referências Normativas Medida 11: Documentação Relacionada A E T M E E N R D G I E M N E C N I T A O L Medida 5: Identificação de Aspectos e Impactos críticos Medida 6: Articulação com planos de emergência local Medida 10: Procedimentos de Simulações de Emergências Medida 7: Estrutura de Responsabilidades Medida 9: Procedimentos de Ações Emergenciais Medida 8: Procedimentos de Comunicação de Acidentes Ambientais Figura 1 Modelo de Atendimento a Emergências ENEGEP 2002 ABEPRO 4
5 4- CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com Alabarce et. al (2002), o número de acidentes em postos de abastecimento vem aumentando nos últimos anos. Embora, com a nova legislação que obriga o licenciamento ambiental no setor de varejo de combustíveis, espera-se, a médio prazo, a redução do número de ocorrências. Segundo Ford e Schmidt (2000), é importante que se inclua três problemas que não são encontrados nos programas de emergências. O primeiro problema é prever os planos de provisão de emergências e os procedimentos tomados até a sua ocorrência; o segundo, é a necessidade de generalizar uma condição específica que ocorre sobre uma condição de treinamento a uma condição potencial muito diferente da situação de emergência real, e por fim, é a necessidade para desenvolver mecanismos efetivos da equipe, sobre as condições que limitam as retenções e generalizações. As considerações apresentadas dão uma amostra de que os esforços pela preservação do meio ambiente podem ser incorporados no planejamento de um programa de atendimento emergencial nos postos de combustíveis. E conhecendo e controlando os aspectos e seus potenciais impactos, investindo em conscientização, educação e treinamento ambiental, pode-se pensar em uma mudança coletiva de conduta. Visto que as indústrias do setor de varejo de combustíveis podem acarretar grandes prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana, faz-se necessário a implantação de um modelo eficaz de medidas de atendimento a emergências ambientais como o proposto no presente estudo. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Agência Nacional de Petróleo - ANP-PRH 30 e ao Programa de Engenharia de Produção - PEP/UFRN, pelo seu apoio no financiamento desta pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: DIAS, M. do C. ( coord.) et. al. Manual de Impactos Ambientais: orientações básicas sobre aspectos ambientais das atividades produtivas. Fortaleza, Bne, 1999, 297p. SILVA, M. A et. al. Implementação do Sistema de Gestão Ambiental na Empresa FL Brasil LTDA Um estudo de caso. Anais do ENEGEP 2001 XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção Salvador BA. ROCHA, et. al. Avaliação de impactos ambientais no setor energético: Um estudo de caso no setor de distribuição de combustíveis. Anais do ENEGEP 2000 XX Encontro Nacional de Engenharia de Produção Bauru SP. ENEGEP 2002 ABEPRO 5
6 BEATTY, G. C. Developing a hospital emergency preparedness program. Management and Compliance Series / American Society for Hospital Engineering of the American Hospital Association, Volume 2, 1987, Pages v-ix, 1-179; VÊNCIO, F. N. C. Folha do Meio Ambiente, ano 11 Edição 105 Brasília DF, junho ISO Sistema de gestão ambiental: especificação e diretrizes para o uso, Rio de Janeiro: ABNT ISO Sistema de gestão ambiental: diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. ABNT, out ALABARCE, A. C. T.; HADAD, E. e SERIACOPI, M. T. Atendimentos Emergenciais Realizados pela CETESB em Revista Meio Ambiente Industrial. Ano VI Edição 35 Nº 34 Janeiro/Fevereiro de FORD, KEVIN J. and SCHIMIDT, AAROM M. Emergency response training: strategies for enhancing real-world performance. Journal of Hazardous Materials, Volume 75, 2000, Issues 2-3, Pages ENEGEP 2002 ABEPRO 6
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