DIREITO CIVIL 1) PARTE GERAL - INTRODUÇÃO 2) PRINCÍPIOS:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO CIVIL 1) PARTE GERAL - INTRODUÇÃO 2) PRINCÍPIOS:"

Transcrição

1 1 DIREITO CIVIL PONTO 1: Parte Geral - introdução PONTO 2: Princípios do Código Civil: 1) Socialidade 2) Eticidade 3) Operabilidade 4) Concretude PONTO 3: Sujeitos de Direito 1) PARTE GERAL - INTRODUÇÃO Princípios do Código Civil: 1) Socialidade 2) Eticidade 3) Operabilidade 4) Concretude Sujeitos de direito: - pessoa natural - início da personalidade e - capacidade - pessoa jurídica - fim da capacidade 2) PRINCÍPIOS: O autor Miguel Reale, coordenou o trabalho do Código Civil, e apresentou como base para o direito civil, os seguintes princípios: 1) Princípio da socialidade: O princípio mais relevante para a estrutura do Código Civil. A socialidade é o comprometimento dos institutos, das relações civis, com o ideal da função social. A fim de atingir a plena função social dos institutos jurídicos.

2 2 Exemplos: - art , CC (cláusula geral sobre o exercício regular de direitos) é uma espécie de delimitador do exercício de direitos exercidos. - art , CC primeiro artigo a tratar dos contratos. - art , CC primeiro artigo a tratar do tema propriedade. Nos parágrafos deste artigo vinculam a função da propriedade ao fim social. Além destes artigos, também nas disposições transitórias do CC, no art. 2035, parágrafo único 4, terá outra referência ao ideal de função social. A função social decorre, além do CC, do movimento da constitucionalização do direito civil. Teve início com a Constituição Federal de 1988, momento em que se teve nova visão sobre o direito constitucional. Pois havia um preconceito jurídico contra a CF, decorrente de um estado autoritário e ditador. Recaindo o eixo central no Código Civil. 2) Princípio da Eticidade: É um dos vetores do Código civil atual, complementando a noção de socialidade. 1 Art Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 2 Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 3 Art O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 5º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. 4 Art A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art , mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução. Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.

3 3 É um perfil legislativo de valorar, dar relevância, aos aspectos éticos e não apenas jurídicos. Ou seja, utilizar a ética como complemento da atuação do direito. O CC atual apresenta uma idéia de eticidade ativa que estabelece regras de comportamento que devem ser cumpridas, sob pena de aplicação de sanções ou de alguma disposição normativa mais incisiva direcionada a esse comportamento inadequado aos valores éticos. Exemplos: - art , CC trouxe a figura de estado de perigo. Quando uma das partes do contrato, ciente do risco de vida ou saúde da outra parte, impõe no contrato uma condição manifestamente desfavorável. O Código civil pune esta conduta entendendo contrario a ética, estabelecendo a anulação desse negocio jurídico. - art , CC Lesão - quando uma das partes toma proveito da inexperiência da outra ou sua fraqueza. Há um comportamento abusivo e aproveitamento da fraqueza da outra parte, acarretando a nulidade. - art. 50 7, CC teoria da desconsideração pune os administradores das pessoas jurídicas privadas e os sócios quando agirem de maneira indevida na condução da pessoa jurídica. Pune com a responsabilidade patrimonial imputada a eles. - art , CC Boa-fé objetiva gera deveres de conduta nos contratos. 5 Do Estado de Perigo Art Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 6 Da Lesão Art Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 7 Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 8 Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

4 4 3) Princípio da operabilidade: A idéia de operabilidade representa uma preocupação do Código Civil com as questões de ordem prática. A revisão dos contratos com a teoria da imprevisão tem sido motivo para análise dos Tribunais. No CC há três artigos que referem essa teoria: - art , CC coloca a teoria da imprevisão como uma forma de revisar as prestações. - art , CC a imprevisão como causa possível para resolução dos contratos; - art , CC traz a imprevisão como motivo para a revisão dos contratos. A Cláusula de reserva de domínio, nos contratos de pagamento em prestações, refere que a propriedade só passa para o comprador assim que pagar a última prestação. O CC não está preocupado com linhas teóricas e sim em transportar para o texto do código a realidade dos tribunais e do contexto social. A operabilidade também tem o sentido didático, a preocupação do legislado de que o código seja lido, compreendido e aplicado. Exemplos: - Invalidades o antigo CC era confuso. O legislador civil atual revisou todo o CC, e quando menciona que o ato é nulo não é permitida outra interpretação, da mesma forma quando o ato é anulável. - prescrição e decadência não são mais confusas como no Código Civil passado. No CC atual é mais simplificado, sendo regulados os prazos prescricionais nos artigos 205 e Os demais prazos espalhados na parte geral e especial são prazos decadenciais. 9 Art Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 10 Da Resolução por Onerosidade Excessiva Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 11 Art Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

5 5 Outra forma da idéia de operabilidade é a preocupação em reproduzir as mudanças sociais. Por exemplos: a diminuição da idade para capacidade civil (de 21 para 18 anos), os prazos de prescrição reduzidos (vida mais célere, prazo menor para encerramento). 4) Princípio da Concretude: Representa o uso da técnica legislativa das cláusulas gerais. O legislador propôs, de propósito, textos normativos de textura aberta que são preenchidas pelo legislador em casos concretos. Isso ocorre normatizando princípios ou usando conceitos indeterminados/flexíveis. 12 Dos Prazos da Prescrição Art A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Art Prescreve: 1º Em um ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo; V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 3º Em três anos: I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V - a pretensão de reparação civil; VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 5º Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

