NÍVEIS DE POLUIÇÃO SONORA NA ÁREA III, CAMPUS I, DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
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- Samuel Alcântara Caminha
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1 NÍVEIS DE POLUIÇÃO SONORA NA ÁREA III, CAMPUS I, DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Rodrigo Afonseca Guimarães Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás Antônio Pasqualetto Orientador. Engenheiro Agrônomo. Dr.Professor da Universidade Católica de Goiás-UCG Coordenador do curso de Engenharia Ambiental Resumo: O máximo de ruído tolerado pelo ouvido humano, sem desconforto é 80 db, mas já a partir 65dB o organismo esta sujeito a um estresse gradativo. Objetivou-se com a realização deste estudo, identificar as principais fontes e ponto de ruídos na área III da Universidade Católica de Goiás, comparando-os com os recomendados pela NBR de Com base nos resultados da pesquisa, foram propostas soluções para diminuir a poluição sonora. Palavras-chaves: poluição sonora, fontes, Universidade Católica de Goiás. Abstract:The maximum noise acceptable to the human ear is 80 decibels bus from 65 upwards the human organism is under stress. This research sought to discover the main sources and the critical spots on área III of the Catholic University of Goiás and compare them with the recommended by the Brazilian association of technical norms of 2000, and with the results offer suggestions as to how reduce noise pollution. Key words: noise pollution, sources, Catholic University of Goias. 1 INTRODUÇÃO A preocupação com os problemas ambientais no mundo é um conceito muito recente, apesar dos povos da antiguidade (Inca) utilizarem técnicas de manejo do solo e de preservação do meio ambiente, somente no século XX o homem capitalista se deu conta que a saúde, a economia e meio ambiente andam juntos e que os problemas ambientais nascem da relação entre os seres humanos e a natureza (ALMEIDA FILHO, 2001). Dentro da problemática ambiental talvez a poluição sonora seja a mais significativa, pois não dá consciência às vitimas do mal que faz à saúde. Essa poluição vem se agravando nos últimos anos, exigindo soluções que controlem seus efeitos na qualidade de vida dos cidadãos. O rápido crescimento populacional de Goiânia aconteceu de forma desordenada e, paralelamente ao crescimento, verificou-se relevante aumento das pressões sobre o meio ambiente, sendo a poluição sonora, segundo
2 Pasqualetto (2001) a terceira mais grave, só perdendo para a poluição do ar e da água. Diante desta situação, tem-se um quadro preocupante, uma vez que o ambiente universitário está susceptível a este tipo de poluição. Neste sentido objetivou-se identificar e monitorar os níveis de poluição sonora dentro da Área III, Campus I da Universidade Católica de Goiás (UCG), identificando as fontes, comparando-os com os recomendados pela legislação e propondo solução para o problema. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA As ondas sonoras são classificadas em audíveis e inaudíveis, dependendo do número de períodos que ocorre na unidade de tempo (freqüência). O som é a perturbação mecânica do meio ambiente, devido às vibrações de um corpo eminente, a partir de uma posição de equilíbrio. Essas vibrações provocam variações de pressões do ar, resultado de um movimento vibratório especial da matéria transmitido através dos meios elásticos, e capaz de impressionar o órgão auditivo do homem e dos animais (DÉUOX e DÉUOX, 1996). Segundo Sewell (1978) a intensidade sonora é causada pela pressão ou força da onda de pressão contra o ouvido ou outro instrumento medidor. Os sons audíveis pelo homem compreendem um intervalo muito amplo, variando de 20 Hz a Hz, tendo como principal meio de propagação o ar, sendo que, quanto maior a pressão, que depende da velocidade e distância entre o objeto e a fonte, mais intenso é o som. Enquanto que a altura é determinada pela freqüência de vibrações, quanto mais freqüentes as vibrações, mais alto é o som (mais agudo). O ouvido humano é capaz de responder a uma gama muito grande de variações de pressão ou de intensidade de energia sonora. Por esta razão, é utilizada uma escala logarítma, a qual exprime o som numa unidade chamada decibel. A escala em questão representa o som mais próximo ao comportamento da audição humana, quando medido na Curva (A). Assim, a 2