6 6 Ex: princípio da boa-fé (422 13, CC) e o da função social (art , CC). Art , CC expressão aberta desvio de finalidade com intenção de proporcionar ao julgador preencher de forma adequada ao caso concreto. Há críticas ao uso excessivo das cláusulas gerais, pois acaba dando muito poder ao julgador. Entretanto, segundo a doutrina, não se mostram arbitrárias quando adequadamente preenchidas, sendo orientadas pelos valores constitucionais. Em especial dando o valor constitucional da proteção da dignidade humana. 3) SUJEITOS DO DIREITO: Os sujeitos do direito é o destinatário natural do Código Civil. Significa o titular natural de direitos e obrigações na ordem civil. É titular de personalidade civil, seja pessoa natural, seja pessoa jurídica. É ter capacidade de direito ou capacidade de gozo é a capacidade de titular situações jurídicas, direitos e obrigações. Há dois tipos de sujeitos de direito no nosso sistema: - pessoa natural: - pessoa física. Além dos entes despersonalizados que apesar de não serem pessoas, podem tem algum tipo de relação jurídica. Temos: a massa falida, espólio, herança jacente e vacante, o condomínio, as sociedades de fato. 1) pessoa natural art. 2º, CC. Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 13 Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 14 Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 15 Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

7 7 O nascimento com vida: se há respiração, surge a condição de pessoa natural. Quando há a situação de nascituro, temos três teorias: - Teoria da concepção: o nascituro é sujeito de direito a partir da concepção. Assim, já seriam agregadas ao nascituro as características de quem é dotado da condição de pessoa. - Teoria da Viabilidade: exige, para ser sujeito de direito, que haja o nascimento, bem como a condição de permanecer vivo. Essa teoria vai contra os direitos humanos, portanto, não é aceita. - Teoria da Personalidade Jurídica condicional: o nascituro seria dotado desde a concepção de personalidade, mas condicionado ao nascimento com vida. Essa teoria também não é aceita pela nossa doutrina porque a obtenção de status de personalidade não pode ser condicional. - Teoria Natalista: o nascituro não é pessoa até nascer com vida. Nota-se que a teoria da concepção é a que mais protege a dignidade da pessoa, portanto, seria a teoria mais adequada. Entretanto, o texto do CC aparentemente está mais relacionado a teoria natalista. Depende da análise do artigo 2º, do CC, da concepção jurídica do conceito de nascituro. O nascituro, independente de ser ou não pessoa, já tem prerrogativas destinadas a ele, já tem direitos. Alguns desses direitos são definitivos (alimentos, direito de investigação de paternidade) e outros são condicionais ao nascimento com vida (beneficiado em testamento, doação produzindo efeitos apenas se nascer com vida). O nascituro tem direito de ser indenizado no caso do pai ser falecido antes do nascimento nas mesmas condições dos demais filhos. Capacidade de fato: Além da capacidade gozo e direitos, tem-se a capacidade de fato ou de exercício que se trata a capacidade civil.

8 8 comum a todos. É a capacidade de alguém exercer, por si, os atos da vida civil. Essa capacidade não é Essa capacidade tem vários graus: 1) incapacidades: pode ser absoluta ou relativa conforme arts. 3º e 4º 16, CC. Não se pode exercer, por si, os atos da vida civil. 2) capacidade: plena art. 5º 17, CC. Quando alguém pode exercer, por si, os atos da vida civil. 1) Incapacidades: Incapacidade absoluta: art. 3º, CC: Há uma presunção absoluta que o sujeito de direito não compreende em nada a vida civil. A forma de protegê-lo é proibir que atue por si. Há a representação por direito/responsável legal, sendo que o incapaz não é consultado se tem interesse, apenas seu representante. No art. 3º temos os dois critérios utilizados pelo código civil para identificação da incapacidade absoluta: 1) critério biofísico, físico ou da idade: o menor de 16 anos até o último segundo da véspera do dia. 16 Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 17 Art. 5 º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

9 9 2) critério psicológico: é uma cláusula geral no CC. Pode decorrer de má formação mental ou doença mental superveniente que retire da pessoa o seu total discernimento. Há doenças que não geram a incapacidade absoluta civil, como por exemplo, a esquizofrenia. Quando gerar a incapacidade civil, terá um processo de interdição, no qual o Juiz irá verificar o grau de comprometimento da sua capacidade. Ele somente irá retirar a capacidade civil absoluta ou relativa da pessoa se tiver certeza que estará protegendo aquela pessoa, pois a regra é a capacidade civil. Situações de causa transitória, em razão de acidente, de cirurgia, a pessoa fica sem condições de se manifestar. Ex: estado de coma. Incapacidade relativa art 4º, CC: Na incapacidade relativa, há uma presunção que a parte não compreende a vida civil sendo assistida. Essa presunção não é tão rígida, o incapaz é ouvido, manifestando-se. A figura que o protege é a assistência que significa o acompanhamento. O ordenamento jurídico em alguns artigos libera o incapaz da assistência, desde que não cause prejuízo ao incapaz. Ex: incapaz realizar testamento. Terá os mesmos critérios da incapacidade absoluta. Casos em que a pessoa tem certa concepção da vida civil, mas não de maneira satisfatória. 1) critério biofísico pessoa que se encontra entre 16 a 18 anos (desde o primeiro dia que completa 16 anos até o último segundo que completa 18 anos). Critério objetivo. 2) critério psicológico: condições de faculdade mental do agente. Má-formação mental ou doença mental gere um comprometimento de plena compreensão da vida civil, mas em retirar integralmente essa compreensão. Exemplo de máformação mental: casos de síndrome de down.