3 intensidade do som é expressa em decibel A db(a), sendo medido através de um equipamento chamado de decibelímetro (MOTA, 2003). Alguns autores utilizam a palavra ruído para definir som indesejável. No entanto, a definição de ruído é uma oscilação acústica aperiódica originada da soma de várias oscilações audíveis com diferentes freqüências, logo, não é necessariamente um som indesejável (RUSSO, 1999 citado por ENIZ, 2004). Como exemplo, em um show de Rock, existe pessoas que o consideram um som agradável, mas, para outras se trata de um som inconveniente. No meio urbano segundo Vernier (1994), o nível sonoro médio varia de 30 a 120 db(a), sendo que, o limite audível pelo homem é identificado próximo a 0 (db)(a) e limitado pelo limiar da dor que corresponde à 120 db(a), sendo que a sensibilidade do ouvido humano varia de acordo com as freqüências. As pessoas que vivem nas grandes cidades estão perdendo a audição, problema esse que se iniciou desde que o homem começou a viver nos aglomerados urbanos, duzentas gerações atrás (DIAS, 2000). A poluição sonora acontece quando os ruídos atingem níveis prejudiciais à saúde e ao sossego público, sendo o máximo de ruído tolerado pelo ouvido humano sem desconforto de é 80 db(a), mas já a partir 65 db(a) o organismo esta sujeito a um estresse gradativo (PASQUALETTO, 2001). De modo geral, os ruídos interferem nas atividades normais do homem, como dormir, descansar, ler, concentrar-se, comunicar-se, dentre outras. O ruído elevado causa a dilatação das pupilas, contração dos músculos, aumento dos batimentos cardíacos, vertigens, úlcera, dificuldades respiratórias, estresse e surdez progressiva (DIAS, 2000). Dias (2000), ressalta que os impactos mais sérios ocorrem quando as pessoas, em suas ocupações, estão submetidas a níveis acima de 80 db(a), sendo que nessas condições o trabalhador reduz sua produtividade, aumentando as taxas de acidentes e internações. Segundo Fantazzini (1998), as pessoas possuem limites de tolerância a exposição aos ruídos, que estão 3
4 diretamente relacionados ao tempo de exposição, às freqüências sonoras, como pode ser observado na Tabela1. Tabela 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Nível de ruído db(a) Máxima Exposição Diára Permissível horas horas horas horas 84 9 horas 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 30 minutos 95 2 horas 96 1 horas e 45 minutos 98 1 horas e 15 minutos horas minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos Fonte: Fantazzini,1998. De acordo com Pereira Junior (2002), a poluição sonora é tratada no Brasil desde 1941 com a Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 Lei das Contravenções Penais -, cujo art. 42 considera a poluição sonora uma contravenção referente à paz pública: Art. 42. Perturbar alguém, o trabalho ou sossego alheios: I - com gritaria ou algazarra; II exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; III abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda: 4
5 Pena Prisão simples de quinze dias a três meses, ou multa. Vê-se, portanto, que desde 1941 a Lei já protege o cidadão brasileiro dos incômodos da poluição sonora, isto muito antes de se pensar na questão ambiental da forma ampla como hoje é tratada. O Código de Trânsito Brasileiro (PEREIRA JUNIOR, 2002), instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 trata do controle da poluição sonora em seu art. 104: Art Os veículos em circulação terão suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases e ruído.... 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na emissão de gases poluentes e ruído. No município de Goiânia originalmente projetada para habitantes (ARCA, 2003), possui mais de habitantes somente em sua área territorial (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2007). Considerando-se a área de conurbação, há um acréscimo de aproximadamente 10% nessa população, refletindo no aumento dos problemas ambientais para a administração pública. De acordo com Pasqualetto (2001), na cidade de Goiânia as fontes poluidoras móveis provenientes de veículos são as que mais incômodos provocam na população, no que se refere à poluição sonora. Sendo mais intenso nos centros da cidade e nas principais rotas de trafego. Agravado principalmente pela frota de veículos da ordem de automóveis, formando por grande parte por veículos particulares e motos, sendo os veículos pesados (ônibus e caminhões) os maiores poluidores (DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE GOIÁS - DETRAN-GO, 2006). 5
6 Esta situação de crescimento desordenado acarretou uma interface negativa ao urbanismo e as outras formas de gerenciamento governamental que busca o bem-estar da coletividade, sendo definidos os limites aceitáveis de ruído na cidade de Goiânia pela Lei Complementar 132, de 12 de julho de 2004, que modifica o dispositivos do Art. 49, da Lei 014, de 29 de dezembro de 1992 (GOIÂNIA, 2004), conforme a Tabela 2. Tabela 2 Níveis aceitáveis de som ou ruído na cidade de Goiânia ÁREA PERÍODO DECIBÉIS Zonas de Hospitais Diurno 50 Noturno 45 Zona Residencial Urbana Diurno 55 Noturno 50 Centro da Capital Diurno 65 Noturno 55 Área Predominantemente Industrial Diurno 70 Noturno 60 Fonte: Goiânia, METODOLOGIA Este estudo foi realizado na Área III. Campus I, da Universidade Católica de Goiás, no dia 14 de setembro de 2007, foram escolhidos 6 pontos (Tabela 3 ) para serem monitorados. Empregou-se o aparelho denominado decibilímetro (Minipa MSL 1350), que tem como função medir a intensidade sonora em decibéis (db). O aparelho em questão, foi calibrado na curva (A), pois é a mais próxima a audição humana. Para quantificar a emissão da poluição sonora, utilizou-se a norma brasileira NBR da ABNT, que estabelece regras para a coleta de dados em ambiente internos e externos. Essa norma refere-se à avaliação de ruído em áreas habitadas, fixando condições para a coleta de dados e sugerindo que seja calculado o nível sonoro equivalente (Leq.) conforme descrito na Equação 1: 6
7 n Leq = 10log Li/10 (1) n i=1 Onde: Li = nível de pressão sonora, em db(a), lido em resposta rápida (fast) a cada 5 segundos, durante o tempo de medição do ruído; n = número total de leituras. As medições foram realizadas nos ambientes internos dos principais laboratórios e salas da Área III da Universidade Católica de Goiás - UCG, repetindo as medições em três posições distintas para cada ambiente, sempre que possível, afastadas entre si em pelo menos 0,5 m. O intervalo para a realização das medições foi de 5 segundos e posteriormente calculou-se o nível sonoro equivalente (Leq), e o nível sonoro corrigido (Lc). O Lc, é determinado pelo Leq acrescentado de 5 db. De acordo com a NBR , o método de avaliação do ruído baseiase em uma comparação entre o Lc e o Nível de Critério de Avaliação (NCA). O NCA para ambientes externos é estabelecido conforme a Tabela 4. Sendo que o NCA para ambientes internos é o nível indicado pela Tabela 4 com a correção de -10 db(a) para janela aberta e -15dB (A) para janela fechada. Tabela 3 Locais do monitoramento na área III da UCG. Pontos Local 1 Sala 305 C 2 Aquário 3 Sala 205 E 4 Cantina sob o aquário 5 Entrada da área III 6 Laboratório de hidráulica Tabela 4 Nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, em db(a) Tipos de áreas Diurno Noturno Áreas de sítios e fazendas Áreas estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas Áreas mista, predominantemente residencial Área mista, com vocação comercial e administrativa Área mista, com vocação recreacional Área predominantemente industrial Fonte: ABNT,
8 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A fim de verificar a influência do ruído tráfego urbano nas dependências da UCG, com exceção da entrada da Área III e da cantina, todas as medições foram realizadas sem a presença de pessoas no ambiente monitorado, permitindo aferir a poluição sonora proveniente de fontes externas, sendo também monitorados os principais equipamentos utilizados nos laboratórios da universidade. As medidas dos níveis de pressão sonora foram realizadas no interior das salas de aula e nos corredores da Universidade Católica de Goiás. Procurou-se não interferir na rotina de cada ambiente monitorado, para que os resultados fossem os mais confiáveis possíveis. A pesquisa focou as salas que estão próximas às ruas e os ambientes mais utilizados pelos universitários no momento do intervalo das aulas. Ao todo foram avaliados seis ambientes, sendo quatro salas e dois ambientes. Os dados foram coletados no período em que os corredores e as salas de aula estavam vazias, de modo que fosse possível mensurar o incômodo advindo das áreas externas ou adjacentes da UCG. Em primeira análise, constata-se que todos os resultados estão acima daqueles recomendados pela NBR que é de 50 db(a) para ambientes escolares. Verificou-se que o laboratório de hidráulica apresentou o maior nível corrigido de pressão sonora (Lc = 95 db(a)), enquanto a sala 305 C apresentou o menor valor (73 db(a)). Uma análise mais detalhada revela que na sala 305 C, localizado sobre a entrada da área III (Figura 1), ouve grande variação entre a pressão sonora mínima (60 db(a)) e a máxima (75 db(a)) indicando picos de ruídos acentuados (Tabela 5), o que pode causar repentina perda de concentração dos usuários deste ambiente prejudicando o aprendizado. 8