10 10 As doenças mentais que venham causar algum tipo de comprometimento, como, por exemplo, a dependência química ou embriaguez, a qual coloca a pessoa na condição de relativamente incapaz. Nessas situações são utilizadas as cláusulas gerais, pois dependerá do caso concreto, se tais circunstancias são causa incapacidade total, parcial ou não gera incapacidade. Os pródigos são sempre relativamente incapazes, são as pessoas que perdem a noção econômica, colocando em risco o seu patrimônio. Tem a vida civil normal, apenas não podem gerir sozinhos as questões financeiras, dependem da assistência de seu curador. A idade avançada não é motivo de incapacidade, porém, não são raros os casos em que associadas algumas doenças físicas podem acabar atrapalhando a compreensão da vida econômica. Situações atuais, como dependências a jogos, questão bipolaridade, dependência de drogas, que restam prejuízos razoáveis a situação econômica, podem causar interdição para esse fim. O CC não faz referência a três questões: 1) surdo-mudo; 2) silvícolas; 3) intervalos de lucidez. 1) surdo-mudo: O código passado fazia referência ao surdo-mudo. No atual código não há menção por entender como pessoa capaz. Não terá capacidade quando essa limitação puder trazer algum tipo de seqüela para compreensão mental. Por exemplo: na condição de surdo-mudo a pessoa fica autista. Não foi alfabetizado, não teve o tratamento adequado para sua condição.

11 11 2) Silvícolas: É aquele indígena que não está integrado a nossa forma de convívio em sociedade. Nesse caso, tem o um regime especial de tutela da FUNAI (estatuto do índio e não o CC). Caso o contrário, o indígena terá plena capacidade. 3) Intervalos de Lucidez: Caso tenha uma sentença que diga a parte ser incapaz, eventual intervalo de lucidez não será aceito. Após sentença de interdição só será capaz se tiver uma sentença levantando a interdição. Se alguém realiza um ato e não é interditado, mas é incapaz de fato, o ato é valido, cabendo ao interessado propor ação pontual para anular esse ato, provando que a pessoa era visivelmente incapaz. Quando alguém interditado pratica um ato, esse será automaticamente nulo ou anulável, de acordo com os efeitos da declaração de incapacidade. 2) capacidade - Art. 5º 18 CC: Traz a regra geral da capacidade, indicando o critério físico, biofísico. O art. 5º, parágrafo único, CC, traz condições especiais em que há antecipação da capacidade civil. Há três tipos de emancipações: 1) emancipação voluntária: 2) emancipaçao judicial; 3) emancipação legal. 18 Art. 5 º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

12 12 1) Emancipação voluntária: Ocorre por vontade dos pais a retirada da pessoa da incapacidade relativa. É realizada de forma extrajudicial (por escritura pública de emancipação no Tabelionato, registrando-a no registro de nascimento). Nesse caso, a condição é ser relativamente incapaz o filho, sendo este ouvido pelo Tabelião. Essa forma é a regra geral do direito civil. Deve haver concordância de ambos os pais para se realizar a emancipação. Pode ser feita apenas por um dos pais quando este exerce o poder familiar. Ex: filho registrado somente no nome da mãe ou um dos pais falecidos. 2) Emancipação judicial: Decorre de sentença do Juiz, o qual manda expedir mandado para registro no cartório de registro civil. Há um procedimento, com intervenção do Ministério Público. Ocorre quando houver discordância entre os pais quando do ato de emancipação. Essa regra decorre de um direito de família. Também é necessária essa forma de emancipação quando um dos pais não está em condições de prestar a concordância. Ex: um dos pais em lugar incerto e não sabido. Obs: forma voluntária. O tutor, como substituto dos pais, pode emancipar judicialmente, porém nunca na 3) Emancipação Legal: Situações em que a lei fixa emancipação. Ex: casamento, a partir dos 16 anos, mediante a concordância dos pais. Caso o casamento seja, posteriormente, anulado, a emancipação permanece, pois é irrevogável, devido a segurança jurídica. Entretanto, há autores que defendem que só podemos manter a emancipação se ficarem demonstrada a boa-fé dos cônjuges.

13 13 Obs: O casamento antes dos 16 anos só mediante autorização judicial. O entendimento é que não há emancipação, pois há uma presunção absoluta que a pessoa não compreende a vida civil, sendo protegida pelo direito. Colação de grau em curso superior é forma de emancipação, sendo a prova o diploma. Porém, antes dos 16 anos não emancipa da mesma forma que o casamento. Hipótese de exercício de emprego público, atualmente defasado, pois é exigida a idade de 18 anos para acesso de cargos públicos. Outra forma de emancipação decorre da relação de emprego ou o exercício de atividade empresarial, desde que dela derive economia própria. Nota-se que a emancipação decorre da economia própria que deriva do emprego ou atividade. A noção de economia própria deve ser vista casa a caso. Caso atue em sociedade de fato (economia informal) não tem como provar a condição de economia própria. Necessita ir a juízo para obter sentença declarando que ela existe, para após levar a registro e ostentar a condição de capaz. Por isso, é mais fácil, os pais a concederem. Restando esta forma de emancipação muito rara. Obs: responsabilizar o incapaz - Art. 932, I 19, CC dos pais. Se os pais não tiverem condições de indenizar, aplicamos o art , CC. 19 Art São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. 20 Art O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

Da Prescrição e da Decadência. Da Prescrição Seção I Disposições Gerais

Da Prescrição e da Decadência. Da Prescrição Seção I Disposições Gerais Da Prescrição e da Decadência Da Prescrição Seção I Disposições Gerais Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts.