9 Tabela 5 Nível de intensidade sonora na sala 305 C Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db (A)) Local hora Níveis (db (A)) NCA Leq Lc 12: Sala 305 C 12: : NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido Figura 1 Vista lateral das salas bloco C Na sala de estudo aquário, ambiente projetado para que os alunos estudem nos intervalos das aulas (Figura 2), com pode ser visto na Tabela 6, apresentou níveis sonoros corrigido de 74 db(a), valor que atrapalha a concentração e a aprendizagem acadêmica. 9
10 Tabela 6 Nível de intensidade sonora no aquário. Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db (A)) Local hora NCA Leq Lc Níveis (db (A)) 12: No aquário 12: : NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido Figura 2 Vista superior do aquário Na sala 205 no bloco E (Figura 3 e 4), devido a proximidade com a Rua 10, apresentou pressão sonora elevada (Tabela 7). O nível corrigido encontrado neste ambiente foi de 85 db(a) estando 70% superior ao recomendado pela legislação municipal e 112% em comparação a norma NBR que é de 40 db(a). 10
11 Figura 3 Vista frontal das salas bloco E Figura 4 Sala 205 bloco E Tabela 7 Nível de intensidade sonora na sala 205 E. Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db(a)) Local hora Níveis (db(a)) NCA Leq Lc 13: Sala 205 E 13: : NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido Na cantina (Figura 5), ambiente reservado para a alimentação e o descanso dos alunos nos intervalos das aulas, mostrou-se um ambiente 11
12 perigoso, com pressão sonora corrigida chegando a 89 db(a) (Tabela 8), principalmente em função dos liquidificadores presente no local e da conversa entre os alunos. Tabela 8 Nível de intensidade sonora na cantina sob o aquário. Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db(a)) Local hora NCA Leq Lc Níveis (db(a)) Cantina Sob o aquário 13:20 13:25 13: NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido Figura 5 Cantina sob o aquário. Na entrada principal da área III da UCG (Figura 6), apresentou Lc = 93 db(a) (Tabela 9), devido ao grande volume de pessoas que utilizam o 12
13 ambiente, principalmente ocasionado pela momento dos intervalos das aulas. agitação dos universitários no Na coleta dos dados, verificou-se a passagem de ônibus, que devido à proximidade da rua com a entrada da área III (menos de 4 metros), influenciou na alta taxa de pressão identificado naquele momento, mostrando que a poluição externa interfere bastante no ambiente interno da Universidade. Tabela 9 Nível de intensidade sonora na entrada da área III. Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db(a)) Local hora NCA Leq Lc Níveis (db(a)) 13: Entrada área III 13:45 13: NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido Figura 6 - Entrada da área III da UCG 13
14 No laboratório de hidráulica (Figura 7) como pode ser visto pela Tabela 10, apresentou o maior Nível corrigido (Lc = 95 db(a)) identificado na área III da UCG. Valor que segundo Fantazzini (1998), permite a uma pessoa ficar no máximo duas horas exposta a essa pressão sonora. Quando compara-se esses resultados com a NBR que estabelece para áreas escolares valor de 40 db(a) para ambientes internos, é possível perceber que a pressão sonora no laboratório de hidráulica está 137% superior ao recomendado pela norma. A principal fonte de poluição sonora identificado no laboratório, foi a bomba hidráulica (Figura 8) que funciona como o coração do sistema do laboratório, levando água para montante do sistema. A bomba em questão, apresenta mais de 8 anos de uso e teve poucas manutenções o que agrava ainda mais o problema. Tabela 10 Nível de intensidade sonora no laboratório de hidráulica. Área III da UCG. Intervalo de Medição (segundos) Níveis (db(a)) Local hora NCA Leq Lc Níveis (db(a)) Laboratório de Hidráulica 14:25 14:30 14: NCA = Nível de critério de avaliação; Leq= Nível sonoro equivalente; Lc = Nível corrigido 14
15 Figura 7 Laboratório de hidráulica Figura 8 Motor do laboratório de hidráulica Esses resultados como pode ser visto na Figura 9, revelam que apesar da Área III da UCG está localizada entre duas ruas muito movimentadas, a maior fonte de pressão sonora é interna. d B( A) Pri ncipai s nívei s de pol uição sonora na área III da UCG S. 305C Aquário S. 205E Cantina E. área III L. hidráulica NCA Leq Lc 15