Leia mais

Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing:

Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing: Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing: Uso Interno e Exclusivo dos Alunos do Curso de Gestão de Marketing da UNIFAI. A leitura deste não isenta a da bibliografia indicada. Bibliografia:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSO CIVIL. Aula 29-05-2017 Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres 1-) Execução de título judicial: a) Obrigação de fazer e não fazer: Decisão transitada em julgada.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PESSOA NATURAL

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PESSOA NATURAL PESSOA NATURAL Capacidade Jurídica 1 Conceito de pessoa natural Conceito de personalidade (jurídica ou civil) (patrimonial) (existencial) Conceito de capacidade 2 COMPREENDENDO A SISTEMÁTICA DO CÓDIGO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.441.909 - RS (2014/0056553-6) RELATORA : MINISTRA DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO) RECORRENTE : FELIPE JAPPE DE FRANÇA ADVOGADO : FELIPE JAPPE DE FRANÇA (EM CAUSA

Leia mais

Direito Civil. Existência, Personalidade e Capacidade

Direito Civil. Existência, Personalidade e Capacidade Direito Civil Existência, Personalidade e Capacidade Código Civil A parte geral do Código Civil subdivide-se em três livros: Pessoas: trata dos sujeitos da relação jurídica. Bens: trata dos objetos da

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO. facebook.com/professoratatianamarcello

NOÇÕES DE DIREITO. facebook.com/professoratatianamarcello NOÇÕES DE DIREITO facebook.com/professoratatianamarcello facebook.com/tatiana.marcello.7 @tatianamarcello EDITAL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - ASPECTOS JURÍDICOS Noções de direito aplicadas às operações de

Leia mais

NOÇÕES GERAIS. Eticidade prestígio ao comportamento ético das pessoas, ou seja, boa-fé objetiva.

NOÇÕES GERAIS. Eticidade prestígio ao comportamento ético das pessoas, ou seja, boa-fé objetiva. NOÇÕES GERAIS Eticidade prestígio ao comportamento ético das pessoas, ou seja, boa-fé objetiva. Art. 5 º do NCPC: Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 23/11/2017). Classificação da posse e espécies. 1- Posse direta e indireta. Direta A posse pode ser desmembrada

Leia mais

Fraude contra credores clássica = Transferência de bens realizada pelo devedor com o intuito de dificultar o adimplemento da obrigação:

Fraude contra credores clássica = Transferência de bens realizada pelo devedor com o intuito de dificultar o adimplemento da obrigação: Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 14 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Fraude Contra Credores. Prescrição e Decadência. 6) FRAUDE CONTRA CREDORES (cont.):

Leia mais

PESSOAS NATURAIS E SUJEITOS DE DIREITOS

PESSOAS NATURAIS E SUJEITOS DE DIREITOS PESSOAS NATURAIS E SUJEITOS DE DIREITOS Entes personalizados: pessoas que têm personalidade jurídica naturais e jurídicas - aplica-se o princípio da legalidade ampla (tudo é permitido, salvo o que é proibido

Leia mais

Aula 3 A Pessoa Natural 1ª Parte: Por Marcelo Câmara

Aula 3 A Pessoa Natural 1ª Parte: Por Marcelo Câmara Por Marcelo Câmara texto Sumário: 1 -texto A PESSOA NATURAL: 1.1 Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas. 1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda. 1.2.1 Docimasia

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula 14/05/2018, Prof. Durval Salge Junior. Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula 14/05/2018, Prof. Durval Salge Junior. Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula 14/05/2018, Prof. Durval Salge Junior Posse. Efeitos da posse. 4- Direito de retenção por benfeitorias. Trata-se de um importante efeito da

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 13/11/2017) EFEITOS DA POSSE.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 13/11/2017) EFEITOS DA POSSE. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 13/11/2017) Direito das Coisas: efeitos da posse. EFEITOS DA POSSE. 4- Direito de retenção por benfeitorias.

Leia mais

NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONCEITO. É um conjunto de normas de conduta impostas para regularizar a convivência humana em sociedade.

NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONCEITO. É um conjunto de normas de conduta impostas para regularizar a convivência humana em sociedade. NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONCEITO É um conjunto de normas de conduta impostas para regularizar a convivência humana em sociedade. Sentido Subjetivo (Jus est Facultas Agendi) A possibilidade individual

Leia mais

Código Civil Lei , 10 de Janeiro de 2002

Código Civil Lei , 10 de Janeiro de 2002 Código Civil Lei 10.406, 10 de Janeiro de 2002 DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento

Leia mais

Instituições de Direito FEA

Instituições de Direito FEA Instituições de Direito FEA MÓDULO II INTRODUÇÃO A CONCEITOS JURÍDICOS BÁSICOS DE DIREITO PRIVADO! Pessoa natural ou física! Personalidade jurídica! Capacidade de direito e de fato 1 ! Pessoa natural:

Leia mais

5. A cessação da menoridade pelo casamento ocorre: a) em qualquer idade;

5. A cessação da menoridade pelo casamento ocorre: a) em qualquer idade; SIMULADO DIREITO CIVIL DOMICÍLIO CIVIL CAPACIDADE DIREITOS DA PERSONALIDADE 1. Felipe, que no próximo mês irá completar 16 anos de idade, embora tenha nascido surdo-mudo, aprendeu a exprimir sua vontade.

Leia mais

Direito Empresarial. Aula 03. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Direito Empresarial. Aula 03. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Direito Empresarial Aula 03 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia

Leia mais

Aula 02. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Formas de Extinção da Personalidade (continuação)

Aula 02. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Formas de Extinção da Personalidade (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 02 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 02 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.1. Personalidade

Leia mais

Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei.

Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei. 24 - PRESCRIÇÃO Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei. Não põe fim a ação, pois o termo ação tem sentido amplo.

Leia mais

Direito Civil. Pessoas Naturais: Personalidade e Capacidade. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Pessoas Naturais: Personalidade e Capacidade. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Pessoas Naturais: Personalidade e Capacidade Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil DAS PESSOAS NATURAIS DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE INTRODUÇÃO Conforme

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO AÇÕES

TÍTULOS DE CRÉDITO AÇÕES TÍTULOS DE CRÉDITO AÇÕES Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular: (65) 99352-9229 AÇÃO CAMBIÁRIA CONCEITO Ação de execução

Leia mais

Monster. Concursos. 1º Encontro. Direito Privado

Monster. Concursos. 1º Encontro. Direito Privado Monster Concursos Direito Privado 1º Encontro NOSSO EDITAL Direito Privado 2.3.1. Personalidade jurídica 2.3.2. Capacidade jurídica 2.3.3. Pessoa jurídica 2.3.4. Responsabilidade 2.3.4.1 Fato jurídico

Leia mais

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO CIVIL

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO CIVIL FACULDADE DE DIREITO DO VALE DO RIO DOCE - FADIVALE TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO CIVIL O fracasso jamais te alcançará se a tua vontade de vencer for suficientemente forte. (Og Mandino) 2019 CÓDIGO CIVIL

Leia mais

A PERSONALIDADE CIVIL E O NOVO CÓDIGO. A Concepção e o Nascimento

A PERSONALIDADE CIVIL E O NOVO CÓDIGO. A Concepção e o Nascimento A PERSONALIDADE CIVIL E O NOVO CÓDIGO Rénan Kfuri Lopes, adv. Sumário: I - A Concepção e o Nascimento II - A Incapacidade Absoluta III A Incapacidade Relativa IV - A Capacidade Civil e a Emancipação V

Leia mais

A capacidade civil. Artigos 3º e 4º do Código Civil

A capacidade civil. Artigos 3º e 4º do Código Civil Artigos 3º e 4º do Código Civil capacidade absoluta A incapacidade traduz a falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil. Encontra-se nessa situação a pessoa a quem falte capacidade de

Leia mais

Pessoa Natural Personalidade Pergunta-se: 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º 2 Nascituro Conceito Pergunta-se:

Pessoa Natural Personalidade Pergunta-se: 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º 2 Nascituro Conceito Pergunta-se: Personalidade É a aptidão genérica para ser titular de direitos contrair deveres. Pergunta-se: os animais possuem personalidade? 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º A personalidade

Leia mais

Quem é o empresário individual? É a pessoa física que exerce atividade empresarial.

Quem é o empresário individual? É a pessoa física que exerce atividade empresarial. Prof. Thiago Gomes Quem é o empresário individual? É a pessoa física que exerce atividade empresarial. O empresário individual realiza atualmente atividades que não necessitam de grandes investimentos.

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte III Pessoas

Instituições de Direito Público e Privado. Parte III Pessoas Instituições de Direito Público e Privado Parte III Pessoas 1. Pessoas Definição Personalidade A personalidade é um atributo jurídico. Todo homem tem aptidão para desempenhar na sociedade um papel jurídico,

Leia mais

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil)

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil) AULA 07 PONTO: 06/07 Objetivo da aula: Pessoa natural. Conceito. Começo da personalidade natural. Individualização. Capacidade e incapacidade. Conceito. Espécies. Cessação da incapacidade. Pessoa natural.

Leia mais

DELEGADO DE POLÍCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

DELEGADO DE POLÍCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO CIVIL PROFESSOR: LAURO ESCOBAR www.pontodosconcursos.com.br 1 (CESPE PC/PE Delegado de Polícia 2016) Com base nas disposições do Código Civil, assinale a opção correta a

Leia mais

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem

Leia mais

Prof. (a) Naiama Cabral

Prof. (a) Naiama Cabral Prof. (a) Naiama Cabral DIREITOS HUMANOS @naiamacabral @monster.concursos Olá pessoal me chamo Naiama Cabral, Sou advogada e professora no Monster Concursos, e há algum tempo tenho ajudado diversos alunos

Leia mais

I (revogado); II (revogado); III (revogado)...

I (revogado); II (revogado); III (revogado)... REDAÇÃO ATUAL Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário

Leia mais

Noções de Direito Civil. Professora Ana Carla Ferreira Marques

Noções de Direito Civil. Professora Ana Carla Ferreira Marques Noções de Direito Civil Professora Ana Carla Ferreira Marques E-mail: anacarlafmarques86@gmail.com P A R T E G E R A L LIVRO I DAS PESSOAS TÍTULO I DAS PESSOAS NATURAIS CAPÍTULO I DA PERSONALIDADE E DA

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais

DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais 1. Conceito de propriedade O código civil não definiu a propriedade Para Carlos Roberto Gonçalves, o direito de propriedade pode ser definido como

Leia mais

Conceito: Ser humano considerado sujeito de obrigações e direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (Art. 1., CC).

Conceito: Ser humano considerado sujeito de obrigações e direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (Art. 1., CC). Direito Civil I 1 Pessoa natural (física): Conceito: Ser humano considerado sujeito de obrigações e direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (Art. 1., CC). 2 Personalidade : Conjunto

Leia mais

Prof. (a) Naiama Cabral

Prof. (a) Naiama Cabral Prof. (a) Naiama Cabral DIREITOS HUMANOS @naiamacabral @monster.concursos Olá pessoal me chamo Naiama Cabral, Sou advogada e professora no Monster Concursos, e há algum tempo tenho ajudado diversos alunos

Leia mais

Direito Civil. Da Extinção do Contrato. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Da Extinção do Contrato. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Da Extinção do Contrato Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Aula Civil XX LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Leia mais

Responsabilidade civil responsabilidades especiais

Responsabilidade civil responsabilidades especiais Responsabilidade civil responsabilidades especiais ANDRÉ BORGES DE CARVALHO BARROS Advogado militante; Especialista em Direito Processual Civil pela PUC-SP; Mestre em Direito Civil Comparado pela PUC-SP;