16 5 CONCLUSÃO A pesquisa desenvolvida neste artigo buscou necessariamente verificar o nível de poluição sonora que os alunos Universitários da Área III da Universidade Católica de Goiás, principalmente os acadêmicos de Engenharia Ambiental, que desenvolvem entre de 80 a 95% do curso nesta área, estão expostos. Os resultados encontrados mostram uma realidade preocupante. Os universitários sofrem diariamente com intensos ruídos externos provenientes principalmente do tráfego de veículos e internamente por equipamentos antigos que precisam ser trocados por similares mais novos e menos barulhentos. As análises obtidas durante o monitoramento revelam que a legislação municipal (Lei Complementar 132) não está sendo cumprida, pois todas as análises ficaram acima da recomendada para ambiente escolar que é de 50 db (A) para ambiente externos e 40 db(a) para ambientes internos. Como sugestão para o controle da poluição sonora dentro da universidade, sugere-se a educação ambiental aos alunos da universidade através de palestas e folhetos educativos, alertando sobre o perigo e os males da poluição sonora. Sugere-se ainda orientar sobre a importância de não ficarem conversando nos corredores, próximo as salas de aula, o que agrava ainda mais o problema. Outra medida para diminuir os picos de pressão sonora que é um das principais causa da falta de concentração entre os alunos, seria a colocação de ar condicionado principalmente nas salas dos blocos C e E, pois são os ambientes mais próximos da rua, o que vai permitir que as aulas sejam dadas com as portas e janelas fechadas diminuindo a poluição sonora. Sendo sugerido também a colocação de Breezes verticais de forma a reter as ondas mecânicas que chega nas salas do bloco C e E. 16
17 Como medida externa para o controle da poluição sonora sugere-se cobrar dos órgãos fiscalizadores mais controle sobre o funcionamento e manutenção dos veículos que trafegam nas vias públicas, além de sugerir a mudança ou alteração dos pontos de ônibus que ficam perto da Universidade pois, o maior nível de pressão sonora foi identificado no momento que o ônibus pára e começa a acelerar para trocar de macha. Sendo necessário também o plantio de árvores nos ambiente de dependência interna da Universidade com o objetivo de abafar os sons que chegam as salas de aula e corredores. 6 REFERÊCIAS ALMEIDA FILHO, G.S. Diagnóstico, prognóstico e controle de erosão. In: Simpósio Nacional de Controle de Erosão, 2001, Goiânia. Anais. Goiânia: Associação Brasileira de Geografia e Engenharia Ambiental, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR , Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade, julho de 2000, 4p. ASSOCIAÇÃO para a RECUPERAÇÃO e a CONSERVAÇÃO do AMBIENTE- ARCA. Agenda 21. Subsídios Ed UCG. Goiânia. DEÓUX, P; DEÓUX, S. O Barulho; Ecologia é a saúde. Lisboa: Instituto Piaget,1996. p DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE GOIÁS DETRAN-GO. Total de veículos cadastrados em Goiânia Disponível em <http// Acesso em 18 set DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e praticas. 6 edição São Paulo. Ed Gaia, ENIZ, A.O. Poluição Sonora em Escolas do Distrito Federal. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental Universidade Católica de Brasília, FANTAZZINI, M. L. Curso integral sobre avaliação da exposição ao ruído e certificação da proteção auditiva. Goiânia, set GOIÂNIA. Lei Complementar 132, de 12 de junho de Modifica dispositivos do Art. 49, da Lei Complementar no 014, de 29 de dezembro de Diário Oficial Município de Goiânia, n p. 2-3, 13 jun
18 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. População Preliminar Disponível em <http// > Acesso em 18 set MOTA, S. Introdução à Engenharia Ambiental. 3 ed. Rio de Janeiro: ABES, PASQUALETTO, A. Níveis de ruídos no campus II da Universidade Católica de Goiás. Estudos Vida e Saúde, Goiânia: UCG, v. 28, n.2, p , mar/abr PEREIRA JUNIOR,J.S. Legislação Federal Sobre Poluição Sonora Urbana. Câmara dos deputados. Brasília. Jan SEWELL, G. H. Administração e Controle da Qualidade Ambiental. tradução Gildo Magalhães dos Santos Filho; São Paulo. CETESB,1978. VERNIER, J. V. O Meio Ambiente. Tradução de Maria Appenzeller. 2 ed. Campinas, SP. Papirus,
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