Leia mais

Sumário. Capítulo I Da Prescrição e da Decadência 1. O efeito do decurso do tempo sobre os direitos subjetivos 2. Prescrição e decadência

Sumário. Capítulo I Da Prescrição e da Decadência 1. O efeito do decurso do tempo sobre os direitos subjetivos 2. Prescrição e decadência Sumário Capítulo I Da Prescrição e da Decadência 1. O efeito do decurso do tempo sobre os direitos subjetivos 2. Prescrição e decadência Capítulo II Da Prescrição 3. A prescrição como extinção da pretensão

Leia mais

CEN E TRO O D E E E N E SI S N I O O S U S PE P R E IO I R O E E D ES E E S N E VO V L O V L I V M I EN E TO O - CES E E S D

CEN E TRO O D E E E N E SI S N I O O S U S PE P R E IO I R O E E D ES E E S N E VO V L O V L I V M I EN E TO O - CES E E S D CENTRO DE ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO - CESED FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - FACISA DIREITO EMPRESA I Professor: Jubevan Caldas de Sousa Empresário e Empresa Abandonando os antigos conceitos

Leia mais

1. Vícios redibitórios art , CC: São defeitos ocultos por duas razões: por que tornam impróprio ao uso ou diminuem consideravelmente o valor.

1. Vícios redibitórios art , CC: São defeitos ocultos por duas razões: por que tornam impróprio ao uso ou diminuem consideravelmente o valor. 1 PONTO 1: Vícios Redibitórios PONTO 2: Evicção PONTO 3: Quadro comparativos entre ilícito contratual e extracontratual. 1. Vícios redibitórios art. 441 1, CC: São defeitos ocultos por duas razões: por

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO CIVIL (Lei nº , de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO CIVIL (Lei nº , de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO CIVIL (Lei nº 10.406, de 10-1-2002) Anulação dos negócios jurídicos Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:

Leia mais

Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei.

Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei. 24 - PRESCRIÇÃO Prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto em lei. Não põe fim a ação, pois o termo ação tem sentido amplo.

Leia mais

Propriedade. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato

Propriedade. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Propriedade Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Propriedade Relevância do Direito de Propriedade e sua inserção nas normas

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres. 1-) Capacidade Civil: É o estudo da possibilidade de praticar ou não os atos da vida civil, sem contaminar

Leia mais

Relativamente incapaz

Relativamente incapaz FIT/UNAMA Curso: Bacharelado em Direito Aula 05: Emancipação Disciplina: Teoria Geral do Direito Civil Professora Dra. Nazaré Rebelo E-mail: professoranazarerebelo@gmail.com EMANCIPAÇÃO Emancipação é a

Leia mais

Direito Empresarial. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais.

Direito Empresarial. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais Direito Empresarial Pessoa Jurídica Personalidade jurídica Responsabilidades da pessoa jurídica

Leia mais

Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado

Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado Defensoria Pública é instituição prevista na Constituição Federal (art. 134), presta assistência jurídica gratuita à população necessitada (geralmente são atendidas

Leia mais

MAGISTRATURA TRABALHISTA TRT/4ª REGIÃO/RS

MAGISTRATURA TRABALHISTA TRT/4ª REGIÃO/RS TRT/4ª REGIÃO (RS) Magistratura Trabalhista COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO CIVIL PROFESSOR: LAURO ESCOBAR www.pontodosconcursos.com.br 1 (TRT/4ª Região/RS Magistratura do Trabalho 2016) Considere as assertivas

Leia mais

Aula 02 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS

Aula 02 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil Contratos Aula: Princípios Contratuais. Professor (a): Aurélio Bouret Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 02 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS - Princípio da Equivalência

Leia mais

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 41

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 41 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 41 DATA 01/10/15 DISCIPLINA DIREITO CIVIL (NOITE) PROFESSORA BÁRBARA BRASIL MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 03/03 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

IUS RESUMOS. Da capacidade. Organizado por: Samille Lima Alves

IUS RESUMOS. Da capacidade. Organizado por: Samille Lima Alves Da capacidade Organizado por: Samille Lima Alves SUMÁRIO I. A TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS... 3 1. Revisão sobre os termos gerais de capacidade... 3 1.1 Conceito de capacidade... 3 1.2 Capacidade de

Leia mais

RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS.

RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. Seleção das Questões: Prof. Renato Albuquerque Coordenação

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO. facebook.com/professoratatianamarcello

NOÇÕES DE DIREITO. facebook.com/professoratatianamarcello NOÇÕES DE DIREITO facebook.com/professoratatianamarcello facebook.com/tatiana.marcello.7 @tatianamarcello EDITAL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - ASPECTOS JURÍDICOS Noções de direito aplicadas às operações de

Leia mais

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis P á g i n a 1 Professor Durval Salge Junior DIREITO DAS COISAS Beatis Possidendis Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes

Leia mais

Aula 21. Estatuto da Pessoa com Deficiência

Aula 21. Estatuto da Pessoa com Deficiência Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Estatuto da Pessoa com Deficiência (Parte I). Capacidade Civil (Parte I). / 21 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula

Leia mais

Aula 12 Dos Defeitos dos Negócios Jurídicos II: Por Marcelo Câmara

Aula 12 Dos Defeitos dos Negócios Jurídicos II: Por Marcelo Câmara Por Marcelo Câmara texto Introdução: texto Sumário: 1 -texto Defeitos nos negócios jurídicos: 1.1 - Estado de Perigo: 1.2 - Lesão: 1.3 - Fraude contra credores: texto Desenvolvimento: 1 -texto Defeitos

Leia mais

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Decadência e Prescrição Decadência: extinção da pretensão (não pode mais pleitear o direito em juízo) Prescrição: extinção do direito em si Macete: Vício Decai

Leia mais

Direito Civil. Bens, Prescrição e Decadência

Direito Civil. Bens, Prescrição e Decadência Direito Civil Bens, Prescrição e Decadência Bens Conceito Tudo aquilo que é desejado pelo homem com intuito de atender seus interesses. Classificação a) Bens imóveis: são os que não podem ser transportados

Leia mais

Direito Civil. Prof. Christiano Cassettari. Negócio Jurídico, Prescrição e Decadência

Direito Civil. Prof. Christiano Cassettari. Negócio Jurídico, Prescrição e Decadência Plano da Eficácia (efeitos): Negócio Jurídico, Prescrição e Decadência Artigo 2035 do CC/2002 1 : deve-se levar em consideração sempre a lei vigente do tempo pra produção dos efeitos do negócio jurídico.

Leia mais

DIREITO CIVIL PARTE GERAL - ANOTAÇÕES DA AULA 8

DIREITO CIVIL PARTE GERAL - ANOTAÇÕES DA AULA 8 DIREITO CIVIL PARTE GERAL - ANOTAÇÕES DA AULA 8 GRUPOS DESPERSONALIZADOS Não são atribuídas personalidades jurídicas, mas podem acionar e serem acionadas em juízo. Universalidade de Direito - Art. 91º,

Leia mais

CAPACIDADE E DOMICÍLIO

CAPACIDADE E DOMICÍLIO CAPACIDADE E DOMICÍLIO Aula 8 CAPACIDADE CIVIL Capacidade de direito Aptidão para ser titular de posições jurídicas Capacidade de fato Aptidão para exercer pessoalmente os atos da vida civil CAPACIDADE

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Processo administrativo previdenciário Parte 1 Prof. Bruno Valente Previsão legal: Art. 103 a 104 da Lei 8.213/91 Art. 345 a 349 do Decreto nº 3.048/99 Estes institutos se aplicam

Leia mais

Personalidade Jurídica e Capacidade

Personalidade Jurídica e Capacidade e Capacidade e Capacidade O direito civil, como já destacado em outros posts aqui do blog, é o ramo do direito que regula a relação entre os particulares, ou seja, pessoas que estão em mesma posição jurídica.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Generalidades sobre a Prescrição Extintiva Regulada pelo Código Civil Carmen Ferreira Saraiva* Bacharel em Direito pela Faculdade Milton Campos/MG; Especialista em Direito Tributário

Leia mais

QUADRO COMPARATIVO. Redação Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

QUADRO COMPARATIVO. Redação Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. QUADRO COMPARATIVO Código Civil/2002 Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental,

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Da Pessoa Natural.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Da Pessoa Natural. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 28/02/2018. Da Pessoa Natural. O início da personalidade civil se dá com o nascimento com vida, artigo

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Módulo 01 Parte Geral e Obrigações 01 Direito Civil Constitucional. Conceito, princípios e aplicação prática. Os princípios do Código Civil de 2002: eticidade, socialidade e operabilidade. 02 Lei de introdução

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 PRINCÍPIOS DO DIREITO NOTARIAL REGISTRAL

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 PRINCÍPIOS DO DIREITO NOTARIAL REGISTRAL Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 PRINCÍPIOS DO DIREITO NOTARIAL REGISTRAL 2º. PRINCÍPIO DA AUTENTICIDADE: A autenticidade traduz a ideia de presunção de veracidade, decorrente

Leia mais

REQUISITOS DO EMPRESÁRIO: Proibidos e Impedidos de praticar atos empresariais

REQUISITOS DO EMPRESÁRIO: Proibidos e Impedidos de praticar atos empresariais Empresário individual é a pessoa física que exerce atividade empresarial. LEMBRANDO que os sócios da sociedade empresária (pessoa jurídica) não são considerados empresários, e as regras aplicadas ao empresário

Leia mais

Conhecimentos Bancários

Conhecimentos Bancários Conhecimentos Bancários Módulo 2 PRODUTOS 1- SFN 2- PRODUTOS 3- MERCADO FINANCEIRO Módulo 2 - PRODUTOS OPERAÇÕES PASSIVAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OPERAÇÕES ATIVAS CAPTAÇÃO DE RECURSOS: DEPÓSITO À VISTA

Leia mais

AULA 21. Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76)

AULA 21. Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76) Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 21 Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76) Art. 251. A companhia pode ser

Leia mais

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. Art. 119 a 138 CPC/2015

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. Art. 119 a 138 CPC/2015 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Art. 119 a 138 CPC/2015 CONCEITO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS É o fenômeno do ingresso de terceiro como parte ou coadjuvante da parte em processo pendente entre outras partes. Tipos

Leia mais

PROVA PC/PE - Delegado Vamos comentar as questões de Direito Civil do concurso da Polícia Civil de Pernambuco para delegado.

PROVA PC/PE - Delegado Vamos comentar as questões de Direito Civil do concurso da Polícia Civil de Pernambuco para delegado. PROVA PC/PE - Delegado 2016 Olá amigos do Estratégia! Vamos comentar as questões de Direito Civil do concurso da Polícia Civil de Pernambuco para delegado. A prova de civil, não foi difícil, mas o candidato

Leia mais

Direito Civil. Disposições Gerais Negócio Jurídico. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Disposições Gerais Negócio Jurídico. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Disposições Gerais Negócio Jurídico Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Aula Civil XX LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE

Leia mais

Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades.

Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 12 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Negócio Jurídico: Elementos; Planos; Teoria das Nulidades. 3. NEGÓCIO JURÍDICO: 3.4

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Modalidades da Propriedade: a) Plena = quando se encontram reunidos na pessoa do proprietário todas as bases

Leia mais

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente?

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente? Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 22 De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma

Leia mais

Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC

Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC Comentários da Prova de D. Empresarial para SEFAZ SC Olá, Pessoal! Hoje comentamos o gabarito da questão única de Direito Empresarial, cobrada para Auditor-Fiscal da Receita Estadual, em prova realizada

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres 1-) Responsabilidade Civil: a) Objetiva: Esta responsabilidade diz respeito a não necessidade de comprovação de culpa,

Leia mais

Do objeto do pagamento e sua prova. Código Civil art. 313 e seguintes

Do objeto do pagamento e sua prova. Código Civil art. 313 e seguintes Do objeto do pagamento e sua prova Código Civil art. 313 e seguintes Do objeto do pagamento O pagamento não poderá existir se não houver uma dívida; Art. 313. O pagamento deve ser efetuado conforme se

Leia mais

Direito Civil. Defeitos do Negócio. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Defeitos do Negócio. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Defeitos do Negócio Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil DEFEITOS DO NEGÓCIO CAPÍTULO IV DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO Seção I DO ERRO OU IGNORÂNCIA Art.

Leia mais

Sumário. Agradecimentos Nota dos autores à 4ª edição Coleção sinopses para concursos Guia de leitura da Coleção...

Sumário. Agradecimentos Nota dos autores à 4ª edição Coleção sinopses para concursos Guia de leitura da Coleção... Sumário Agradecimentos... 13 Nota dos autores à 4ª edição... 15 Coleção sinopses para concursos... 17 Guia de leitura da Coleção... 19 Capítulo I LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB...

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária Solidariedade e Responsabilidade Tributária Parte III. Prof. Marcello Leal Prof.

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária Solidariedade e Responsabilidade Tributária Parte III. Prof. Marcello Leal Prof. DIREITO TRIBUTÁRIO Obrigação Tributária Solidariedade e Responsabilidade Tributária Parte III Prof. Marcello Leal Prof. Marcello Leal 1 Responsabilidade de Terceiros Art. 134. Nos casos de impossibilidade

Leia mais

VACACIO LEGIS: Vigora no Brasil o sistema da vigência sincrônica ou seja não é um sistema de vigência gradual

VACACIO LEGIS: Vigora no Brasil o sistema da vigência sincrônica ou seja não é um sistema de vigência gradual REVISÃO LINDB VACACIO LEGIS: Período compreendido entre a publicação e o inicio da sua vigência Regra geral é de 45 dias mas pode ser de 3 meses para vigência no exterior Ex. lei de casamento Exceção:

Leia mais

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB...

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB... Sumário Capítulo I LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB... 21 1. Noções introdutórias e funções da LINDB... 21 2. Vigência normativa... 22 2.1. Princípio da Continuidade ou Permanência...

Leia mais

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB...

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB... Capítulo 1 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB... 21 1. Noções introdutórias e funções da LINDB... 21 2. Vigência normativa... 22 2.1. Princípio da Continuidade ou Permanência... 29

Leia mais

Revisaço - Analista e Técnico do TRT (2015) Questões comentadas - 3a ed. Rev., amp. e atual.

Revisaço - Analista e Técnico do TRT (2015) Questões comentadas - 3a ed. Rev., amp. e atual. ERRATA Revisaço - Analista e Técnico do TRT (2015) 3.641 Questões comentadas - 3a ed. Rev., amp. e atual. Por conta de erro do autor no momento de formatar o artigo, as questões de nº 160 a 164 foram publicadas

Leia mais

Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Modular Direito de Família Invalidade do Casamento Fernando Viana 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Invalidade do Casamento Casamento Nulo Art. 1.548. É nulo

Leia mais

- PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (cont.) -

- PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (cont.) - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 15 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Prescrição e Decadência - PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (cont.) - Art. 206. Prescreve: 1

Leia mais

Na forma plúrima é feita por instrumento particular e instrumento público.

Na forma plúrima é feita por instrumento particular e instrumento público. PROFESSOR Kikunaga Aula 20.02.2019 Sistema jurídico Materialização sistema consensual (Advogado é dispensável, contudo pela lei é requisito) o poder de decisão é das partes sendo da forma livre ou prescrita

Leia mais

II CONGRESSO JURÍDICO VILA RICA UNIVERISDADE FEDERAL DE OURO PRETO DIREITOS DA PERSONALIDADE, BIODIREITO E A CAPACIDADE DOS INCAPAZES Maria de Fátima Freire de Sá Diogo Luna Moureira IMAGEM, CULTURA E

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Fontes, Conceito, Aplicação e Disposições Gerais - Parte III Prof. Francisco Saint Clair Neto CONSUMIDOR Como bem define Cavalieri não há, portanto, qualquer originalidade em afirmar

Leia mais

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85 Sumário Nota do Autor à lfi edição, xiii 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 2 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (Aula 26/10/2017). Contrato de Doação. Doação. Fundamentação legal: Artigos 538 a 554 do Código Civil. Conceito:

Leia mais

I A LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL (LICC)

I A LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL (LICC) SUMÁRIO Agradecimentos... 19 Nota do autor... 21 Prefácio... 23 Capítulo I A LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL (LICC) 1. Introdução ao estudo do Direito... 25 2. Características, conteúdo e funções da

Leia mais

Sumário. Capítulo I A Lei de Introdução

Sumário. Capítulo I A Lei de Introdução Sumário Nota do autor à segunda edição... 21 Nota do autor à primeira edição... 23 Prefácio à segunda edição... 25 Prefácio à primeira edição... 31 Capítulo I A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

Leia mais